REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA
DE LUANDA
COLÉGIO A LUZ DO
AMANHÃ
FILOSOFIA
VIDA, OBRA E PENSAMENTOS DE JOHN LOCKE
Nome: Cesária Ariel Dias
da Costa
Classe: 12ª
Curso: Ciências Físicas e
Biológicas
Sala: 16
Turma: A
Período: Tarde
O Docente
_________________
Anacleto Quaresma
LUANDA
2016
SUMÁRIO
Neste trabalho
falarei sobre a vida, obra e pensamentos do filósofo John Locke, este trabalho
tem como objectivo contextualizar de forma resumida e cronológica a vida de John
Locke, bem como o seu contributo na expansão da filosofia moderna, procurando
situar o seu pensamento através da apresentação da sua biografia e através de
um esboço histórico de sua época, ressaltando-se os aspectos sociais, intelectuais
e educacionais presentes na Inglaterra do Século XVII, com seus respectivos
impactos sobre o pensamento lockeano.
John Locke nasceu em Wrington, uma cidade do condado de
Somerset, perto de Bristol, na Inglaterra, no dia 29 de Agosto de 1632, foi um
filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal
representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato
social.
Locke rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava
que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos. A
filosofia da mente de Locke é frequentemente citada como a origem das
concepções modernas de identidade e do "Eu". O conceito de identidade
pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de
filósofos posteriores, como David Hume, Jean-Jacques Rousseau e Kant. Locke foi
o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de
consciência. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco (tabula rasa). Em
oposição ao Cartesianismo, ele sustentou que nascemos sem ideias inatas, e que
o conhecimento é determinado apenas pela experiência derivada da percepção sensorial.
Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano,
onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento. Suas
ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos
os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e
à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado
governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a
propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas
podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas
decisões.
Dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro
Tratado sobre o Governo Civil, critica a tradição que afirmava o direito divino
dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente
independente das questões divinas. No Segundo Tratado sobre o Governo Civil,
expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada.
Faleceu em 28 de outubro de 1704, com 72 anos. Locke
nunca se casou ou teve filhos. Encontra-se sepultado em All Saints Churchyard,
High Laver, Essex na Inglaterra.
Locke é considerado o protagonista do empirismo. Nega as
ideias inatas, afirmando que a mente é uma tabula rasa - expressão latina que
tem o sentido de "folha em branco". Isto significa que todas as
pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela experiência,
pela tentativa e erro. Esta é considerada a fundação do
"behaviorismo".
A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de
governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito ao
direito natural do ser humano - à vida, à liberdade e à propriedade.
Influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: Revolução Inglesa,
Revolução Americana e a fase inicial da Revolução Francesa, oferecendo-lhes uma
justificação da revolução e da forma do novo governo. Locke costuma ser
incluído entre os empiristas britânicos, ao lado de David Hume e George Berkeley,
principalmente por sua obra relativa a questões epistemológicas. Em ciência
política, costuma ser classificado na escola do direito natural ou
jusnaturalismo.
Para Bernard Cottret, biógrafo de João Calvino,
contrastando com a história trágica da brutal repressão aos protestantes na França
no século XVI e a própria intolerância e zelo religioso radical de Calvino em
Genebra, o nome de John Locke está intimamente associado à tolerância. Uma
tolerância que os franceses aprenderam a valorizar apenas na década de 1680,
quase às portas do Iluminismo. Como Voltaire afirmou, a tolerância é, para os
franceses, um artigo de importação. Bernard Cottret afirma: A tolerância é o
produto de um espaço geográfico específico, nomeadamente o noroeste da Europa.
Ou seja: a Inglaterra e os Países Baixos. E ela é, no final, em especial, a
obra de um homem - John Locke - a quem o século XVII dedica um culto
permanente. Dentre os escritos políticos, a obra mais influente de Locke foi Dois Tratados sobre o Governo (1689).
O Primeiro Tratado é um ataque ao patriarcalismo, e o
segundo introduz uma teoria da sociedade política ou sociedade civil baseada
nos direitos naturais e no contrato social. Segundo Locke, todos são iguais, e
a cada um deverá ser permitido agir livremente desde que não prejudique nenhum
outro. Com este fundamento, deu continuidade à justificação clássica da
propriedade privada, ao declarar que o mundo natural é a propriedade comum de
todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de uma parte dele, ao
acrescentar seu trabalho aos recursos naturais. Este tratado também introduziu
a chamada "cláusula lockeana ", que resume a teoria da propriedade trabalho
de John Locke: os indivíduos têm direito de se apropriar da terra em que
trabalham desde isso não cause prejuízo aos demais.
O direito de se apropriar privadamente de parte da terra
comum a todos seria pois limitado pela consideração de que ainda houvesse bastante
[terra] igualmente boa e mais do que aqueles ainda não providos pudessem usar. Em
outras palavras, que o indivíduo não pode simplesmente apropriar-se dos
recursos naturais mas também tem que considerar o bem comum.
No Ensaio acerca do
Entendimento Humano (An Essay
concerning Human Understanding), de 1690, Locke defende que a experiência é a
fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão. Outra
obra filosófica notável é Pensamentos sobre a Educação,
publicado em 1693.
As fontes principais do pensamento de Locke são: o
nominalismo escolástico, cujo centro era Oxford; o empirismo inglês da época; o
racionalismo defendido por René Descartes e a filosofia de Malebranche.
─ As
acções dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos;
─ Uma
coisa é mostrar a um homem que ele está errado e outra coisa é instruí-lo com a
Verdade;
─ Não
se é homem de espírito por ter muitas ideias, assim como não se é grande
general por ter muitos soldados;
─ Ler
fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o
que lemos;
─ Nossas
acções são as melhores interpretações de nossos pensamentos;
Cheguei a conclusão que John Locke foi uma pessoa muito
importante em ralação ao empirismo, pois, foi o protagonista. Ele propôs que a
experiência é a fonte do conhecimento e que depois se desenvolve por esforço da
razão.
Jonh Locke no âmbito da filosofia, construiu uma teoria do
conhecimento inovadora, que investigou o modo como a mente capta e traduz o
mundo exterior.
HUISMAN, D.
Dicionário de obras filosóficas. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2000.
LOCKE, J. Ensaio
acerca do entendimento humano. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. (Coleção
Os Pensadores).
______. Some
thoughts concerning education. 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 1999.
______. Dois
tratados sobre o governo. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001
ROUSSEAU, J.J. Do
contrato social; ensaio sobre a origem das línguas; discurso sobre a origem e
os fundamentos da desigualdade entre os homens; discurso sobre as ciências e as
artes. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978 (Coleção Os Pensadores).
YOLTON, J. W.
Dicionário Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
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