terça-feira, 6 de setembro de 2016

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA BIOESTATÍSTICA - Bioestatística - by Vieira Miguel Manuel

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


        




BIOESTATÍSTICA




INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA BIOESTATÍSTICA





HENRIQUES PEDRO SERAFIM










LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM





BIOESTATÍSTICA




INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA BIOESTATÍSTICA





HENRIQUES PEDRO SERAFIM





Trabalho de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de Bioestatística como requisito parcial para obtenção de notas.


Orientadora: Arlindo de Almeida





LUANDA
2016








O que é estatística? E a Bioestatística? Considerando o conceito de que a Ciência é o aprendizado adquirido por meio da experimentação e dos dados observados, segundo o qual a procura das causas, das leis, traduz-se num processo iterativo de observação do real, da realização de experimentos confirmatórios e da avaliação quantitativa dos fenómenos em estudo, o paradigma da Estatística, em particular a Estatística Aplicada às Ciências Biológicas – Bioestatística, consiste em construir o conjunto unificado de métodos e técnicas de planejamento e análise de dados experimentais e observacionais.







A Estatística constitui-se em uma ciência destinada a:

1.    Decidir o melhor plano (experimental ou observacional) para a execução de uma pesquisa – metodologia científica.
2.    Organizar e resumir dados de contagem, mensuração e classificação – raciocínio dedutivo.
3.    Inferir sobre populações de unidades (indivíduos, animais, objetos) quando uma parte (amostra) é considerada – raciocínio indutivo.

A doutrina sobre o chegar a termo do tempo e da história da estatística matemática (escatologia) é tão complicada como a de qualquer religião, ou mais. Além disso, as conclusões da estatística matemática não são apenas verdadeiras, como, ao contrário das verdades da religião, podem ser provadas.





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Os métodos da estatística matemática são universais (ubíquos), e o estatístico, assim como o especialista em modelagem matemática, é capaz de colaborar em, praticamente, qualquer área de conhecimento e atividade profissional.

Uma igualdade que pode sintetizar as considerações descritas anteriormente pode ser expressa como:

ESTATÍSTICA = CIÊNCIA + TECNOLOGIA + ARTE


É a metodologia estatística aplicada às ciências biológicas, com a finalidade planejar, coletar, organizar, resumir, analisar e interpretar os dados, permitindo tirar conclusões biológicas sobre populações a partir do estudo de amostras.

Em 1829, Pierre Charles Alexandre Louis (1787-1872), afirmou: “Eu sei que a verdade está nos fatos e não na mente que os julga, e quanto menos eu introduzir da minha opinião nas conclusões, mais próximo estarei da verdade” (Louis é considerado o pai da bioestatística).

Considera-se que o olho humano é capaz de enxergar padrões em números puramente aleatórios, até que ponto um padrão aparente realmente significa alguma coisa?

John W. Tukey (1915-2000), nascido em New Bedford, Massachusetts afirmou: “É melhor ter uma resposta aproximada à pergunta certa do que ter a resposta exata à pergunta errada”.

No séc. XVIII Lambert Quetelet (17961874) introduziu a Estatística em áreas como:

·         Meteorologia;
·         Antropometria;
·         Ciências Sociais;
·         Economia;
·         Biologia.

Francis Galton (18221911), apresenta noções de regressão e correlação;

Karl Pearson (18571936) apresenta a mais bela e acabada teoria de Estatística, ficando também conhecido pelos seus coeficientes;

Fisher e os seus trabalhos sobre inferência Estatística deram também um grande contributo ao desenvolvimento da Estatística.

Em 1943, dáse uma grande reviravolta, uma vez que o tratamento de dados deixa de ser feito manualmente e passa a ser computadorizado.

A força da estatística aplicada às diversas áreas do conhecimento está em sua capacidade de persuadir os pesquisadores a formular perguntas; de considerar se estas questões podem ser respondidas com as ferramentas disponíveis para o experimentador; de ajudá-lo a estabelecer hipóteses (nulas – H0) adequadas; de aplicar rígidas disciplinas de planejamento aos experimentos.

De mesma forma, podem-se expressar os sentimentos descritos na igualdade:

BIOESTATÍSTICA = VIDA + ESTATÍSTICA


Quando se estuda uma variável biológica, o maior interesse do pesquisador é conhecer o comportamento dessa variável, analisando a ocorrência de suas possíveis realizações.

O resultado de medições de variáveis biológicas encontra-se, geralmente, dentro de intervalos determinados e bem definidos, mas não sujeitos à repetição exata. Uma variável biológica pode ser entendida como uma classificação, uma qualidade, ou como medida quantificada por magnitude, intensidade, traço, entre outras designações que varia tanto intra como inter indivíduos.

O estudo de bioestatística compreende o planejamento e a análise estatística (estatística descritiva e inferencial), mas voltado às informações biológicas contidas nas variáveis em consideração, transformadas em dados coletados para a operacionalização dos métodos estatísticos.




Com base no exposto, posso concluir que a bioestatística é a aplicação de estatística ao campo biológico e médico. Ela é essencial ao planejamento, coleta, avaliação e interpretação de todos os dados obtidos em pesquisa na área biológica e médica. É fundamental à epidemiologia, à ecologia, à psicologia social e à medicina baseada em evidência.




BANCROFT, H. Introdución a la Bioestatística. Eudeba, Buenos Aires, 1960.

PADOVANI, Carlos Roberto. Bioestatística, Cultura Acadêmica: Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2012.

SNEDECOR, GW. & Cochran, WG. Métodos estatísticos. Compañia Editorial Continental S.A ., México, 1971.

VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1981.



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