sexta-feira, 18 de março de 2016

VIDA, OBRA E PENSAMENTOS DE JOHN LOCKE - Trabalho elaborado Por Vieira Miguel Manuel

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
COLÉGIO A LUZ DO AMANHÃ











FILOSOFIA




VIDA, OBRA E PENSAMENTOS DE JOHN LOCKE






Nome: Cesária Ariel Dias da Costa
Classe: 12ª
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Sala: 16
Turma: A
Período: Tarde




O Docente

_________________
Anacleto Quaresma



LUANDA
2016
SUMÁRIO




 




Neste trabalho falarei sobre a vida, obra e pensamentos do filósofo John Locke, este trabalho tem como objectivo contextualizar de forma resumida e cronológica a vida de John Locke, bem como o seu contributo na expansão da filosofia moderna, procurando situar o seu pensamento através da apresentação da sua biografia e através de um esboço histórico de sua época, ressaltando-se os aspectos sociais, intelectuais e educacionais presentes na Inglaterra do Século XVII, com seus respectivos impactos sobre o pensamento lockeano.










John Locke nasceu em Wrington, uma cidade do condado de Somerset, perto de Bristol, na Inglaterra, no dia 29 de Agosto de 1632, foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.

Locke rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos. A filosofia da mente de Locke é frequentemente citada como a origem das concepções modernas de identidade e do "Eu". O conceito de identidade pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores, como David Hume, Jean-Jacques Rousseau e Kant. Locke foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de consciência. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco (tabula rasa). Em oposição ao Cartesianismo, ele sustentou que nascemos sem ideias inatas, e que o conhecimento é determinado apenas pela experiência derivada da percepção sensorial.

Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões.

Dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro Tratado sobre o Governo Civil, critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas. No Segundo Tratado sobre o Governo Civil, expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada.

Faleceu em 28 de outubro de 1704, com 72 anos. Locke nunca se casou ou teve filhos. Encontra-se sepultado em All Saints Churchyard, High Laver, Essex na Inglaterra.


Locke é considerado o protagonista do empirismo. Nega as ideias inatas, afirmando que a mente é uma tabula rasa - expressão latina que tem o sentido de "folha em branco". Isto significa que todas as pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela experiência, pela tentativa e erro. Esta é considerada a fundação do "behaviorismo".

A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito ao direito natural do ser humano - à vida, à liberdade e à propriedade. Influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: Revolução Inglesa, Revolução Americana e a fase inicial da Revolução Francesa, oferecendo-lhes uma justificação da revolução e da forma do novo governo. Locke costuma ser incluído entre os empiristas britânicos, ao lado de David Hume e George Berkeley, principalmente por sua obra relativa a questões epistemológicas. Em ciência política, costuma ser classificado na escola do direito natural ou jusnaturalismo.

Para Bernard Cottret, biógrafo de João Calvino, contrastando com a história trágica da brutal repressão aos protestantes na França no século XVI e a própria intolerância e zelo religioso radical de Calvino em Genebra, o nome de John Locke está intimamente associado à tolerância. Uma tolerância que os franceses aprenderam a valorizar apenas na década de 1680, quase às portas do Iluminismo. Como Voltaire afirmou, a tolerância é, para os franceses, um artigo de importação. Bernard Cottret afirma: A tolerância é o produto de um espaço geográfico específico, nomeadamente o noroeste da Europa. Ou seja: a Inglaterra e os Países Baixos. E ela é, no final, em especial, a obra de um homem - John Locke - a quem o século XVII dedica um culto permanente. Dentre os escritos políticos, a obra mais influente de Locke foi Dois Tratados sobre o Governo (1689).

O Primeiro Tratado é um ataque ao patriarcalismo, e o segundo introduz uma teoria da sociedade política ou sociedade civil baseada nos direitos naturais e no contrato social. Segundo Locke, todos são iguais, e a cada um deverá ser permitido agir livremente desde que não prejudique nenhum outro. Com este fundamento, deu continuidade à justificação clássica da propriedade privada, ao declarar que o mundo natural é a propriedade comum de todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de uma parte dele, ao acrescentar seu trabalho aos recursos naturais. Este tratado também introduziu a chamada "cláusula lockeana ", que resume a teoria da propriedade trabalho de John Locke: os indivíduos têm direito de se apropriar da terra em que trabalham desde isso não cause prejuízo aos demais.

O direito de se apropriar privadamente de parte da terra comum a todos seria pois limitado pela consideração de que ainda houvesse bastante [terra] igualmente boa e mais do que aqueles ainda não providos pudessem usar. Em outras palavras, que o indivíduo não pode simplesmente apropriar-se dos recursos naturais mas também tem que considerar o bem comum.

No Ensaio acerca do Entendimento Humano (An Essay concerning Human Understanding), de 1690, Locke defende que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão. Outra obra filosófica notável é Pensamentos sobre a Educação, publicado em 1693.

As fontes principais do pensamento de Locke são: o nominalismo escolástico, cujo centro era Oxford; o empirismo inglês da época; o racionalismo defendido por René Descartes e a filosofia de Malebranche.



       As acções dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos;

       Uma coisa é mostrar a um homem que ele está errado e outra coisa é instruí-lo com a Verdade;

       Não se é homem de espírito por ter muitas ideias, assim como não se é grande general por ter muitos soldados;

       Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos;

       Nossas acções são as melhores interpretações de nossos pensamentos;



















Cheguei a conclusão que John Locke foi uma pessoa muito importante em ralação ao empirismo, pois, foi o protagonista. Ele propôs que a experiência é a fonte do conhecimento e que depois se desenvolve por esforço da razão.

Jonh Locke no âmbito da filosofia, construiu uma teoria do conhecimento inovadora, que investigou o modo como a mente capta e traduz o mundo exterior.








HUISMAN, D. Dicionário de obras filosóficas. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2000.

LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. (Coleção Os Pensadores).

______. Some thoughts concerning education. 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 1999.
______. Dois tratados sobre o governo. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001

ROUSSEAU, J.J. Do contrato social; ensaio sobre a origem das línguas; discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens; discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978 (Coleção Os Pensadores).


YOLTON, J. W. Dicionário Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.

sexta-feira, 11 de março de 2016

A ESTRUTURA DA TERRA - Trabalho elaborado por Vieira Miguel Manuel

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO IIº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Nº 4054
SALINA/CACUACO










GEOLOGIA





A ESTRUTURA DA TERRA

























LUANDA
2016

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO IIº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Nº 4054
SALINA/CACUACO










GEOLOGIA




A ESTRUTURA DA TERRA

- ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
- ESTRUTURA EXTERNA DA TERRA
- FORMA E DIMENSÃO DA TERRA




Grupo: 10
Classe: 11ª
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Sala: 03
Período: Manhã

Integrantes do grupo:

1.    João Pedro C. de Oliveira
2.    Judith João Lussassa
3.    Gomes Lopes Francisco
4.    Domingos Manuel Cacondo
5.    Mateus Silvano Lucas




O DOCENTE

________________________
BERNARDO DOS SANTOS

 


AGRADECIMENTO


Agradecemos, primeiramente, a Deus Todo-Poderoso que nos deu fôlego de vida e a disposição para realizarmos este trabalhado. Agradecemos também ao Sr. professor, pelo ensino que nos tem transmitido a ele dedicamos também este trabalho.

Agradecemos também a cada um dos elementos que contribuíram para que esse trabalho fosse realizado e, a todos que nos ajudaram directa ou indirectamente.


 


SUMÁRIO









 




No presente trabalho pretendemos abordar no âmbito da Geologia a Estrutura da Terra, com principal foco na estrutura Interna, Externa e na Forma bem como a Dimensão da Terra. A história da Terra está escrita na pedra. As rochas revelam a origem e evolução da Terra, evidenciando sua estrutura geológica e as idades de sua formação.

A crosta e o manto superior da Terra são constituídos por minerais e rochas de diferentes idades e origens. Os minerais são geralmente sólidos inorgânicos que se formam na natureza e possuem, via de regra, uma composição química definida. As rochas, por sua vez, são uma associação de minerais em equilíbrio físico-químico, formando agregados de um ou vários mi­nerais.

Os minerais podem estar unidos em combinações que originam rochas, ou apresentar-se como formas puras, isolados, como o ouro e o diamante, ou ainda agrupados em pe­quenas massas. Alguns são extraídos nas minas e pedreiras por serem úteis para a indústria e para a construção, ou simplesmente por terem valor ornamental.


A Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em torno do Sol, junto aos demais astros do Sistema Solar. Uma grande parte da Terra é coberta pelos mares e oceanos – é a chamada hidrosfera. A camada mais externa, a atmosfera, é formada por gases. O oxigénio existente na atmosfera e a água líquida tornam possível a vida em nosso planeta. Essa vida, representada pelos seres humanos, animais e vegetais, forma a biosfera.

A parte sólida da Terra é a litosfera ou crosta terrestre. Ela recobre tanto os continentes quanto o assoalho marinho e, de acordo com sua constituição, é dividida em sial (composta basicamente de silício e alumínio, encontrada nos continentes) e sima (composta de silício e magnésio, encontrada sob os oceanos). No interior da Terra acredita-se que existam duas camadas formadas por diferentes materiais rochosos: o manto e o núcleo, constituído basicamente de níquel e ferro (nife).


A aparência de nosso planeta sofre constantes transformações. Algumas das mudanças ocorrem de forma repentina e violenta, como no caso dos terramotos e das erupções vulcânicas. Outros processos duram milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer montanhas e mudar completamente o aspecto da superfície da Terra. Além disso, a acção das águas dos rios, das chuvas e dos mares, as geleiras e os ventos modificam profundamente o relevo terrestre.


A Terra gira em torno do Sol, em um movimento contínuo chamado de translação. O caminho que percorre tem a forma de uma elipse e é denominado órbita terrestre. O tempo que a Terra leva para percorrer sua órbita é conhecido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e nove minutos. Além disso, a Terra gira ao redor de seu próprio eixo, como se fosse um pião. A esse movimento dá-se o nome de rotação.


Uma diferença notável entre a Terra e os demais planetas rochosos é a variedade de formas da superfície terrestre. A superfície de Mercúrio parece-se bastante com a da Lua, com extensas planícies cravejadas por crateras. Marte apresenta feição desse tipo em parte de sua superfície, o que se explica pela pequena densidade da atmosfera que o envolve. Vênus é predominantemente recoberto por suaves planícies vulcânicas. Existem algumas grandiosas montanhas em Marte e Vénus, maiores que as do Himalaia, mas não se observa nesses dois planetas o caleidoscópio de formas de relevo que, quase por toda parte, caracteriza o nosso planeta.

A estrutura interna da Terra não é conhecida por observações directas, pois as perfurações mais profundas, realizadas em programas de pesquisa geológica, não ultrapassam 15 quilómetros. O que sabemos sobre a composição interior do planeta deve-se, essencialmente, ao estudo da propagação das ondas sísmicas geradas pelos terramotos. Essas ondas são propagações de energia que produzem vibração na crosta. Por meio de sismógrafos, é possível medir a velocidade de propagação das ondas de energia dos terramotos.

O modelo da estrutura interna do planeta distingue três grandes camadas concêntricas: a crosta, o manto e o núcleo. As camadas estão separadas por descontinuidades que são limites definidos por mudanças na densidade e composição dos materiais, como mostra o esquema abaixo. A crosta encontra-se separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic, localizada a profundidades que variam entre 30 e 70 quilómetros, e o manto está separado do núcleo pela descontinuidade de Wiechert-Gutenberg, localizada a cerca de 2.900 quilómetros de profundidade.


Fig. 1 – Estrutura Interna da Terra


A crosta que forma a maior parte da litosfera. Em alguns lugares chega a atingir 90 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por isso também chamada de Sial. A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro é a descontinuidade de Mohorovicic que ocorre em virtude da diferença de composição entre camadas rochosas. O segundo evento é uma descontinuidade química que foi observada a partir da abdução de partes da crosta oceânica.

A crosta é a camada mais externa que constitui a superfície da Terra. A crosta continental tem cerca de 40 km de profundidade, enquanto a crosta oceânica tem cerca de 7 km de profundidade.


O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de 2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas. É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da crosta. O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos.

Além disso, a constituição dos materiais de cada camada do manto tem seu papel na determinação do estado físico local. (O núcleo interno da Terra é sólido porque, apesar das imensas temperaturas, está sujeito a pressões tão elevadas que os átomos ficam compactados; as forças de repulsão entre os átomos são vencidas pela pressão externa, e a substância acaba se tornando sólida; estima-se que esta pressão seja algo em torno de 3,5 milhões de atmosferas)

A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia entre 1021 a 1024 pascal segundo, dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode deslocar-se vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus Célsius  (na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Célsius (na parte que faz interface com o núcleo).

A atmosfera terrestre é uma fina camada de gases presa à Terra pela força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera, e que existe também em outros planetas do sistema solar dotados de atmosfera.

O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogénio, 20,95% de oxigénio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbónico e pequenas quantidades de outros gases. O ar contém uma quantidade variável de vapor de água, em média 1%.


A atmosfera tem uma massa de aproximadamente 5 x 1018 kg, sendo que três quartos dessa massa estão situados nos primeiros 11 km desde a superfície. A atmosfera terrestre se torna cada vez mais ténue conforme se aumenta a altitude, e não há um limite definido entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior. Apenas em altitudes inferiores a 120 km a atmosfera terrestre passa a ser bem percebida durante a reentrada atmosférica de um ônibus espacial, por exemplo. A linha Kármán, a 100 km de altitude, é considerada frequentemente como o limite entre atmosfera e o espaço exterior.


Também chamado de NifeCentrosfera ou Barisfera e, em planetas como a Terra, dada sua constituição, pode ainda receber o nome de Metalosfera. A massa específica média da Terra é de 5.515 quilogramas por metro cúbico, fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa específica do material superficial da Terra é apenas cerca de 3.000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cúbico).

Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à acção da gravidade os objectos muito densos foram sendo empurrados para o interior do planeta (o processo é conhecido como diferenciação planetária), enquanto materiais menos densos foram trazidos para a superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por ferro  (80%), e de alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta. O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro.

O núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel. Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos. Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir as ondas sísmicas. A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético, mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo líquido.

Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano.





O planeta Terra também apresenta uma Estrutura Externa, são os ambientes da Terra – Litosfera, Hidrosfera, Atmosfera e Biosfera. Tem como característica o fato desses ambientes se relacionarem entre si, isto é, são interdependentes: qualquer modificação num desses ambientes provocam alterações nos demais e no conjunto todo.

       A Litosfera –  É a camada sólida mais externa da crosta terrestre. Consiste nas rochas e solo, tem  cerca de 200 quilómetros de espessura.

       Hidrosfera –  É o conjunto de todas as águas do planeta: dos oceanos, dos mares, dos rios e dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor de água na atmosfera.

       Atmosfera –  É a camada de gases que envolve a Terra, contém gases importantes para a vida, como o oxigénio, o nitrogénio, e o gás carbónico, além de actuar no processo de equilíbrio da temperatura e humidade do planeta.

       Biosfera  – Ou esfera de vida, é um ambiente resultante das relações de milhões de anos entre a Atmosfera, Hidrosfera e a Litosfera. É na Biosfera que se encontram todos os seres vivos, pois é onde contém os diferentes tipos de solos, minerais, o ar, a água, a luz, o calor e os alimentos, elementos fundamentais para a vida.

       Importância da Biosfera  – É importante a compreensão da necessidade de sua preservação para o futuro da humanidade. A aparente fragilidade se equilibra num jogo de forças muito sensível mantido por diversos elementos que compõem a biosfera e se influenciam mutuamente. O homem integra e depende directamente das relações que se desenrolam no interior da biosfera. Sua ausência significa o fim da própria humanidade.



Fig. 2 - Biosfera - interacção entre litosfera, hidrosfera e atmosfera


O planeta Terra possui uma forma de uma esfera com um leve achatamento em seus olhos, que é conhecido como forma geoide. O planeta ao todo possui cerca de 510 milhões de km quadrado de superfície, e apesar desse valor, muito aparentemente, ser grande, a Terra é considerado um astro pequeno, quando considerados as dimensões de outros planetas que formam o Sistema Solar. O planeta Terra é 1,3 milhão de vezes menor do que o Sol, por exemplo.

Seu diâmetro equatorial é de 12. 756 km; já o diâmetro polar fica em 12.713 km; o volume é de 1.083 bilhão de km cúbicos, e sua massa é de 6 sextilhões de toneladas.

Quando traçada uma linha imaginária ao longo da região que é a mais larga da esfera da Terra, conhecida como Linha do Equador, é ainda possível dividir o planeta em dois hemisférios: o norte e o sul. Esta convenção de linha imaginária é de extrema relevância para os estudos da geografia da Terra.

A Terra é considerada um planeta vivo, pois até o presente momento, trata-se do único planeta conhecido no Sistema Solar que reúne todas as condições necessárias para o desenvolvimento da vida, em todas as suas formas. Coexistem no planeta Terra, milhares de espécies vegetais e animais que constituem, respectivamente, a flora, a fauna terrestres, sendo que nesta constituição, é a raça humana que mais povoa a superfície da Terra.

Com algumas poucas excepções, a superfície do planeta Terra é bastante amena. O Sol segue sendo a principal fonte de energia do planeta. Vale lembrar que todos os viventes, plantas, animais, seres humanos, necessitam da luz solar, bem como do calor do Sol para existirem. Como a Terra está acerca de 150 milhões de quilómetros do Sol, a distância é totalmente adequada para a manutenção da vida. Em caso de mais proximidade ou menos proximidade haveria dois problemas: muito calor, ou muito frio. Ambos impediriam o desenvolvimento da vida.

Outro factor que é preponderante para o desenvolvimento da vida, em todas as suas formas, é a presença da atmosfera – camada de ar que envolve o planeta. A atmosfera é composta, essencialmente de oxigénio e nitrogénio, ambos fundamentais para a vida. Além disso, é a atmosfera que regula a temperatura da superfície terrestre, e impede que ela se aqueça demais durante o dia ou à noite possa congelar.

Diferente de outros planetas, há também a presença da água em seu estado líquido, quase 71% da superfície terrestre está coberta de água.









Conhecer a estrutura geológica da Terra é importante para podermos entender suas transformações e fenómenos, facilitando assim nossas vidas e entendimento sobre o planeta, como a história de sua formação, através da teoria da deriva continental. Essa teoria explica que a Terra era antes um único e grande continente, mas que com o movimento das placas tectónicas, permitiu a formação dos actuais continentes ao longo do tempo. Pode-se ressaltar ainda a importância do conhecimento da estrutura da terra, para entender como funciona a gravidade, os terramotos e outros efeitos para podermos controlá-los ou nos prepararmos para possíveis mudanças. Conhecer a Terra não é apenas questão geográfica, é também histórica, biológica e cultural.







A realização deste trabalho foi de estrema importância, pois ajudou-nos a conhecer melhor a estrutura da terra, bem como nos auxiliou a saber como elaborar trabalhos académicos em grupo.

Durante as nossas investigações, tivemos inúmeras dificuldades concernentes a achar meios ou lugares de pesquisa com conteúdos confiáveis, por isso, recomendamos a Direcção desta escola para que possa nos proporcionar uma biblioteca ou mediateca para ajudar e facilitar as nossas futuras investigações.

Sugerimos também que haja no momento de aulas, projecções de imagens ou figuras que nos ajudarão a compreender melhor os conteúdos ou aulas ministradas pelo professor.








ANTUNES, C. Geografia e Didática.  Petrópolis: Vozes, 2010.

CARVALHO, A. M. P. de (org.). Ensino de Geografia. [S.l.]: Cengage, 2009.

CASTELLAR, S. M. V. (Org.) Educação Geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo

KIMURA, S. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.

LEÃO, V. de P. Ensino da Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. [S.l.]: Argvmentvm, 2008.


UDNICK, R.; SOUZA, S. O Ensino de Geografia e suas Linguagens. Curitiba: IBPEX, 2010.