Por VIEIRA MIGUEL MANUEL
INTRODUÇÃO
As escolas filosóficas
sustentavam socraticamente que o fim de filosofar é alcançar a prática a
virtude, e que a virtude é suficientemente para a felicidade, que a virtude
está nas acções e que não tem necessidade de muitas palavras nem de muitos
conhecimentos.
AS
ESCOLAS SOCRÁTICAS
É
sabido de que Sócrates teve muitos discípulos e que estes se dividiram depois da morte do mestre, em
vária escola das quais as mais importantes são: a Cínica, Cirenáica e a
megárica.
Sócrates
nada escreveu, viveu em público e falava com toda a gente, é através dos seus
discípulos Platão e Chenofontes que sabemos que a sua filosofia desenvolveu no
diálogo livre e espontâneo.
Doutrina
de Sócrates e os sofistas do pensamento de Sócrates, sublinha três erros.
O agnosticismo subjectivista que
resulta da concepção de que a virtude, o amor, o bem ou a justiça não são
valores universal, mais relativos a interesses de momentos e particulares.
O verbalismo militante
que consiste no jogo de conceito e citações sem se entender o seu verdadeiro
significado e com único objectivo de fazer vencer um interesse ou satisfazer
uma paixão.
Irracionalismo – O
saber dos sofistas não é um saber, mas uma técnica de persuasão o que torna as
aparências por realidade.
Conhecimento: Para
Sócrates existe um método para adquirir o verdadeiro conhecimento, esse método
é o diálogo.
O
método socrático compreende duas fases, a arte de dialogar ou a ironia, nesta
parte do diálogo Sócrates ajuda o interlocutor a descobrir a sua ignorância.
Exactamente, consiste em pedir ao interlocutor a definir o tema em discussão.
A
ESCOLA CÍNICA
O
fundador desta escola foi um atenienses que viveu entre os séculos V e IV a.C.
e que já era de idade avançada quando se tornou discípulos de Sócrates. A sua
escola funcionava no ginásio chamado Cinosarge de ondeio veio o nome de Cínicos
dando aos seus adeptos e os seus seguidores da sua escola.
Em
oposição ao desenvolvimento lógicos metafísicos realizados por Platão, Antíteses
concentrou-se essencialmente nos problemas éticos. Ele sustentava
socráticamente de filosofar é alcançar e praticar a virtude e que a virtude é
suficiente para a felicidade, que a virtude está nas acções e que não tem
necessidade de muitas palavras nem de muitos conhecimentos.
O
não ter necessidade-de-nada, isto é, o desapego dos bens materiais e absoluta
independência em relação ao conhecimento deste mundo, é segundo antíteses o
ponto distintivo da vida do filósofo do sábio.
Diogénes
Laércio refere que tendo alguém perguntando Antíteses qual a vantagem que a
filosofia que trouxeram teria ele respondido (o poder estar em companhia de mi
mesmo). O mesmo biógrafo recorda entre as doutrinas fundamentais de Antíteses,
o princípio: O sábio basta a si mesmo, pois perfeição divina é dela somente o
filósofo é capaz.
Segundo
Antíteses, duas grandes dificuldade para a obtenção da sabedoria: (- o orgulho
é o prazer). O orgulho é um obstáculo para a consecução da sabedoria porque
impede o homem de conhecer a si mesmo, de conhecer os próprio limites e
defeitos. O ptazer opõe-se à sabedoria, porque impede a autarquia do sábio. Compreende-se assim de Diogénes,
outros seguidores dessa escola dissesse: (Eu preferia enlouquecer a sentir
prazer) e ainda: se Afrodite estivesse em minha frente eu lhe atiraria uma
flecha. Estas expressões obviamente paradoxas, querem mostrar que os prazeres
constitue um grande obstáculo da consecução do não-ternecessidade-do-nada.
ESCOLA
CINERÁICA
Foi
fundada por Aristito de Cirene, que viveu entre os últimos decénio do séc. V
a.C. e os primeiros do século IV a.C.
Como
os Cínicos também Aristito e os cirenaicos concentravam seu interesses quase
exclusivamente nos problemas éticos rejeitando como inúteis outros tipos de
pesquisas Aristóteles fala da expressão da atitude de Aristopo em relação por
exemplos, as matemáticas: Alguns Sofistas como Aristito, desprezavam as
matemáticas.
De
factos, como nas artes, mesmo nas artes manuais, como as do carpinteiro e
sapateiro motiva-se tudo aduzindo-se como razão o melhor e o pior as
matemáticas não se desenvolve nenhuma consideração as cera das coisas boas e
mais, pelo mesmo motivo os cirenaicos e bloco todas as investigações
(filosóficas) já que elas não inclui apreciações morais.
Refere-se
antes de ser discípulo de Sócrates, Aristipo foi um dos sofistas. As suas doutrinas
gnosiológicas e éticas estão de facto mais próximas dos sofistas do que do Sócrates,
critério da verdade para Aristipo como para os sofistas são as sensações que só
elas, no sentido de que consideradas como estados subjectivos, elas são sempre
verdadeiras, enquanto os objectos ou os supostos objectos que provocam as
sensações são falazes. Como as sensações produzem prazer ou dor, o critério de
acção seria logicamente o seguinte: devemos fazer as acções que produzem o
prazer e a satisfação do prazer, e não devemos fazer acções que produzem dor. E
que o prazer deve ser o fim das acções, Aristipo deduzia isso do facto de que,
todos seres animados aspiram ao prazer e evitam a dor, de facto, desde a infância
somo atraídos instintivamente para o prazer e depois de consegui-lo não o
procuramos mais e de nada fugimos, tanto como no seu contrário a dor.
Parece
que alguns de seu discípulos chegaram a afirmar que o prazer é o bem, mesmo que
procede de actos vergonhosíssimo, pois, mesmo que acção seja reprovável, o
prazer em si mesmo, é desejável e é um bem.
A
ESCOLA MEGÁRICA
Para
esta escola fundada por Euclídes de Mégara fiel amigo de Sócrates, única
realidade é o bem. Por isso, o que não tem razão de bem não existe. De seu
conhecimento depende logicamente.
Euclídes
identificou o bem socrático com um eleático: ele sustentava que o sumo bem é um
só, ainda que seja chamado com muitos nome tais como: Prudência, Deus, Mente,
rejeitava e negando a sua existência, tudo o que se opões a alguém mas a
identificação do bem devia levar além do Sócrates e da sua problemática. E na
verdade, Euclídes rejeitou o método socrático. Narra Diogéses Laércio: Nas
demonstrações Euclídes não considerava as primícias mas as conclusões. Não
admitia o argumento por analogia sustentando que ele se baseia em coisas
semelhantes ou dissemelhantes se em coisas semelhantes o argumento deve tratar
de coisas semelhantes e não das suas analogias, se em coisas dissemelhantes o
paralelo é supérfluo.
A
ESCOLA DE SÃO VÍTOR
Nos
séculos XI e XII regista-se intensa retomada do estudo da filosofia e da
teologia, não só abadia onde assinava Anselmo, mas também em muitas outras
abadias francesas e inglesas. De todas, as que mais se distinguiram foram duas
abadias da cidade de Paris, São Vítor e Chartes.
Os
monges pertencentes à escola de São Vítor chamados vitorianos. Os mais
onhecidos São Hugo em 1096 – 1141 e o Ricardo Vítor faleceu em 1173.
O
Hugo é célebre sobretudo pelo Didascalion (instrumento) introdução ao estudo
das artes liberais, redigida com largueza de vistas. Ela constitui uma das
obras capitais da pedagogia medieval.
Ricardo
é, antes de tudo místico, famoso pelo seu de trinitante, obra de profunda
especulação teológica sobre o mistério da trindade.
Em
relação sua importância filosófica, os vitorianos, renovado o agustinismo foram
eminentes psicológica, de toda sua psicologia que tem a sua coroação na
ministica se enquadra na tentativa de repensar a filosofia agustiana para
fundar nela a validade da razão humana.
A
iluminação agostiniana, embora de carácter natural, punha em Deus a garantia de
qualquer certeza e postulava a presença, ainda que indirecta, de Deus no homem.
Com a especulação dos vitorianos, a posição agostiniana transforma-se de
imediatista em inatista, e o inatisto abre o caminho para a psicologia e a
mestiça: para a psicologia enquanto impõe a a análise completa da alma humana
para encontrar nela os princípios da certeza para a mestiça enquanto a análise
da consciência encontra em Deus a sua garantia e no conhecimento de certo modo
experimental de Deus a sua suprema explicação. O conhecimento racional tem
pleno valor, valor que tem seu pressuposto na fé e na graça, enquanto só um
deles e de Deus recebe a sua validade.
A
ESCOLA DE CHARTRES
Os
mestres da escola de chartres, distingue-se das escolas de São Vítor pela
tendência mais realista e intelectualista. É muito vivo neles o interesse pelo
estudo da natureza. Curiosos das ciências naturais, dedicam-se tanto às
pesquisas experimentais como a especulação filosófica, apreciam os debates
teológicos, mas também a cultura clássica, aprimoradora e humana. Amante da verdade,
são também da beleza que pesquisa com a firmeza no Latim senhorio de seus
escritos.
Concluindo
que a escola de Chartres parte também a Amaurj de Benes e David de Diamant,
cuja especulação é viciado por tendência acentuada ao panteísmo.
ESCOLA
SOFISTA
Designam
por sofista um conjunto de pensadores gregos que floresceram e que tem em comum
pelo menos dois aspectos relativantes:
Nos
seus ensinamentos inclui um conjunto de diasciplina humanista (retórica,
política, direito moral, etc.).
São
os primeiros profissionais do ensino (organizam cursos completos e são
consideráveis por ensinadores).
Os
principais ensinamentos dos sofistas são:
Sobre o homem:
para Pitágoras o homem é a medida de todas as coisas, os sofistas dizem que o
homem não pode a natureza das coisas e a lei moral das coisas.
A
realidade e a lei moral ultrapassa a capacidade cognitiva do homem, ele não pode conhece-la, tudo o que
o homem conhece na filosofia e na ética é arquitectado por ele mesmo.
2º. Convencionalismo: das instruções
políticas e ideias morais: para os
sofistas a lei e as instruções não procedem de Deus eles são os resultados ou
decisões humanas: são assim e nada mais impedem que seja ou possam vir a ser de
outra maneira.
ESCOLA
DE MILETO (JÓMICA)
Tales
de Mileto Vida – Tales é considerado o pai da filosofia grega e de toda a
filosofia ocidental. Viveu entre 1624 à 1546 a.C. matemático e astrónomo,
abriu-se a ele muitas descobertas.
Considerado,
portanto, um dos setes sábios segundo Diogénes Laércio, ele narra que morreu ao
cair numa cisterna enquanto observava os astros.
Doutrina: Tales
foi o primeiro pensador que pós sistematicamente a pergunta – qual é a coisa
última o princípio supremo de todas as coisas?: A pergunta justifica-se no
facto de que a pensar aparente diversidade há em todas as coisas algo de comum:
a água, a terra, o fogo e o ar.
Para
o Tales entre os 4 elementos: a água, a terra, o fogo e o ar, que o bom senso
considera primordiais e construtivo de todas as coisas a água tem prioridade
sobre todos outros e por isso conclui que a água é o princípio do qual se
origina todas as coisas, da água deriva por condensação a terra e por
rarefacção o ar e o fogo.
A
ESCOLA PITAGÓRICA
O
pitagorismo é uma corrente religiosa, política e filosófica da Grécia (século V
a.C.) cujo o fundador é o pitágora.
Para
esta escola tudo é número, ele trata a matemática como ciência real e
verdadeira. Elaborada conceitualmente os seus elementos fundamentas que são:
quantidade, ponto, linha, superfície, ângulo, etc.
Encontra
no número a substância de todas as coisas como harmonia em fim uma ordem
imensurável do universo. Uma estrutura objectiva cognoscível.
Vida: viveu
entre 571 – 497 a.C. ainda jovem tinha um desejo de aprender.
Doutrina: segundo
Pitágoras, o princípio de todas as coisas é nómada dela procede indeterminada,
que serve de substrato material nómada que é a sua causa.
Segundo
Pitágoras, o elemento principal das coisas é o número. O número é de duas
espécies par e ímpar isto é, o fundamento último de toda contrariedade, dela
deriva os outros contrários limitado e o ilimitado, o bem e o mal, a unidade e
a multiplicidade, masculino e feminino. O impar representa o que é perfeito
determinado bom. O par representa o que é imperfeito indeterminado o mal. O
número perfeito é o número 10 por isso a esfera celeste segundo Pitágoras, são
as realidades mais perfeitas.
ESCOLA
ELEÁTICA
Parménides viveu entre 515 – 450 a.C. Parménides
é o fundador da escola, que localiza-se na cidade de Eleia. Nasceu em Eleia, Parménides
viveu na primeira metade do século V a.C. ele foi filósofo e poeta anissismo em
engenho. A sua obra principal é o poema, sobre a natureza dividiu em duas
partes: da verdade e da opinião.
Doutrina: Parménides
que a única realidade é o ser, o ser e o não ser, o não ser não é porque não
existe.
Episteme:
Veio da realidade da persuasão fornece-se a verdade, alimenta-se da razão pura
dá-nos o ser.
Segundo Parménides só a razão conduz à verdade ele
afirma que não podes conhecer o que não é isto é impossível defini-lo porque o
mesmo é o que podes ser pensado e o que podes ser.
Conclusão: Nota-se
que a escola eleática e o seu fundador Parménides afirma que a única realidade
a substância das coisas é o ser. O ser substrato pleno o presente interno e
imutável, a verdade e o ser ao passo que o dever é a mudança.
ESTOICISMO
Escola
que começou com Zenão de Citium, no século III a.C., e se estendeu até os
primeiros séculos da era cristã, com os filósofos romanos, como Cícero, Sêneca
e Marco Aurélio. Teve forte influência em toda a história da Filosofia. Suas
ideias principais foram: 1) o mundo é um todo orgânico, material, animado por
um logos (razão) divino, do qual fazemos parte; 2) viver, segundo a natureza e
segundo essa razão, é que nos faz ser virtuosos; 3) só a virtude é boa, só o
vício é mau; o resto. é indiferente. Os estóicos pregavam uma ética de
indiferença ao sofrimento. Até hoje, o termo estóico quer dizer impassível,
imperturbável, moralmente forte.
EPICURISMO
Escola que se iniciou com Epicuro, no século
III a.C., e alcançou o período helenístico, mas sem tanta influência quanto o
estoicismo sobre a cultura romana. Suas ideias principais foram: 1) o mundo é
constituído de átomos, que são conjuntos de partículas ainda menores; 2) a vida
não tem nenhum tipo de elemento espiritual: os próprios deuses e a alma são
feitos de átomos; 3) para eliminar uma das fontes de sofrimento do ser humano é
preciso se livrar do medo da morte e dos deuses; 4) a ética epicurista é a que
elege como valor máximo o prazer. Para livrar-se do sofrimento e ter os
prazeres possíveis da vida, os epicuristas pregavam uma vida simples e contida,
centrada nos prazeres naturais, sem excessos, e nos prazeres intelectuais.
CEPTICISMO
O
cepticismo nasceu como corrente filosófica, mas signi
fica, até hoje, uma
postura de dúvida e de crítica diante de qualquer conhecimento, mantendo-se a
posição de que é impossível conhecer algo com certeza. Os primeiros cépticos
remontavam aos sucessores que assumiram a Academia de Platão (apesar de que
este não tinha nada de céptico), que interpretavam a postura de Sócrates, só sei que nada sei, como ceticismo saudável e
definitivo. No século m a.c., destaca-se o pensador Pirro de Elis, que deixou
uma descendência de ceticismo no Ocidente e teve ressonâncias em todas as
épocas.
CONCLUSÃO
Concluímos que todas as escolas tinham princípois ou
um objectivo, vimos que cada escola foi fundada por um filósofo e os discípulos
deste filósofos também formaram uma escola, outro após a morte dos seus
mestres, formou uma escola.
Num problemático que diz respeito ao método que é
dialético à escola megárica esperando mais em Parmenides Zenão doque em
sócrates.
BIBLIOGRAFIA
Filosofia Grega
Pré-Socrática Pinharanda Gomes, GOMES, PINHARANDA. Edição em Português, 4ª
Edição.
Livro “Pré-Socráticos”
da coleção “Os Pensadores”.
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