REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO IIº CICLO DO ENSINO
SECUNDÁRIO Nº 4054
SALINA/CACUACO
GEOLOGIA
A ESTRUTURA DA TERRA
LUANDA
2016
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO IIº CICLO DO ENSINO
SECUNDÁRIO Nº 4054
SALINA/CACUACO
GEOLOGIA
A ESTRUTURA DA TERRA
- ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
- ESTRUTURA EXTERNA DA TERRA
- FORMA E DIMENSÃO DA TERRA
Grupo: 10
Classe: 11ª
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Sala: 03
Período: Manhã
Integrantes do grupo:
1.
João Pedro C. de Oliveira
2.
Judith João Lussassa
3.
Gomes Lopes Francisco
4.
Domingos Manuel Cacondo
5.
Mateus Silvano Lucas
O DOCENTE
________________________
BERNARDO
DOS SANTOS
AGRADECIMENTO
Agradecemos,
primeiramente, a Deus Todo-Poderoso que nos deu fôlego de vida e a disposição
para realizarmos este trabalhado. Agradecemos também ao Sr. professor, pelo
ensino que nos tem transmitido a ele dedicamos também este trabalho.
Agradecemos também
a cada um dos elementos que contribuíram para que esse trabalho fosse realizado
e, a todos que nos ajudaram directa ou indirectamente.
SUMÁRIO
No presente trabalho pretendemos abordar no âmbito da
Geologia a Estrutura da Terra, com principal foco na estrutura Interna, Externa
e na Forma bem como a Dimensão da Terra. A história da Terra está escrita na
pedra. As rochas revelam a origem e evolução da Terra, evidenciando sua
estrutura geológica e as idades de sua formação.
A crosta e o manto superior da Terra são constituídos por
minerais e rochas de diferentes idades e origens. Os minerais são geralmente
sólidos inorgânicos que se formam na natureza e possuem, via de regra, uma
composição química definida. As rochas, por sua vez, são uma associação de
minerais em equilíbrio físico-químico, formando agregados de um ou vários
minerais.
Os minerais podem estar unidos em combinações que
originam rochas, ou apresentar-se como formas puras, isolados, como o ouro e o
diamante, ou ainda agrupados em pequenas massas. Alguns são extraídos nas
minas e pedreiras por serem úteis para a indústria e para a construção, ou
simplesmente por terem valor ornamental.
A Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em torno
do Sol, junto aos demais astros do Sistema Solar. Uma grande parte da Terra é
coberta pelos mares e oceanos – é a chamada hidrosfera. A camada mais externa,
a atmosfera, é formada por gases. O oxigénio existente na atmosfera e a água
líquida tornam possível a vida em nosso planeta. Essa vida, representada pelos
seres humanos, animais e vegetais, forma a biosfera.
A parte sólida da Terra é a litosfera ou crosta
terrestre. Ela recobre tanto os continentes quanto o assoalho marinho e, de
acordo com sua constituição, é dividida em sial (composta basicamente de
silício e alumínio, encontrada nos continentes) e sima (composta de silício e
magnésio, encontrada sob os oceanos). No interior da Terra acredita-se que
existam duas camadas formadas por diferentes materiais rochosos: o manto e o
núcleo, constituído basicamente de níquel e ferro (nife).
A aparência de nosso planeta sofre constantes
transformações. Algumas das mudanças ocorrem de forma repentina e violenta,
como no caso dos terramotos e das erupções vulcânicas. Outros processos duram
milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer montanhas e mudar
completamente o aspecto da superfície da Terra. Além disso, a acção das águas
dos rios, das chuvas e dos mares, as geleiras e os ventos modificam
profundamente o relevo terrestre.
A Terra gira em torno do Sol, em um movimento contínuo
chamado de translação. O caminho que percorre tem a forma de uma elipse e é
denominado órbita terrestre. O tempo que a Terra leva para percorrer sua órbita
é conhecido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e nove minutos. Além
disso, a Terra gira ao redor de seu próprio eixo, como se fosse um pião. A esse
movimento dá-se o nome de rotação.
Uma diferença notável entre a Terra e os demais planetas
rochosos é a variedade de formas da superfície terrestre. A superfície de
Mercúrio parece-se bastante com a da Lua, com extensas planícies cravejadas por
crateras. Marte apresenta feição desse tipo em parte de sua superfície, o que
se explica pela pequena densidade da atmosfera que o envolve. Vênus é
predominantemente recoberto por suaves planícies vulcânicas. Existem algumas
grandiosas montanhas em Marte e Vénus, maiores que as do Himalaia, mas não se
observa nesses dois planetas o caleidoscópio de formas de relevo que, quase por
toda parte, caracteriza o nosso planeta.
A estrutura interna da Terra não é conhecida por
observações directas, pois as perfurações mais profundas, realizadas em
programas de pesquisa geológica, não ultrapassam 15 quilómetros. O que sabemos
sobre a composição interior do planeta deve-se, essencialmente, ao estudo da
propagação das ondas sísmicas geradas pelos terramotos. Essas ondas são
propagações de energia que produzem vibração na crosta. Por meio de
sismógrafos, é possível medir a velocidade de propagação das ondas de energia
dos terramotos.
O modelo da estrutura interna do planeta distingue três
grandes camadas concêntricas: a crosta, o manto e o núcleo. As camadas estão
separadas por descontinuidades que são limites definidos por mudanças na
densidade e composição dos materiais, como mostra o esquema abaixo. A crosta
encontra-se separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic, localizada a
profundidades que variam entre 30 e 70 quilómetros, e o manto está separado do
núcleo pela descontinuidade de Wiechert-Gutenberg, localizada a cerca de 2.900
quilómetros de profundidade.
Fig. 1 – Estrutura Interna da Terra
A crosta que forma a maior parte da litosfera. Em alguns
lugares chega a atingir 90 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30
km de profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por
isso também chamada de Sial. A fronteira entre manto e crosta envolve dois
eventos físicos distintos. O primeiro é a descontinuidade de Mohorovicic que
ocorre em virtude da diferença de composição entre camadas rochosas. O segundo
evento é uma descontinuidade química que foi observada a partir da abdução de
partes da crosta oceânica.
A crosta é a camada mais externa que constitui a
superfície da Terra. A crosta continental tem cerca de 40 km de profundidade,
enquanto a crosta oceânica tem cerca de 7 km de profundidade.
O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma
profundidade de 2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4
milhões de atmosferas. É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da
crosta. O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado
sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao
contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que
as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os
líquidos.
Além disso, a constituição dos materiais de cada camada
do manto tem seu papel na determinação do estado físico local. (O núcleo
interno da Terra é sólido porque, apesar das imensas temperaturas, está sujeito
a pressões tão elevadas que os átomos ficam compactados; as forças de repulsão
entre os átomos são vencidas pela pressão externa, e a substância acaba se
tornando sólida; estima-se que esta pressão seja algo em torno de 3,5 milhões
de atmosferas)
A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia entre 1021 a 1024 pascal
segundo, dependendo da
profundidade. Portanto, o manto superior pode deslocar-se vagarosamente. As
temperaturas do manto variam de 100 graus Célsius (na parte que faz interface com a crosta) até 3500
graus Célsius (na parte que faz interface com o núcleo).
A atmosfera terrestre é uma fina camada de gases presa à
Terra pela força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a vida na Terra
absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a superfície por meio da
retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo os extremos de temperatura entre
o dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de
coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da
luz solar sobre a atmosfera, e que existe também em outros planetas do sistema
solar dotados de atmosfera.
O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogénio,
20,95% de oxigénio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbónico e pequenas
quantidades de outros gases. O ar contém uma quantidade variável de vapor de
água, em média 1%.
A atmosfera tem uma massa de aproximadamente 5 x 1018 kg,
sendo que três quartos dessa massa estão situados nos primeiros 11 km desde a
superfície. A atmosfera terrestre se torna cada vez mais ténue conforme se
aumenta a altitude, e não há um limite definido entre a atmosfera terrestre e o
espaço exterior. Apenas em altitudes inferiores a 120 km a atmosfera terrestre
passa a ser bem percebida durante a reentrada atmosférica de um ônibus
espacial, por exemplo. A linha Kármán, a 100 km de altitude, é considerada
frequentemente como o limite entre atmosfera e o espaço exterior.
Também chamado de Nife, Centrosfera ou Barisfera e,
em planetas como a Terra, dada sua constituição, pode ainda receber o nome
de Metalosfera. A massa específica média
da Terra é de 5.515 quilogramas por metro cúbico, fazendo dela o planeta mais
denso no Sistema Solar.
Uma vez que a massa específica do material superficial da Terra é apenas cerca
de 3.000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais
densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca
de 8.000 quilogramas por metro cúbico).
Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5
bilhões de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e
devido à acção da gravidade os objectos muito densos foram sendo empurrados
para o interior do planeta (o processo é conhecido como diferenciação planetária), enquanto materiais menos densos foram trazidos para a
superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por ferro (80%), e de alguma quantidade de
níquel e silício.
Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a
se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta. O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno
e com raio de cerca de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro.
O núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente
por ferro e um pouco de níquel. Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na
forma de um único cristal de
ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido
(a combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos.
Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir
as ondas sísmicas.
A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento
de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre,
através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para
manter um campo magnético, mas provavelmente estabiliza o campo magnético
gerado pelo núcleo líquido.
Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra
pode girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por
ano.
O planeta Terra também apresenta uma Estrutura Externa,
são os ambientes da Terra – Litosfera, Hidrosfera, Atmosfera e Biosfera. Tem
como característica o fato desses ambientes se relacionarem entre si, isto é,
são interdependentes: qualquer modificação num desses ambientes provocam
alterações nos demais e no conjunto todo.
─
A Litosfera – É a camada sólida mais externa da crosta
terrestre. Consiste nas rochas e solo, tem cerca de 200 quilómetros de
espessura.
─
Hidrosfera – É o conjunto de todas as águas do planeta: dos
oceanos, dos mares, dos rios e dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor de
água na atmosfera.
─
Atmosfera – É a camada de gases que envolve a Terra, contém
gases importantes para a vida, como o oxigénio, o nitrogénio, e o gás carbónico,
além de actuar no processo
de equilíbrio da temperatura e humidade do planeta.
─
Biosfera – Ou esfera de vida, é um ambiente resultante das
relações de milhões de anos entre a Atmosfera, Hidrosfera e a Litosfera. É na
Biosfera que se encontram todos os seres vivos, pois é onde contém os
diferentes tipos de solos, minerais, o ar, a água, a luz, o calor e os
alimentos, elementos fundamentais para a vida.
─
Importância da
Biosfera – É importante a
compreensão da necessidade de sua preservação para o futuro da humanidade. A
aparente fragilidade se equilibra num jogo de forças muito sensível mantido por
diversos elementos que compõem a biosfera e se influenciam mutuamente. O homem
integra e depende directamente das relações que se desenrolam no interior da
biosfera. Sua ausência significa o fim da própria humanidade.
Fig. 2 - Biosfera - interacção entre litosfera, hidrosfera e
atmosfera
O planeta Terra possui uma forma de uma esfera com um
leve achatamento em seus olhos, que é conhecido como forma geoide. O planeta ao
todo possui cerca de 510 milhões de km quadrado de superfície, e apesar desse
valor, muito aparentemente, ser grande, a Terra é considerado um astro pequeno,
quando considerados as dimensões de outros planetas que formam o Sistema Solar.
O planeta Terra é 1,3 milhão de vezes menor do que o Sol, por exemplo.
Seu diâmetro equatorial é de 12. 756 km; já o diâmetro
polar fica em 12.713 km; o volume é de 1.083 bilhão de km cúbicos, e sua massa
é de 6 sextilhões de toneladas.
Quando traçada uma linha imaginária ao longo da região
que é a mais larga da esfera da Terra, conhecida como Linha do Equador, é ainda
possível dividir o planeta em dois hemisférios: o norte e o sul. Esta convenção
de linha imaginária é de extrema relevância para os estudos da geografia da
Terra.
A Terra é considerada um planeta vivo, pois até o
presente momento, trata-se do único planeta conhecido no Sistema Solar que
reúne todas as condições necessárias para o desenvolvimento da vida, em todas
as suas formas. Coexistem no planeta Terra, milhares de espécies vegetais e
animais que constituem, respectivamente, a flora, a fauna terrestres, sendo que
nesta constituição, é a raça humana que mais povoa a superfície da Terra.
Com algumas poucas excepções, a superfície do planeta
Terra é bastante amena. O Sol segue sendo a principal fonte de energia do
planeta. Vale lembrar que todos os viventes, plantas, animais, seres humanos,
necessitam da luz solar, bem como do calor do Sol para existirem. Como a Terra
está acerca de 150 milhões de quilómetros do Sol, a distância é totalmente
adequada para a manutenção da vida. Em caso de mais proximidade ou menos
proximidade haveria dois problemas: muito calor, ou muito frio. Ambos
impediriam o desenvolvimento da vida.
Outro factor que é preponderante para o desenvolvimento
da vida, em todas as suas formas, é a presença da atmosfera – camada de ar que
envolve o planeta. A atmosfera é composta, essencialmente de oxigénio e
nitrogénio, ambos fundamentais para a vida. Além disso, é a atmosfera que
regula a temperatura da superfície terrestre, e impede que ela se aqueça demais
durante o dia ou à noite possa congelar.
Diferente de outros planetas, há também a presença da
água em seu estado líquido, quase 71% da superfície terrestre está coberta de
água.
Conhecer a
estrutura geológica da Terra é importante para podermos entender suas
transformações e fenómenos, facilitando assim nossas vidas e entendimento sobre
o planeta, como a história de sua formação, através da teoria da deriva
continental. Essa teoria explica que a Terra era antes um único e grande
continente, mas que com o movimento das placas tectónicas, permitiu a formação
dos actuais continentes ao longo do tempo. Pode-se ressaltar ainda a
importância do conhecimento da estrutura da terra, para entender como funciona
a gravidade, os terramotos e outros efeitos para podermos controlá-los ou nos
prepararmos para possíveis mudanças. Conhecer a Terra não é apenas questão
geográfica, é também histórica, biológica e cultural.
A realização deste
trabalho foi de estrema importância, pois ajudou-nos a conhecer melhor a
estrutura da terra, bem como nos auxiliou a saber como elaborar trabalhos
académicos em grupo.
Durante as nossas
investigações, tivemos inúmeras dificuldades concernentes a achar meios ou
lugares de pesquisa com conteúdos confiáveis, por isso, recomendamos a Direcção
desta escola para que possa nos proporcionar uma biblioteca ou mediateca para ajudar
e facilitar as nossas futuras investigações.
Sugerimos também
que haja no momento de aulas, projecções de imagens ou figuras que nos ajudarão
a compreender melhor os conteúdos ou aulas ministradas pelo professor.
ANTUNES, C.
Geografia e Didática. Petrópolis: Vozes,
2010.
CARVALHO, A. M. P.
de (org.). Ensino de Geografia. [S.l.]: Cengage, 2009.
CASTELLAR, S. M. V.
(Org.) Educação Geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo
KIMURA, S.
Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.
LEÃO, V. de P.
Ensino da Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. [S.l.]:
Argvmentvm, 2008.
UDNICK, R.; SOUZA,
S. O Ensino de Geografia e suas Linguagens. Curitiba: IBPEX, 2010.