sexta-feira, 18 de março de 2016

VIDA, OBRA E PENSAMENTOS DE JOHN LOCKE - Trabalho elaborado Por Vieira Miguel Manuel

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
COLÉGIO A LUZ DO AMANHÃ











FILOSOFIA




VIDA, OBRA E PENSAMENTOS DE JOHN LOCKE






Nome: Cesária Ariel Dias da Costa
Classe: 12ª
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Sala: 16
Turma: A
Período: Tarde




O Docente

_________________
Anacleto Quaresma



LUANDA
2016
SUMÁRIO




 




Neste trabalho falarei sobre a vida, obra e pensamentos do filósofo John Locke, este trabalho tem como objectivo contextualizar de forma resumida e cronológica a vida de John Locke, bem como o seu contributo na expansão da filosofia moderna, procurando situar o seu pensamento através da apresentação da sua biografia e através de um esboço histórico de sua época, ressaltando-se os aspectos sociais, intelectuais e educacionais presentes na Inglaterra do Século XVII, com seus respectivos impactos sobre o pensamento lockeano.










John Locke nasceu em Wrington, uma cidade do condado de Somerset, perto de Bristol, na Inglaterra, no dia 29 de Agosto de 1632, foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.

Locke rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos. A filosofia da mente de Locke é frequentemente citada como a origem das concepções modernas de identidade e do "Eu". O conceito de identidade pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores, como David Hume, Jean-Jacques Rousseau e Kant. Locke foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de consciência. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco (tabula rasa). Em oposição ao Cartesianismo, ele sustentou que nascemos sem ideias inatas, e que o conhecimento é determinado apenas pela experiência derivada da percepção sensorial.

Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões.

Dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro Tratado sobre o Governo Civil, critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas. No Segundo Tratado sobre o Governo Civil, expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada.

Faleceu em 28 de outubro de 1704, com 72 anos. Locke nunca se casou ou teve filhos. Encontra-se sepultado em All Saints Churchyard, High Laver, Essex na Inglaterra.


Locke é considerado o protagonista do empirismo. Nega as ideias inatas, afirmando que a mente é uma tabula rasa - expressão latina que tem o sentido de "folha em branco". Isto significa que todas as pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela experiência, pela tentativa e erro. Esta é considerada a fundação do "behaviorismo".

A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito ao direito natural do ser humano - à vida, à liberdade e à propriedade. Influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: Revolução Inglesa, Revolução Americana e a fase inicial da Revolução Francesa, oferecendo-lhes uma justificação da revolução e da forma do novo governo. Locke costuma ser incluído entre os empiristas britânicos, ao lado de David Hume e George Berkeley, principalmente por sua obra relativa a questões epistemológicas. Em ciência política, costuma ser classificado na escola do direito natural ou jusnaturalismo.

Para Bernard Cottret, biógrafo de João Calvino, contrastando com a história trágica da brutal repressão aos protestantes na França no século XVI e a própria intolerância e zelo religioso radical de Calvino em Genebra, o nome de John Locke está intimamente associado à tolerância. Uma tolerância que os franceses aprenderam a valorizar apenas na década de 1680, quase às portas do Iluminismo. Como Voltaire afirmou, a tolerância é, para os franceses, um artigo de importação. Bernard Cottret afirma: A tolerância é o produto de um espaço geográfico específico, nomeadamente o noroeste da Europa. Ou seja: a Inglaterra e os Países Baixos. E ela é, no final, em especial, a obra de um homem - John Locke - a quem o século XVII dedica um culto permanente. Dentre os escritos políticos, a obra mais influente de Locke foi Dois Tratados sobre o Governo (1689).

O Primeiro Tratado é um ataque ao patriarcalismo, e o segundo introduz uma teoria da sociedade política ou sociedade civil baseada nos direitos naturais e no contrato social. Segundo Locke, todos são iguais, e a cada um deverá ser permitido agir livremente desde que não prejudique nenhum outro. Com este fundamento, deu continuidade à justificação clássica da propriedade privada, ao declarar que o mundo natural é a propriedade comum de todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de uma parte dele, ao acrescentar seu trabalho aos recursos naturais. Este tratado também introduziu a chamada "cláusula lockeana ", que resume a teoria da propriedade trabalho de John Locke: os indivíduos têm direito de se apropriar da terra em que trabalham desde isso não cause prejuízo aos demais.

O direito de se apropriar privadamente de parte da terra comum a todos seria pois limitado pela consideração de que ainda houvesse bastante [terra] igualmente boa e mais do que aqueles ainda não providos pudessem usar. Em outras palavras, que o indivíduo não pode simplesmente apropriar-se dos recursos naturais mas também tem que considerar o bem comum.

No Ensaio acerca do Entendimento Humano (An Essay concerning Human Understanding), de 1690, Locke defende que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão. Outra obra filosófica notável é Pensamentos sobre a Educação, publicado em 1693.

As fontes principais do pensamento de Locke são: o nominalismo escolástico, cujo centro era Oxford; o empirismo inglês da época; o racionalismo defendido por René Descartes e a filosofia de Malebranche.



       As acções dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos;

       Uma coisa é mostrar a um homem que ele está errado e outra coisa é instruí-lo com a Verdade;

       Não se é homem de espírito por ter muitas ideias, assim como não se é grande general por ter muitos soldados;

       Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos;

       Nossas acções são as melhores interpretações de nossos pensamentos;



















Cheguei a conclusão que John Locke foi uma pessoa muito importante em ralação ao empirismo, pois, foi o protagonista. Ele propôs que a experiência é a fonte do conhecimento e que depois se desenvolve por esforço da razão.

Jonh Locke no âmbito da filosofia, construiu uma teoria do conhecimento inovadora, que investigou o modo como a mente capta e traduz o mundo exterior.








HUISMAN, D. Dicionário de obras filosóficas. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2000.

LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. (Coleção Os Pensadores).

______. Some thoughts concerning education. 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 1999.
______. Dois tratados sobre o governo. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001

ROUSSEAU, J.J. Do contrato social; ensaio sobre a origem das línguas; discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens; discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978 (Coleção Os Pensadores).


YOLTON, J. W. Dicionário Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.

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