segunda-feira, 6 de julho de 2015

COMUNICAÇÃO ESCRITA - Trabalho Elaborado por Vieira Miguel Manuel

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
COLÉGIO GILIPA







COMUNICAÇÃO ESCRITA 







Classe:
Sala: 6
Turma: B
Turno: Tarde


 


O DOCENTE

_______________________
Chitacaya





LUANDA
2015

INTEGRANTES DO GRUPO





1.      Priscila Nandimba Candongo
2.      Jennifer Mitange
3.      Joana Aguinalda Natchicola
4.      Adriano da Costa Tito
5.      Fábio Dírio

6.      Loide Antonica Branco







ÍNDICE









1.      COMUNICAÇÃO ESCRITA


Até meados do século XV a comunicação escrita, através de cartas, panfletos e livros, já era uma prática social bem estabelecida de há, pelo menos, dois mil anos.

O objectivo maior da comunicação escrita (a sua finalidade) é dizer algo que se julga importante a um interlocutor (numa carta) ou a muitos (em panfletos e livros, entre outros).

As tecnologias que viabilizaram a comunicação escrita foram, originalmente, a própria linguagem escrita (que é uma tecnologia intangível) e o papiro, o pergaminho, as tintas e os pincéis (que eram tecnologias tangíveis). Tudo era feito à mão e nada era mecanizado ou automatizado.

Por volta de 1450 Gutenberg inventou a prensa de tipos móveis. De repente, uma nova tecnologia (um novo meio) tornou possível imprimir milhares de cópias idênticas de panfletos e livros. Antes do final do século XVI já havia, literalmente, milhões de livros impressos esparramados pelo mundo ocidental.

Foi apenas uma mudança na tecnologia, nos meios - os fins continuaram os mesmos. Mas ela provocou uma revolução. Há consenso, hoje, de que o protestantismo, a ciência experimental e os estados, que hoje são parte essencial do cenário em que vivemos, pelo
menos no Ocidente, dificilmente teriam surgido e se desenvolvido tão rapidamente sem o invento de Gutenberg.

Isso mostra-nos que mudanças nos meios podem produzir grandes transformações sociais, económicas, políticas e, naturalmente, culturais.

Houve mudança significativa nos fins e nos métodos da educação em decorrência dessa nova tecnologia. A partir do século XV, começou a desgastar-se o ponto de vista de que o fim principal da educação escolar é transmitir informações, de um para um, ou de um para poucos, num contexto presencial. Com a invenção de Gutenberg tornou-se possível transmitir informações de um para milhares/milhões e sem que o emissor e os receptores das informações enviadas estivessem num mesmo local. Essa invenção tornou a educação a distância viável - da mesma forma que tornou a autoaprendizagem, através de livros, acessível a qualquer leitor (era preciso saber ler para se beneficiar da novidade!).

O que o livro fez no século XV e nos séculos seguintes, as novas tecnologias vão fazer em escala ainda muito maior nos dias de hoje. Com um componente adicional, que faltava ao livro: a comunicação interactiva (quase) instantânea. A revolução causada pelo livro nos séculos XV e seguintes deu-se sem que houvesse, naquela época, mecanismos eficientes para discussão entre os leitores, em grupo, dos materiais lidos. Hoje isso é possível, com e-mail e os grupos de discussão pela Internet.

Nesta era do fax, do computador e da Internet são inúmeros os processos das pessoas comunicarem-se de forma rápida e prática, para qualquer parte do mundo. Mas a principal dificuldade enfrentada não está em como utilizar a tecnologia, uma vez que o domínio da informática é praticamente total, e sim em se fazer entender claramente tanto na linguagem falada como na escrita. Nilo é só o veículo que usamos para comunicar que conta, mas também a forma, o conteúdo e a linguagem que são utilizadas.

Às vezes, conforme o veículo utilizado, o documento redigido e até as palavras e formas de tratamento usadas não são as mais indicadas para a situação. Seja um simples bilhete, um e-mail, ou um documento oficial, o facto é que nem sempre a linguagem corresponde à formalidade ou informalidade do assunto, ou a estrutura de texto escolhida é a mais adequada.

Tal como falar, escrever é um recurso que precisa ser aprendido e ambos estão intimamente ligados, pois são actividades que trabalham com a palavra. O facto de alguém saber ortografia, ou seja, saber escrever as palavras com pequeno número de erros, não significa que esteja pronto para escrever qualquer texto.


Buscar a perfeição na expressão escrita é uma necessidade das novas gerações os quais estão imersos nas sociedades de hoje, cujos avanços tecnológicos vão em constante mudança, pelo que se requer ser muito preciso e claro à hora de escrever qualquer tipo de documento.

A composição: define-se como “escrito em que um aluno desenvolve um tema, dado pelo professor ou eleito livremente, para exercitar seu domínio do idioma, sua habilidade expositiva e sua sensibilidade literária”. (Paços,2007, pág.35).

Toda composição escrita possui determinadas caraterísticas, as quais são:

·         A subjetividade: o qual denota a presença de indivíduo em todo o texto.
·         A Interpretação: isto é o significado que a cada leitor lhe dê à leitura da composição.
·         A relatividade: é a proposta dos dados de forma que o leitor os interprete a sua maneira.
·         Opinião pessoal: são as afirmações que o autor denota em seu escrito.
·         Efeito no leitor: busca provocar no leitor diferentes sentimentos.
·         Estrutura flexível: depende do gosto do leitor, o qual pode ordenar o conteúdo a seu interesse.
·         Criatividade: o autor deve desenvolver sua obra de forma que resulte interessante ao leitor.
·         Reelaboração: a composição é produto do autor e este pode propor na ordem que deseje a história que pretende contar.
·         Narração: com a composição facilita-se a comunicação através da narração, a qual deve resultar interessante para o leitor.
·         Estética: toda composição requer de estrutura formosa, que atraia o leitor, mas sem perder a coerência no relato.

1.3  O TREINO É ESSENCIAL PARA O BOM DESEMPENHO DA ESCRITA
Todos os grandes escritores afirmam que a leitura é a base da arte de escrever. Ler é interpretar símbolos gráficos de maneira a compreendê-los; a leitura, constitui uma das cinco actividades fisiológicas básicas (pensar, falar, ouvir, escrever e ler). Essas actividades linguísticas estão relacionadas entre si: o pensamento é expresso pela fala, recebido pela audição, gravado pela escrita e interpretado pela leitura. Mas apesar desta relação, escrever e falar exigem técnicas diferentes. Por mais perfeita que seja, a transcrição da fala para a escrita não consegue fazer com que esta atinja o colorido da fala.


A maior dificuldade está em transformar as ideias em texto utilizando palavras corretas no momento certo. Muitas vezes, acreditamos que a palavra não expressa suficientemente o que ela quer dizer, e o texto acaba reunindo uma fileira de palavras com mesmo sentido ou que não se relacionam entre si. Isso acontece porque antes de iniciar a escrita não organizamos as ideias, escrevendo-as sem pensar no texto como um todo.


Para organizar as ideias, o ideal é esboçar um roteiro antes de iniciar a redação, como abaixo:

·         Escolha do assunto - O tratamento do assunto depende do objectivo de você deseja alcançar. Não há assunto que não possa ser abordado de diversas maneiras e sobre o qual não se possa escrever uma série de prós e contras.
·         Lista de ideias - Escolhido a assunto, e determinado o objectivo, é necessário preparar uma lista de pensamentos, uma relação de todas as ideias a serem incluídas que tenham relação com o assunto: factos, argumentos, citações, comparações, lembretes, opiniões, exemplos e números.
·         Plano - O primeiro passo é extrair da lista as ideias que parecem mais importantes, seguindo uma ordem cronológica ou de prioridade, e depois fixar-se naquelas que deseja aprofundar.
·         Esboço - A redação do esboço é muito importante para registar, sem a obrigatoriedade do texto final, a fluência de ideias que podem se perder com a organização imediata. Com o esquema, é possível reorganizar as ideias, colocando –as na sequência lógica, gerando uma composição


É “pôr por escrito o pensado ou lembrado, escrever em ordem”. (Paços,2007, pág.46).

Uma redação possui também introdução, desenvolvimento e conclusão e pode ser um resumo de um texto determinado, uma ampliação de um tema escrito ou uma explicação do tema a desenvolver.




A redação carateriza-se pela ordem, tanto em idéias, como em orações e alíneas, deve ser escrita com coerência e lógica para conseguir um significado que não permita confusão.

Ordenamento de idéias:

·         As preposições têm a função de unir duas partes da oração, por isso sempre deve ir no centro da cada um deles.

Ordenamento de orações:

·         Toda oração requer de ser ordenada assim: sujeito, verbo, complemento direto, complemento indireto, complemento circunstancial, de maneira que facilita a leitura ao receptor.

Ordenamento de alíneas:

·         Suas orações devem de ser curtas, enlaçadas por coordenação, com conjunções, ou por yuxtaposiciones.

·         As alíneas podem ser relacionado de diferente forma, mas o mais importante é saber manter a sequência dos fatos.

Relacionamento causa-consequência:

·         Para redigir uma alínea deve ser elegido a idéia a destacar, para colocá-la de primeira e escrever logo o que se deseja sobre ela.

Relacionamento cronológico das ações:

·         A cada alínea deve ser redigido ordenando as idéias segundo sua função de causa ou consequência e estabelecer sua localização temporária, partindo do passado ao presente; mantendo a ordem gramatical correto.

Objetividade:

·         As idéias devem ser ordenado com exatidão para que não tenha dúvidas em sua leitura.

Neutralidade:

·         Está influenciado pelas preferências, ideológicas e perspetivas do autor, por isto as afirmações que se façam devem possuir um bom grau de credibilidade.



Qualquer redacção é composta por título, introdução, desenvolvimento e conclusão.

Na introdução procura-se despertar no leitor o desejo de ler. Isso pode ser feito adiantando-se os principais pontos que serão tratados nos textos. Lembre -se: tudo que for afirmado na introdução deverá ser desenvolvido, com argumentos concretos, no corpo
de texto.

O desenvolvimento consiste em ordenar progressivamente os dados, opiniões, aspectos que o tema envolve, e fundamentá-los por meio de razões, exemplos e provas. Cada ideia deve ser desenvolvida em parágrafos diferentes.

A conclusão é a parte final da redacção e deve encerrar, coerentemente, uma síntese clara da posição assumida. Ela deve-se adequar à introdução e ser remate para o desenvolvimento.

Para escrever bem…

·         Devemos Saber o que queremos dizer antes de começar e, planificar;
·         Não Devemos usar frases e parágrafos muito extensos;
·         É Preciso evitar abreviações;
·         Procurar não repetir a mesma palavra, trocando-a por sinónimos.
·         Não utulizar rimas e palavras de difícil entendimento;
·         Ser directo, claro e simples e não fugir do tema proposto;
·         Ter como preferência palavras curtas e familiares;
·         Usar verbos activos, evitar os passivos;
·         Usar estilo coloquial, escrever do mesmo jeito como falaríamos;
·         Colocar pessoas nas suas frases, evitar o impessoal.


Carta Pessoal – Esta carta, bilhete ou recado é trocada entre parentes e amigos. A sua característica mais importante é a informação: é necessário que o remetente consiga ser entendido. Local e data, saudação e assinatura são elementos obrigatórios para garantia das identificações necessárias, tudo o resto é livre.

Carta Social – É a que é trocada entre pessoas amigas, mas sem grande intimidade, principalmente para apresentar felicitações ou pêsames e fazer convites e comunicados. Trata -se de carta com objectivo claro e, ao menos teoricamente, assunto único. O remetente deve estar atento, portanto, para não ultrapassar esse objectivo, misturando assuntos.

Telegrama – É empregue para envio de mensagens curtas de maneira rápida.

Redacção Técnica – Neste tipo de texto, o aspecto pessoal é secundário e prevalece a clareza, a lógica, a concisão, de fácil leitura e de precisão das ideias.





A parte da comunicação escrita que ajuda aos informáticos é a redação já que podem resumir temas, alargar textos ou explicar tema. A comunicação escrita especificamente a redação facilita-lhe ao informático dar seu trabalho em uma forma objetiva, racional e com um objetivo para poder compreender as idéias tais como são, então é bem como a comunicação escrita permite o desenvolvimento dos informáticos.







BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação Escrita. 22ª. ed. São Paulo: Ática, 2006.

FÁVERO, Leonor L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2006.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 27ª. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2010.

PAÇOS, Ethel. A comunicação escrita. San José. Editorial: SECADE, 2007.

SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. 23ª. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2007.



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