sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Gestão - A Liderança - POR VIEIRA MIGUEL MANUEL

INTRODUÇÃO


Devido à sua importância, a liderança assumiu um papel preponderante nos tempos modernos.

O papel central que assume numa organização, se mal adequado, pode condicionar o bom funcionamento dessa mesma organização, influenciando a eficiência e a eficácia dos grupos de indivíduos e as próprias organizações, onde podemos encontrar, hospitais, escolas, forças de segurança e empresas.

Pode-se encontrar inúmeras definições do que é a liderança, e em quase todas é condição que a liderança é um fenómeno de grupo em que existe um sistema de influências entre ambas as partes.

Também a situação dos líderes é inicialmente abordada como capacidades inatas do próprio líder que marcavam a sua actividade como tal, evoluindo para aquilo que actualmente encara a liderança como um processo dinâmico, que é adaptável às novas situações e essas mesmas situações influenciam comportamentos.

Pode-se afirmar que a liderança assume um papel de extrema importância no desenvolvimento de uma organização, principalmente naquele que será o factor mais importante, o alcançar dos objectivos definidos pela organização.



DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA

O termo de liderança pode ser definido como um processo de influenciar os outros de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que seja feito. Por outras palavras é a actividade de exercer a direcção de uma equipa, implementando os planos, motivando as pessoas.

O exercício de Liderança deve:

1.         Mostrar o exemplo
2.         Motivar a equipa
3.         Premiar o mérito
4.         Considerar a penalização de falhas

De acordo com Jesuíno (1987), tal como em muitos outros países também em Portugal, a liderança tem com antecedentes a arte de comando, captável através do auxílio de elementos biográficos de personagens consideradas líderes. De grande tradição na literatura de natureza política e militar, a liderança é algo que se centra na pessoa do líder mestre na arte de liderar cuja biografia serve de inspiração e fornece sugestões em termos de cultivar a arte.

Embora as concepções sejam muitas e contraditórias, o que provoca algum incómodo a quem estuda o fenómeno, alguns autores (Cunha, 2011), acreditam que o estudo e reflexão de todas as vertentes são uma mais-valia na compreensão do tema liderança.

A HISTÓRIA DA LIDERANÇA

A história da liderança é antiga. Nasceu na região da Mesopotâmia. Foi a região onde provavelmente começou a História, por volta de 4.000 a.C, era uma rica região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates, os quais lançam suas águas no golfo Pérsico (SANTANA, 2008).

A Mesopotâmia corresponde em grande parte ao atual território da República do Iraque. Começara ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, surgiu lideres para que este projecto fosse seguido. O conceito de liderança ressalta de forma surpreendente, a capacidade de alguns indivíduos comoverem, inspirarem e mobilizarem massas populares, de forma a caminharem juntos na busca do mesmo objectivo. Independentemente de seus objetivos, os grandes líderes deixam sua marca pessoal nos anais da História ( MAURIZ,2008).

De entre os feitos desta civilização destacam-se a invenção da escrita cuneiforme (a mais antiga forma registada para representar sons da língua, em vez dos próprios objetos). A linha histórica da humanidade demonstra que as transformações a as evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu os conhecimentos e habilidades necessárias para trabalhar o meio físico, simplificá-lo e transformá-lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele inventou as roupas, os abrigos, os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e outros dispositivos que, somados a estes, aceleraram os processos de mudança, desencadearam o progresso e o surgimento das organizações. Na maior parte do curso da História, a liderança foi exercida pela autoridade de direito divino. O dever dos seguidores era submeter-se e obedecer. A grande revolução dos tempos modernos foi à revolução da igualdade. A idéia de que todos os indivíduos podem ser iguais perante a lei solapou as velhas estruturas de autoridade, hierarquia e respeito. (SANTANA, 2008).

Tudo isto nos leva a crer que a mudança é um fenómeno que vem acompanhando o homem desde os seus primórdios. Por isso, as mudanças já não nos surpreendem, o que nos causa espanto são a velocidade e a profundidade com que elas acontecem, e em sintonia com as mudanças, esta o líder capaz de se adequar as mudanças e preparar seu grupo para um novo estágio.

Platão em "A República", ao narrar o duelo verbal entre Sócrates e Trasímaco, cerca de 250 anos antes de Cristo, afirma:

(...) “nenhum chefe, em qualquer lugar de comando, na medida em que é chefe, examina ou prescreve o que é vantajoso a ele mesmo, mas o que o é para seu subordinado, para o qual exerce a sua profissão, e é tendo esse homem em atenção, e o que lhe é vantajoso e conveniente, que diz o que diz e faz tudo quanto faz” (MAURIZ, 2008) [grifos do autor]

Hitler só surgiu porque o povo alemão estava humilhado e esfomeado pelas condições de rendição impostas na Primeira Guerra Mundial. Ele não foi o primeiro a pensar que o povo alemão deveria se rebelar contra as condições do pós-guerra. Não sendo ele o primeiro a criar e a pensar numa dita superioridade da raça ariana. Hitler subiu ao poder como um líder que catalisou algumas idéias e se tornou um ditador pelo medo com o auxílio de sua polícia política, a Gestapo. Suas ações são recriminadas pela história( MAURIZ, 2008).

TEORIAS DE LIDERANÇA

• Teoria dos traços da personalidade (anos 20 – 40)

Segundo a teoria dos traços da personalidade a liderança é o resultado de uma determinada combinação de características pessoais, como a capacidade de relacionamento com os outros, inteligência, espírito de iniciativa, capacidade de expressão, empreendedores, capacidade física.

Esta teoria afirma que as conjugações dos traços da personalidade adaptam-se às situações que possam surgir de forma a conseguir atingir os objectivos.

• Teoria comportamentalista (anos 40 – 60)

A incapacidade da teoria dos traços de definir correctamente o fenómeno da liderança levou a que surgissem outras teorias neste caso baseadas no comportamento, em que determinados comportamentos distinguem os líderes e os não líderes.

Distingue-se duas categorias de comportamento, o comportamento orientado para as pessoas e o comportamento orientado para a tarefa, como existia a dificuldade de avaliar o melhor perfil para a liderança o objecto de avaliação deslocou-se dos traços da personalidade para aquilo que o líder executa.

Nesta abordagem foram efectuados diversos estudos, a Universidade de Ohio executou uma série de estudos sobre o comportamento de diversos líderes em várias organizações na tentativa de estudar o comportamento destes líderes em determinadas situações para que os liderados exerçam esforços na concretização dos objectivos propostos. A grelha de gestão de Blake e Mouton baseada numa matriz que avalia preocupação com as pessoas e preocupação com a produção.


Likert, desenvolveu os seus estudos sobre liderança, e propõe quatro tipos de liderança:

Ø  Autocrático-coercivo: o líder decide o que há a para fazer, quem, como e quando deve ser feito. O processo de decisão está totalmente centralizado na cúpula da hierarquia. Este tipo de liderança encontra-se em empresas industriais que utilizam mão-de-obra intensiva e tecnologia rudimentar, por exemplo, algumas empresas da construção civil.

Ø  Autocrático-benevolente: o líder toma decisões, mas os subordinados têm alguma liberdade e flexibilidade no desempenho da tarefa. O processo de decisão está ainda centralizado na cúpula, mas existe já alguma delegação de autoridade, principalmente para atividades mais simples. Será o exemplo de linhas de montagem.

Ø  Consultivo (laissez-faire): o líder consulta os subordinados antes de estabelecer objetivos e tomar decisões. Normalmente é utilizado em instituições financeiras, empresas de serviços.

Ø  Participativo: Existe um envolvimento total dos colaboradores na definição de objetivos e nas decisões. Likert recomenda este estilo, sendo o menos aplicado na realidade, podemos encontrar este estilo em empresas tecnologicamente evoluídas com pessoal altamente especializado.

•Abordagem contingencial (anos 60 -80)

Estas teorias partem do pressuposto de que o comportamento mais indicado para um líder depende das situações concretas em que o mesmo se encontra. A teoria da contingência da liderança de Fiedler, é uma das que tem mais aceitação, segundo Fiedler (1996) não existe nenhum estilo de liderança que possa ser considerado o mais eficaz em qualquer situação, seja ela qual for.

São três os fatores que determinam se uma dada situação é favorável ou desfavorável ao líder.

- A relação líder / subordinado, o grau de aceitação do líder pelos subordinados;
- A estrutura da tarefa, se os objetivos estão bem definidos ou não;
- A posição de poder do líder, determinada fundamentalmente pela autoridade formal e pelo grau da influência sobre as recompensas, punições.

Também a teoria situacional de Hersery e Blanchard (1963) tem grande aceitação, de forma muito resumida, esta baseia-se na ideia de que o estilo de liderança mais eficaz varia de acordo com a maturidade dos subordinados e com as características da situação.

A maturidade divide-se em maturidade no trabalho e maturidade psicológica. A teoria dos caminhos para os objetivos é o mais sofisticado e abrangente dos modelos contingenciais na sua essência alude a quatro comportamentos de liderança que podem influenciar a satisfação e desempenho dos subordinados.

TIPOS E ESTILOS

O aspecto da liderança está presente na humanidade desde os primórdios. Grandes líderes deixaram marcas positivas ou negativas no mundo e na história em vários momentos, através da atuação à frente de grandes impérios e nações da antiguidade, dirigindo grandes batalhas e guerras devastadoras ou, por outro lado, promovendo o desenvolvimento humano, a justiça, a paz e a esperança.

No mundo contemporâneo, não é diferente. Vimos, por exemplo, nos séculos mais recentes, pessoas comuns que se tornaram grandes ícones da humanidade pela intensidade e inteligência na arte de liderar grupos e multidões em torno de um objetivo. Adolf Hitler e o Nazismo, Nelson Mandela e o Apartheid, Papa João Paulo II, Princesa Diana, Ernesto Che Guevara e os brasileiros Getúlio Vargas e Luiz Inácio Lula da Silva são grandes exemplos de liderança impactante.

Mas, vamos analisar quatro estilos de liderança e três tipos de líderes, para que você possa realizar uma reflexão profunda de como tem atuado perante os seus liderados (ou mesmo se você pretende ser futuramente um grande líder, e talvez já esteja sendo um). Primeiro vamos analisar os estilos de liderança:

Liderança Autocrática: é um estilo de liderança em que o líder é focado apenas nas tarefas, e suas decisões costumam ser tomadas isoladamente, sem a participação dos colaboradores. É também chamada de Liderança Diretiva ou Liderança Autoritária.

Liderança Democrática: é um estilo de liderança voltada para a participação das pessoas nos processos decisórios. Também chamada de Liderança Participativa ou Liderança Consultiva.

Liderança Liberal: é um estilo de liderança que deixa as pessoas à vontade para realizar as tarefas e projetos por acreditar que a equipe já é madura o suficiente e não precisa de supervisão constante. Pode acarretar em uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem perceber e, consequentemente, sem corrigi-los.

Liderança Paternalista: esta linha de liderança é muito perigosa, porque a relação entre o líder e os liderados é algo similar à relação de pai para filho. As relações interpessoais são muito fortes, e isso pode até ser muito confortável para os liderados, mas pode trazer sérios riscos à estabilidade e ao desempenho da empresa num sentido mais corporativo, visto que em uma relação profissional o equilíbrio deve sempre prevalecer.

Passamos agora a considerar três tipos distintos de líderes:

Líder Técnico: é o tipo de líder em que as pessoas depositam grande confiança e segurança devido a ele ser muito bom no que faz e ter um alto nível de conhecimento técnico e científico nos assuntos do dia a dia do trabalho. É o tipo de pessoa que sabe os caminhos para executar os processos e atingir metas e objetivos que foram planejados. Na hora dos momentos mais complicados, chame-o que ele resolve.

Líder Carismático: é o tipo de pessoa que consolida uma liderança no grupo por estar sempre colocando um semblante de alegria e bom humor nos demais membros da equipe, na hora certa, no lugar certo, nas pessoas certas, e por deixar o ambiente mais leve. Todos (ou quase todos) na empresa têm apreço por ele. Não precisa ter um cargo da alta hierarquia. Pode ser um porteiro, um motorista, um digitador, um cozinheiro ou qualquer outro cargo sem necessariamente ser da alta corte da empresa. Este tipo de líder possui grande influência, mesmo que a empresa como um todo não perceba, mas ele traz um ambiente agradável que faz as pessoas trabalharem com mais entusiasmo e mais descontraídas, gerando assim resultados mais elevados.

Líder Motivador: é o tipo de líder que consegue estimular os colegas a seguir em frente na busca pelos resultados almejados pela empresa. Pode ser qualquer pessoa da organização. Quando as coisas estão desandando, ele consegue atrair a atenção dos colegas e levar uma mensagem positiva e de confiança que o trabalho vai dar certo, mesmo em momentos tempestuosos. Nunca deixa "a peteca cair" e isso é um fator muito importante em tempos de crise. Além disto, muitas vezes, consegue "achar uma brecha, uma saída" para os problemas, pois costuma ser muito perspicaz.

CARACTERÍSTICA DE UM LÍDER

Muitas são as qualidades que definem ao líder

Nesta lição vamos falar sobre aquelas que podemos considerar básicas (são necessárias para que exista um autêntico líder), enquanto que na lição seguinte analisaremos outras complementares (contribuem a realçar a figura do líder).

O líder deve possuir todas estas qualidades básicas, logicamente umas mais que outras, mas todas elas devem estar presentes.

A ausência de alguma delas dificulta para exercer uma autêntica liderança.

Como qualidades básicas mencionamos:

Visionário: o líder se caracteriza pela sua visão em longo prazo, por se adiantar aos acontecimentos, por antecipar os problemas e detectar oportunidades muito antes que os demais.

O líder não se conforma com o que tem, é uma pessoa inconformista, criativa, que gosta ir à frente.

Pessoa de acção: o líder não só marca uns objetivos exigentes senão que luta de forma denodada por alcançá-los, sem render-se, com enorme persistência, o que no final das contas constitui a chave do sucesso.

O líder não se contenta com sonhar, o líder quer resultados.

Brilhante: o líder destaca sobre o resto da equipe, bem por sua inteligência, bem por seu espírito combativo, bem por a claridade de seus planejamentos, etc., ou provavelmente por uma combinação de tudo o anterior.

Coragem: o líder não se derruba ante as dificuldades, as metas que propõe são difíceis (embora impossíveis), temos que salvar muitos obstáculos, tendo que convencer a muita gente, mas o líder não se desanima, está tão convencido da importância das mesmas que lutará por elas, superando aqueles obstáculos que vão surgindo.

O líder defende com determinação suas convicções.

Contagia entusiasmo: o líder consegue entusiasmar a sua equipe; eles percebem que as metas que persegui o líder são positivas tanto para a empresa como para os empregados.

O futuro que oferece o líder é tão sugestivo que vale a pena lutar por isso.

Esta é uma das características fundamentais do líder, o saber contagiar seu entusiasmo, o conseguir que a equipe lhe siga, que comparta seus objetivos.

Sem uma equipe que lhe acompanhe, uma pessoa com as demais características seria um lobo solitário, mas nunca um líder (a liderança vai sempre unida a uma equipe).

Grande comunicador: outra qualidade que caracteriza ao líder são seus dotes de bom comunicador, habilidade que permite “vender” sua visão, dar a conhecer seus planos de maneira sugestiva.

Convincente: o líder é persuasivo, sabe apresentar seus argumentos de forma que consegue ganhar o apoio da organização.

Grande negociador: o líder é muito hábil negociando. A luta por seus objetivos exige negociar continuamente, tanto dentro da empresa, como com clientes, provedores, entidades financeiras, acionistas, etc.

O líder demonstra uma habilidade especial para ir avançando no longo caminho de conseguir seus objetivos.

Capacidade de mando: o líder deve basear sua liderança na arte da convicção, mas também tem que ser capaz de utilizar sua autoridade quando seja necessário.

O líder é uma pessoa compressiva, mas nunca deve ser uma pessoa branda (os subordinados lhe perderiam respeito).

O líder não pode abusar do “eu ordeno e mando”, pois assim resulta impossível motivar a uma equipe em base de autoridade, mas deve ser capaz de aplicar sua autoridade sem tremer em aquelas ocasiões que o requeram.

Exigente: com seus empregados, mas também, e muito especialmente, consigo mesmo. A luta por algumas metas difíceis requere um nível de excelência no trabalho que somente se consegue com um alto nível de exigência.

Se o líder fora exigente com seus empregados mas não consigo mesmo não seria um líder, seria um déspota que colocaria toda a organização em sua contra.

Carismático: se além do mais das características anteriores, o líder é uma pessoa carismática, nos encontraríamos ante um líder completo.

O carisma é uma habilidade natural para seduzir e atrair as pessoas, é autêntico magnetismo pessoal. O carisma permite ganhar-se a equipe, que se sente atraída por seu líder.

No entanto, temos que marcar que é perfeitamente possível um líder sem carisma.

Para uma empresa é preferível ter um líder sem carisma com um alto sentido da honestidade, que um líder carismático que utilize a organização em seu próprio benefício.

Honestidade: uns elevados valores éticos são fundamentais para que a liderança se mantenha no tempo e não se trate de uma simples “moda” passageira.

A equipe tem que ter confiança plena em seu líder, tem que estar absolutamente convencido que o líder vai atuar honestamente e não os vai a deixar na rua.

Se os subordinados detectam que o líder não joga limpo e que só lhe preocupa seus próprios interesses, perderão sua confiança nele, processo que uma vez iniciado é muito difícil de parar.

Cumpridor: o líder tem que ser uma pessoa de palavra: o que promete e cumpre.

É a única forma de que a equipe tenha confiança cega nele.

Coerente: o líder tem que viver aquilo que predica.

Se ele exige dedicação, ele tem que ser o primeiro: se fala de austeridade, ele tem que dar exemplo; se pede lealdade, ele tem que ir à frente.

O líder predica principalmente com o exemplo: não pode exigir algo a seus subordinados que ele não cumpre.

Além disso, a mensagem do líder deve ser coerente no tempo.

Não pode pensar hoje de uma maneira e amanha de outra radicalmente distinta: confundiria a sua equipe.

Isto não implica que não possa ir evoluindo em seus planejamentos.


COMO SER UM LÍDER

Um líder actua basicamente definindo os objectivos, elaborando a estratégia para que os mesmos sejam atingidos, comunicando à equipe e cuidando para que as metas sejam alcançadas nos prazos estabelecidos. Contudo, hoje, as exigências do mercado em relação a um líder são muito maiores. Possuir credibilidade, junto a seus seguidores, é um factor de alta relevância e muito difícil de ser conquistado. Sendo assim, a liderança contemporânea deve ser baseada pela influência e não mais somente pela autoridade como antes acontecia.

Cleber Andriotti Castro, consultor em Gestão de Pessoas e sócio da Andriotti & Castro Consultoria, apresenta sete passos para você se tornar um líder melhor e conquistar definitivamente a confiança e respeito de sua equipe. Confira:

1. Escute seus colaboradores

Essa técnica é positiva por duas razões. Primeiro, porque eles muito provavelmente contribuirão com ideias, sugestões e críticas que lhe permitirão adquirir um ponto de vista diferente do seu. Talvez melhor. Segundo, porque certamente, ao serem ouvidos, sentir-se-ão valorizados e parte integrante de uma equipe. Um bom líder precisa compreender que só é possível alcançar o sucesso por meio do engajamento de seus seguidores.

2. Meça o desempenho

Tão importante quanto buscar motivar a todos é mensurar o desempenho, identificando e apontando os pontos fortes e fracos de cada um. Essa avaliação serve tanto para o líder quanto para o liderado saberem quais têm sido os resultados apresentados, balizando seu desenvolvimento futuro.

3. Compreenda que cada pessoa é única

Achar que os colaboradores devem se adaptar ao estilo do líder é um erro muito comum. O líder eficaz é aquele que conhece os pontos fortes e fracos de cada membro de seu time. Assim, aloca-os nas funções que melhor desempenham e cuida para que desenvolvam seus pontos fracos. Exercer um estilo de liderança para cada pessoa também faz com que as motivações individuais sejam estimuladas e que, assim, sejam maiores as chances de se extrair da equipe o que ela tem de melhor.

4. Entenda o papel do líder

O líder é aquele que consegue extrair o melhor de cada indivíduo, de forma que sua equipe como um todo produza o máximo. Ele está lá para motivar, ensinar e colaborar, fornecendo condições que permitam que seus liderados atinjam os resultados esperados. Por isso, o líder deve compreender que ele não chegou onde está para ser servido, e sim para servir. Ele precisa fazer de seu trabalho um instrumento a ser utilizado pelos seguidores, a fim de que esses consigam realizar suas funções da melhor forma possível. Se um funcionário atinge suas metas, consequentemente, um líder também atinge os seus objectivos.

5. Desenvolva sua capacidade de suportar pressão

Liderar é suportar, muitas vezes, altas cargas de pressão. Aquele que sucumbe às dificuldades inerentes à função não está preparado para conduzir uma equipe. O líder é sempre o último a “apagar a luz”. Aquele que garante que todos estão bem. Para isso, uma alta dose de equilíbrio emocional é imprescindível. Busque equilibrar a vida pessoal com a profissional, além de conhecer importantes técnicas de gestão e liderança, para estar preparado para suportar as demandas do cargo. É preciso desenvolver autocontrole, rapidez para se confrontar com o inesperado, grande poder de decisão e pensamento estratégico.

6. Motive

Muitos dos líderes actuais, imprudentemente, não se preocupam em estimular o comprometimento em seus subordinados. Isso deveria ser feito através da iniciativa do líder em incitar a visão empresarial, objectivos e confiança em seus liderados. Existem diversas técnicas para despertar a motivação de sua equipe. A principal, e mais eficaz delas, sem dúvida, é o elogio. Pratique-o, com frequência, logo após os acertos dos colaboradores. O efeito é imediatamente associado à acção positiva, estimulando a sua repetição. Também busque refletir se você trata seus seguidores da mesma forma como gostaria de seu tratado por seu superior. Um profissional motivado é um seguidor engajado.

7. Recicle-se e esteja antenado

Uma tendência natural das pessoas é a acomodação. Com o passar dos anos, a experiência cresce e muitos podem se considerar líderes completos, mesmo não o sendo. Isso pode ser fatal. A área de Gestão de Pessoas está em constante evolução, e estar atualizado com as técnicas e ferramentas mais modernas para gerir sua equipe é fundamental para que o alcance dos resultados esperados. Além disso, um líder precisa ser visionário. Imaginar o futuro, fundamentado em tendências, é uma maneira de se observar o modo como o mundo se transforma e, como essas novas configurações mundiais podem refletir em pontos positivos para o trabalho da equipe e para as atividades da organização.




CONCLUSÃO


Procurou-se com este trabalho elencar uma perspetiva dos estudos sobre a liderança, dando relevo aos modelos teóricos que mais contribuiram para o estudo da liderança. Na temática da tentativa de definir a liderança, conclui-se que são inúmeras as definições e não são consensuais na abordagem do conceito, também na análise da vária literatura existente, a distinção liderança e gestão, onde acaba uma e começa a outra não é consensual a sua fronteira.

Com uma grande produção de artigos sobre a matéria, pode-se afirmar que apesar de ser dificil quantificar, a verdade e que existe influencia nas organizações por parte do líder.
Sendo a liderança um processo de influência sobre outros e de ser influenciado por outros, conclui-se que para completar uma triade não pode ficar de fora a abordagem à situação que envolve o processo de liderança, ou seja, o processo implica líderes, liderados e as situações envolventes.

Seria importante destacar que apesar de inúmeras teorias e propostas de diversos autores elencamos o referido por Cunha (2011) que não líderes eficazes sem colaboradores eficazes e que o processo depende da sintonia entre ambos.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


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