INTRODUÇÃO
Devido
à sua importância, a liderança assumiu um papel preponderante nos tempos
modernos.
O
papel central que assume numa organização, se mal adequado, pode condicionar o
bom funcionamento dessa mesma organização, influenciando a eficiência e a
eficácia dos grupos de indivíduos e as próprias organizações, onde podemos
encontrar, hospitais, escolas, forças de segurança e empresas.
Pode-se
encontrar inúmeras definições do que é a liderança, e em quase todas é condição
que a liderança é um fenómeno de grupo em que existe um sistema de influências
entre ambas as partes.
Também
a situação dos líderes é inicialmente abordada como capacidades inatas do
próprio líder que marcavam a sua actividade como tal, evoluindo para aquilo que
actualmente encara a liderança como um processo dinâmico, que é adaptável às
novas situações e essas mesmas situações influenciam comportamentos.
Pode-se
afirmar que a liderança assume um papel de extrema importância no
desenvolvimento de uma organização, principalmente naquele que será o factor
mais importante, o alcançar dos objectivos definidos pela organização.
DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA
O
termo de liderança pode ser definido como um processo de influenciar os outros
de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que seja feito. Por
outras palavras é a actividade de exercer a direcção de uma equipa,
implementando os planos, motivando as pessoas.
O exercício de
Liderança deve:
1. Mostrar o exemplo
2. Motivar a equipa
3. Premiar o mérito
4. Considerar a penalização de falhas
De
acordo com Jesuíno (1987), tal como em muitos outros países também em Portugal,
a liderança tem com antecedentes a arte de comando, captável através do auxílio
de elementos biográficos de personagens consideradas líderes. De grande tradição
na literatura de natureza política e militar, a liderança é algo que se centra
na pessoa do líder mestre na arte de liderar cuja biografia serve de inspiração
e fornece sugestões em termos de cultivar a arte.
Embora
as concepções sejam muitas e contraditórias, o que provoca algum incómodo a
quem estuda o fenómeno, alguns autores (Cunha, 2011), acreditam que o estudo e
reflexão de todas as vertentes são uma mais-valia na compreensão do tema
liderança.
A HISTÓRIA DA LIDERANÇA
A
história da liderança é antiga. Nasceu na região da Mesopotâmia. Foi a região
onde provavelmente começou a História, por volta de 4.000 a.C, era uma rica
região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios
Tigre e Eufrates, os quais lançam suas águas no golfo Pérsico (SANTANA, 2008).
A
Mesopotâmia corresponde em grande parte ao atual território da República do
Iraque. Começara ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em
conjunto, em sociedade, surgiu lideres para que este projecto fosse seguido. O
conceito de liderança ressalta de forma surpreendente, a capacidade de alguns
indivíduos comoverem, inspirarem e mobilizarem massas populares, de forma a
caminharem juntos na busca do mesmo objectivo. Independentemente de seus
objetivos, os grandes líderes deixam sua marca pessoal nos anais da História (
MAURIZ,2008).
De
entre os feitos desta civilização destacam-se a invenção da escrita cuneiforme
(a mais antiga forma registada para representar sons da língua, em vez dos próprios
objetos). A linha histórica da humanidade demonstra que as transformações a as
evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu os conhecimentos e
habilidades necessárias para trabalhar o meio físico, simplificá-lo e
transformá-lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele inventou as roupas,
os abrigos, os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e outros dispositivos
que, somados a estes, aceleraram os processos de mudança, desencadearam o
progresso e o surgimento das organizações. Na maior parte do curso da História,
a liderança foi exercida pela autoridade de direito divino. O dever dos
seguidores era submeter-se e obedecer. A grande revolução dos tempos modernos
foi à revolução da igualdade. A idéia de que todos os indivíduos podem ser iguais
perante a lei solapou as velhas estruturas de autoridade, hierarquia e
respeito. (SANTANA, 2008).
Tudo
isto nos leva a crer que a mudança é um fenómeno que vem acompanhando o homem
desde os seus primórdios. Por isso, as mudanças já não nos surpreendem, o que
nos causa espanto são a velocidade e a profundidade com que elas acontecem, e
em sintonia com as mudanças, esta o líder capaz de se adequar as mudanças e
preparar seu grupo para um novo estágio.
Platão
em "A República", ao narrar o duelo verbal entre Sócrates e
Trasímaco, cerca de 250 anos antes de Cristo, afirma:
(...) “nenhum
chefe, em qualquer lugar de comando, na medida em que é chefe, examina ou
prescreve o que é vantajoso a ele mesmo, mas o que o é para seu subordinado,
para o qual exerce a sua profissão, e é tendo esse homem em atenção, e o que
lhe é vantajoso e conveniente, que diz o que diz e faz tudo quanto faz” (MAURIZ,
2008) [grifos do autor]
Hitler
só surgiu porque o povo alemão estava humilhado e esfomeado pelas condições de
rendição impostas na Primeira Guerra Mundial. Ele não foi o primeiro a pensar
que o povo alemão deveria se rebelar contra as condições do pós-guerra. Não
sendo ele o primeiro a criar e a pensar numa dita superioridade da raça ariana.
Hitler subiu ao poder como um líder que catalisou algumas idéias e se tornou um
ditador pelo medo com o auxílio de sua polícia política, a Gestapo. Suas ações
são recriminadas pela história( MAURIZ, 2008).
TEORIAS DE LIDERANÇA
• Teoria dos
traços da personalidade (anos 20 – 40)
Segundo
a teoria dos traços da personalidade a liderança é o resultado de uma
determinada combinação de características pessoais, como a capacidade de
relacionamento com os outros, inteligência, espírito de iniciativa, capacidade
de expressão, empreendedores, capacidade física.
Esta
teoria afirma que as conjugações dos traços da personalidade adaptam-se às
situações que possam surgir de forma a conseguir atingir os objectivos.
• Teoria
comportamentalista (anos 40 – 60)
A
incapacidade da teoria dos traços de definir correctamente o fenómeno da
liderança levou a que surgissem outras teorias neste caso baseadas no
comportamento, em que determinados comportamentos distinguem os líderes e os
não líderes.
Distingue-se
duas categorias de comportamento, o comportamento orientado para as pessoas e o
comportamento orientado para a tarefa, como existia a dificuldade de avaliar o
melhor perfil para a liderança o objecto de avaliação deslocou-se dos traços da
personalidade para aquilo que o líder executa.
Nesta
abordagem foram efectuados diversos estudos, a Universidade de Ohio executou
uma série de estudos sobre o comportamento de diversos líderes em várias
organizações na tentativa de estudar o comportamento destes líderes em determinadas
situações para que os liderados exerçam esforços na concretização dos objectivos
propostos. A grelha de gestão de Blake e Mouton baseada numa matriz que avalia
preocupação com as pessoas e preocupação com a produção.
Likert,
desenvolveu os seus estudos sobre liderança, e propõe quatro tipos de
liderança:
Ø Autocrático-coercivo:
o líder decide o que há a para fazer, quem, como e quando deve ser feito. O
processo de decisão está totalmente centralizado na cúpula da hierarquia. Este
tipo de liderança encontra-se em empresas industriais que utilizam mão-de-obra
intensiva e tecnologia rudimentar, por exemplo, algumas empresas da construção
civil.
Ø Autocrático-benevolente:
o líder toma decisões, mas os subordinados têm alguma liberdade e flexibilidade
no desempenho da tarefa. O processo de decisão está ainda centralizado na
cúpula, mas existe já alguma delegação de autoridade, principalmente para
atividades mais simples. Será o exemplo de linhas de montagem.
Ø Consultivo (laissez-faire):
o líder consulta os subordinados antes de estabelecer objetivos e tomar
decisões. Normalmente é utilizado em instituições financeiras, empresas de
serviços.
Ø Participativo:
Existe um envolvimento total dos colaboradores na definição de objetivos e nas
decisões. Likert recomenda este estilo, sendo o menos aplicado na realidade,
podemos encontrar este estilo em empresas tecnologicamente evoluídas com
pessoal altamente especializado.
•Abordagem
contingencial (anos 60 -80)
Estas
teorias partem do pressuposto de que o comportamento mais indicado para um
líder depende das situações concretas em que o mesmo se encontra. A teoria da
contingência da liderança de Fiedler, é uma das que tem mais aceitação, segundo
Fiedler (1996) não existe nenhum estilo de liderança que possa ser considerado
o mais eficaz em qualquer situação, seja ela qual for.
São
três os fatores que determinam se uma dada situação é favorável ou desfavorável
ao líder.
- A relação
líder / subordinado, o grau de aceitação do líder pelos subordinados;
- A estrutura
da tarefa, se os objetivos estão bem definidos ou não;
- A posição de
poder do líder, determinada fundamentalmente pela autoridade formal e pelo grau
da influência sobre as recompensas, punições.
Também
a teoria situacional de Hersery e Blanchard (1963) tem grande aceitação, de
forma muito resumida, esta baseia-se na ideia de que o estilo de liderança mais
eficaz varia de acordo com a maturidade dos subordinados e com as
características da situação.
A
maturidade divide-se em maturidade no trabalho e maturidade psicológica. A
teoria dos caminhos para os objetivos é o mais sofisticado e abrangente dos
modelos contingenciais na sua essência alude a quatro comportamentos de
liderança que podem influenciar a satisfação e desempenho dos subordinados.
TIPOS E ESTILOS
O
aspecto da liderança está presente na humanidade desde os primórdios. Grandes
líderes deixaram marcas positivas ou negativas no mundo e na história em vários
momentos, através da atuação à frente de grandes impérios e nações da
antiguidade, dirigindo grandes batalhas e guerras devastadoras ou, por outro
lado, promovendo o desenvolvimento humano, a justiça, a paz e a esperança.
No
mundo contemporâneo, não é diferente. Vimos, por exemplo, nos séculos mais
recentes, pessoas comuns que se tornaram grandes ícones da humanidade pela
intensidade e inteligência na arte de liderar grupos e multidões em torno de um
objetivo. Adolf Hitler e o Nazismo, Nelson Mandela e o Apartheid, Papa João
Paulo II, Princesa Diana, Ernesto Che Guevara e os brasileiros Getúlio Vargas e
Luiz Inácio Lula da Silva são grandes exemplos de liderança impactante.
Mas,
vamos analisar quatro estilos de liderança e três tipos de líderes, para que
você possa realizar uma reflexão profunda de como tem atuado perante os seus
liderados (ou mesmo se você pretende ser futuramente um grande líder, e talvez
já esteja sendo um). Primeiro vamos analisar os estilos de liderança:
Liderança Autocrática:
é um estilo de liderança em que o líder é focado apenas nas tarefas, e suas
decisões costumam ser tomadas isoladamente, sem a participação dos
colaboradores. É também chamada de Liderança Diretiva ou Liderança Autoritária.
Liderança Democrática:
é um estilo de liderança voltada para a participação das pessoas nos processos
decisórios. Também chamada de Liderança Participativa ou Liderança Consultiva.
Liderança Liberal: é um
estilo de liderança que deixa as pessoas à vontade para realizar as tarefas e projetos
por acreditar que a equipe já é madura o suficiente e não precisa de supervisão
constante. Pode acarretar em uma liderança negligente e fraca, onde o líder
deixa passar falhas e erros sem perceber e, consequentemente, sem corrigi-los.
Liderança Paternalista:
esta linha de liderança é muito perigosa, porque a relação entre o líder e os
liderados é algo similar à relação de pai para filho. As relações interpessoais
são muito fortes, e isso pode até ser muito confortável para os liderados, mas
pode trazer sérios riscos à estabilidade e ao desempenho da empresa num sentido
mais corporativo, visto que em uma relação profissional o equilíbrio deve
sempre prevalecer.
Passamos agora
a considerar três tipos distintos de líderes:
Líder Técnico: é o
tipo de líder em que as pessoas depositam grande confiança e segurança devido a
ele ser muito bom no que faz e ter um alto nível de conhecimento técnico e
científico nos assuntos do dia a dia do trabalho. É o tipo de pessoa que sabe
os caminhos para executar os processos e atingir metas e objetivos que foram
planejados. Na hora dos momentos mais complicados, chame-o que ele resolve.
Líder Carismático: é o
tipo de pessoa que consolida uma liderança no grupo por estar sempre colocando
um semblante de alegria e bom humor nos demais membros da equipe, na hora
certa, no lugar certo, nas pessoas certas, e por deixar o ambiente mais leve.
Todos (ou quase todos) na empresa têm apreço por ele. Não precisa ter um cargo
da alta hierarquia. Pode ser um porteiro, um motorista, um digitador, um
cozinheiro ou qualquer outro cargo sem necessariamente ser da alta corte da
empresa. Este tipo de líder possui grande influência, mesmo que a empresa como
um todo não perceba, mas ele traz um ambiente agradável que faz as pessoas
trabalharem com mais entusiasmo e mais descontraídas, gerando assim resultados
mais elevados.
Líder Motivador: é o
tipo de líder que consegue estimular os colegas a seguir em frente na busca
pelos resultados almejados pela empresa. Pode ser qualquer pessoa da organização.
Quando as coisas estão desandando, ele consegue atrair a atenção dos colegas e
levar uma mensagem positiva e de confiança que o trabalho vai dar certo, mesmo
em momentos tempestuosos. Nunca deixa "a peteca cair" e isso é um
fator muito importante em tempos de crise. Além disto, muitas vezes, consegue
"achar uma brecha, uma saída" para os problemas, pois costuma ser
muito perspicaz.
CARACTERÍSTICA DE UM LÍDER
Muitas são as
qualidades que definem ao líder
Nesta
lição vamos falar sobre aquelas que podemos considerar básicas (são necessárias
para que exista um autêntico líder), enquanto que na lição seguinte
analisaremos outras complementares (contribuem a realçar a figura do líder).
O
líder deve possuir todas estas qualidades básicas, logicamente umas mais que
outras, mas todas elas devem estar presentes.
A
ausência de alguma delas dificulta para exercer uma autêntica liderança.
Como
qualidades básicas mencionamos:
Visionário: o líder se
caracteriza pela sua visão em longo prazo, por se adiantar aos acontecimentos,
por antecipar os problemas e detectar oportunidades muito antes que os demais.
O
líder não se conforma com o que tem, é uma pessoa inconformista, criativa, que
gosta ir à frente.
Pessoa de acção: o
líder não só marca uns objetivos exigentes senão que luta de forma denodada por
alcançá-los, sem render-se, com enorme persistência, o que no final das contas
constitui a chave do sucesso.
O líder não se
contenta com sonhar, o líder quer resultados.
Brilhante: o líder
destaca sobre o resto da equipe, bem por sua inteligência, bem por seu espírito
combativo, bem por a claridade de seus planejamentos, etc., ou provavelmente
por uma combinação de tudo o anterior.
Coragem:
o líder não se derruba ante as dificuldades, as metas que propõe são difíceis
(embora impossíveis), temos que salvar muitos obstáculos, tendo que convencer a
muita gente, mas o líder não se desanima, está tão convencido da importância
das mesmas que lutará por elas, superando aqueles obstáculos que vão surgindo.
O líder defende
com determinação suas convicções.
Contagia entusiasmo:
o líder consegue entusiasmar a sua equipe; eles percebem que as metas que
persegui o líder são positivas tanto para a empresa como para os empregados.
O
futuro que oferece o líder é tão sugestivo que vale a pena lutar por isso.
Esta
é uma das características fundamentais do líder, o saber contagiar seu
entusiasmo, o conseguir que a equipe lhe siga, que comparta seus objetivos.
Sem
uma equipe que lhe acompanhe, uma pessoa com as demais características seria um
lobo solitário, mas nunca um líder (a liderança vai sempre unida a uma equipe).
Grande comunicador:
outra qualidade que caracteriza ao líder são seus dotes de bom comunicador,
habilidade que permite “vender” sua visão, dar a conhecer seus planos de
maneira sugestiva.
Convincente: o líder é
persuasivo, sabe apresentar seus argumentos de forma que consegue ganhar o
apoio da organização.
Grande negociador: o
líder é muito hábil negociando. A luta por seus objetivos exige negociar
continuamente, tanto dentro da empresa, como com clientes, provedores,
entidades financeiras, acionistas, etc.
O
líder demonstra uma habilidade especial para ir avançando no longo caminho de
conseguir seus objetivos.
Capacidade de mando:
o líder deve basear sua liderança na arte da convicção, mas também tem que ser
capaz de utilizar sua autoridade quando seja necessário.
O
líder é uma pessoa compressiva, mas nunca deve ser uma pessoa branda (os
subordinados lhe perderiam respeito).
O
líder não pode abusar do “eu ordeno e mando”, pois assim resulta impossível
motivar a uma equipe em base de autoridade, mas deve ser capaz de aplicar sua
autoridade sem tremer em aquelas ocasiões que o requeram.
Exigente: com seus
empregados, mas também, e muito especialmente, consigo mesmo. A luta por
algumas metas difíceis requere um nível de excelência no trabalho que somente
se consegue com um alto nível de exigência.
Se
o líder fora exigente com seus empregados mas não consigo mesmo não seria um
líder, seria um déspota que colocaria toda a organização em sua contra.
Carismático: se além do
mais das características anteriores, o líder é uma pessoa carismática, nos
encontraríamos ante um líder completo.
O
carisma é uma habilidade natural para seduzir e atrair as pessoas, é autêntico
magnetismo pessoal. O carisma permite ganhar-se a equipe, que se sente atraída
por seu líder.
No entanto,
temos que marcar que é perfeitamente possível um líder sem carisma.
Para
uma empresa é preferível ter um líder sem carisma com um alto sentido da
honestidade, que um líder carismático que utilize a organização em seu próprio
benefício.
Honestidade: uns elevados
valores éticos são fundamentais para que a liderança se mantenha no tempo e não
se trate de uma simples “moda” passageira.
A
equipe tem que ter confiança plena em seu líder, tem que estar absolutamente
convencido que o líder vai atuar honestamente e não os vai a deixar na rua.
Se
os subordinados detectam que o líder não joga limpo e que só lhe preocupa seus
próprios interesses, perderão sua confiança nele, processo que uma vez iniciado
é muito difícil de parar.
Cumpridor: o líder tem
que ser uma pessoa de palavra: o que promete e cumpre.
É a única
forma de que a equipe tenha confiança cega nele.
Coerente: o líder tem
que viver aquilo que predica.
Se
ele exige dedicação, ele tem que ser o primeiro: se fala de austeridade, ele
tem que dar exemplo; se pede lealdade, ele tem que ir à frente.
O
líder predica principalmente com o exemplo: não pode exigir algo a seus
subordinados que ele não cumpre.
Além disso, a
mensagem do líder deve ser coerente no tempo.
Não
pode pensar hoje de uma maneira e amanha de outra radicalmente distinta:
confundiria a sua equipe.
Isto não
implica que não possa ir evoluindo em seus planejamentos.
COMO SER UM LÍDER
Um
líder actua basicamente definindo os objectivos, elaborando a estratégia para
que os mesmos sejam atingidos, comunicando à equipe e cuidando para que as
metas sejam alcançadas nos prazos estabelecidos. Contudo, hoje, as exigências
do mercado em relação a um líder são muito maiores. Possuir credibilidade,
junto a seus seguidores, é um factor de alta relevância e muito difícil de ser
conquistado. Sendo assim, a liderança contemporânea deve ser baseada pela
influência e não mais somente pela autoridade como antes acontecia.
Cleber
Andriotti Castro, consultor em Gestão de Pessoas e sócio da Andriotti &
Castro Consultoria, apresenta sete passos para você se tornar um líder melhor e
conquistar definitivamente a confiança e respeito de sua equipe. Confira:
1. Escute seus colaboradores
Essa
técnica é positiva por duas razões. Primeiro, porque eles muito provavelmente
contribuirão com ideias, sugestões e críticas que lhe permitirão adquirir um
ponto de vista diferente do seu. Talvez melhor. Segundo, porque certamente, ao
serem ouvidos, sentir-se-ão valorizados e parte integrante de uma equipe. Um
bom líder precisa compreender que só é possível alcançar o sucesso por meio do
engajamento de seus seguidores.
2. Meça o desempenho
Tão
importante quanto buscar motivar a todos é mensurar o desempenho, identificando
e apontando os pontos fortes e fracos de cada um. Essa avaliação serve tanto
para o líder quanto para o liderado saberem quais têm sido os resultados
apresentados, balizando seu desenvolvimento futuro.
3. Compreenda que cada pessoa é única
Achar
que os colaboradores devem se adaptar ao estilo do líder é um erro muito comum.
O líder eficaz é aquele que conhece os pontos fortes e fracos de cada membro de
seu time. Assim, aloca-os nas funções que melhor desempenham e cuida para que
desenvolvam seus pontos fracos. Exercer um estilo de liderança para cada pessoa
também faz com que as motivações individuais sejam estimuladas e que, assim,
sejam maiores as chances de se extrair da equipe o que ela tem de melhor.
4. Entenda o papel do líder
O
líder é aquele que consegue extrair o melhor de cada indivíduo, de forma que
sua equipe como um todo produza o máximo. Ele está lá para motivar, ensinar e
colaborar, fornecendo condições que permitam que seus liderados atinjam os
resultados esperados. Por isso, o líder deve compreender que ele não chegou
onde está para ser servido, e sim para servir. Ele precisa fazer de seu
trabalho um instrumento a ser utilizado pelos seguidores, a fim de que esses
consigam realizar suas funções da melhor forma possível. Se um funcionário
atinge suas metas, consequentemente, um líder também atinge os seus objectivos.
5. Desenvolva sua capacidade de suportar pressão
Liderar
é suportar, muitas vezes, altas cargas de pressão. Aquele que sucumbe às
dificuldades inerentes à função não está preparado para conduzir uma equipe. O
líder é sempre o último a “apagar a luz”. Aquele que garante que todos estão
bem. Para isso, uma alta dose de equilíbrio emocional é imprescindível. Busque
equilibrar a vida pessoal com a profissional, além de conhecer importantes
técnicas de gestão e liderança, para estar preparado para suportar as demandas
do cargo. É preciso desenvolver autocontrole, rapidez para se confrontar com o
inesperado, grande poder de decisão e pensamento estratégico.
6. Motive
Muitos
dos líderes actuais, imprudentemente, não se preocupam em estimular o
comprometimento em seus subordinados. Isso deveria ser feito através da
iniciativa do líder em incitar a visão empresarial, objectivos e confiança em
seus liderados. Existem diversas técnicas para despertar a motivação de sua
equipe. A principal, e mais eficaz delas, sem dúvida, é o elogio. Pratique-o,
com frequência, logo após os acertos dos colaboradores. O efeito é
imediatamente associado à acção positiva, estimulando a sua repetição. Também
busque refletir se você trata seus seguidores da mesma forma como gostaria de
seu tratado por seu superior. Um profissional motivado é um seguidor engajado.
7. Recicle-se e esteja antenado
Uma
tendência natural das pessoas é a acomodação. Com o passar dos anos, a
experiência cresce e muitos podem se considerar líderes completos, mesmo não o
sendo. Isso pode ser fatal. A área de Gestão de Pessoas está em constante
evolução, e estar atualizado com as técnicas e ferramentas mais modernas para
gerir sua equipe é fundamental para que o alcance dos resultados esperados.
Além disso, um líder precisa ser visionário. Imaginar o futuro, fundamentado em
tendências, é uma maneira de se observar o modo como o mundo se transforma e,
como essas novas configurações mundiais podem refletir em pontos positivos para
o trabalho da equipe e para as atividades da organização.
CONCLUSÃO
Procurou-se
com este trabalho elencar uma perspetiva dos estudos sobre a liderança, dando
relevo aos modelos teóricos que mais contribuiram para o estudo da liderança. Na
temática da tentativa de definir a liderança, conclui-se que são inúmeras as
definições e não são consensuais na abordagem do conceito, também na análise da
vária literatura existente, a distinção liderança e gestão, onde acaba uma e
começa a outra não é consensual a sua fronteira.
Com
uma grande produção de artigos sobre a matéria, pode-se afirmar que apesar de
ser dificil quantificar, a verdade e que existe influencia nas organizações por
parte do líder.
Sendo
a liderança um processo de influência sobre outros e de ser influenciado por
outros, conclui-se que para completar uma triade não pode ficar de fora a
abordagem à situação que envolve o processo de liderança, ou seja, o processo
implica líderes, liderados e as situações envolventes.
Seria
importante destacar que apesar de inúmeras teorias e propostas de diversos
autores elencamos o referido por Cunha (2011) que não líderes eficazes sem
colaboradores eficazes e que o processo depende da sintonia entre ambos.
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