sexta-feira, 12 de junho de 2015

ESTATÍSTICA - Trabalho Elaborado por Vieira Miguel Manuel

Trabalho Elaborado por Vieira Miguel Manuel


ÍNDICE








 




Actualmente vivemos rodeados por uma quantidade de informações tão grande que não podemos deixar de pensar o quanto a Estatística nos é útil e o quanto esta ciência vem configurando-se como uma das competências mais importantes para quem precisa tomar decisões.

Embora a Estatística esteja associada ao crescimento e ao avanço tecnológico, sua utilização é reconhecida a milhares de anos atrás. Não há como negar que a chegada de computadores cada vez mais poderosos fez com que, de certa forma, a Estatística se tornasse mais acessível aos seus usuários, pois imensas quantidades de informações, hoje em dia, com a utilização de softwares de estatística são compilados em uma fracção de segundos, processo no qual, antigamente era feito de forma manual, o que acarretava um trabalho maçante e gigantesco.

Para Vieira (1999) o uso da estatística na literatura especializada já está consagrado, porém pode-se destacar que em algumas áreas o uso da estatística é mais antigo do que em outras, por exemplo, a aplicação das técnicas estatísticas nas ciências agrícolas e nas ciências da saúde é anterior à aplicação dessas técnicas em administração ou na área de exportes. Hoje, a estatística é encontrada não somente em trabalhos académicos, mas em jornais, revistas e na televisão, meios de comunicação que atingem uma grande variedade de pessoas, muitas da quais leigas neste assunto, que se depara com gráficos, tabelas e outras informações estatísticas.




Estatística é a ciência que dispõe de processos apropriados para recolher, organizar, classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados. É objectivo da estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão das situações que representam.

As principais fases de um estudo estatístico são:

Identificar o fenómeno a estudar;

·         Seleccionar e recolher os dados;
·         Sintetizar, organizar e estudar os dados recolhidos;
·         Tirar conclusões para além dos dados recolhidos.


A palavra Estatística, derivada do termo latino “status” (estado), parece ter sido introduzida na Alemanha, em 1748, por Achenwall. A Estatística é encarada, actualmente, como uma ciência capaz de obter, sintetizar, prever e tirar inferências sobre dados. Porém no século XVII na Inglaterra a Estatística era a “Aritmética do Estado” (Political Arithmetic), consistindo basicamente na análise dos registos de nascimentos e óbitos, originando, mais tarde, as primeiras tábuas de mortalidade.

Ao longo da Idade Média e até ao século XVIII a Estatística foi puramente descritiva, coexistindo duas escolas: a escola descritiva alemã, cujo representante mais conhecido é o economista Gottfried Achenwall (1719-1772), professor na Universidade de Gottingen, considerado pelos alemães como o pai da Estatística, e a escola dos matemáticos sociais que procuravam traduzir por leis a regularidade observada de certos fenómenos, de carácter económico e sociológico.

Embora esta escola procurasse fundamentar a formulação de previsões com base em leis sugeridas pela experiência, a Estatística confundia-se, praticamente, com a demografia, à qual fornecia métodos sistemáticos de enumeração e organização. Na verdade, a necessidade sentida, em todas as épocas, de conhecer, numérica e quantitativamente, a realidade política e social tornou a análise demográfica uma preocupação constante.

John Graunt (1620-1674), juntamente com William Petty (1623-1687), e o astrónomo Edmond Halley (1656-1742) são os principais representantes da escola inglesa, que dá um novo impulso à Estatística, fazendo-a ultrapassar um estado puramente descritivo; analisam-se os dados na procura de certas regularidades, permitindo enunciar leis e fazer previsões.

No entanto, a Estatística para adquirir o status de disciplina científica, e não puramente ideográfica ou descritiva, teve que esperar pelo desenvolvimento do cálculo das probabilidades, que lhe viria a fornecer a linguagem conceptual permitindo a formulação de conclusões com base em regras indutivas.

Data do século XVII o início do estudo sistemático dos problemas ligados aos fenômenos aleatórios, começando a se manifestar a necessidade de instrumentos matemáticos, aptos a analisar este tipo de fenómenos. Pode datar-se dos fins do século XIX o desenvolvimento da Estatística matemática e suas aplicações, com Francis Galton (1822-1911), K. Pearson (1857-1936) e William Sealy Gosset (1876-1936), conhecido sob o pseudónimo de Student.

Pode-se afirmar que a introdução sistemática dos métodos estatísticos na investigação experimental é produto dos trabalhos de K. Pearson e Sir Ronald Aylmer Fisher (1890-1962). A partir de Pearson e Fisher o desenvolvimento da Estatística matemática, por um lado, e dos métodos estatísticos aplicados, por outro, têm sido tal que é praticamente impossível referir nomes.


Apesar de a Estatística ser uma ciência relativamente recente na área da pesquisa, ela remonta à antiguidade, onde operações de contagem populacional já eram utilizadas para obtenção de informações sobre os habitantes, riquezas e poderio militar dos povos. Após a idade média, os governantes na Europa Ocidental, preocupados com a difusão de doenças endémicas, que poderiam devastar populações e, também, acreditando que o tamanho da população poderia afectar o poderio militar e político de uma nação, começaram a obter e armazenar informações sobre baptizados, casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII as nações, com aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder económico como forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a necessidade de colectar informações estatísticas referentes a variáveis económicas tais como: comércio exterior, produção de bens e de alimentos.

Actualmente os dados estatísticos são obtidos, classificados e armazenados em meio magnético e disponibilizados em diversos sistemas de informação acessíveis a pesquisadores, cidadãos e organizações da sociedade que, por sua vez, podem utilizá-los para o desenvolvimento de suas actividades. A expansão no processo de obtenção, armazenamento e disseminação de informações estatísticas tem sido acompanhada pelo rápido desenvolvimento de novas técnicas e metodologias de análise de dados estatísticos.


A abrangência da estatística aumentou no começo do século XIX para incluir a acumulação e análise de dados de maneira geral. Hoje, a estatística é largamente aplicada nas ciências naturais, e sociais, inclusive na administração pública e privada. Seus fundamentos matemáticos foram postos no século XVII com o desenvolvimento da teoria das probabilidades por Pascal e Fermat, que surgiu com o estudo dos jogos de azar. O método dos mínimos quadrados foi descrito pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss cerca de 1794. O uso de computadores modernos tem permitido a computação de dados estatísticos em larga escala e também tornaram possíveis novos métodos antes impraticáveis.

"A Estatística é parte integrante de todo o mundo a nossa volta e frequentemente utilizamos nas nossas falas corriqueiras conceitos estatísticos. Por exemplo, quando um Flamenguista diz que o seu time tem uma chance 10 a 1 de ganhar do Vasco, poderíamos traduzir isto para ‘o Flamengo tem uma probabilidade de ganhar de 91% (10/11), ou seja, que em 11 jogos, o Flamengo ganharia 10 jogos (claro que a opinião de um vascaíno pode ser diferente).


A Estatística nos dias de hoje é uma ferramenta indispensável para qualquer profissional que necessita analisar informações em suas tomadas de decisões diárias, seja no seu trabalho ou na sua vida pessoal. Pode-se até pensar que suas técnicas nasceram neste mundo contemporâneo em que se valoriza cada vez mais a rapidez e a agilidade das informações, de um mundo onde o avanço tecnológico (através da criação de computadores que processam uma imensa quantidade de dados em um "piscar de olhos") é constante. Porém a utilização da estatística como suporte para a tomada de decisões é verificada também no mundo antigo, e indícios de sua utilização são encontrados até na Era antes de Cristo. Este artigo tem por objectivo destacar os principais eventos relacionados com a história da Estatística, bem como procurar discutir os aspectos importantes para o futuro desta ciência.





Pode se concluir que a importância da estatística vai alem dos números. Assistir os jornais da TV e ler nas revistas dados, percentagem, projecções, a bolsa de valores que sobe e desce, reflecte apenas o que pesquisas de opinião e previsões dizem. Estatística vai alem. É preciso que esses números sejam confiáveis e tenha garantia de qualidade. O cidadão comum tem que saber avaliar dados e não ser manipulado por números mascarados, para não poder tomar decisões equivocadas e ir de contra os seus próprios interesses. Portanto entender e compreender estatística é ter controlo de suas decisões, controle de sua vida.


Na estatística consideram-se dois ramos:

Estatística Descritiva: que visa descrever o real de forma de forma a permitir entendê-lo melhor;

A Estatística Descritiva trata da recolha, organização e tratamento de dados com vista a descrever e interpretar a realidade actual ou factos passados relativos ao conjunto observado. O seu objectivo é informar, prevenir, esclarecer.

Estatística Indutiva: que, a partir de uma amostra da população, permite estender os resultados à população inteira.

A Estatística Indutiva trata de estabelecer conclusões relativas a um conjunto mais vasto de indivíduos (população) a partir da observação de parte dela (amostra) com base na estrutura matemática que lhe confere o Cálculo Das Probabilidades.

Universo ou população Estatística: conjunto de seres (humanos ou não) sobre o qual se incide o estudo feito ou a fazer.

Unidade Estatística ou indivíduo: cada elemento do conjunto anterior.

Carácter estatístico ou atributo: propriedade dos indivíduos que foi ou vai ser estudada.

Levantamento estatístico: estudo de um ou vários caracteres relativamente s certo universo.

Média: é o quociente da soma de todos os dados pelo efectivo total.

Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distribuição, ou seja, é o de maior efectivo e, portanto, de maior frequência.

Mediana: A mediana é o valor que tem tantos dados antes dele, como depois dele. Para se medir a mediana, os valores devem estar por ordem crescente ou decrescente. No caso do número de dados ser ímpar, existe um e só um valor central que é a mediana. Se o número de dados é par, toma-se a médias aritmética dos dois valores centrais para a mediana.

Amostra: precisa de ser:

- Representativa: deve conter indivíduos de todos os extractos da população;

- Não viciada: o número de elementos de cada extracto deve ser proporcional à população desse extracto;

 - Aleatória: em cada extracto os indivíduos devem ser escolhidos aleatoriamente;

 - Ampla: deve ser bastante alargada, para poder apresentar características semelhantes às da população total que pretende representar.







A Estatística está presente em todas as áreas da ciência que envolva o planeamento do experimento, a construção de modelos, a colecta, o processamento e a análise de dados e sua consequente transformação em informação, para postular, refutar ou validar hipóteses científicas sobre um fenómeno observável. Desta forma, a Estatística pode ser pensada como a ciência de aprendizagem a partir de dados. No mundo moderno, a alta competitividade na busca de tecnologias e de mercados tem provocado uma constante corrida pela informação. Essa é uma tendência crescente e irreversível. O aprendizado a partir de dados é um dos desafios mais relevantes da era da informação em que vivemos. Em linhas gerais, podemos dizer que a Estatística, com base na Teoria das Probabilidades, fornece técnicas e métodos de análise de dados que auxiliam o processo de tomada de decisão nos mais variados problemas onde existe incerteza.







COSTA NETO, P.L.O. Estatística. 7a Ed., São Paulo, Editora Blucher Ltda., 1987.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

MORETTIN, P.A. & BUSSAB, W.O. Métodos Quantitativos. 4a Ed., São Paulo, Atual Editora Ltda., 1991. 321 p. (Métodos Quantitativos, Vol. 4).

OLIVEIRA L. A . - Estatística Aplicada À Educação - Apostila, Des-UFSCar

TRIOLA, Mário F. Introdução à Estatística. LTC. 10a edição 2008.

VIEIRA, S. Elementos de Estatística. São Paulo: Ed. Atlas, 1999

Matemática B - 10ºano, Ana Arede Soveral, Cármen Viegas Silva,  Texto Editora.


 XEQMAT – volume 2 - 10ºano, Fancelino Gomes, Cristina Viegas, Yolanda Lima, Editorial O Livro.

Um comentário: