segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SINISTRALIDADE RODOVIARIA NO MUNICIPIO DE CACUACO - Por VIEIRA MIGUEL MANUEL

INDICE



Introdução………………………………………………………………………
O que é a sinistralidade rodoviária?....................................................................
O que é o trânsito?..............................................................................................
Causas da sinistralidade rodoviária…………………………………………….
Medidas para se evitar os sinistros……………………………………………..
Caracterização do sistema rodoviário do município de Cacuaco………………
Ruas ou avenidas com maiores sinistros……………………………………….
Mapa de natureza das sinistralidades…………………………………………..
Resumo…………………………………………………………………………
Conclusão………………………………………………………………………
Bibliografia…………………………………………………………………….
Anexos………………………………………………………………………….




INTRODUÇÃO




O presente trabalho, visa o levantamento da taxa de sinistralidade rodoviária referente ao município de Cacuaco no período de 1 de Setembro à 20 de Setembro, onde abordaremos as causas e o modo como acabar com a sinistralidade rodoviária.




O QUE É A SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA?

Ao falar de sinistralidade rodoviária estamos a falar de sistro que acontecem na via, ou seja, sinistralidade rodoviária é um facto involuntário que ocorre na via pública com a participação de pelo menos um veículo em movimento, pessoa e animais que resultam em danos ou materiais.

O QUE É O TRÂNSITO?

O trânsito é o movimento ou circulação de pessoas, veículos e animais que transitam numa via pública.

Os elementos que intervêm na sinistralidade rodoviária são: o homem, a via e o veículo.

O homem aparece como sujeito principal.

CAUSAS DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

Das diversas causas da sinistralidade apontamos as seguintes:

a)      Uso de telemóvel no exercício da condução;
b)      Negligência dos peões (Travessia em lugares impróprio sem respeitar a sinalização);
c)      A falta de destreza;
d)     A sonolência;
e)      A Fadiga;
f)       O estado da via;
g)      A má formação dos condutores;
h)      O alcoolismo e outras drogas;
i)        A emoção e outras.

MEDIDAS PARA SE EVITAR OS SINISTROS

a)      Sensibilizar a população, uma vez que a polícia em um parceiro e sozinho não consegue solucionar ou fiscalizar todas a áreas, por isso, todos somos chamados a mudar de mentalidade.
b)      É urgente que se insira nos currículos escolares matérias sobre a sinistralidade rodoviária.
c)      Criar medidas de prevenção e contenção rodoviária (o uso de radares, alcoolímetro, barreiras policiais, Operações Stop e outros).

CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA RODOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CACUACO

O sistema rodoviário no município de Cacuaco esta caracterizado principalmente em (02) períodos manha e tarde das 05h30 as 09h00 e as 15h00 as 19h00,por uma única via de traficablidade, conhecida como estrada nacional nº l00 comporta com algumas ruas conhecidas e adjacentes que compõe o total sistema rodoviário do município, as mesma vão formando os entroncamentos que servem de acesso a via principal o interior do bairro e vice-versa. 

Transito totalmente fluido em toda extensão do território implica dizer que mesmo esta facilitado em termos de via, isto pela construção de infra-estrutura rodoviária, engenharia e feitura de formas a facilitar o tráfego rodoviário sem muitos constrangimentos visíveis. Embora no que diz respeito a engenharia do trânsito temos em falta muitos elementos, começando pelas principais formas de sinalização vertical e horizontal. Marcas do pavimento, e sinalização não adequada.

No que diz respeito a construção de uma via devemos facilitar a chamada circulação dos utentes da mesma que resume-se em veículos e pedestres (peões) mais pela caracterização que' se faz, estão facilitados os condutores e os respectivos veículos esquecendo o outro utente que e o peão.

Existem pontos permanentes de maior regularização e fiscalização que de certa forma são pontos de contracção de grandes massas populacionais a que pertence ao município a existência de paragens de táxis, moto táxis e também transportes públicos urbanos, como os auto carros e que a forma de regularização do transito é rigorosa, há a carga e descarga de passageiros e cargas, os maus estacionamentos por parte dos veículos, o atravessamento desordenado, considerado um dos pontos críticos a nível territorial, a destacar Vila Cede, Tecnocarro, Cimangola, Vidrul, Posto Policial do Kifangondo, considerados como principais pontos aonde os reguladores de trânsito estão com maior frequência locais estes que a canalização é feita com maior rigor.

Por outra via temos a existência de alguns factores que intervém no comportamento do trânsito rodoviário, como sendo a travessia dos peões desordenadamente, trabalhadores de limpeza urbana, centos comerciais, veículos de transportes de mercadoria "Camiões" que fazem carga e descarga de mercadoria, escolas junto das vias de tráfego rodoviário, o lixo consequente mente a ma colocação dos contentores e em locais inadequados nas bermas, passeios e ate no eixo das vias como na rua da Kianda e em alguns locais da Av. Ngola Kiluange.

Nos pontos permanentes de regularização a atitude proactiva do Agente regulador de trânsito de ter o principio de antecipação na selecção dos veículos de transportes de maças (povo) para fazer circular o escoamento sobre o transito urbano, isto refere-se no asseguramento dos efectivos nos pontos de estrangulamento, tendo a característica geométrica da via pelo agente já com um estudo completo e apreciação da via.

A regularização intermitente ocorre quando a situação do tráfego urbano sofre alguma alteração, devido a presença de individualidades para os locais conhecidos para o desenvolvimento de algumas actividades temos a citar o marco Histórico 4 de Fevereiro, administração Municipal, Complexo Paciência Sacriberto e a regularização do trânsito é rigorosa mediante escoltas para o encaminhamento das respectivas entidades, que para estes locais em que se desenvolvem tais actividades, corte do trânsito e organização nos pontos de estacionamento nos mesmos locais.

Destacamos também os locais de regularização intermitente, como Vila Sede, Tecnocarro. Posto policial do Kifangondo e em algumas ocasiões a vidrul, nas proximidades da 41 a Esquadra e nas proximidades do Cemitério 14, a existência de barreiras nocturnas e diurnas, radares em pontos escolhidos e identificados como o Posto policial do Kifangondo 300 metros antes e nas proximidades da 41a esquadra, locais estes que os automobilistas tendem a aumentar a velocidade.

RUAS OU AVENIDAS COM MAIORES SINISTROS

RUAS/AVENIDAS
ACIDENTES
MORTOS
FERIDOS
ESTRADA Nº 100
32
07
23
VILA-SEDE
26
14
04
INTERIOR DO KICOLO
07
04
11
INTERIOR DA MALUECA
08
02
06
INTERIOR DA BOA ESPERANÇA
04
11
07
INTERIOR DA VIDRUL
62
23
14
VIA EXPRESSA
09
04
04
ESTRADA DA FUNDA
05
04
0
TOTAL
153
65
69



MAPA DE NATUREZA DAS SINISTRALIDADES

NATUREZA
ACIDENTES
MORTOS
FERIDOS
Colisões entre Veículos
32
07
23
Colisões entre Veículos e Motociclos
26
14
04
Colisões contra obstáculo Fixo
07
04
11
Despistes
08
02
06
Colisões entre Motociclos e ciclos motores
04
11
07
Atropelamentos
62
23
14
Capotamentos
09
04
04
Incidentes
05
04
00
Choque entre Motociclos e Locomotiva
00
00
00
Colhimento contra locomotiva
00
00
00
TOTAL
153
65
69





RESUMO




Durante o período em análise, a secção de acidentes da divisão Cacuaco, tomou conhecimento de um total de (153) acidentes de viação, que resultaram em (65) mortos, (69) feridos, que por natureza foram: (62) Atropelamentos, (32) colisões entre veículos automóveis, (26) choques entre veículos automóveis e motociclos. Ciclomotores, (09) capotamentos, (08) despiste, (07) choques contra obstáculo fixo, (04) choque entre motociclos (05) incidentes.


CONCLUSÃO


Após o levantamento feito no período de 1 de Setembro à 20 de Setembro de 2014, o grupo concluiu que o município de Cacuaco, em função do seu posicionamento geográfico, é um dos municípios com uma taxa de sinistralidade elevada, sobre tudo na estrada número 100, em que o maior número de sinistralidade ocorre normalmente no período das 05 horas às 90 horas e das 15 às 19 horas, conforme consta nos dados estatísticos e nos documentos em anexo.



BIBLIOGRAFIA

  

A nossa investigação baseou-se na obtenção de fontes orais e escritas, fornecida pelo Comando de Divisão de Cacuaco – Secção de Trânsito, na pessoa do Inspector Neto Sebastião Nunes e do Chefe Monis.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Formas de Elaboração de Documentos Trabalho Completo - Vieira M. Manuel

INTRODUÇÃO





A linguagem documental formal é comummente utilizada pela comunicação organizacional e constitui um dos elementos auxiliares em tomada de decisão, registo e coordenação sistemática de actividades, construção da realidade, identidade e planeamento das organizações.

Este trabalho tem como os principais objectivos:

1- Possibilitar o desenvolvimento de habilidades, em escrita, para a construção da história, garantia de direitos e deveres, institucionalização e exercício de papel político na sociedade;

2 – Facilitar a captação de recursos e formação de parcerias das organizações, devido às exigências formais de financiadores e parceiros governamentais e não governamentais;

3 – Aproximar os conhecimentos do Secretariado às comunidades de práticas sociais, na tentativa de disseminar técnicas e ferramentas de assessoria, não somente em ambientes organizacionais economicamente favorecidos, como também em organizações de caráter e formação social e política.



ATA


O que é?

Ata é um documento usado para relatar todas os acontecimentos, discussões, propostas, votações e decisões ocorridas numa sessão, reunião, assembleia, congresso, evento, etc...

Como fazer?

v  A ata deve ser redigida em linguagem corrente, sem parágrafos, a fim de impedir a introdução de modificações e alterações indevidas;
v  Não deve apresentar rasuras nem emendas;
v  Nos casos de erro ou esquecimento de algo importante no momento em que você estiver escrevendo-a, basta escrever a palavra digo seguida da forma correcta;
Ex: ....e foram traídos, digo, trazidos para a assembleia....
v  Quando as falhas e erros só forem percebidas após a redacção da ata, você deve utilizar a expressão em tempo, seguida da correcção;
Ex: Em tempo: na décima sétima linha desta ata, onde lê-se “foram escolhidos os representantes”, leia -se “foram escolhidos 2 (dois) representantes”.
v  É melhor que os números sejam escritos por extenso em parênteses, para que não ocorram dúvidas ou falsificações;
Ex: sortearam-se 3 (três) vagas no curso de capacitação.
v  No caso de importância em dinheiro, é necessário escrever assim:
Ex: Kz 13.500,00 (treze mil e quinhentos Kwanzas)
v  Não devemos usar abreviaturas;
Ex: SSA. para dizer Salvador.
v  Quando se tratar de reuniões ou assembleias previstas em estatutos e regulamentos, a ata será lavrada (escrita) em livro próprio, com as páginas do livro enumeradas e autenticadas pelo responsável;
v  Usamos letras maiúsculas para escrever as iniciais das seguintes palavras e expressões:

Assembleia Geral Ordinária, Assembleia Geral Extraordinária, Reunião da Diretoria,
Reunião do Conselho, Presidente, Mesa, Livro de Presença, Edital;

v  Quando o responsável por escrever a ata não encontra-se na reunião ou assembleia, os participantes da sessão escolhem entre os presentes, pessoas que escreverão a ata;
Ex: ...para esta Reunião da Directoria, não estando presente o encarregado de redigir “ad hoc” a ata, (“ad doc” expressão do latim que quer dizer “para isto” ou “para esta reunião”) foi  eleito pelos membros de directoria presentes, João Silva que substituirá o encarregado, especialmente nesta reunião.
v  A redacção da ata obedece a seguinte sequência:
a) Dia, mês, ano, hora e local da reunião ou evento;
b) Nomeação das pessoas presentes, com suas qualificações e cargos;
c) Referência ao modo utilizado para a convocação da reunião ou assembleia (se foi edital, aviso, comunicado, carta);
d) Referência à abertura dos trabalhos pelo presidente, que geralmente, lê a ata da reunião anterior para que sejam feitas as correcções ou alterações de acordo com a vontade dos participantes;
e) Registo do cumprimento da pauta ou ordem do dia (assuntos a serem discutidos), seguindo a descrição fiel e resumida de todas as ocorrências e das decisões que tiverem
sido discutidas e adoptadas pela maioria dos participantes;
f) Fecho, contendo os seguintes dizeres:
Ex: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata que vai assinada por mim, secretário ad hoc que a redigiu e lavrou, pelo Presidente que dirigiu os trabalhos e pelos que estiveram presentes na qualidade de participantes da Sessão (reunião, assembleia, etc).
h) As assinaturas devem ser colocadas logo após a última palavra do texto, para não deixar espaço livre.

OBS¹: além desse modelo tradicional de ata em algumas ocasiões de carácter menos oficial e solene é possível adotar a Ata-Síntese.

OBS²: é comum que todos os presentes assinem todas as páginas da Ata.

ATESTADO

O que é?

É um documento em que se confirma ou assegura a existência ou inexistência de uma situação de direito, de que temos conhecimento, referente a alguém, ou sobre um fato e situação. É dizer por escrito, afirmando ou negando, que determinada coisa ou algum fato referente a alguém corresponde à verdade e assim responsabilizar-se, ao assinar o documento.

Como fazer?

v  O Atestado, geralmente, é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa que está pedindo o atestado;
v  O papel do atestado deve conter carimbo ou timbre da entidade que o expede;
v  O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado;
v  A redacção de um atestado apresenta a seguinte ordem:

a) Título, ou seja, a palavra ATESTADO em maiúsculas;
b) Nome e identificação da pessoa que emite (que pode ser escrito no final, após a assinatura) e o nome e identificação da pessoa que solicitou;
c) Texto, sempre resumido, claro e preciso, contendo o que se está confirmando ou negando;
d) Assinatura, nome e cargo ou função de quem atesta.




AVISO

O que é?

É um documento escrito por meio do qual as empresas e instituições transmitem informações,
ordens, convites, notificações a empregados ou a terceiros com quem elas tenham interesse em comum.

Como fazer?

v  Deve ser escrito em papel timbrado (com a marca da instituição);
v  Deve conter apenas o teor da comunicação. O conteúdo deve ser escrito em linguagem e objectiva, para que não haja dúvidas quanto à interpretação;
v  Sua estrutura é bem simples:

a) Título, que é a palavra AVISO (em letras maiúsculas);
b) Indicação da pessoa a quem se destina o aviso;
c) Texto contendo a mensagem;
d) Fecho simples (dispensável conforme o caso);
e) Local e data;
f) Assinatura, nome e qualificação (cargo) ou identificação do responsável.

CARTA

O que é?

A CARTA é a forma escrita mais comum de comunicação entre as pessoas. Ela é o documento utilizado nas empresas, instituições e órgãos e, também, por pessoas físicas, a fim de tratar de interesses comuns. Esta também é conhecida como “Carta Comercial”.

Como fazer?

O que se pretende com uma carta comercial é provocar uma pronta resposta para o assunto nela tratado, mesmo que seja uma resposta contrária aos interesses de quem a escreveu.

A carta tem a estrutura similar à do Ofício, porém ela é mais utilizada na iniciativa
privada, associações, instituições e escritórios de profissionais liberais, enquanto que o Ofício e Memorando são utilizados no serviço público.

v  Os componentes básicos de uma carta são:

a) Timbre (logomarca);
b) Tipo e número à esquerda e no alto da página (não são obrigatórios);
c) Local e data (Á direita, na mesma altura do tipo e do número);
d) Nome do destinatário e endereço;
e) Vocativo (pronome de tratamento);
f) Texto (contendo a introdução e desenvolvimento do assunto);
g) Fecho;
h) Assinatura de quem remete;
i) Nome e cargo abaixo da assinatura, se for o caso.

ATENÇÃO:

v  Actualmente é comum não utilizar espaços (recuos) no inicio de parágrafos.
v  Costume colocar, no final, à esquerda da única ou última página, as letras iniciais do autor do documento (letra maiúscula) e as de quem o dactilografou ou digitou (letra minúscula), separadas por barra.
v  Usa-se a abreviatura REF ou Ref. (referência), colocada um pouco antes do vocativo, à direita do papel, para indicar o resumo do que vai ser tratado.

v  A carta pode conter parágrafos numerados para melhor indicar o assunto. Quando digitada em computador as margens da carta ou de qualquer outro documento devem ser de: inferior 2,5; direita 2,5; superior 3,5; esquerda 3,5,

CERTIFICADO

O que é?

É o documento que dá testemunho de ato ou fato. Ele é diferente de Certidão, pois a certidão é uma cópia, resumida ou integral, de algum registo escrito já existente.

É importante saber que os seguintes documentos: atestado, certificado e declaração têm semelhanças, tanto na finalidade, quanto na forma. A diferença é que o Atestado é expedido em favor de alguém; a Declaração e o Certificado são emitidos em relação a alguém, podendo, ou não, ser-lhes favoráveis.

Como fazer?

A sequência de redacção do Certificado é esta:

a) Título, isto é, a palavra “CERTIFICADO” (em maiúsculas);
b) Nome e identificação da autoridade que o emite (também podem ser expressos no final, após a assinatura);
c) O Texto é sempre resumido e preciso, contendo apenas o que se está certificando (que inicia por “certifico ou certificamos”).
d) Assinatura, nome e cargo ou função de quem certifica.

CONVITE
O que é?

É um instrumento de comunicação escrita por meio do qual se chama, convoca ou solicita o comparecimento de alguém a algum local, em horário marcado, e com finalidade determinada.



Como fazer?

v  A redacção deste documento limita-se a dizer o essencial:
a) Nome do órgão, instituição ou pessoa que convida;
b) Formulação do convite;
c) Nome dos convidados;
d) Indicação do evento;
e) Dia, hora e local em que o evento ocorrerá.
v  Nos convites de cerimonias de casamento, formatura e outros do género, o nome dos convidados só constam escrito no envelope.
v  O Convite deve ser redigido em papel timbrado quando for emitido por entidade,
Instituições e/ou empresas.

CURRICULUM VITAE

O que é?

É um documento em que devem constar dados e informações pessoais e profissionais de alguém que quer se apresentar e dizer quem é, o que sabe fazer e a experiência que já adquiriu. Tem por objectivo qualificar uma pessoa perante empresa, instituição e outros, a fim de contratado, promovido ou prestigiado profissionalmente.

Existem dois tipos básicos de currículo, a depender de seus objectivos e destinações:

a) Currículo Académico – voltado para a área universitária e para as actividades de cultura, de uma maneira geral;
b) b) Currículo Profissional - para o ingresso no mercado de trabalho. Este, geralmente, é mais resumido, enxuto e objectivo, do que o currículo académico.

Como fazer?

O currículo profissional deve ser redigido de forma clara, objectiva e com boa apresentação gráfica para provocar o interesse de quem irá lê-lo ou avaliá-lo. Deve limitar-se aos seguintes itens, nas seguintes sequências:

a) Titulo CURRICULO ou CURRICULUM VITAE (em maiúsculas);
b) Dados Pessoais - nome, idade, estado civil, endereço e telefone;
c) Formação ou escolaridade – devem ser escritos em ordem decrescente (do mais recente para o mais antigo);
d) Experiências profissionais – devem ser escritas em forma decrescente (do mais recente para o primeiro);
e) Outras informações;
f) Local e data.

v  Recomenda-se não colocar números de documentos de identidade, CPF, título de eleitor ou carteira de trabalho, etc, nem anexar suas respectivas cópias e assinar o currículo.



PETIÇÃO

O que é?

É uma solicitação ou pedido em documento escrito que se encaminha a autoridade administrativa ou judicial. Na área jurídica, é o documento com o qual se formula o pedido, de reivindicação ou de defesa do direito de alguém, dirigido ao juiz competente para julgá-lo.

Como fazer?

v  Por se tratar de um documento muito empregado na área jurídica, é indicado que o requerente ou peticionário reforce a quantidade e a força dos dispositivos legais que apresenta para justificar seu pedido;
v  Basicamente, a Petição tem a mesma estrutura do Requerimento. Apenas não é usada no final do texto a expressão “Nestes termos, pede deferimento” como no requerimento.
v  Entre a invocação (pronome de tratamento) e o inicio do texto, o peticionário deve deixar um espaço de sete linhas, se for manuscrito ou de sete espaços duplos, se for dactilografado ou digitado, para que a autoridade responsável forense aplique seu despacho;
v  É comum que as petições sejam lavradas em papel timbrado do advogado no qual contenha seu nome e endereço, número da OAB, dentre outras informações.

Acompanhado, quando for o caso, de procuração passada ao advogado pelo peticionário
(requerente);

v  O documento deve apresentar a seguinte estrutura:

a) Invocação (pronome de tratamento devido, nome da autoridade e do cargo por ela
exercido), no alto do papel;
b) Texto, contendo inicialmente o nome, dados pessoais de identificação do requerente e, em seguida, a exposição do pedido com as alegações que o fundamentam (se forem muitas é indicado numerá-las);
c) Fecho, utilizando-se apenas a expressão “Pede deferimento”;
d) Local e data;
e) Assinatura do peticionário.

PROCURAÇÃO

O que é?

É o instrumento no qual pessoa física ou jurídica concede poderes competentes a outra pessoa, física ou jurídica, a fim de que essa última trate, de assuntos do seu interesse e em seu nome.

Como fazer?

·         Quem concede os poderes é chamado “outorgante”, “mandante” ou “constituinte”;
·         Quem recebe os poderes e chamado de “outorgado”, “mandatário” ou “constituído”;
·         Trata-se de um mandato que pode ser conferido por instrumento público, isto é, em cartório de notas e ofícios; ou por instrumento particular, reconhecendo-se em cartório, quando for necessária, as firmas dos outorgantes;
·         Quando expedida por instrumento público, os cartórios adotam um formato próprio, já que se trata de um documento que tem fé pública. Geralmente fornecem traslados (cópias) aos interessados;
·         O termo “ad judicia” significa conceder poderes a advogado para atuar nas diversas instancias jurídicas, em defesa dos interesses do outorgante;
·         Na essência e na estrutura a sequência é a seguinte:

a) Título, ou seja, a palavra PROCURAÇÃO escrita em maiúsculas, no alto da folha;
b) Nome e qualificação (cargo, função, profissão) do outorgante;
c) Nomeação e constituição do outorgado, seguida de seu nome e qualificação;
d) Indicação dos poderes conferidos pelo outorgante ao outorgado, para a prática dos actos que se fizerem necessários ao cumprimento do mandato (documento), acrescentando-se, ou não, a faculdade de substabelecer (transferir poderes), no todo ou em parte, o mandato a terceiros;
e) Prazo de validade para o exercício da procuração. Se não for expressa a validade, considera-se por tempo indeterminado o exercício dos poderes. Isto pode acarretar problemas, caso haja a hipótese de cassar (extinguir) os poderes do outorgado;
f) Local e data;
g) Assinatura e nome do outorgante.

REQUERIMENTO

O que é?

É todo pedido escrito encaminhado a uma autoridade do serviço público, solicitando alguma providência, reconhecimento ou a atribuição de um direito apresentando, argumentos para fundamentá-lo.

Como fazer?

·         Quando o requerimento é feito por várias pessoas, recebe o nome de “abaixo-assinado”;
·         É impróprio utilizar um requerimento para fazer um pedido dirigido a chefes, directores, ou gerentes, da área privada ou de instituições que não sejam públicas. Nesses casos o instrumento adequado é a carta;
·         Sua linguagem deve ser clara e objectiva, devendo evitar argumentos sentimentais;
·         Não deve-se utilizar formas de saudações à autoridade, quer no inicio ou no final do documento para não confundir um pedido justificável com adulação;
·         Deve-se deixar, entre a invocação e o inicio do texto, um espaço de sete linhas (se for escrito à mão) e de sete espaços-duplos (se for digitado ou datilografado), a fim de que a autoridade coloque seu despacho;
·         Em qualquer hipótese a estrutura deste documento é a seguinte:

a) Invocação - nome da autoridade e do cargo por ela exercido, precedido da competente forma de tratamento, no alto do papel;
b) Texto, contendo inicialmente o nome, dados pessoais de identificação do requerente e, em seguida, a exposição do pedido com os argumentos que o fundamentam. Se existir muitos argumentos, estes devem ser numerados;
c) Fecho, utilizando-se, apenas, a expressão “Nestes termos” (em uma linha) e “pede deferimento” (na linha logo abaixo);
d) Local e data;
e) Assinatura do requerente.

ELEMENTOS DE REDAÇÃO

O texto de um documento deve possuir as seguintes qualidades primordiais:

·         Clareza: consiste em não deixar margem a dúvidas ou interpretações equivocadas de duplo sentido;
·         Concisão: é expor o assunto em poucas palavras, mas com exactidão objectivando não cansar àquele que lerá o documento;
·         Propriedade de Termos: é o mesmo que usar a palavra adequada para a ideia que se pretende expor;
·         Ordem Directa na Frase: é ordenar a frase de forma à evitar a inversão de palavras que podem mudar o sentido do texto;
·         Coesão: amarração de palavras, frases e parágrafos dando uma forma lógica, ordenação temporal ou sequencial ao conteúdo do documento.

Para redigir-se bem um documento a fim de obter o resultado desejado é preciso:

1) Saber o tipo e formato do documento que é adequado à ocasião e será redigido;
2) Conhecer suas características e elementos básicos;
3) Ter noção do que pretende transmitir.







CONCLUSÃO




Os elementos citados são essenciais para a elaboração de um documento, são capaz de surtir o efeito esperado, pois um documento bem redigido pode transmitir ou garantir direitos, oficializar e dar visibilidade às acções da organização, ajudar com o acompanhamento protocolar e avaliação dos processos organizacionais, como também pode colaborar com a construção histórica da instituição.



BIBLIOGRAFIA





BRASIL. Presidência da República. Manual de redacção da presidência da República. Brasília, 2003

PEIXOTO, F. Balthar. Redacção na Vida Profissional: sectores público e privado. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Colecção Ferramentas

SANTOS, Íris Gomes. Anotações em sala de aula das disciplinas Redacção Empresarial I e II. Salvador: UFBA, 2003