quinta-feira, 28 de abril de 2016

REMÉDIOS FLORAIS DE BACH - Trabalho elaborado por VIEIRA MIGUEL MANUEL

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


                                            








TERAPÊUTICA





REMÉDIOS FLORAIS DE BACH  




















LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM







TERAPÊUTICA I





REMÉDIOS FLORAIS DE BACH  






SABALO MANUEL JOÃO




Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de Terapêutica I como requisito parcial para obtenção de notas.

Orientador: Evaristo Baptista
 
 


















LUANDA
2016
SUMÁRIO







 




Os Florais de Bach são considerados uma Prática Integrativa Complementar (PIC) e sua fundamentação apresenta grande cunho espiritual, entendendo que as pessoas possuem uma Alma que é o seu eu real e divino, e que, através de uma relação harmoniosa entre Alma e personalidade, tem-se como resultado a saúde. Pesquisas científicas internacionais de impacto têm sugerido que o fortalecimento do bem-estar espiritual pode auxiliar significativamente e positivamente na promoção da saúde mental e física.





O surgimento de novos modelos de cura e saúde a partir da segunda metade do século XX, sobretudo com o movimento social urbano denominado contracultura, desencadeado nos anos 60 e prolongado durante os anos 70 nos EUA e na Europa, incluiu a importação de modelos e sistemas terapêuticos distintos daqueles da racionalidade médica convencional. Além da importação de antigos sistemas médicos, como a Medicina Tradicional Chinesa e a Ayurvédica, a reabilitação das medicinas populares ou folk do país (como as xamânicas ou as ligadas às religiões afro-indígenas). Tal evento pode ser evidenciado pelos indícios: grande desenvolvimento nos centros urbanos de farmácias e lojas de produtos naturais tradicionais ou recentes; reaparecimento do “erveiro” (vendedor de plantas medicinais) como agente de cura, e aparecimento no noticiário da grande imprensa escrita e televisiva de reportagens frequentes sobre os efeitos curativos de terapias integrativas complementares, denotando aumento da procura das mesmas por um número significativo de pessoas (LUZ, 2005).

As Medicinas Integrativas e Complementares (MIC) são muito antigas e apresentam formas muito similares de compreensão da saúde, visto que elas consideram os diversos sectores da vida, buscando uma visão integral do ser humano e de sua saúde. Nessa abordagem, a pessoa é vista como sendo constituída por vários aspectos, dentre eles: aspecto físico, aspecto emocional, aspecto mental, aspecto social, aspecto espiritual. Além dessas medicinas existem as Práticas Integrativas, que não necessariamente pertencem a uma medicina específica, porém, compartilham os princípios da busca por uma visão mais ampliada de entendimento, diagnóstico e tratamento à saúde. De acordo com Scheffer (1990), os Florais de Bach são considerados uma Terapia Integrativa Complementar e são reconhecidos e recomendados desde 1974, pela Organização
Mundial da Saúde.

As Práticas Integrativas apresentam uma forte característica em comum com o sistema de saúde público angolano, o enfoque à saúde integral. Sabe-se que o Sistema Único de Saúde apresenta como princípio normativo a integralidade, e, de acordo com Tesser e Luz (2008), o senso comum do uso institucional e profissional do termo deixa poucas dúvidas, objectiva-se que essa directriz oriente, no âmbito dos serviços públicos, e da acção de seus profissionais, uma atenção à saúde de boa qualidade, que considere as múltiplas dimensões e dê conta das várias complexidades dos problemas de saúde pública e das pessoas.

Espera-se que os profissionais tenham uma abordagem integral, ampla e pluridimensional da saúde individual e colectiva. Além disso, a integralidade seria um atributo, usado também no contexto da atenção à saúde especializada, qualificador de uma acção interpretativa e terapêutica, preventiva ou “curativa” a mais ampla e global possível e, ao mesmo tempo, precisa, que integra as múltiplas dimensões da vida dos doentes, tanto do ponto de vista dos pacientes como do saber especializado que orienta o profissional da saúde (TESSER; LUZ, 2008).

O sistema de remédios florais de Bach é constituído por 38 essências mais um remédio emergencial, o rescue remedy, que é constituído por cinco dessas essências e serve para situações pontuais e de emergência. Cada uma dessas essências actua em estados emocionais e mentais específicos, sendo que 37 são extraídas de flores silvestres ou de árvores e apenas uma é extraída a partir de água de uma fonte natural que apresenta propriedades curativas (VALVERDE, 2000; BACH, 2006).


As essências florais não são remédios recentes, as diferentes culturas de povos ancestrais já as utilizavam para aliviar seus males, inclusive no antigo Egipto, onde eles foram muito populares. No século XV, Paracelso escreveu como recolher o orvalho das plantas em floração e como diluí-las para tratar os desequilíbrios emocionais. Os aborígenes australianos também costumavam utilizar esses remédios para alcançar o equilíbrio emocional. No Peru, que foi o berço de uma das civilizações que alcançou um alto nível de desenvolvimento na cultura médica, eles também foram utilizados (VALVERDE, 2000).

O conhecimento, a sistematização e a divulgação dos remédios florais se devem a um pesquisador do século XIX, Dr. Edward Bach, que é o responsável pela forma como essa terapia é conhecida actualmente. Segundo Valverde (2000) e Scheffer (1997), Bach nasceu no dia 24 de Setembro de 1886 em Moseley, na Inglaterra e desde criança mostrou muita intuição e sensibilidade. Em 1912 se formou em medicina, tendo se especializado em Bacteriologia, Imunologia e Saúde Pública. Durante a I Guerra Mundial trabalhou intensamente, sendo responsável por 400 leitos de feridos de guerra. Nessa época ele pode observar como os pacientes reagiam diante das enfermidades e como essa reacção influía no curso delas. Pode perceber que o mesmo tratamento aplicado a pessoas diferentes nem sempre curava a mesma enfermidade e que pacientes similares em temperamento melhoravam com o mesmo remédio. Tornou-se evidente para ele que, no tratamento das enfermidades, o temperamento do paciente tinha mais importância que a enfermidade física.

Dr. Bach trabalhou em um Hospital homeopático de Londres nos anos de 1919 a 1922. Nesse período ficou muito interessado nos trabalhos de Samuel Hahnemann, o fundador da Homeopatia, que já reconhecia a importância do temperamento na enfermidade. Combinando estes princípios com a Medicina convencional, ele desenvolveu os Sete Nosódios de Bach, que eram vacinas extraídas de bactérias intestinais, as quais purificavam o trato intestinal com notáveis benefícios à saúde geral dos pacientes e em enfermidades crónicas, como por exemplo, a artrite (VALVERDE, 2000).


Para entender a relação existente entre os temas do bem-estar espiritual e os Florais de Bach, é importante observar os postulados elaborados peloDr. Bach a respeito da manifestação dos estados de saúde e doença. Esses postulados foram publicados em sua obra principal, Cura-te a ti mesmo.

Segundo Bach (2006) a doença não pode ser curada nem erradicada por métodos materialistas, pelo fato de que, em sua origem, ela não é material. O que se conhece como doença seria o derradeiro efeito produzido no corpo, o produto final de forças profundas desde há muito em actividade e, mesmo quando o tratamento material sozinho parece bem sucedido, ele age apenas como um paliativo, a menos que a causa real tenha sido eliminada. Em essência, a doença seria o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela só poderia ser erradicada por meio de esforços mentais e espirituais do próprio indivíduo.

Para Bach (VALVERDE, 2000; BACH, 2006), ao procurar entender a natureza da doença seria necessário reconhecer certas verdades fundamentais, que são:

·         As pessoas possuem uma Alma que é o seu eu real, um ser divino, que é uma centelha do Todo-poderoso, portanto imortal;
·         As pessoas têm a missão de alcançar todo o conhecimento e toda a experiência que possam ser adquiridos, com o objectivo de avançar em direcção à perfeição de suas naturezas;
·         Deve-se compreender que a vida é apenas um breve instante no curso da evolução individual;
·         Se a pessoa apresentar uma relação harmoniosa entre sua Alma e personalidade, tudo é paz e alegria, felicidade e saúde. O conflito aparece quando as personalidades são atraídas para fora da senda traçada pela própria Alma, por obra de desejos terrenos ou pela persuasão dos outros;
·         Existe uma unidade em todas as coisas, o criador de tudo o que existe é o amor e, tudo aquilo de que temos consciência, em seu infinito número de formas, é manifestação desse amor.

Com isso, é possível incorrer em dois erros básicos, o primeiro é a dissociação entre a Alma e a personalidade, e o segundo seria a crueldade ou a falta para com os outros, visto que são pecados que se cometem contra a Unidade. Qualquer um desses gera conflito que conduz à doença. A percepção a respeito do tipo de erro que se comete e o esforço sincero para corrigi-lo, conduzirá não apenas a uma vida de alegria e paz, mas também à saúde (BACH, 2006).

A doença pode ser dividida em grupos principais que correspondem às suas causas específicas. A real natureza de uma enfermidade seria um guia eficaz para que se identifique o tipo de acção que se está praticando contra a Unidade. As doenças reais e básicas das pessoas seriam certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição, visto que, todas essas características são contrárias à Unidade. Esses defeitos constituem a verdadeira doença e na perseverança dessas atitudes os resultados serão vistos e sentidos no corpo, na materialização da enfermidade (BACH, 2006).

A prevenção e a cura acontecem quando é possível identificar o erro dentro de si mesmo e suprimi-lo por meio do cuidadoso aprimoramento da virtude que o destruirá, exactamente a virtude oposta. Certos males podem ser causados por meios físicos directos, tais como os associados à ingestão de substâncias tóxicas, acidentes, ferimentos e excessos cometidos; mas, em geral, a doença se deve a algum erro básico em nosso temperamento, como nos exemplos já citados (BACH, 2006).

Dr. Bach (2006) vislumbrava que o médico do futuro teria dois objectivos principais, o primeiro, o de ajudar o paciente a alcançar um conhecimento de si mesmo e apontar-lhe os pontos fracos de sua natureza para sua autocorrecção com a substituição por virtudes correspondentes e o segundo, o de ministrar os remédios que ajudem o corpo físico a recobrar a força, auxiliando a mente a serenar e ampliar sua percepção, trazendo assim a paz e a harmonia para a personalidade. Tais remédios existem disponíveis na natureza para a cura e o conforto da humanidade.

Baseado nesses conceitos é possível entender que um problema espiritual poderia desencadear um sofrimento mental, emocional ou físico qualquer, em virtude de que na óptica do Dr. Bach, um problema espiritual nada mais é do que um problema de comunicação, um desentendimento entre a Alma e a personalidade de um indivíduo.


Em cada formulação utilizar no máximo de seis essências.

·         Adicionar em um copo de água duas gotas do frasco de stock em um copo de água e tomar aos poucos quatro vezes ao dia.

·         Outra forma é comprar em uma farmácia de sua confiança as formulações prontas, 7gotas três vezes ao dia. (observar sempre o frasco porque possui prazo de validade curto, ou 4 gotas quatro vezes ao dia).

·         Formulações podem ser normalmente em Brandy 30% (para melhor conservação, pode estar em 7%, 15%,20%), porém em crianças é aconselhável água mineral, em tratamentos em quaisquer tipos de drogas usar vinagre de maçã ou água mineral (conservar em geladeira).

·         O tratamento não tem tempo específico de duração, as alterações das essências serão feitas conforme os sintomas forem desaparecendo.


Os Florais actuam no campo energético vibracional, os homeopáticos no campo etérico e atinge o vibracional lentamente, o único floral que age directamente no campo etérico chama-se Olive (indicado para graves quadros de stress).

Nossos pensamentos são a maior ferramenta para saúde perfeita. Existem padrões mentais que nos levam as doenças, o pior de todos os sentimentos negativos chamo de “culpa”, a culpa paralisa e faz desencadear muitas doenças, ela funciona como empilhamento de memórias.

Em nível energético não podemos esquecer que os iguais se atraem e não os diferentes, ou seja, você atrai para si o que pensa e o que sente.

O Floral tem a capacidade de limpar a memória energética (apaga o registo do trauma), antes de atingir o corpo, uma doença atinge o nosso campo vibracional (corpo + 6 corpos).

Nossos padrões de pensamento tomam formas, e essas formas é que são atraídas para nosso campo vibracional, ou seja, uma doença antes de atingir directamente o corpo ela atinge nossa corpo astral. O mental e o emocional irão direccionar a saúde.








As essências florais são extractos líquidos naturais e altamente diluídos de flores, plantas e arbustos acredita-se, promovem o equilíbrio dos problemas emocionais, operando em níveis vibratórios subtis e harmonizando a pessoa no meio em que vive. É uma terapia criada por Edward Bach, previamente médico [[homeopatia|homeopata], bacteriologista e imunologista, de onde veio o princípio de que ultra diluições potencializam os efeitos do princípio activo. O objectivo da terapia floral é o equilíbrio das emoções do paciente (estresse, depressão, pânico, desespero, sentimentos de culpa, cansaço físico ou mental, solidão, tristeza, indecisão, sensibilidade excessiva, ciúmes, ódio, mágoas, todos os tipos de medos, ansiedades e preocupações ) buscando a consciência plena do seu mundo interior e exterior. Problemas de saúde frequentemente têm suas origens nas emoções (psicossomática).







BACH, E. Os Remédios Florais do Dr. Bach. 19 ed. São Paulo: Pensamento, 2006. 96p.

JONES,T. W. Hyne. Dicionário dos Remédios Florais do Dr. Bach - aspectos Positivos e Negativos. São Paulo, 2000.

LUZ, M.T. Medicina e racionalidades médicas: estudo comparativo da medicina ocidental contemporânea, homeopática, chinesa e ayurvédica. In: CANESQUI, A.M. (org.) Ciências sociais e saúde para o ensino médico. São Paulo: Hucitec/FAPESP; 2000. p.181-200.

LUZ, M.T. Cultura contemporânea e medicinas alternativas: novos paradigmas em saúde no fim do século XX. Physis, v.15(Supl), p.145-176, 2005.

SCHEFFER, M. Terapia floral do Dr. Bach: Teoria e prática. São Paulo: Pensamento, 1990. 227p.

SCHEFFER, M. Terapia floral original do Dr. Bach para auto-ajuda: o livro básico compacto. São Paulo: Pensamento, 2005. 198p.

SILVA NETTO, C.R. et al. Consumo de medicamentos por Universitários. Rev. Fac. Odontol. Lins., v.4, n.1, p.18-22, 1991.

TESSER, C.D.; LUZ, M.T. Racionalidades médicas e integralidade. Ciên. Saúde Colet., v.13, n.1, p.195-206, 2008.

VALVERDE, D.P. Manual de terapia floral. Lima: Essalud; Organización Panamericana de la Salud, 2000.

VASCONCELOS, E.M. A espiritualidade no cuidado e na educação em saúde. In: VASCONCELOS, E.M. (org.). A espiritualidade no trabalho em saúde.2 ed. São Paulo: Hucitec, 2011. p. 13-160.







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