quarta-feira, 27 de junho de 2018

IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE SWOT - Trabalho Completo




A análise SWOT é uma ferramenta de gestão bastante difundida no meio empresarial para o estudo do ambiente interno e externo da empresa através da identificação e análise dos pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças às quais ela está exposta. Apesar de parecer simples, esse método se mostra bastante eficaz na identificação dos factores que influenciam no funcionamento da organização fornecendo informações bastante úteis no processo de planeamento estratégico.

Diante do cenário competitivo, percebe-se que ao fazer análise do ambiente e definir suas estratégias empresarias a organização possivelmente estará à frente de seus concorrentes, pois a mesma terá o conhecimento sobre seus pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças utilizando a ferramenta de análise SWOT, juntamente com sua missão que permite à organização definir melhor suas estratégias. (DIAS, 2003).

A análise de SWOT é uma das ferramentas estratégicas mais utilizadas pelas empresas, a mesma consiste em analisar factores internos e externos da empresa. Com a grande competitividade do mercado as organizações devem sempre buscar métodos para se sobressair no mercado em meio a tanta concorrência e dessa forma alcançar o tão almejado sucesso empresarial.




A análise SWOT é uma ferramenta desenvolvida para análise de ambiente, a mesma serve para a gestão e planeamento da organização que auxilia a posição estratégica da empresa dentro do ambiente necessário.

A análise de ambiente é dividida em duas partes: Ambiente Interno (Forças e Fraquezas) e Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças).

O ambiente interno é de suma importância para que a organização conheça suas forças (são vantagens internas da organização em relação aos concorrentes) e suas fraquezas (são as desvantagens internas da organização em relação aos concorrentes). (OLIVEIRA, PEREZ, SILVA, 2005).

Ainda conforme Oliveira; Perez; Silva (2005, p. 44):

“A análise do ambiente interno é uma das mais delicadas do processo de planeamento, à medida que demanda uma avaliação crítica das políticas e procedimentos estabelecidos há muito tempo dentro da empresa”.

Já o ambiente externo permite que a organização possa conhecer e monitorar suas oportunidades (pontos positivos da organização que auxilia para o crescimento da vantagem competitiva) e suas ameaças (pontos negativos da organização que auxilia para a compreensão da vantagem competitiva).

A organização que utiliza essa análise consegue ter uma ampla visão do seu ambiente externo e interno e dessa forma pode potencializar seu desempenho para atender melhor as necessidades do mercado.

Segundo Ferrell; Hartline (2009, p.130) “um dos maiores benefícios da análise SWOT é que ela gera informações e perspectiva que podem ser compartilhadas entre as diversas áreas funcionais da empresa”.

A análise SWOT é importante para qualquer organização com relação a conhecer o potencial e as ameaças que estão dentro e fora do ambiente da organização. Esta análise é de suma importância no planeamento da empresa auxiliando e colaborando com as decisões a serem tomada pelas organizações. (KOTLER; KELLER, 2007).


A análise externa permite a identificação do que pode constituir constrangimento (ameaça) à implementação de determinada estratégia e o que pode constituir um apoio (oportunidade) para alcançar os objectivos delineados para a organização.

Para Bethlem (2009) o ambiente externo exerce muita influência no desempenho da empresa. Desta forma, a empresa precisa realizar uma análise das ameaças e oportunidades, que só é possível a partir de um conhecimento prévio do ambiente em que ela actua ou deseja actuar.

Qualquer análise das ameaças e oportunidades com que uma empresa depara deve começar com um entendimento do ambiente externo em que ela actua. O ambiente externo consiste de tendências amplas, no contexto em que uma empresa opera, que podem ter impacto nas escolhas estratégicas dessa empresa. [...] “o ambiente externo consiste em alguns elementos inter-relacionados: mudanças tecnológicas, naturais, sociocultural, clima económico e político”, conforme afirmam Barney e Hesterly (2009, p. 28).

O conhecimento desses elementos e factores constituintes do ambiente externo possibilita à empresa encarar melhor suas ameaças e aproveitar melhor suas oportunidades, auxiliando os dirigentes da empresa na elaboração de previsões que ajudem a tornar esses elementos mais favoráveis à estratégia da empresa ou a reduzir seus impactos (BARNEY; HESTERLY, 2009).


O ambiente cultural tem influência devido aos valores, as percepções, as preferências e os comportamentos básicos da sociedade. A sociedade molda as crenças e os valores básicos das pessoas e sua visão de mundo definirá seu relacionamento com os outros. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007).

Segundo Kotler (2005) as pessoas absorvem inconscientemente a visão do mundo que define no seu relacionamento consigo mesmas, com outras pessoas, com organizações e com a sociedade. A característica cultural que também é de interesse para as organizações são as persistências dos valores culturais centrais, existência de subculturas e mudança dos valores culturais secundários ao logo do tempo.

De acordo com Las Casas (2010) o comportamento da sociedade adquire mudanças de acordo com suas crenças e valores culturais. Os produtos adquiridos pelos consumidores têm influência em relação aos períodos que ocorrem os desejos, pois o mesmo varia de acordo com as mudanças de valores.


“O ambiente económico consiste em factores que afectam o poder de compra e o padrão de gastos das pessoas. Os países variam muito em relação ao nível e a distribuição de renda”. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007, p. 66).

De acordo com Kotler (2005) o poder de compra depende directamente da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito, logo as organizações devem sempre estar atentas à renda e as tendências dos padrões de consumo.

As condições económicas de um país são de extrema importância para as empresas que visam à obtenção de lucro. As condições do mercado, inclusive o volume de compras dos consumidores, os preços dos insumos, os impostos, as despesas legais e fiscais tem grande influência nas condições económicas. (BETHLEM, 2004).

A administração deve levar em consideração certos aspectos económicos como inflação, taxas de juros e desemprego para tomar decisões.

Actualmente, existem oscilações económicas que influenciam directamente no desempenho das organizações, pois os hábitos de consumo mudam de acordo com o rendimento dos consumidores, apresentando assim, reflexos que afectam a economia das organizações.


A análise do ambiente tecnológico é importante para as organizações, pois a mesma possibilita que a empresa trabalhe com diversas ferramentas tecnológicas que colaboram com o processo de tomada de decisões e actividades empresariais. (KOTLER, ARMISTRONG, 2007).

A tecnologia está cada vez mais presente nas organizações, pois a mesma está em constante evolução. É de extrema importância que as empresas estejam atentas às mudanças tecnológicas para buscarem as melhores ferramentas que se adequam às suas necessidades perante o mercado.

O ambiente tecnológico talvez constitua a força mais drástica que molda o destino das pessoas. A tecnologia gerou maravilhas como antibióticos, as cirurgias feitas por robôs, os produtos electrónicos miniaturizados, os laptops e a Internet. Também gerou horrores como os mísseis nucleares, as armas químicas e os rifles usados em assaltos. Gerou ainda benefícios duvidosos, como o automóvel, a televisão e o cartão de crédito. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007).

A informação é importante para que haja o desenvolvimento tecnológico, possibilitando assim, que a empresa possa trabalhar em mercados onde os produtos e processos são passíveis de alterações, decorrentes de diversas mudanças tecnológicas. (BETHLEM, 2004). Segundo Las Casas (2010) o maior impacto ocasionado nas estratégias empresariais foi a tecnologia.

As mudanças tecnológicas têm se tornado uma evolução constante que afectam directamente na administração moderna. As mudanças que tem apresentado maior revolução no mundo moderno foram as telecomunicações e a Internet.


A identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos é particularmente importante para que a empresa rentabilize o que tem de positivo e reduza (através da aplicação dum plano de melhoria) os seus pontos fracos.

Simultaneamente à análise do ambiente externo deve ocorrer a análise do ambiente interno, que tem como objectivo a identificação dos pontos fortes e fracos da organização (MAXIMIANO, 2008).

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 51) “uma coisa é perceber oportunidades atraentes, outra é ter capacidade de tirar o melhor proveito delas.” Assim, as organizações devem aproveitar não só as oportunidades para as quais dispõem de recursos, mas também as oportunidades que exigirão um maior desenvolvimento de suas forças e uma maior união de sua equipe.

Para isso, a empresa pode realizar uma análise de suas principais áreas: marketing, finanças, produção, pessoas, entre outras, e verificar sua estrutura organizacional e suas políticas internas, considerados aspectos organizacionais relevantes, além de realizar um estudo de seu desempenho (MAXIMIANO, 2008).

Depois dessas análises das áreas funcionais da empresa, vem a análise dos aspectos organizacionais. A estrutura organizacional deve estar de acordo com as exigências do mercado, atender as necessidades da organização e promover a eficiência, e as políticas internas devem ser compatíveis, pertinentes à organização e actualizadas (OLIVEIRA; SILVA, 2006).

Kotler e Keller (2007) ainda citam alguns factores internos da empresa que devem ser verificados ao se realizar uma análise de forças e fraquezas. Entre eles, estão a reputação da empresa, a eficiência na determinação do preço, a cobertura geográfica, a estabilidade financeira, as instalações, a capacidade de produção e a liderança. Ao término das análises dos ambientes externo e interno, terá sido concluída a Análise SWOT.


Actualmente o termo estratégia tem se tornado um assunto muito utilizado pelas organizações, sendo a mesma realizada de diversas maneiras pelos gestores da organização que define e implanta as estratégias nas empresas. (FERNANDES et al., 2013).

“Ao implementar uma estratégia, o acompanhamento de todas as suas fases, pelos diversos executivos da empresa, é de fundamental importância para os resultados que se pretende alcançar”. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2005, p. 50).

A estratégia em relação ao ambiente corporativo da empresa é a determinação de metas e objectivos que devem ser alcançados pela organização, também é a adopção das linhas de acção e aplicação necessária para que as metas sejam alcançadas. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2005).

Ainda de acordo com Oliveira; Perez; Silva (2005) estratégia é uma actividade que deve estar envolvida no processo decisório das organizações, possibilitando um amplo conhecimento dos negócios e a verificação das tendências do mercado.
Os objectivos da estratégia empresarial é avaliar as forças e fraquezas, saber os limites da organização, saber atacar os concorrentes no momento certo, recuar quando for necessário, buscar condições favoráveis à empresa e realizar parcerias com demais organizações. (DIAS, 2003).

Com a alta competitividade e clientes mais exigentes, as empresas passam analisar melhor os ambientes competitivos na escolha de suas estratégias, a fim de se manter no mercado e consequentemente obter melhores resultados frente a concorrência. Algumas estratégias são, joint venture, franquias, licenciamento, aquisição, entre outros. (GUETTA, et al, 2013).


Os resultados de uma organização dependem muito da estratégia utilizada por ela. Ao contrário da natureza, as organizações podem utilizar a imaginação e a capacidade de raciocínio lógico de seus estrategistas para se diferenciarem das demais. A estratégia é a responsável pela geração de vantagens competitivas, e deve ser estruturada a partir de uma análise completa dos seus ambientes externo e interno (BARNEY; HESTERLY, 2009).

A análise de SWOT, ou seja, interna e externa deve ocorrer de forma simultânea. O objectivo dessas análises é identificar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo à empresa e quais as forças e fraquezas da empresa, para com isso estabelecer quais pontos poderão ser transformados pela organização em vantagem competitiva e quais pontos precisam ser melhorados para diminuir suas fraquezas (BARNEY; HESTERLY, 2009).

A análise de SWOT é uma ferramenta de gestão bastante difundida no meio empresarial para o estudo do ambiente interno e externo da empresa através da identificação e análise dos pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças às quais ela está exposta. Apesar de parecer simples, esse método se mostra bastante eficaz na identificação dos factores que influenciam no funcionamento da organização fornecendo informações bastante úteis no processo de criação e escolha das estratégias empresariais.

O ambiente externo é composto por factores que existem fora dos limites da organização, mas que de alguma forma exercem influência sobre ela. Este é um ambiente sobre o qual não há controlo, mas que deve ser monitorado continuamente, pois constitui base fundamental para a criação do planeamento estratégico. (BARNEY; HESTERLY, 2009).

Desta forma, através deste acompanhamento será possível identificar em tempo hábil as oportunidades e as ameaças que se apresentam, pois considerando que os factores externos influenciam de forma homogénea todas as empresas que actuam em um mesmo mercado-alvo, só aquelas que conseguirem identificar as mudanças e tiverem agilidade para se adaptar é que conseguirão tirar melhor proveito das oportunidades e que menos danos sofrerão com as ameaças. (BARNEY; HESTERLY, 2009).

Após realizar a escolha estratégica da entrada no mercado, a empresa tem condições de escolher qual estratégia utilizar para conquistar no mercado consumidor, através das informações e análise do ambiente interno.

Com a análise eficaz dos ambientes, a empresa consegue trazer excelentes resultados para empresa. A chave do sucesso da empresa é a habilidade de alta administração em identificar as principais necessidades de cada um desses factores ambientais, estabelecer algum equilíbrio entre eles e actuar com um conjunto de estratégias que permitam usufruir desses factores.

Não é preciso destacar que o actual ambiente de negócios no qual as empresas estão inseridas é marcado pela grande competição, pela constante busca por diminuição dos custos, além de melhorias de produtividade e foco em resultado. Isso faz com que as empresas busquem maiores informações para garantir seu retorno de investimento.

Além disso, percebe-se também, de forma clara e latente que num ambiente cada vez mais acirrado, as empresas mais frágeis não resistirão por muito tempo, pois as empresas mais competitivas estão continuamente desenvolvendo e aperfeiçoando novas capacidades e vantagens competitivas. (PORTER, 2004).





Actualmente as empresas estão inseridas em um cenário altamente competitivo em relação ao mundo dos negócios, onde sua influência está relacionada a diversos fenómenos como: económicos, tecnológicos, sociocultural, político, natural e concorrencial, assim como os factores internos. Todos influenciam directamente nos negócios, sendo de fundamental importância para a elaboração da gestão estratégica.

Analisando os diversos aspectos ambientais, pode-se observar que as mudanças ocorrem rapidamente e, sendo assim, as organizações para definir as estratégias empresariais que serão aplicadas à organização, deve perceber as tendências e visualizar as mudanças que influencia directamente no processo decisório da empresa, pois a análise do ambiente é essencial para que a empresa possa buscar excelência em seus resultados, bem como sua sobrevivência perante o mercado.

As empresas ao analisarem o ambiente externo, conseguem informações suficientes, para traçar o mercado futuro e assim auxilia na escolha da melhor estratégia a ser utilizada para entrar no mercado e para conquistar os consumidores alvos. Sendo assim, pode-se afirmar que o objectivo desse trabalho foi atingido, pois, percebe-se a importância da análise de SWOT na escolha das estratégias empresariais na busca de maior competitividade organizacional.

Em suma, combinando a matriz SWOT, podemos:

       Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas (SO);
       Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizadas efeitos das ameaças detectadas (ST);
       Desenvolver as estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades emergentes (WO);
       As estratégias a desenvolver devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face ameaças (WT).





BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

BETHLEM, A. Estratégia empresarial: conceitos, processo e administração estratégica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

DIAS, S. R. (Coord). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.

FERRELL, O. C.; HARTLINE, M. D. Estratégica de Marketing. Tradução: All Tasks; Marleine Cohen. 4 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

GUETTA, A. et al. Franchising: Aprenda com os especialistas. Bilíngue. Rio de Janeiro: ABF-Rio, 2013.

KOTLER, P.; e KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2007.

LAS CASAS. A. L. Administração de marketing: conceitos, planejamentos e aplicações à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2010.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JR., J. H.; SILVA, C. A. S. Controladoria Estratégica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.

PORTER, M. E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústria e da concorrência. Tradução de Elizabeth Maria de Pinho Braga. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.



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