sexta-feira, 2 de novembro de 2018

PAIS PERMISSIVOS E EXCESSO DE AUTONOMIA - Trabalho Compelto




Nas últimas décadas assistimos a grandes transformações culturais e sociais, que trouxeram profundas implicações nas dinâmicas familiares da sociedade ocidental. Os valores, a forma de viver e de educar mudaram muito. Nas relações familiares, se antigamente o pai “ditava a lei” e os filhos respeitavam-no enormemente, hoje a realidade é bem diferente. As relações pais-filhos são de maior proximidade, chegando a existir, em muitos casos, relações familiares que se transformam em relações de igualdade ou até mesmo em que os papéis são invertidos.

Nas famílias actuais vê-se frequentemente situações em que os filhos determinam os comportamentos que desejam que os pais tenham, sem que estes tenham grande capacidade de reacção ou de argumentação em relação à decisão escolhida pela criança, ou seja, sem que tenham a capacidade de colocar limites firmes. A geração parental actual surge de um contexto cultural e familiar onde o estilo parental dominante ainda era o estilo autoritário. Os limites antes firmes e impostos passaram a ser cada vez mais ténues até que chegamos a uma geração onde predomina o estilo parental permissivo. Assistimos, assim, à passagem de um modelo autoritário para outro permissivo (de um extremo ao outro).





A família é o meio onde a criança nasce e o contexto que a vai ajudar a crescer e a autonomizar-se. Assim, o meio familiar como primeiro contexto de socialização e, em particular, as relações familiares revestem-se de uma enorme importância para o comportamento e desenvolvimento da criança (Baumrind, 1991; Parke & Buriel, 2006). As relações precoces têm sido identificadas como fundamentais para o desenvolvimento da criança (Baumrind, 1978; 2006; Maccoby, 2000; Sroufe, 2000; Bornstein, 2002, 2006), sendo a qualidade dos cuidados parentais apontada frequentemente como a variável mais importante para o desenvolvimento infantil (Sroufe, 2002).

As mudanças nas relações pelas quais a família vem passando tem levado a um crescente questionamento sobre o papel dos pais na educação dos seus filhos (Costa, Teixeira & Gomes, 2000; Facchin & Calvetti, 2011). Os valores, a forma de viver e de educar mudaram muito. Os papéis representados pelos seus membros modificaram-se com o tempo e, assim, a família teve que se readaptar a uma nova realidade (Facchin & Calvetti, 2011).

Nos últimos anos, diversos trabalhos têm dedicado atenção especial aos estilos parentais, isto é, às formas como os pais lidam com as questões de poder, hierarquia e apoio emocional na relação com os filhos. Tais estudos têm demonstrado que o estilo parental tem significativa influência em diversas áreas do desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes.

Numa abordagem tipológica, Baumrind prestou um contributo fundamental para o debate em torno da influência dos pais no desenvolvimento das crianças, com a sua proposta de três estilos parentais: Permissivo, autoritário e autoritativo (Baumrind, 1966, 1967, 1971; Darling & Steinberg, 1993; Parke & Buriel, 2006).

O trabalho de Baumrind (1966) definiu estilos parentais como a autoridade que os pais exercem sobre os filhos, vendo neste controle a expressão de crenças e valores parentais e impulsionou o seu estudo ao integrar tanto os aspectos comportamentais quanto os afectivos envolvidos na criação dos filhos.

Segundo a autora, os pais com um estilo permissivo têm uma atitude tolerante e de aceitação face aos impulsos, desejos e acções da criança e evitam tomar posições de autoridade e impor controlo ou restrições aos seus filhos. São pais pouco punitivos, permitem às crianças regular o seu próprio comportamento (auto- regulação) e tomar as suas próprias decisões sempre que possível exigindo poucas regras de rotina (Baumrind, 1967, 1971).
No estilo autoritário os pais apresentam valores reduzidos de afectividade e elevados níveis de controlo e restritividade. Exercem um controlo psicológico rígido, desencorajam a independência e individualidade da criança e as comunicação entre eles. Estes pais desejam controlar e avaliar o comportamento dos filhos através de padrões, em geral, absolutos. Há restrições da autonomia da criança e o ponto de vista da mesma não é, por regra, considerado. Estes pais utilizam com frequência punições, reforço negativo e tentam incutir à criança valores tradicionais como o respeito pela autoridade, o trabalho, tradição e preservação da ordem (Baumrind, 1966, 1967, 1971). Tanto os pais com um estilo permissivo como os pais com um estilo autoritário fazem, segundo Baumrind, poucas exigências de maturidade e comunicam de modo ineficaz (Baumrind, 1967).

Segundo o estilo autorizante ou autoritário (o defendido por Baumrind), o padrão parental caracteriza-se por um nível elevado de controlo, de exigência e de encorajamento positivo da autonomia da criança, mas também um nível elevado de comunicação e afecto. Estes pais procuram direccionar as actividades da criança de uma forma racional, encorajam o diálogo e a troca de ideias e partilham com a criança as razões das regras familiares impostas, solicitando as suas objecções quando esta se recusa a conformar. Tanto a autonomia e como as regras são valorizadas pelos pais democráticos.

Além disso, exercem um controlo firme quando surgem divergências entre pais e filhos, reforçando a sua perspectiva enquanto adultos, mas reconhecendo os interesses e características individuais da criança, sem a restringir. Neste modelo, os pais são exigentes e atentos, simultaneamente controlando e apoiando os seus filhos, estabelecendo regras mas também encorajando sua independência. Os pais autorizantes estão altamente comprometidos e investem bastante na educação dos seus filhos (Baumrind, 1967, 1971, 1993).

Maccoby e Martin (1983) reorganizaram os protótipos de Baumrind subdividindo o estilo parental permissivo em estilo parental indulgente (tolerante) e estilo parental negligente. Os autores fazem ainda a distinção dos diferentes estilos parentais tendo em conta o seu nível de exigência e responsividade. Desta forma, os pais autoritários são considerados exigentes, mas não responsivos em relação aos desejos dos filhos. Pelo contrário, os pais permissivos-indulgentes são responsivos, mas pouco exigentes.

Os pais democráticos são exigentes e responsivos, mantendo a reciprocidade e um equilíbrio entre a exigência e a resposta aos pontos de vista e a razoáveis vontades dos filhos. Finalmente, os pais permissivos-negligentes são não considerados exigentes, nem responsivos, procurando evitar a inconveniência, pelo que atendem a todos os seus pedidos imediatos (Macoby & Martin, 1983; Weber et al., 2004.
Darling e Steinberg (1993) realizaram uma revisão histórica do conceito de estilo parental realçaram a importância de se distinguir entre estilo parental e práticas parentais.

Segundo os autores os estilos parentais constituem o conjunto de atitudes dos pais que cria um clima emocional onde se expressam os comportamentos dos pais, os quais incluem as práticas parentais e outros aspectos da interacção pais-filhos tais como: tom de voz, linguagem corporal, descuido, mudança de humor (Darling & Steinberg, 1993), indo assim para além da combinação entre exigência e responsividade.

As práticas são estratégias com o objectivo de suprimir comportamentos considerados inadequados ou de incentivar a ocorrência de comportamentos adequados (Alvarenga, 2001).

Desta forma, o conceito de estilo parental foi ampliado desde Baumrind (1966) até Darling & Steinberg (1993). Assim, o estudo sobre práticas disciplinares deixou de restringir-se ao papel de controlo, passando a abranger a responsividade às necessidades das crianças e também tudo o que contribui para o contexto emocional em que a criança é educada.


O conceito de Tolerância à Frustração foi introduzido por Rosenzweig (1944) no âmbito da sua teoria geral de frustração para expressar um contínuo quantificável entre a defesa do ego e a necessidade-persistência; define-se pela atitude da pessoa suportar frustração sem perder sua adaptação psicológica. Essa definição implica a existência de diferenças individuais nas situações de tolerância à frustração, que estão relacionadas com a gravidade da pressão e também com características da personalidade do indivíduo.

Vindo de um meio psicanalítico, o conceito de Tolerância à Frustração apela a conceitos psicanalíticos como os princípios de prazer e de realidade e princípio de força e fraqueza do Eu que consiga recusar a satisfação imediata. A tolerância à frustração tem implicações na esfera afectiva e na esfera intelectual.

O organismo pretende em situações de frustração restabelecer o seu equilíbrio. Nesse sentido toda a resposta à frustração é adaptativa. Contudo, do ponto de vista psicológico, nem sempre essas respostas são adequadas. As respostas menos adequadas quando não deixam a pessoa livre para enfrentar as situações novas (Rosenzweig 1944, opus cit. Ferreira & Capitão, 2010).

Dado que a frustração é vista como fonte de dificuldades e problemas para o indivíduo, espera-se igualmente que esta seja a causa do desenvolvimento de mecanismos de defesa e superação da própria frustração (Faiad de Moura, 2006).

O processo educacional na infância especialmente no que diz respeito à disciplina contribui largamente para a edificação da tolerância à frustração pelo encorajamento da sua maturação normal. Em 1971 Winnicott definiu o conceito de Mãe Suficientemente Boa onde referiu que após um período em que a mãe tem uma adaptação activa às necessidades do bebé (de simbiose com o bebé), a mãe deve progressivamente começar a frustrar o bebé para que este se possa autonomizar e aprender a tolerar a frustração.

Também Melanie Klein (1984) abordou o tema quando conceptualizou o conceito de Boa mãe e má mãe (incluindo a frustração neste segundo tipo) e refere que é fundamental integrar as duas partes para que a criança se desenvolva adequadamente.

O problema reside em encontrar um nível adequado de frustração para um saudável desenvolvimento da criança já que frustração deficiente, excessiva ou inadequada, durante o processo maturativo, criam zonas de baixa tolerância à frustração na personalidade (Rosenzweig, 1938). Por outro lado, o excesso de frustração contribui para criar zonas de pouca tolerância à frustração, porque compele a criança a usar defesas do ego que poderão inibir seu desenvolvimento posterior (Rosenzweig, 1944).

A baixa tolerância à frustração pode ser percebida através de manifestações de irritabilidade fácil, comportamentos e comunicação não assertiva, desmotivação e desistência de tarefas ou objectivos, podendo deste modo promover o mal- estar psicológico e disfuncionalidade no modo como o indivíduo se percebe a si e ao mundo.

Para o autor (Rosenzweig, 1938) o conceito de Tolerância à Frustração tem vantagens em relação aos princípios psicanalíticos anteriores na medida em que pode ser medida quantitativamente. O autor desenvolveu o Teste de Tolerância à Frustração de Rozenweig (PFT) para esse efeito, implicando a existência de diferenças individuais no que respeita a certos limiares de tolerância à frustração. A partir deste conceito emergiu uma teoria da frustração experimental (Rosenzweig, 1944).

Para Rosenzweig (1944) existem dois tipos de frustração: frustração primária e a frustração secundária (a que se refere a tolerância à frustração). As respostas dadas por cada indivíduo à frustração também variam consoante a direcção e o tipo de reacção e que podem ser medidas no Teste PFT.

No meio comportamental e cognitivo surge o conceito de Intolerância à Frustração que é definida pela Rational Emotive Behavior Therapy (REBT) como uma recusa a aceitar a diferença entre o desejo e a realidade. Para Harrington (2006) a Intolerância à Frustração conjuntamente com o Valor Próprio são dois conceitos inconscientes fundamentais. A teoria REBT sugere que as dificuldades psicológicas podem advir de qualquer um destes conceitos de crença (Harrington, 2006).


As crianças expostas a um estilo autoritário tendem a ter valores mais reduzidos no auto-conceito, a ser mais apreensivas, receosas, inseguras, agressivas, dependentes, socialmente inibidas, com dificuldades na regulação das emoções e insatisfação, tendem também a ter mais comportamentos de externalização e delinquência (agressão verbal ou física, destruição de objectos, mentira) e de internalização (retracção social, depressão, ansiedade) e parecem ter igualmente níveis reduzidos de responsabilidade social (Baumrind, 1967, 1971; Baumrind & Black, 1967; Dornbusch et al., 1987; Lamborn & al., 1991; Oliveira, et al., 2002; Steinberg, Dornbusch, & Brown, 1992).

Em outros estudos os filhos de pais autoritários foram descritos como tendo tendência para um desempenho escolar moderado, sem problemas de comportamento e de adaptação escolar; porém possuem pouca habilidade social, baixa auto-estima, ansiedade e alto índice de depressão e afecto negativo (Casarín, Murguia & Infante, 2008; Cohen & Rice, 1997; Darling, 1999; Dornbusch, 1987; Lagacé-Séguin, 2006).

Por outro lado, tanto as crianças com perturbação de défice de atenção e de hiperactividade (PHDA) como os seus pais questionados sobre o estilo parental caracterizam-no por uma maior crítica e menor aceitação por parte dos pais (Gonzáles, Bakker, Rubiales, 2014; Trenas, Cabrera & Osuna, 2008; Goldstein, 2007) e vêm o afecto como factor protector e o autoritarismo como factor de risco (Hurt, Hoza, y Pelham, 2007; Trenas, Cabrera & Osuna, 2008).

A percepção de um baixo nível de afecto e um elevado grau de controlo, própria de um estilo autoritário, também se relaciona com a expressão de comportamentos agressivos (De la Torre-Cruz, 2014). A maior controlo psicológico se associa igualmente maior número de sintomas psicopatológicos e a maior auto- estima menos sintomas psicopatológicos (Gracia, Lila & Musitu, 2005; Kerr, 2004; Rosa-Alcázar, 2014).

As investigações sobre estilos parentais encontraram que os filhos de pais permissivos tendem a apresentar maior uso de tabaco e álcool (Cohen, 1997; Santana de Paiva, 2009), baixa capacidade de auto-regulação (Patock-Peckham, 2001) e baixa habilidade de reacção a conflitos (Miller, 2002). Quando separados os pais permissivos em indulgentes e negligentes, os resultados mais negativos aparecem relacionados com os filhos de pais negligentes (pais não exigentes nem responsivos), que possuem o menor desempenho em todos os domínios. Possuem baixo rendimento escolar, sintomas depressivos e baixa auto-estima (Darling, 1999; Radziszewska, Richardson & Dent, 1996) e possuem maior índice de stress (Weber, 2004).

A configuração permissiva parece comprometer o desenvolvimento académico e social das crianças, nomeadamente no que respeita à sua assertividade e responsabilidade social, demonstrando dificuldades na autonomia, regulação das emoções, baixos níveis de auto-controlo, auto-confiança, auto-estima, persistência e de realização, imaturidade, dependência, impulsividade e agressividade, bem como mais comportamentos disruptivos (Baumrind, 1967, 1971, 1977; Cole, 2001; Dornbusch, 1987; Lamborn et al., 1991; Maccoby, 1983).

O estilo permissivo parece também estar relacionado com o afecto negativo (Lagacé-Séguin & d’Entremont, 2006) e com dificuldade em desenvolver valores humanos (Teixeira, 2005). Em comparação com o estilo autoritário e o estilo autorizante, estas crianças revelam níveis reduzidos de autonomia, auto-estima, auto-controlo e capacidade de exploração. Quando comparados com os filhos de pais autoritativos, os rapazes são também menos orientados para a realização e as raparigas menos assertivas do ponto de vista social (Baumrind, 1971, 1977, 1989).

Diversas pesquisas desenvolvidas nesta área demonstram que o estilo autorizante sempre se mostrou como aquele que produz melhores efeitos na formação dos filhos como: melhor desempenho escolar (Cohen, 1997; Dornbusch, 1987; Steinberg, 1995), alto índice de competência psicológica e baixo índice de disfunção comportamental e psicológica (Lamborn, 1991), uso de estratégias adaptativas (Aunola et al.,2000), maior grau de otimismo (Weber, 2003).

As raparigas parecem ser mais independentes, intencionais, dominantes e orientadas para a realização e os rapazes socialmente mais responsáveis, isto é, demonstram uma atitude amigável e cooperante com pares e adultos, são socialmente maduros e altruístas (Baumrind, 1971, 1989, 1991).

Um estilo parental autorizante parece, então, promover resultados mais favoráveis no desenvolvimento das crianças, que apresentam menores níveis de problemas de comportamento, ansiedade e depressão, maior número de comportamentos exploratórios, maior assertividade, auto-confiança, auto-estima, competência social, auto-regulação, criatividade, persistência, auto-controlo, e mais competências académicas e de liderança (Baumrind, 1966, 1967, 1971; Baumrind & Black, 1967; Lamborn et al., 1991; Maccoby & Martin, 1983; Steinberg, Mounts, Lamborn, & Dornbusch, 1991; Quiroz, 2013; Steinberg, Lamborn, Darling, Mounts, & Dornbusch, 1994) e avaliam-se a si próprias como mais competentes ao nível social e académico (Lamborn et al., 1991).

Desta forma, uma responsividade elevada parece estar associada a resultados positivos quando conjugada com elevada exigência (no estilo autorizante) mas, quando conjugada com baixos níveis de exigência (como na configuração permissiva), parece ter resultados menos benéficos ao nível desenvolvimental (Baumrind, 1967, 1971, 1991).

Os resultados desenvolvimentais são também benéficos quando a exigência passa não só por um reforço rigoroso mas igualmente por padrões de comportamento adequados ao desenvolvimento, ao contrário de uma exigência que passe por tipos de afirmação de poder coercivos autoritários (como a disciplina arbitrária, controlo psicológico ou críticas verbais hostis), cujos efeitos sobre as crianças são raramente benéficos (Baumrind, 2010).

Os estilos autorizante e autoritário foram associados mais fortemente ao desenvolvimento de valores humanos (Teixeira & Lopes, 2005) e a aceitação parental foi vista como um bom predictor da criatividade (Krumm, VargasRubilar & Gullón, 2013). Segundo De Minzi (2005) as famílias democráticas promovem a confrontação adaptativa das dificuldades e defendem as crianças da depressão e da solidão.

Enfim, filhos de pais autorizantes são vistos como socialmente e instrumentalmente mais competentes do que os filhos de pais não autorizantes (Darling, 1999).

Relativamente à tolerância à frustração, foi com grande estranheza que nos deparamos com a escassez de investigação sobre o conceito. Apenas encontramos uma investigação sobre o tema, que relaciona tolerância à frustração e estilos parentais. Ijaz & Mahmood (2009) encontraram relação entre o autoritarismo da mãe e a tolerância à frustração nos filhos, bem como e a permissividade paterna e a depressão, ansiedade e os níveis de Tolerância à frustração nos filhos, sendo que maiores níveis de autoritarismo/ permissividade correspondem menor tolerância à frustração. Num conceito próximo o de «Intolerância à frustração» foi verificada a relação entre o conceito e a depressão, zanga e ansiedade.






Várias investigações mostram a tendência do estilo parental permissivo ser um factor de risco para o desenvolvimento das crianças. Ainda que tenha sido escassa a investigação encontrada na área da tolerância à frustração, a investigação encontrada aponta para a existência de uma relação entre o tipo de estilo educativo parental e a capacidade de tolerar a frustração por parte da criança. Pelo que consideramos importante que sejam levadas a cabo mais investigações nesta área.






Alvarenga, P. (2001). Práticas educativas parentais como forma de prevenção de problemas de comportamento. En H. J. Guilhardi (Org.), Sobre comportamento e cognição, vol. 8, 52-57.

Aunola, K., Stattin, H. & Nurmi, J.-E. (2000). Parenting styles and adolescents‘ achievement strategies. Journal of Adolescence, 23, 205-222.

Baumrind, D. (1966). Effects of authoritative parental control on child behavior. Child Development, 37(4), 887-907.

Baumrind, D. (1967). Child care practices anteceding three patterns of preschool behavior. Genetic Psychology Monographs, 75, 43-88.

Baumrind, D., & Black, A. E. (1967). Socialization practices associated with dimensions of competence in preschool boys and girls. Child Development, 38, 291-327.


De la Torre-Cruz, M., García- Linares, M. & Casanova- Arias, P. (2014). Relaciones entre estilos educativos parentales y agresividad en adolescentes. Electronic Journal of Research in Educational Psychology, 12(32), 147-170.

Faiad de Moura, C. & Pasquali, L.(2006). Construção de um teste objetivo de resistência à frustração. Psico-USF, 11( 2), 137-146.

Krumm, G., Vargas- Rubilar, J. & Gullón, S. (2013). Estilos parentales y creatividad en niños escolarizados. Psicoperspectivas, 12(1), 161- 182.

Oliveira, E. A.; Marin, A.; Pires, F.; Frizzo, G. Ravannello, T. & Rossato, C. (2002). Estilos parentais autoritário e democrático- recíproco, conflito conjugal e comportamentos de externalização e internalização. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15 (1), pp. 1-11.

Teixeira, M., & Lopes, F. (2005). Relações entre estilos parentais e valores humanos: um estudo exploratório com estudantes universitários Aletheia, 22, 51-62.

Weber, L. N. D; Brandenburg, O. & Viezzer, A. (2003). A relação entre o estilo parental e o otimismo da criança. PSICO- UHF, 8 (1), pp. 71- 79.

Weber, L., Prado, P., Viezzer, A. & Brandenburg, O. (2004). Identificação de estilos parentais: O ponto de vista dos pais e dos filhos. Psicologia: Reflexão e Crítica. 17 (3), pp. 323-331.



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