YOLANDA LUTONADIO
TALANIKUENDA
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS RECÉM-NASCIDOS,
ATENDIDOS NA SALA DE PARTO DA MATERNIDADE DO BENGO NO PERÍODO DE 1-28 FEVEREIRO
DE 2017
Monografia apresentada ao
instituto Superior politécnico de Kangonjo, como requisito parcial para
obtenção de grau de Licenciado em Ciências de Enfermagem
Orientador: Dr. Álvaro Matubakana (Ms)
LUANDA
2017
Autorizo a reprodução e a
divulgação total e parcial deste trabalho por qualquer meio convencional ou
electrónico para fins de estudos e pesquisa desde que seja citada a fonte.
Assinatura:___________________________________
Data: ______/________/2017
FICHA
CATALOGRÁFICA
Kuenda,
Yolanda
Sistematização da Assistência de enfermagem aos
recém-nascidos, atendidos na sala de parto da maternidade do Bengo no
período de 1-28 de2017/ Yolanda Kuenda – Luanda, 2017.
43f.; 30 cm.
Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso de
Licenciatura em Enfermagem) – Instituto Superior Politécnico de Kangonjo.
Orientador: Dr. Álvaro Matubacana
1. Sistematização 2. Assistência 3. Enfermagem
4. Recém-nascido
|
À Deus pela concessão da vida e
saúde.
Aos meus Pais, apesar das suas
limitações académicas, me ensinaram a vislumbrar os valores e as virtudes da
vida;
Aos meus familiares pelo apoio
moral, em especial o meu esposo pela força, coragem que, mais do que
companheiro, foi conivente para que este trabalho, se tornasse uma realidade;
Ao meu ilustre orientador professor
Álvaro Matubacana pelo carinho, paciência, na transmissão de conhecimentos
técnico-científicos, bem como, pela forma sapiencial que conduziu esta
pesquisa;
A todos aqueles que, de forma directa ou
indirectamente contribuíram para a realização deste trabalho.
“ Na tentativa de chegar a verdade tenho
procurado em todos os locais as informações, mas em raras ocasiões consigo
obter os registos hospitalares possíveis de serem utilizados para comparação…”
(FLORENCE NIGHTINGALE)
Estudo de carácter exploratório e
descritivo com abordagem quantitativa. Realizado na sala de parto da
maternidade do Bengo, com objectivo de observar a sistematização da assistência
de Enfermagem aos R/Ns. A amostra foi constituída por 20
enfermeiros e os dados foram colectados no período de 1 a 28 de Fevereiro de
2017. Os resultados mostraram que, 18 (90%) dos enfermeiros eram de sexo feminino;
7 (35% estavam na faixa etária de 51 – 60 anos. 11 (55%) eram formados por
instituições privadas, 7 (35%) tinham tempo de serviço na Enfermagem acima de
20 anos, 4 (20%) possuíam actualização em SBV e 12 (60%) adquiriram essas
informações na prática em serviço. Em relação à opinião dos pesquisados sobre
dificuldades na sistematização da assistência, 11 (55%) relataram défice de
recursos humanos qualificados é 5 (25%) recursos materiais insuficientes. Como
propostas de solução para as dificuldades, 8 (40%) sugeriram formação contínua
e 4 (20%) sem solução imediata. É necessário modificar esta realidade com
urgência, especialmente na atenção às acções desenvolvidas pelos enfermeiros no
âmbito hospitalar, onde as consequências das lesões secundárias podem ser
evitadas com diagnóstico precoce e intervenções imediatas.
Palavras-chave:
Sistematização.
Assistência. Enfermagem. Recém-nascido.
Exploratory
and descriptive study with a quantitative approach. Performed in the delivery
room of the Bengo maternity ward, aiming to observe the systematization of nursing
care to the R / Ns. The sample consisted of 20 nurses and the data were
collected from February 1 to 28, 2017. The results showed that 18 (90%) of the
nurses were female; 7 (35%) had a service time in Nursing over 20 years, 4
(20%) had an update in SBV (35%) were in the age range of 51-60 years. and 12
(60%) reported that they lacked adequate resources, and 5 (25%) reported
insufficient resources. (40%) suggested continuous training and 4 (20%) without
an immediate solution. This reality needs to be changed urgently, especially in
the attention given to the actions carried out by nurses in hospital, where the
consequences of secondary injuries can be avoided with early diagnosis and
immediate interventions.
Keywords:
Systematization. Assistance. Nursing. Newborn.
SUMÁRIO
O avanço científico e uma assistência primária efectiva vêm ao longo dos
anos, diminuindo a mortalidade dos recém-nascidos nas maternidades. Dados do
Fundo das Nações Unidas para a infância indicam que mais de um milhão de
recém-nascidos morre por ano nas primeiras 24 horas de vida, por falta de
assistência qualificada (UNICEF, 2009).
Dessa forma há uma necessidade de
uma assistência eficaz, exigindo do enfermeiro e sua equipe um conhecimento e
habilidades para a realização destas práticas.
Inserida neste contexto encontra-se a Enfermagem como área do
conhecimento que abrange actividades como o cuidar, o gerenciar e o educar,
dentre outras. Exerce sua prática profissional em diferentes locais como,
hospitais, unidades básicas de saúde, ambulatórios, escolas, creches,
domicílios, e empresas, não se restringindo somente a pessoas em situação de
doença.
A actuação do enfermeiro, como foi descrito acima é bastante
diversificada e no que diz respeito às práticas educativas voltadas para a
comunidade, vem apontado como principal estratégia para a promoção da saúde.
Segundo Ceccim (2005), essas estratégias de cuidados permitem ao
enfermeiro exercer suas funções com criatividade nos diversos seguimentos em
que actua, não generalizando suas acções, mas mantendo as peculiaridades
inerentes a cada ser e a cada contexto. Ainda de acordo com o mesmo, a educação
em saúde é um processo de ensino-aprendizagem que visa à promoção da saúde e o
profissional dessa área é o principal mediador para que isso ocorra.
Conforme Ceccim (2005) a educação permanente em
saúde constitui estratégia fundamental às transformações do trabalho no sector para
que venha a ser lugar de actuação crítica, reflexiva, prepositiva,
compromissada e tecnicamente competente. Há necessidade, entretanto, de
descentralizar e disseminar capacidade pedagógica por dentro do sector, isto é,
entre seus trabalhadores; entre os gestores de acções, serviços e sistemas de
saúde; entre trabalhadores e gestores com os formadores e entre trabalhadores,
gestores e formadores com o controle social em saúde (CECCIM, 2005)
Esse recém-nascido nos primeiros instantes de
vida necessita assumir suas funções vitais que, durante a vida intra-uterina,
eram realizadas pela placenta. É um processo biológico complexo que envolve
modificações funcionais em todos os órgãos e sistemas do mesmo, permitindo-lhe
viver separado da unidade útero-placentário, constituindo assim, o período de
transição. Exige adaptações fisiológicas repentinas e cruciais no sistema
corporal, especialmente, os sistemas
Falando sobre o assunto dentro do contexto de
enfermagem, encontramos Nunes e Motta (2004), que afirmam que a educação
permanente dos profissionais enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem
para a assistência adequada ao recém-nascido (RN), implica prepará-los para que
sejam capazes de reconhecer desvios da normalidade na hora do nascimento,
atendendo suas necessidades mínimas de ambiente físico, prestando os cuidados
imediatos necessários utilizando de forma estruturada e organizada as técnicas
adequadas, além de sensibilizá-los sobre a importância de um cuidado simples e
eficiente ao recém-nascido.
Para tanto, toda a equipe de profissionais deve
actuar ajustando as necessidades organizacionais e os protocolos técnicos da
instituição às necessidades desse recém-nascido e da mãe, no momento do parto e
do nascimento, garantindo uma assistência adequada, eficaz e sistematizada,
respeitando às individualidades. Todos com um só objectivo, desejando que o
processo de parto e de nascimento ocorra bem, reduzindo o stress materno e, consequentemente,
o fetal, e favorecendo a transição da vida intra-uterina para a extra-uterina,
de forma mais tranquila possível e com total sucesso.
Neste cenário de actuação, o modelo metodológico
ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na
prática assistencial, é a Sistematização da Assistência de Enfermagem, pois
favorece o cuidado e a organização das condições necessárias para que ele seja
realizado (Diniz, 2005), sendo o processo de enfermagem, a base de sua
sustentação e constituído por fases ou etapas que envolvem a identificação de
problemas de saúde do cliente, o delineamento do diagnóstico de enfermagem, a
instituição de um plano de cuidados, a implementação das acções planejadas e a
avaliação (HORTA, 1979).
Formulação
do Problema
Percebendo toda a relevância desses aspectos que
tornam as acções de enfermagem eficazes para o sucesso do parto e associando a
nossa vivência enquanto enfermeiras da maternidade do Bengo, identificamos o
défice da sistematização da assistência de Enfermagem ao recém-nascido atendido
na sala de parto, permitindo que equipes diferentes não desempenhem suas actividades
de forma unificada.
Diante do exposto formula-se a seguinte questão:
Qual é o
nível da sistematização da assistência de Enfermagem aos recém-nascidos
atendidos na sala de parto da maternidade do Bengo?
─
Observar
a sistematização da assistência de enfermagem, aos recém-nascidos atendidos na
sala de parto da Maternidade do Bengo no período de 1-28 de Fevereiro de 2017.
─
Caracterizar
os profissionais segundo as variáveis quantitativas e demográficas;
─ Descrever a fonte de aquisição das informações
sobre sistematização da assistência de Enfermagem;
─ Analisar o nível de formação específica na área
de parto, CATV/ PTV e Suporte Básico de Vida (SBV);
─ Identificar as dificuldades encontradas por
enfermeiro na implementação da sistematização de cuidados;
─ Analisar as sugestões dos enfermeiros para as
possíveis soluções das dificuldades encontradas.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como indivíduo,
utilizando para isso seus conhecimentos e habilidades, além de orientação da
equipe de enfermagem para a implementação das acções sistematizadas, que
deverão ser registadas formalmente no prontuário do paciente devendo ser
composta por histórico de enfermagem, exame físico, prescrição da assistência
de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem e anotações de enfermagem
(COREN, 2000).
Enfermagem
é a arte de cuidar e a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao
ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e
holístico, desenvolvendo de forma autónoma ou em equipa actividades de
promoção, protecção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde. O
conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na
intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existencial do
homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correcção
normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efectivamente comprometida
com a emancipação humana e evolução das sociedades (SELBACH, 2009).
Lima Figueiredo (2005), conceitua
que “a enfermagem é uma ciência humana, de pessoas e experiências, com campo de
conhecimento, fundamentação e prática de cuidar de seres humanos, que abrange
do estado de saúde ao estado de doença, medido por transacções pessoais,
profissionais, científicas, estéticas, éticas e políticas”. Dessa forma, a
enfermagem resume-se na arte de cuidar, na qual os profissionais criam as
condições para que os clientes recuperem.
Após o nascimento, o neonato necessita assumir
suas funções vitais que, durante a vida intra-uterina, eram realizadas pela
placenta. O nascimento é considerado uma fase crítica, denominada de período de
transição, que exige adaptações fisiológicas repentinas e cruciais no sistema
corporal. Os sistemas cardiovasculares e pulmonares sofrem alterações assim que
o cordão é campeado, e tem início a respiração. O período de transição fetal
para o neonatal representa uma das fases mais dinâmicas e difíceis do ciclo
vital humano que demanda a transformação de uma condição de completa
dependência para outra de auto-suficiência em relação à oxigenação e nutrição
(FERNANDES; KIMURA, 2005).
Cerca de 85 a 90% dos nascimentos, a adaptação
do RN ao ambiente intra para o extra-uterino ocorre em um período rápido, de
maneira fisiológica, atingindo a estabilização. Porém, alguns recém-nascidos
podem apresentar intercorrências e os profissionais necessitam estar
habilitados para reconhecer precocemente e intervir nestas situações (BASILE;
PINHEIRO; MIYASHITA, 2007).
Para Guyton e Hall (2008), o recém-nascido é
composto por especificidades, no qual podemos destacar a instabilidade dos
diversos sistemas de controlo hormonais e neurogênicos. Em parte, isto decorre
da imaturidade do desenvolvimento dos diferentes órgãos corporais e, em parte,
do facto de que o método de controlo simplesmente não se ajustar ao modo de
vida totalmente novo.
Para Orlandi e Sabrá (2005) após o nascimento, o
recém-nascido necessitará de cuidados para se recuperar do traumatismo do
parto, seja ele concebido em parto normal ou cesário.
Os médicos e a equipe de enfermagem devem estar
familiarizados com as medidas exigidas pela criança, sendo necessário o
reconhecimento de patologias no primeiro instante de vida (ORLANDI; SABRÁ,
2005).
É fundamental que haja capacitação técnica dos
profissionais que participam do atendimento imediato ao recém-nascido, além de
maior sensibilidade por parte dos profissionais voltados
para uma assistência humanista. Em função do modelo assistencial no qual os
profissionais foram inseridos durante sua formação, que pautavam-se no aspecto
prático para facilitar o "bom andamento do serviço" e influenciavam o
conhecimento e a prática assistencial desses profissionais (NÓBREGA; SILVA,
2008/2009).
A maneira como a parturiente se comporta durante
o trabalho de parto depende das informações recebidas durante o pré-natal e que
nem sempre são dadas de forma adequada ou completa. Tal facto a torna insegura
diante de tudo, sendo de grande importância que a actuação da equipe de
enfermagem na sala de parto se dê de forma humanizada, uma vez que o parto é um
processo natural, além de um dos momentos mais importantes para o binómio
mãe-filho.
Neste sentido, Diniz (2005) entende por humanização do parto o conjunto de
recomendações que a Organização Mundial de Saúde adoptou: o incentivo ao parto
vaginal; aleitamento materno; alojamento conjunto; à presença de acompanhante;
à redução do excessivo intervencionismo tecnológico no progresso do parto;
estimulo às técnicas mecânicas de alívio a dor (massagens, banhos,
deambulação); uso cauteloso de indução intravenosa (ocitocina); analgesia;
abolição da prática de enema e tricotomia, e faz crítica significativa à
excessiva medicalização do parto, sendo apontado como um dos responsáveis pelas
taxas de mortalidade materno-infantil em vários países.
Ainda segundo Diniz (2005) observa-se que, no
parto vaginal parece haver maior facilitação para o estabelecimento da lactação
mais precoce e efectiva, uma vez que não há dor incisional ou o efeito
pós-anestésico, como da cesárea. Além do mais, no parto normal, o primeiro contacto
mãe-filho ocorre mais precocemente, enquanto na cesárea, dificilmente a criança
vai até a mãe antes das primeiras seis horas pós-parto, propiciando a
introdução de fórmula láctea ou glicose para o recém-nascido logo no berçário
e, o que é pior, em mamadeira.
Humanizar a partição é envolver-se com o outro,
é lembrar que no momento do parto está ocorrendo à separação de dois corpos,
que até esse momento viveram juntos, um dentro do outro, em relação de
dependência e de íntimo contacto. Nesse momento o enfermeiro necessita
restaurar a tranquilidade, o equilíbrio, a harmonia interior, com o cuidado,
porque é por ele que exercitamos o encontro do ser profissional com o ser
parturiente, restabelecendo o sentimento deperda e esvaziamento, que a
parturiente vivencia de forma tão intensa e particular (ZAGONEL,1997).
É a denominação clínica usada em pediatria a
toda criança desde o nascimento até aos 28 dias de vida.
O recém-nascido é um ser vulnerável a infecções
e patologias, pois seu sistema está se adaptando ao novo meio e é exactamente
nesta fase que ocorre o maior índice de mortalidade e morbidade infantil. Para
uma assistência de enfermagem efectiva ao neonato, necessita que a equipe de
enfermagem tenha conhecimento da história familiar, história das gestações
prévias e a actual e dos eventos durante o trabalho de parto (ORLANDI e SABRÁ).
A assistência de enfermagem ao recém-nascido
inicia-se com o nascimento do bebé. A enfermagem juntamente com a equipe
médica, que estiver dando assistência ao trabalho de parto, irá necessitar de
recursos físicos, e materiais para uma assistência eficaz. É indispensável que haja
uma sala de parto disponível bem aparelhada, com aspirador, compressas e lençóis
esterilizados, material para ligadura do cordão, fonte de aspiração, sondas,
conjunto instrumental destinado ao tratamento da anoxia neonatal e berço de
calor irradiante (ORLANDI; SABRÁ, 2005).
Os cuidados ao recém-nascido são divididos em
imediatos e gerais. Os cuidados imediatos são efectuados na sala de parto para
manter a vida do recém-nascido e evitar futuras sequelas, já os cuidados
gerais, são os realizados durante o período de neonatal, onde a criança estará
se adaptando a vida extra-uterina (ORLANDI e SABRÁ, 2005).
Segundo Campos e Cardoso (2004), é de suma
importância conhecer e estar atenta à comunicação verbal e não-verbal emitida
pelo bebé e pelas próprias profissionais durante o desenvolvimento do cuidado.
A criança recebe influência do meio ambiente, nos vários contextos que exibem
as pessoas e seus gestos, sons e movimentos, sendo o estímulo importante como
eixo para prover seu bom desempenho, afectivo, cognitivo, psicológico e social.
A primeira atenção que o enfermeiro deve tomar
ao nascimento da criança é o estabelecimento da respiração, pois quando o
cordão umbilical é pinçado, a placenta é desactivada, órgão que até então em
meio uterino tinha a função de hematose (troca gasosa). Já na vida
extra-uterina, os pulmões tomam esta função, e nos primeiros trinta segundos de
vida deve ocorrer à primeira respiração normalmente seguida de choro em
crianças saudáveis. Caso isso não aconteça, a equipa deve estar habilitada a
identificar o problema e logo intervir com manobras cardio-respiratórias, até a
criança estabelecer os movimentos respiratórios (ORLANDI; SABRÁ, 2005).
Conforme Queenan (1993) uma vez fora do útero,
todavia, a criança torna-se sujeita a factores extremos que provocam e, por sua
vez, regulam as manobras de adaptação necessárias para manter a estabilidade
térmica. Essas manobras invocam o conceito de conforto térmico máximo, é
definida como a temperatura ambiente, em que o metabolismo, tal como reflectido
pelo consumo de oxigénio, é mínimo, porém suficiente para manter a temperatura
corporal. Reduzir a temperatura ambiental abaixo dessa zona causará uma
elevação no metabolismo, assim como o fará a elevação da temperatura acima
dela.
A escala de Apgar é um instrumento de rastreamento inicial, que deve ser aplicado para
uma avaliação do lactente imediatamente após o parto, reflecte a condição do bebé
depois da tensão do trabalho de parto e do parto, e permite uma avaliação
daquelas funções essenciais à vida e que precisam começar imediatamente para
que se processe a adaptação a vida extra-uterina. A contagem de Apgar é
realizada no primeiro e quinto minuto, encontrando valores menores que seis.
O primeiro minuto fornece informação inicial do
Rn à vida extra-uterina e o quinto minuto é a avaliação mais clara do estado
geral do sistema nervoso central (SNC).
Este
método deve ser repetido entre cinco e dez minutos, até que se estabilize o
organismo do recém-nascido (MONTENEGRO; FILHO, 2008).
Para Orlandi e Sabrá (2005), após o
restabelecimento respiratório, a equipe deve realizar a limpeza facial do
recém-nascido com gazes estéreis e a desobstrução das suas vias oro nasais e se
caso não houver banimento de mecónio durante o parto deve-se desobstruir o
canal anal utilizando sondas de borracha flexível que evita ferimentos das
mucosas.
Na sala
de parto a equipe deve ter a sua disposição um berço de calor irradiante para
onde a criança deve ser conduzida logo depois do desmembramento da placenta
onde todos os procedimentos realizados no recém-nascido serão sobre o berço
onde terá manutenção de temperatura.
A
criança tem que manter a temperatura axilar por volta de 36 a 37ºC, caso isso
não ocorra à temperatura do recém-nascido baixa faz com que o organismo tenha
um maior consumo de oxigénio (O2), levando a uma hipóxia ocasionando uma acidose,
ou seja, diminuição do pH sanguíneo (GERK, 2006).
Segundo KLIEGMAN (2004), quando o bebé nasce em
boas condições, os procedimentos são:
1. Secagem do líquido amniótico com campo estéril,
previamente aquecido, sob fonte de calor radiante para prevenção da perda do
calor.
2. Posicionamento do bebé em decúbito dorsal com
leve extensão do pescoço para facilitar a entrada de ar.
3. Aspiração cuidadosa das vias aéreas começando-se
pela boca para evitar aspiração de secreções pela traqueia e pulmões e reflexo vogal
com consequente bradicardia.
4. Se o recém-nascido não respira faz-se
estimulação táctil na sola do pé ou fricção nas costas.
5. Avaliação da respiração, cor e frequência
cardíaca.
6. Clampeamento "definitivo" do cordão.
7. Colocação do bebé junto à mãe para início da
amamentação.
A humanização da assistência ao parto implica
principalmente que a actuação do profissional respeite os aspectos de sua
fisiologia, não intervenha desnecessariamente, reconheça os aspectos sociais e
culturais do parto e do nascimento, promova a saúde e ofereça o suporte
emocional necessário à mulher e sua família, facilitando a formação dos laços
afectivos familiares e o vínculo mãe-bebé (DIAS, 2005).
O enfermeiro como um profissional de saúde tem a
função e a oportunidade de desempenhar acções assistenciais e educativas no seu
local de trabalho, com o objectivo de contribuir para uma
assistência mais direccionada e eficaz.
A enfermagem tem procurado estabelecer seus objectivos,
lidando com aspectos existenciais do impacto da enfermidade ou das situações de
vida sobre os indivíduos e familiares, fazendo disso seu foco de acção. A
assistência sistematizada é orientada para satisfazer as necessidades humanas
básicas afectadas pelo processo saúde-doença ou por situações de vida. A Sistematização
da Assistência de Enfermagem visa auxiliar as pessoas a alcançarem equilíbrio harmónico
através da promoção do autoconhecimento, alto-cura, autocontrole, auto-respeito
e a terem um entendimento do significado dos acontecimentos que estão fazendo
parte de sua vida (AVELINO, 2003).
A Sistematização da Assistência de Enfermagem –
SAE é reconhecida pelos profissionais de enfermagem como marco a ser institucionalizado
nos serviços de saúde. O Conselho Federal de Enfermagem, através da Resolução
COFEN nº 272/2002, dispõe sobre a SAE nas instituições de saúde e determina que
sua implementação deva ocorrer em todas as instituições de saúde, tanto
públicas quanto privadas. Conforme Daniel (1979) a sistematização deverá ser registada
formalmente no prontuário do cliente e deve conter o histórico de enfermagem,
exame físico, diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem.
Esse método visa prestar uma assistência
integral ao paciente de forma planejada, organizada e com Registos de todas as
acções realizadas pela enfermeira.
No caso específico da sala de parto, tem a
finalidade de oferecer ao recém-nascido, acções de Enfermagem de forma
organizada e sequencial.
O método utilizado na prática clínica para
sistematizar a assistência de enfermagem é o processo de enfermagem e de acordo
com Daniel (1979), este é um método de tomada de decisões de forma deliberada
que se apoia nos passos do método científico.
O modelo mais conhecido e seguido para a implementação do processo de
enfermagem que dinamiza as acções sistematizadas e inter-relacionadas, visando
à assistência do ser humano foi proposto por Horta em 1979, o qual contém as seguintes
fases conforme a autora supracitada:
a) Histórico de enfermagem - roteiro sistematizado
para o levantamento de dados do ser humano que torna possível a identificação
de seus problemas, convenientemente analisados e avaliados, leva ao segundo
passo;
b) Diagnóstico de enfermagem - identificação das
necessidades do ser humano que precisa do atendimento e a determinação pela
enfermeira do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão.
c) Plano assistencial - determinação global da
assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico
estabelecido, sendo este sistematizado (orientação, ajuda e execução de
cuidados a fazer).
d) Prescrição de enfermagem - implementação do plano assistencial
diário, que coordena a acção da equipe de enfermagem na execução dos cuidados
ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano, cuidado e
avaliado sempre.
e) Evolução de enfermagem - relato diário verificando-se a
evolução é possível avaliar a resposta do ser humano à assistência de
enfermagem implementada.
f) Prognóstico de enfermagem - estimativa da capacidade do ser
humano ematender suas necessidades básicas.
forme a
autora supracitada:
Os estudos descritivos observam, registam,
analisam e correlacionam os factos ou fenómenos sem manipulá-los, abordando com
precisão a frequência com que os fenómenos ocorrem, sua conexão e correlação
com os outros. (SILVA, 2006)
O
enfoque quantitativo permite uma colecta sistemática de informação numérica,
mediante condições de muito controle, analisando essas informações através de
estatísticas (POLIT etal, 2004).
O presente estudo foi realizado na Maternidade
do Bengo, no período de 1 a 28 de Fevereiro de 2017 que é uma maternidade de
construção definitiva e está localizada na estrada principal de Caxito, fundada
em 1982.
A Maternidade destina-se, ao atendimento de
partos normais e de risco, seja materno e/ou fetal, limitado geograficamente a:
Norte: conservatória de registo;
Sul:
bairro riceno;
Leste: farmácia Caxito;
Oeste: Banco de Poupança e Crédito
(BPC).
É constituída por uma sala de espera, um Banco
de Urgência com uma marquesa, uma sala para consultas pré-natal, uma sala para
consultas de ginecologia, uma sala de consultas pós-parto, duas salas de
internamento com 32 leitos, uma sala de puerpério normal com 5 leitos, uma sala
pré-parto com 2 leitos e uma sala de parto com 2 marquesas.
Dispõe de uma equipe mínima de profissionais,
constituída por um médico obstetra, uma enfermeira e dois técnicos de
enfermagem por plantão de doze horas e um técnico de enfermagem responsável
pela vacinação de recém-nascido. A unidade não dispõe de médico neonatologista
no plantão.
Na instituição, iniciativas voltadas à
humanização da assistência ao parto estão sendo, gradativamente, incorporadas
ao serviço, sendo este nosso principal foco. Por iniciativa da enfermagem, já
se incentiva a presença do acompanhante, principalmente no pré-parto e alojamento
conjunto, ainda com algumas restrições a figura masculina devido à dificuldade
de se estabelecer a privacidade das parturientes/puérperas.
A média de gestantes inscritas no PRÉ-NATAL,
segundo a Secretaria de Saúde é de 80 gestantes/mês, resultando numa média de
dois partos/dia.
A população alvo estudada foi de
30 enfermeiros que trabalham na Maternidade do Bengo e, 20 destes enfermeiros
constituiu a nossa amostra por serem enfermeiros que aceitaram assinar o TCLE.
Os dados foram recolhidos através
de um questionário contendo perguntas abertas e fecha-as, baseadas nos
objectivos propostos, distribuídos aos 20 enfermeiros, integrados nas equipas
multidisciplinares na Maternidade do Bengo, que efectuaram a leitura e
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
A
pesquisa foi submetida á análise da Direcção dos Assuntos Científicos e
Técnicos (DCT) do Instituto Superior Politécnico de Kangonjo, bem como a
aceitação e a prévia autorização da Direcção da Maternidade, com o
Consentimento Livre e Esclarecido de todos os profissionais em estudo.
Foram incluídos para este estudo
20 enfermeiros integrados nas equipas multidisciplinares que trabalham na
Maternidade do Bengo, em virtude de terem assinado o TCLE.
Foram excluídos do estudo 10
enfermeiros do total de 30, integrados nas equipas multidisciplinares que não
assinaram o TCLE. Enfermeiros estagiários técnicos voluntários.
Os dados recolhidos foram
processados utilizando programa informático Microsoft Office: Word 2007,
PowerPoint e Excel 2007, para obter as tabelas.
Tabela
1:
Distribuição dos enfermeiros de acordo com o sexo, na Maternidade do Bengo de
01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Sexo Frequência
percentagem
|
Masculino
02
10%
Feminino 18
90%
|
TOTAL 20
100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
|
Tabela 2: Distribuição dos enfermeiros de acordo com a idade, na Maternidade do
Bengo de 01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Grupo Etário (Ano) Frequência percentagem
|
De
20 a 30 anos 00 00%
De
31 a 40 anos
10 50%
De
41 a 50 anos 03 15%
De
51 a 60 anos
07 35%
|
Total 20 100%
|
Fonte: Maternidade
do HGB (2017).
Gráfico
02, demonstra que houve maior predomínio de profissionais na faixa de 31 a 40
anos com 10 (50%) seguida de 7 (35%) na faixa etária de 51 a 60 anos e na
faixa etária de 41 a 50 anos é de 3 (15%).
Nesta tabela observamos que os profissionais
entrevistados enquadram-se como uma população jovem.
Andrade
(2000), ressalta que a equipa de saúde formada por profissionais jovens, pode
intervir positivamente na qualidade de serviço prestado.
|
Tabela 3: Distribuição dos enfermeiros de acordo com a instituição onde se
formaram, na Maternidade do Bengo de 01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Instituição onde se formou Frequência percentagem
|
Inst.
Pública 09 45%
Instituição
privada 11 55%
|
TOTAL 20 100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
Comparando
nossos achados com os achados de Montenegro (2010), em seu estudo realizado
em Belo Horizonte sobre a percepção dos enfermeiros em actuar na atenção
primária, observara que no tocante à natureza da instituição onde ocorreram
os processos de formação, houve predominância de graduação em faculdades e
universidades privadas (72,5% e 27,5% em privadas.
O
cenário do crescimento do sistema educativo, com expressiva participação do
sector privado, tornou uma perspectiva atraente em todo sector da saúde.
Neste raciocínio, Vieira e Garcia (2006) afirmam que nos dias actuais a
expansão dos cursos na área da saúde em particular a Enfermagem pelas
instituições privadas, tem proporcionado o aumento do ingresso de estudantes,
especialmente daqueles que já possuem nível técnico, uma vez que aspiram por
melhores condições de trabalho e renda.
|
Tabela 4: Distribuição dos enfermeiros de acordo com o tempo de serviço na
Enfermagem, na Maternidade do Bengo de 01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Tempo de serviço na Enfermagem Frequência percentagem
|
De
01 a 09 anos
03 15%
De 10 a 14anos 06 30%
De
15 a 20 anos
04 20%
Mais
de 20 anos
07 35%
|
Total
20 100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
Ao observarmos a tabela 04 o
tempo de experiência na Enfermagem, vemos que a maioria 7 (35%) encontra-se com
tempo acima de 20 anos, seguidos de 6 (30%) até 14 anos de serviço.
Martins etal., afirma que o tempo
de actuação pode ser um indicativo de tempo de experiência do enfermeiro no
mercado de trabalho e de relativa maturidade, revelando suas competências e
habilidades.
Tabela 5: Distribuição dos enfermeiros de acordo com/sem curso de actualização, na
Maternidade do Bengo de 01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Enfer. Com/sem curso de
actualização Frequência percentagem
|
Suporte
Básico de Vida 04 20%
Formação no CTV/PTV 02 10 %
Sem
curso de actualização 14 70%
|
Total 20 100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
Na Tabela 05, quando agrupados os que possuem curso
ou especialização direccionada para actuar em R/N (sala de parto), detecta-se
que somente 6 (30%) enfermeiros têm esta formação, contrapondo-se a 14 (70%).
O baixo percentual de enfermeiros
com cursos de aperfeiçoamento e/ou especialização pode interferir no cuidado
prestado. Assim o deficit de conhecimento científico na área de urgência
torna-se preocupante, visto que a qualidade da assistência oferecida à R/N,
iniciada no momento de parto, é essencial no processo de cuidar tanto para
aumentar a chance de vida como reduzir as sequelas nesta etapa da vida.
Tabela 6: Distribuição dos enfermeiros de acordo com a fonte de aquisição das
informações sobre sistematização de assistência de Enfermagem ao recém-nascido
na sala de parto, na Maternidade do Bengo, de 01 a 28 de Fevereiro de 2017.
Fonte de aquisição das infor.
sobre SAE R/N Frequência percentagem
|
Seminários e C. de actualização
em SBV 04 20%
Formação em CTV/PTV
02 10%
Curso de formação profissional 02 10%
Prática
do dia-dia
12 60%
|
Total 20 100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
Analisando o Gráfico 06,
identifica-se que a maior frequência de respostas dos enfermeiros encontra-se
na preparação advinda da prática quotidiana, com 12 (60%). Observa-se que a
realização de seminários e cursos de actualização4 (20%) e formações em CTV/PTV
2 (10%) também foram a segunda e terceira afirmações mais citadas. A baixa
prevalência de resposta de institutos de formação da saúde como fonte de
aquisição de conhecimentos, com apenas 2 (10%), denota factor de preocupação e
reflexão sobre a influência da formação académica na prática destes
profissionais.
Tabela 7: Distribuição dos Enfermeiros de acordo com as dificuldades encontradas
na Sistematização da de Enfermagem o R/N na maternidade do Bengo de 1 a 28 de
Fevereiro de 2017.
Dificuldades
encontradas na SAE R/N Frequência percentagem
|
Número insu. de R/H qualificados 11 55%
Recursos Materiais
insuficientes 05
25%
Recursos Materiais em Más condições 04 20%
|
Total 20 100%
|
Fonte: Maternidade do
HGB (2017).
Na Tabela 07, analisando a
opinião dos enfermeiros que afirmaram existir dificuldades na Sistematização da
assistência de Enfermagem ao R/N11 (55%) das respostas apontaram o deficit de
recursos humanos qualificados como principal dificuldade. Recursos materiais
insuficientes 5 (25 %) e 4 (20 %), Recursos materiais em más condições 4 (20%).
Destacando o deficit de recursos
humanos qualificados, especialmente profissionais de Enfermagem, é um problema
comprovado no quotidiano da saúde pública.
Agregados a todos os factores
relatados, actualmente, no nosso país, os serviços hospitalares, além de
funcionar acima de sua capacidade máxima e número insuficiente de
profissionais, dispõe de materiais insuficientes e em má qualidade de uso. (MORAIS
FILHO, 2009).
Tabela 8: Distribuição dos enfermeiros de acordo com as propostas para solucionar
as dificuldades encontradas na SAE R/N na Maternidade do Bengo, de 01 a 28 de
Fevereiro de 2017.
Propostas Frequência percentagem
|
Formação
continua 08
40%
Equacionar
RHquali. disponíveis 06
30%
Transferindo 01 05%
Gerenciar
R. materiais disponíveis 01 05%
Sem solução imediata 04 20%
|
Total 20 100%
|
Fonte:
Maternidade do HGB (2017).
Examinando a tabela08, observa-se
que existe uma ampla variação de respostas como propostas de solucionar as
dificuldades vivenciadas na SAER/N.
Neste sentido, verificou-se 8
(40%) das respostas apontavam para formação contínua, 6 (30%) opiniões que citaram
equacionar RH disponíveis, 4 (20%) se expressaram que não há solução imediata,
seguida de transferências e gerenciamento de R. materiais disponíveis com 1 (05%)
cada.
Mencionamos com muita
preocupação, a afirmação dos enfermeiros em não apresentarem nenhuma proposta
de solução para a melhoria da assistência. Esta opinião negligência por parte
dos enfermeiros, uma vez que é elemento fundamental na assistência, o
possibilitaria articular algumas soluções que podem, não eliminar, porém
minimizar algumas dessas dificuldades e assim, melhorar a qualidade da
assistência de enfermagem.
A proposta da formação contínua
para capacitar e melhorar a inexperiência da equipa de enfermagem é a mais
citada e é uma ferramenta que pode melhorar a qualidade da assistência. Por
outro lado, os problemas de recursos humanos e materiais só podem ser
enfrentados com o investimento do governo ao nível, assim como uma boa gestão
da direcção hospitalar e de enfermagem para gerenciar e articular essas
dificuldades.
Ricaldoni e Sena (2006) afirmam
que a formação contínua melhora crescimento pessoal, profissional e contribui
para a organização do processo de trabalho. A sistemática desta capacitação
produz respostas favoráveis e leva o profissional a repensar o seu fazer no
próprio meio que executa suas funções e actividades.
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