quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR - Por Vieira Miguel Manuel

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
LICENCIATURA EM DIREITO











ECONOMIA POLÍTICA







PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR















LUANDA
2017
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
LICENCIATURA EM DIREITO






ECONOMIA POLÍTICA




PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR



MONTEIRO MORAIS GIMO
OSÓRIO PAULO
NEUSA P. JOÃO
JUSTO JAMBA
JOSÉ CAPITANGO
VALENTINO ADELINO




Trabalho de pesquisa bibliográfica apresentado ao curso de Direito na disciplina de Economia Política como requisito parcial para obtenção de notas.


Orientador:  Dr. Joaquim Francisco




LUANDA
2017




A busca pela preferência do consumidor tem feito os profissionais de marketing trabalharem incansavelmente no desenvolvimento das estratégias de persuasão em busca da preferência no mercado alimentício. Promoções, material da embalagem, propaganda, marca, ambiente, cores, ilustração, qualidade nutricional; vale tudo para conquistar a fidelidade do consumidor.

Palavras-Chave: Preferência do consumidor. Estratégias de marketing.







O conhecimento das preferências dos consumidores é importante para optimizar o desenvolvimento de projectos de produtos e serviços. Por meio da segmentação do mercado em função de variáveis comportamentais, oferece aos analistas dados acerca da participação de mercado de determinado produto. No presente trabalho temos como principal interesse obter noções gerais concernentes à preferência do consumidor, sendo esta uma importante faceta da microeconomia.







Preferência do consumidor é o nome dado a uma teoria microeconómica que estuda como os consumidores fazem suas escolhas. Cada consumidor tem conhecimento exacto de toda informação relevante para as suas decisões de consumo, conhece os bens e serviços disponíveis e de seu potencial de satisfazer suas necessidades. Suas premissas básicas são a Integralidade, Transitividade e Monotonicidade.

A teoria da preferência do consumidor baseia-se na premissa de que os agentes se comportam de modo racional em sua tentativa de maximizar o grau de satisfação que podem obter, por meio da aquisição de uma determinada combinação de bens e serviços.

Os consumidores não poderiam decidir-se imediatamente por um bem, que não tinha a estrutura de sua indústria bem definida, tendo em vista que o governo anunciava a privatização das empresas de gás, não conheciam a estrutura de preço que seria praticado após a privatização e consequentemente não poderiam prever o volume que possivelmente iriam adquirir, tendo como premissa que seu orçamento era limitado.


A teoria do consumidor, ou teoria da escolha, é uma teoria microeconómica, que busca descrever como os consumidores tomam decisões de compra e com eles enfrentam os trade off (trade off é quando a solução de um problema acaba gerando outro problema) e as mudanças em seu ambiente. Os factores que influenciam as escolhas dos consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências.  

Quando recebemos o nosso salário temos diversas possibilidades de como gastar ou poupar. Mas nossas escolhas são limitadas. Não podemos comprar tudo.  

Quando compramos algum bem, ou solicitamos um serviço, que nos proporciona satisfação, nos voltamos para aqueles produtos mais valorizados. Nesse sentido, o que tem valor para um pode não ter o mesmo valor para o outro consumidor ou mesmo não ter valor nenhum.  

Um exemplo é os bens de marca. Algumas pessoas gostam e defendem que a qualidade dos mesmos compensa o preço. Outros vão afirma que o preço é alto de mais para aquele produto por melhor que seja. Um indivíduo demanda um determinado bem pela satisfação ou utilidade que obtém ao consumi-lo.

Em sendo a satisfação um conceito subjectivo os economistas desenvolveram o conceito de utilidade para medir as escolhas racionais dos consumidores diante dos recursos escassos (restrições temporais ou orçamentárias). Neste caso não se estar falando do agrado que comprar determinado bem irá proporcionar ao consumidor mas a sua utilidade em sua vida.

As vezes, compramos algo que não tem muita utilidade mas é bonito e fica óptimo no meio da sala, ou faz um barulho engraçado, etc. (americano é mestre em comprar coisas com baixa utilidade).  

Portanto, Qualquer modelo que vise explicar a escolha do consumidor é sustentado por quatro pilares. Estes são o conjunto consumo, o conjunto factível, a relação de preferências, e a hipótese comportamental.


Conhecer e entender o comportamento dos consumidores não é uma tarefa simples, segundo Giglio (2005). Para profissionais do marketing os consumidores podem ser chamados de camaleões, já que muitas vezes dizem uma coisa e fazem outra. Tal mudança de opinião pode ocorrer mesmo sem que estes tenham consciência das motivações que o levaram a mudar seu comportamento. A causa dessa mudança pode provir de milhares de fontes diferentes, mas em sua maioria são influências externas.

A fim de entender esse processo de compra, o campo que estuda o comportamento do consumidor coloca como as pessoas e as organizações seleccionam, compram, usam e descartam produtos, serviços, idéias ou experiências para poderem criar estratégias que visem satisfazer suas necessidades e desejos. Esses estudos baseiam-se em modelos e teorias que analisam as etapas pelas quais o consumidor passa antes, durante e após a compra, assim como exemplificam as motivações que o levam a comprar determinadas marcas ou produtos ao invés de outros e ainda explicam como a comunicação publicitária age sobre o consumidor.

As teorias da motivação, segundo Mowen (2003), têm como objectivo estudar a força impulsora que está por trás do comportamento do consumidor no ato da compra ou consumo. A motivação começa com a presença de um simples estímulo, que pode tanto ser interno, como fome ou sede, ou algum factor externo, como influência da mídia.

Quando esse estímulo condiz com as necessidades existentes, que podem ser naturais ou aprendidas, acabam por levar aquela pessoa a comprar determinado produto ou marca. Vale ressaltar, que a motivação, geralmente, vem acompanhada de algum tipo de emoção de intensidade variada de acordo com o nível da tensão provocada pela necessidade em questão.

Alguns princípios básicos da teoria do condicionamento operante são importantes para a aplicação da mesma, que são: Reforçador - estímulo que aumenta a probabilidade de repetição do comportamento; Reforçador positivo - estímulo cuja presença, aumenta a probabilidade de repetição; Reforçador negativo - estímulo cujo desaparecimento aumenta a probabilidade de repetição; Reforçador secundário - estímulo neutro que adquire reforço por meio de associação com um outro reforçador primário; Punidor - estímulo cuja presença diminui a chance de aumento da probabilidade, ex: falta de logística; Modelagem - processo por qual um novo comportamento é gerado e consequentemente reforçado; Extinção - Redução gradual da frequência do comportamento pela falta de reforço da resposta; Programa de reforço - a frequência e o cronograma dos reforçadores formam um programa que pode influenciar extremamente o comportamento; Estímulos discriminativos - estímulos que ocorrem na presença de um reforçador e deixam de ocorrer na ausência do mesmo.

Este último princípio dos estímulos discriminativos tem aplicação directa quanto ao posicionamento e à diferenciação da marca, pois nomes de marcas, logótipos e outros símbolos podem ser utilizados para posicionar a marcas e distingui-la das demais concorrentes.

Além disso, a marca pode ser posicionada através das necessidades motivacionais que ela atende, assim como elaborar mensagens publicitárias com finalidade de associar o produto àquela satisfação desejada. As motivações também podem ser transformadas em variáveis de segmentação, trabalhando com diferentes nichos para atender paralelamente cada um deles de melhor maneira. Assim a teoria da motivação fornece bases sólidas para se distinguir o que leva o consumidor à compra, quais são seus motivos e suas prioridades de escolha.









Depois do exposto acima, podemos concluir que, no que tange à preferência do consumidor, a marca, o preço e o ambiente são factores que certamente interferem nas decisões de escolha dos consumidores e que o material da embalagem deve proporcionar credibilidade ao produto. Propagandas podem pesar na decisão de compra do consumidor dependendo do contexto usado para demonstrar que este precisa de determinado produto ou para exaltar a qualidade de uma marca em específico.






BLACKWELL, R. D. Comportamento do Consumidor. 9ª. Cengage Learning, São Paulo, 2005.

BLESSA, R. Merchandising no Ponto-de-Venda. 4ª. Atlas. São Paulo, 2010.
ESPINDOLA, M. H. Argumentação: o poder persuasivo das embalagens de produtos. Revista Caminhos em Linguística Aplicada. Taubaté, v. 3, n. 2, p. 70-84, 2010. Disponível em: <www.unitau.br/caminhosla> Acesso em 28 mar. 2015.
GIGLIO, Ernesto Michelangelo. O Comportamento do Consumidor. São Paulo, SP: Editora
Thompson, 2005.
HUBER, J. C. and Fiedler, J. A. (1991) “An Empirical Comparison of ACA and Full Profile Judgments” in 1991 Sawtooth Software Conference Proceedings, Ketchum, ID: Sawtooth Software, Inc., pp. 189-202.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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