SUMÁRIO
Nas últimas
décadas assistimos a grandes transformações culturais e sociais, que trouxeram
profundas implicações nas dinâmicas familiares da sociedade ocidental. Os
valores, a forma de viver e de educar mudaram muito. Nas relações familiares,
se antigamente o pai “ditava a lei” e os filhos respeitavam-no enormemente,
hoje a realidade é bem diferente. As relações pais-filhos são de maior
proximidade, chegando a existir, em muitos casos, relações familiares que se
transformam em relações de igualdade ou até mesmo em que os papéis são
invertidos.
Nas famílias
actuais vê-se frequentemente situações em que os filhos determinam os
comportamentos que desejam que os pais tenham, sem que estes tenham grande
capacidade de reacção ou de argumentação em relação à decisão escolhida pela
criança, ou seja, sem que tenham a capacidade de colocar limites firmes. A
geração parental actual surge de um contexto cultural e familiar onde o estilo
parental dominante ainda era o estilo autoritário. Os limites antes firmes e
impostos passaram a ser cada vez mais ténues até que chegamos a uma geração
onde predomina o estilo parental permissivo. Assistimos, assim, à passagem de
um modelo autoritário para outro permissivo (de um extremo ao outro).
A família é o
meio onde a criança nasce e o contexto que a vai ajudar a crescer e a
autonomizar-se. Assim, o meio familiar como primeiro contexto de socialização
e, em particular, as relações familiares revestem-se de uma enorme importância
para o comportamento e desenvolvimento da criança (Baumrind, 1991; Parke &
Buriel, 2006). As relações precoces têm sido identificadas como fundamentais
para o desenvolvimento da criança (Baumrind, 1978; 2006; Maccoby, 2000; Sroufe,
2000; Bornstein, 2002, 2006), sendo a qualidade dos cuidados parentais apontada
frequentemente como a variável mais importante para o desenvolvimento infantil
(Sroufe, 2002).
As mudanças
nas relações pelas quais a família vem passando tem levado a um crescente
questionamento sobre o papel dos pais na educação dos seus filhos (Costa,
Teixeira & Gomes, 2000; Facchin & Calvetti, 2011). Os valores, a forma
de viver e de educar mudaram muito. Os papéis representados pelos seus membros
modificaram-se com o tempo e, assim, a família teve que se readaptar a uma nova
realidade (Facchin & Calvetti, 2011).
Nos últimos
anos, diversos trabalhos têm dedicado atenção especial aos estilos parentais,
isto é, às formas como os pais lidam com as questões de poder, hierarquia e
apoio emocional na relação com os filhos. Tais estudos têm demonstrado que o
estilo parental tem significativa influência em diversas áreas do
desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes.
Numa
abordagem tipológica, Baumrind prestou um contributo fundamental para o debate
em torno da influência dos pais no desenvolvimento das crianças, com a sua
proposta de três estilos parentais: Permissivo, autoritário e autoritativo
(Baumrind, 1966, 1967, 1971; Darling & Steinberg, 1993; Parke & Buriel,
2006).
O trabalho de
Baumrind (1966) definiu estilos parentais como a autoridade que os pais exercem
sobre os filhos, vendo neste controle a expressão de crenças e valores
parentais e impulsionou o seu estudo ao integrar tanto os aspectos
comportamentais quanto os afectivos envolvidos na criação dos filhos.
Segundo a
autora, os pais com um estilo permissivo têm uma atitude tolerante e de
aceitação face aos impulsos, desejos e acções da criança e evitam tomar
posições de autoridade e impor controlo ou restrições aos seus filhos. São pais
pouco punitivos, permitem às crianças regular o seu próprio comportamento
(auto- regulação) e tomar as suas próprias decisões sempre que possível exigindo
poucas regras de rotina (Baumrind, 1967, 1971).
No estilo
autoritário os pais apresentam valores reduzidos de afectividade e elevados
níveis de controlo e restritividade. Exercem um controlo psicológico rígido,
desencorajam a independência e individualidade da criança e as comunicação
entre eles. Estes pais desejam controlar e avaliar o comportamento dos filhos
através de padrões, em geral, absolutos. Há restrições da autonomia da criança
e o ponto de vista da mesma não é, por regra, considerado. Estes pais utilizam
com frequência punições, reforço negativo e tentam incutir à criança valores
tradicionais como o respeito pela autoridade, o trabalho, tradição e
preservação da ordem (Baumrind, 1966, 1967, 1971). Tanto os pais com um estilo
permissivo como os pais com um estilo autoritário fazem, segundo Baumrind,
poucas exigências de maturidade e comunicam de modo ineficaz (Baumrind, 1967).
Segundo o
estilo autorizante ou autoritário (o defendido por Baumrind), o padrão parental
caracteriza-se por um nível elevado de controlo, de exigência e de
encorajamento positivo da autonomia da criança, mas também um nível elevado de
comunicação e afecto. Estes pais procuram direccionar as actividades da criança
de uma forma racional, encorajam o diálogo e a troca de ideias e partilham com
a criança as razões das regras familiares impostas, solicitando as suas objecções
quando esta se recusa a conformar. Tanto a autonomia e como as regras são
valorizadas pelos pais democráticos.
Além disso,
exercem um controlo firme quando surgem divergências entre pais e filhos,
reforçando a sua perspectiva enquanto adultos, mas reconhecendo os interesses e
características individuais da criança, sem a restringir. Neste modelo, os pais
são exigentes e atentos, simultaneamente controlando e apoiando os seus filhos,
estabelecendo regras mas também encorajando sua independência. Os pais
autorizantes estão altamente comprometidos e investem bastante na educação dos
seus filhos (Baumrind, 1967, 1971, 1993).
Maccoby e
Martin (1983) reorganizaram os protótipos de Baumrind subdividindo o estilo
parental permissivo em estilo parental indulgente (tolerante) e estilo parental
negligente. Os autores fazem ainda a distinção dos diferentes estilos parentais
tendo em conta o seu nível de exigência e responsividade. Desta forma, os pais
autoritários são considerados exigentes, mas não responsivos em relação aos
desejos dos filhos. Pelo contrário, os pais permissivos-indulgentes são
responsivos, mas pouco exigentes.
Os pais
democráticos são exigentes e responsivos, mantendo a reciprocidade e um
equilíbrio entre a exigência e a resposta aos pontos de vista e a razoáveis
vontades dos filhos. Finalmente, os pais permissivos-negligentes são não considerados
exigentes, nem responsivos, procurando evitar a inconveniência, pelo que
atendem a todos os seus pedidos imediatos (Macoby & Martin, 1983; Weber et
al., 2004.
Darling e
Steinberg (1993) realizaram uma revisão histórica do conceito de estilo
parental realçaram a importância de se distinguir entre estilo parental e práticas
parentais.
Segundo os
autores os estilos parentais constituem o conjunto de atitudes dos pais que
cria um clima emocional onde se expressam os comportamentos dos pais, os quais
incluem as práticas parentais e outros aspectos da interacção pais-filhos tais
como: tom de voz, linguagem corporal, descuido, mudança de humor (Darling &
Steinberg, 1993), indo assim para além da combinação entre exigência e
responsividade.
As práticas
são estratégias com o objectivo de suprimir comportamentos considerados
inadequados ou de incentivar a ocorrência de comportamentos adequados
(Alvarenga, 2001).
Desta forma,
o conceito de estilo parental foi ampliado desde Baumrind (1966) até Darling
& Steinberg (1993). Assim, o estudo sobre práticas disciplinares deixou de
restringir-se ao papel de controlo, passando a abranger a responsividade às
necessidades das crianças e também tudo o que contribui para o contexto
emocional em que a criança é educada.
O conceito de
Tolerância à Frustração foi introduzido por Rosenzweig (1944) no âmbito da sua
teoria geral de frustração para expressar um contínuo quantificável entre a
defesa do ego e a necessidade-persistência; define-se pela atitude da pessoa
suportar frustração sem perder sua adaptação psicológica. Essa definição
implica a existência de diferenças individuais nas situações de tolerância à
frustração, que estão relacionadas com a gravidade da pressão e também com
características da personalidade do indivíduo.
Vindo de um
meio psicanalítico, o conceito de Tolerância à Frustração apela a conceitos
psicanalíticos como os princípios de prazer e de realidade e princípio de força
e fraqueza do Eu que consiga recusar a satisfação imediata. A tolerância à
frustração tem implicações na esfera afectiva e na esfera intelectual.
O organismo
pretende em situações de frustração restabelecer o seu equilíbrio. Nesse
sentido toda a resposta à frustração é adaptativa. Contudo, do ponto de vista
psicológico, nem sempre essas respostas são adequadas. As respostas menos
adequadas quando não deixam a pessoa livre para enfrentar as situações novas
(Rosenzweig 1944, opus cit. Ferreira & Capitão, 2010).
Dado que a
frustração é vista como fonte de dificuldades e problemas para o indivíduo,
espera-se igualmente que esta seja a causa do desenvolvimento de mecanismos de
defesa e superação da própria frustração (Faiad de Moura, 2006).
O processo
educacional na infância especialmente no que diz respeito à disciplina
contribui largamente para a edificação da tolerância à frustração pelo
encorajamento da sua maturação normal. Em 1971 Winnicott definiu o conceito de
Mãe Suficientemente Boa onde referiu que após um período em que a mãe tem uma
adaptação activa às necessidades do bebé (de simbiose com o bebé), a mãe deve
progressivamente começar a frustrar o bebé para que este se possa autonomizar e
aprender a tolerar a frustração.
Também
Melanie Klein (1984) abordou o tema quando conceptualizou o conceito de Boa mãe
e má mãe (incluindo a frustração neste segundo tipo) e refere que é fundamental
integrar as duas partes para que a criança se desenvolva adequadamente.
O problema
reside em encontrar um nível adequado de frustração para um saudável
desenvolvimento da criança já que frustração deficiente, excessiva ou
inadequada, durante o processo maturativo, criam zonas de baixa tolerância à
frustração na personalidade (Rosenzweig, 1938). Por outro lado, o excesso de
frustração contribui para criar zonas de pouca tolerância à frustração, porque
compele a criança a usar defesas do ego que poderão inibir seu desenvolvimento
posterior (Rosenzweig, 1944).
A baixa
tolerância à frustração pode ser percebida através de manifestações de
irritabilidade fácil, comportamentos e comunicação não assertiva, desmotivação
e desistência de tarefas ou objectivos, podendo deste modo promover o mal-
estar psicológico e disfuncionalidade no modo como o indivíduo se percebe a si
e ao mundo.
Para o autor
(Rosenzweig, 1938) o conceito de Tolerância à Frustração tem vantagens em
relação aos princípios psicanalíticos anteriores na medida em que pode ser
medida quantitativamente. O autor desenvolveu o Teste de Tolerância à
Frustração de Rozenweig (PFT) para esse efeito, implicando a existência de
diferenças individuais no que respeita a certos limiares de tolerância à
frustração. A partir deste conceito emergiu uma teoria da frustração experimental
(Rosenzweig, 1944).
Para
Rosenzweig (1944) existem dois tipos de frustração: frustração primária e a
frustração secundária (a que se refere a tolerância à frustração). As respostas
dadas por cada indivíduo à frustração também variam consoante a direcção e o
tipo de reacção e que podem ser medidas no Teste PFT.
No meio
comportamental e cognitivo surge o conceito de Intolerância à Frustração que é
definida pela Rational Emotive Behavior Therapy (REBT) como uma recusa a
aceitar a diferença entre o desejo e a realidade. Para Harrington (2006) a
Intolerância à Frustração conjuntamente com o Valor Próprio são dois conceitos inconscientes
fundamentais. A teoria REBT sugere que as dificuldades psicológicas podem advir
de qualquer um destes conceitos de crença (Harrington, 2006).
As crianças
expostas a um estilo autoritário tendem a ter valores mais reduzidos no auto-conceito,
a ser mais apreensivas, receosas, inseguras, agressivas, dependentes,
socialmente inibidas, com dificuldades na regulação das emoções e insatisfação,
tendem também a ter mais comportamentos de externalização e delinquência
(agressão verbal ou física, destruição de objectos, mentira) e de
internalização (retracção social, depressão, ansiedade) e parecem ter
igualmente níveis reduzidos de responsabilidade social (Baumrind, 1967, 1971;
Baumrind & Black, 1967; Dornbusch et al., 1987; Lamborn & al., 1991;
Oliveira, et al., 2002; Steinberg, Dornbusch, & Brown, 1992).
Em outros
estudos os filhos de pais autoritários foram descritos como tendo tendência
para um desempenho escolar moderado, sem problemas de comportamento e de
adaptação escolar; porém possuem pouca habilidade social, baixa auto-estima,
ansiedade e alto índice de depressão e afecto negativo (Casarín, Murguia &
Infante, 2008; Cohen & Rice, 1997; Darling, 1999; Dornbusch, 1987;
Lagacé-Séguin, 2006).
Por outro
lado, tanto as crianças com perturbação de défice de atenção e de
hiperactividade (PHDA) como os seus pais questionados sobre o estilo parental
caracterizam-no por uma maior crítica e menor aceitação por parte dos pais
(Gonzáles, Bakker, Rubiales, 2014; Trenas, Cabrera & Osuna, 2008;
Goldstein, 2007) e vêm o afecto como factor protector e o autoritarismo como
factor de risco (Hurt, Hoza, y Pelham, 2007; Trenas, Cabrera & Osuna,
2008).
A percepção
de um baixo nível de afecto e um elevado grau de controlo, própria de um estilo
autoritário, também se relaciona com a expressão de comportamentos agressivos
(De la Torre-Cruz, 2014). A maior controlo psicológico se associa igualmente
maior número de sintomas psicopatológicos e a maior auto- estima menos sintomas
psicopatológicos (Gracia, Lila & Musitu, 2005; Kerr, 2004; Rosa-Alcázar,
2014).
As
investigações sobre estilos parentais encontraram que os filhos de pais
permissivos tendem a apresentar maior uso de tabaco e álcool (Cohen, 1997;
Santana de Paiva, 2009), baixa capacidade de auto-regulação (Patock-Peckham,
2001) e baixa habilidade de reacção a conflitos (Miller, 2002). Quando
separados os pais permissivos em indulgentes e negligentes, os resultados mais
negativos aparecem relacionados com os filhos de pais negligentes (pais não
exigentes nem responsivos), que possuem o menor desempenho em todos os
domínios. Possuem baixo rendimento escolar, sintomas depressivos e baixa
auto-estima (Darling, 1999; Radziszewska, Richardson & Dent, 1996) e possuem
maior índice de stress (Weber, 2004).
A
configuração permissiva parece comprometer o desenvolvimento académico e social
das crianças, nomeadamente no que respeita à sua assertividade e
responsabilidade social, demonstrando dificuldades na autonomia, regulação das
emoções, baixos níveis de auto-controlo, auto-confiança, auto-estima, persistência
e de realização, imaturidade, dependência, impulsividade e agressividade, bem
como mais comportamentos disruptivos (Baumrind, 1967, 1971, 1977; Cole, 2001;
Dornbusch, 1987; Lamborn et al., 1991; Maccoby, 1983).
O estilo
permissivo parece também estar relacionado com o afecto negativo (Lagacé-Séguin
& d’Entremont, 2006) e com dificuldade em desenvolver valores humanos
(Teixeira, 2005). Em comparação com o estilo autoritário e o estilo
autorizante, estas crianças revelam níveis reduzidos de autonomia, auto-estima,
auto-controlo e capacidade de exploração. Quando comparados com os filhos de
pais autoritativos, os rapazes são também menos orientados para a realização e
as raparigas menos assertivas do ponto de vista social (Baumrind, 1971, 1977,
1989).
Diversas
pesquisas desenvolvidas nesta área demonstram que o estilo autorizante sempre
se mostrou como aquele que produz melhores efeitos na formação dos filhos como:
melhor desempenho escolar (Cohen, 1997; Dornbusch, 1987; Steinberg, 1995), alto
índice de competência psicológica e baixo índice de disfunção comportamental e
psicológica (Lamborn, 1991), uso de estratégias adaptativas (Aunola et
al.,2000), maior grau de otimismo (Weber, 2003).
As raparigas
parecem ser mais independentes, intencionais, dominantes e orientadas para a
realização e os rapazes socialmente mais responsáveis, isto é, demonstram uma
atitude amigável e cooperante com pares e adultos, são socialmente maduros e
altruístas (Baumrind, 1971, 1989, 1991).
Um estilo
parental autorizante parece, então, promover resultados mais favoráveis no
desenvolvimento das crianças, que apresentam menores níveis de problemas de
comportamento, ansiedade e depressão, maior número de comportamentos
exploratórios, maior assertividade, auto-confiança, auto-estima, competência
social, auto-regulação, criatividade, persistência, auto-controlo, e mais
competências académicas e de liderança (Baumrind, 1966, 1967, 1971; Baumrind
& Black, 1967; Lamborn et al., 1991; Maccoby & Martin, 1983; Steinberg,
Mounts, Lamborn, & Dornbusch, 1991; Quiroz, 2013; Steinberg, Lamborn, Darling,
Mounts, & Dornbusch, 1994) e avaliam-se a si próprias como mais competentes
ao nível social e académico (Lamborn et al., 1991).
Desta forma,
uma responsividade elevada parece estar associada a resultados positivos quando
conjugada com elevada exigência (no estilo autorizante) mas, quando conjugada
com baixos níveis de exigência (como na configuração permissiva), parece ter
resultados menos benéficos ao nível desenvolvimental (Baumrind, 1967, 1971,
1991).
Os resultados
desenvolvimentais são também benéficos quando a exigência passa não só por um
reforço rigoroso mas igualmente por padrões de comportamento adequados ao
desenvolvimento, ao contrário de uma exigência que passe por tipos de afirmação
de poder coercivos autoritários (como a disciplina arbitrária, controlo
psicológico ou críticas verbais hostis), cujos efeitos sobre as crianças são
raramente benéficos (Baumrind, 2010).
Os estilos
autorizante e autoritário foram associados mais fortemente ao desenvolvimento
de valores humanos (Teixeira & Lopes, 2005) e a aceitação parental foi
vista como um bom predictor da criatividade (Krumm, VargasRubilar & Gullón,
2013). Segundo De Minzi (2005) as famílias democráticas promovem a confrontação
adaptativa das dificuldades e defendem as crianças da depressão e da solidão.
Enfim, filhos
de pais autorizantes são vistos como socialmente e instrumentalmente mais
competentes do que os filhos de pais não autorizantes (Darling, 1999).
Relativamente
à tolerância à frustração, foi com grande estranheza que nos deparamos com a
escassez de investigação sobre o conceito. Apenas encontramos uma investigação
sobre o tema, que relaciona tolerância à frustração e estilos parentais. Ijaz
& Mahmood (2009) encontraram relação entre o autoritarismo da mãe e a
tolerância à frustração nos filhos, bem como e a permissividade paterna e a
depressão, ansiedade e os níveis de Tolerância à frustração nos filhos, sendo
que maiores níveis de autoritarismo/ permissividade correspondem menor
tolerância à frustração. Num conceito próximo o de «Intolerância à frustração»
foi verificada a relação entre o conceito e a depressão, zanga e ansiedade.
Várias
investigações mostram a tendência do estilo parental permissivo ser um factor
de risco para o desenvolvimento das crianças. Ainda que tenha sido escassa a
investigação encontrada na área da tolerância à frustração, a investigação
encontrada aponta para a existência de uma relação entre o tipo de estilo
educativo parental e a capacidade de tolerar a frustração por parte da criança.
Pelo que consideramos importante que sejam levadas a cabo mais investigações
nesta área.
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