Trabalho elaborado por Vieira Miguel Manuel
ÍNDICE
O
sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por
um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as
mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e
"arquivá-los", e consequentemente, elaborar respostas (se
solicitadas), as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou
constatações.
O sistema nervoso é a parte do organismo
que coordena suas acções voluntárias e involuntárias e transmite sinais entre
as diferentes partes do organismo. O tecido nervoso surge com os vermes, cerca
de 550 a 600 milhões de anos atrás. Na maioria das espécies animais,
constitui-se de duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o
sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC contém o encéfalo e a medula espinal.
O SNP constitui-se principalmente de
nervos, que são feixes de axônios que ligam o sistema nervoso central a todas
as outras partes do corpo. O SNP inclui: neurónios motores, mediando o
movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo, compreendendo o sistema
nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, que regulam as funções
involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que controla o aparelho digestivo.
Durante a evolução do ser vivo vimos que
os primeiros neurónios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em
vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o
ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderme é aquele que esta em contacto
com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema
nervoso.
O primeiro indício de formação do
sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderme, situado acima do
notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a formação da desta
placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem importante papel à acção
indutora da notocorda e do mesoderme. Notocordas implantadas na parede
abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações
da notocorda ou mesoderme em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da
medula.
A placa neural cresce progressivamente,
torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural
que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se
fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha
sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este
ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que
formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo
neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá
origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não
pertencentes ao sistema nervoso.
Desde o inicio de sua formação, o
calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao
encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou
arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com
calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião.
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três
dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas:
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequente desenvolvimento do
embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O
mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o
mieloncéfalo.
O telencéfalo compreende uma parte
mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas
laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui
a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As
vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios
cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. O
diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas
ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um
ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.
Cavidade do tubo
neural: a luz do tubo neural
permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes várias
modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da
medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade
do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
A luz do mesencéfalo permanece estreita
e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das
vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais,
unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades
são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do
canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.
Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do
arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas
principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a
aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o
prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda
flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de
toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma
terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união
entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as
duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a
flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo
entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.
Divisão do
sistema nervoso com base em critérios anatómicos e funcionais
O sistema nervoso central é aquele
localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o
sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O
encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural;
e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula
constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco
encefálico.
Pode-se dividir o sistema nervoso em
sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida
vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se
relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e
outro eferente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos
originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio
ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o
comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O sistema
nervoso visceral é aquele que se relaciona com a enervação e com o controle das
vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em
receptores das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso. O componente
eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este
componente eferente é também denominado de sistema nervoso autónomo e pode ser
dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.
O Sistema Nervoso está dividido em duas
partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso central é constituído
pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três
membranas denominadas meninges.
Encéfalo
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5
quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais:
Cérebro: órgão mais importante do sistema nervoso e
considerado o mais volumoso uma vez que ocupa a maior parte do encéfalo, o
cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o
hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de
reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão,
audição, tacto, paladar, fala, escrita, etc. Ademais, é sede dos atos
conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da
imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo: está situado na parte posterior e abaixo do cérebro,
o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo além de manter o
equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contracção
dos músculos em repouso.
Tronco
Encefálico: localizado na parte
inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do
cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos
nervosos que controlam as actividades vitais como os movimentos respiratórios,
os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.
Medula
Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido
nervoso, situado dentro da coluna vertebral e na parte superior está conectada
ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do
corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
O sistema nervoso periférico é formado
por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é
conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que
existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
Nervos
Cranianos: distribuem-se em 12
pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou
motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
Nervos
Raquidianos: são 31 pares de nervos
que saem da medula espinhal. São formados de neurónios sensoriais, que recebem
estímulos do ambiente; e neurónios motores que levam impulsos do sistema
nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua actuação, o sistema
nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema
nervoso autónomo.
Sistema Nervoso
Somático: regula as acções
voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula
a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autónomo: actua de modo integrado com o sistema nervoso
central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula
o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu
funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas
têm funções contrárias: enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e
aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contraia a pupila
e diminui os batimentos cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autónomo
é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se
mantenham constantes.
O sistema nervoso se origina à partir do
tubo neural, o qual se divide em: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O
prosencéfalo se divide em: dois telencéfalos e um diencéfalo. O prosencéfalo
também dá origem ao olho (S.N.C.). Já o mesencéfalo e o rombencéfalo não
crescem muito. Os dois telencéfalos crescem e cobrem o diencéfalo e o
mesencéfalo, além de parte do rombencéfalo. Dessa forma, o encéfalo humano é
formado, com dobraduras do telencéfalo; essas dobraduras são os giros ou
circunvoluções do córtex cerebral.
Génese e
transmissão de sinais (SINAPSE)
O neurónio é uma célula excitável capaz de gerar um
impulso nervoso que corre rapidamente pelos prolongamentos do neurónio. Quando
chega ao final do prolongamento, há a liberação de neurotransmissores que irão
excitar outra célula, concluindo assim uma transmissão de sinais, a Sinapse.
Macro e
microambiente do sistema nervoso
O cérebro não está colado no crânio,
esse espaço é envolvido por três membranas, meninges, as quais contém o líquido
encéfalorraquidiano ou licor. Este é responsável pelo amortecimento mecânico,
também auxilia na alimentação do sistema nervoso.
Divisão do
sistema nervoso
a) Sistema
sensorial: partes do sistema nervoso que recebe informações externas e
internas. Um dos sistemas sensoriais mais importante é o visual. Os sistemas
sensoriais são bastante complexos, entre eles também está o sistema auditivo e olfatório...
e o sistema somestésico, o qual engloba todos os sentidos do ser humano.
b) Sistema
motor somático: sistema responsável pela transmissão da actividade motora
das pessoas. Cada área do cérebro comanda um movimento das pessoas. Existem sequências
de movimentos que são transmitidas para o sistema motor e após a transmissão do
sinal ser feita, o movimento é realizado.
c) Sistema
homeostático: o hipotálamo fica na base do cérebro, ele é o comando geral
da actividade visceral. O hipotálamo actua pelo sistema nervoso autónomo, o
qual divide-se em duas porções: simpático e parassimpático; os quais realizam a
circulação e o comando de toda actividade visceral.
d) Sistemas
neuropsicológicos complexos: cada região do cérebro é responsável por uma
atitude ou compreensão do ser humano. Esse sistema engloba a consciência do
espaço externo de cada um.
Componentes e
organização
O tecido nervoso é formado basicamente
por neurónios (células nervosas) e por células da glia ou neuroglia (estas não
são células nervosas especificamente, elas dão as condições ideais para a boa actuação
dos neurónios). Além desses componentes celulares existe também uma matriz extra
celular, esta em pouca quantidade.
O neurónio tem três componentes principais:
·
Corpo celular ou
soma, contendo núcleo e citoplasma ao redor;
·
Dendritos,
prolongamentos com função de comunicação;
·
Axônio,
prolongamento com função de comunicação.
OBS: Existem também, os corpúsculos de
Nissl, corpúsculos que se coram basicamente no citoplasma dos neurónios. Essa
região corada, é composta por retículo endoplasmático rugoso e polirribossomos,
essa constituição permite que o neurónio seja uma célula que esteja frequentemente
produzindo proteínas.
Os dendritos são prolongamentos que se
bifurcam perto do corpo celular e são responsáveis pela recepção dos estímulos
nervosos. Os dendritos possuem em sua estrutura retículos endoplasmáticos
rugosos e ribossomas, os quais permitem o funcionamento isolado e independente
do axônio. Para ampliar essa recepção existem gêmulas ou espículas que são
locais de contacto sináptico preferencial. Um neurónio que recebe muitos contactos
sinápticos, possui várias espículas.
O axônio é um prolongamento único e
longo, o qual se ramifica na sua ponta terminal. Essa ramificação é o
responsável pelo contacto sináptico - transmissão ou estímulos. Pode existir um
ramo do axônio que retorna para o corpo celular, este chama-se axônio
colateral. No axônio existe o cone de implantação, o qual é seguido pelo
segmento inicial do axônio. Ele é sempre envolto por substâncias, chamadas
células de Schwann e por uma bainha de mielina. A bainha de mielina que recobre
o axônio não é contínua e apresenta uma densidade abaixo da membrana e igual ao
do segmento inicial.
OBS: Num corte do axônio se vê
componentes celulares. Mas não tem complexo de golgi, retículo endoplasmático
rugoso e nem polirribossomos, por isso ele não tem autonomia para produzir
energia e proteínas. O axônio através do transporte axonal retira as proteínas
do corpo celular para o axônio e esse transporte também retira os restos e
substâncias velhas do axônio, as mandando para o corpo celular. Existe um
transporte lento (alguns milímetros por dia, são proteínas do citoesqueleto que
são transportadas); e também existe um transporte rápido (responsável pelo
transporte de estruturas membranosas, isso tudo nos dois sentidos, i da e
volta; as proteínas propiciadoras desse transporte axonal são: kinesina e
dineína). A condução do impulso neuronal é do tipo, impulso saltatório. Essa
condução ocorre devido a existência de uma bainha de mielina isolante e de
regiões dos nodos de ranvier, as quais são muito excitáveis e cheias de canais.
Por essa estrutura é que a condução dos impulsos são saltatórias e muito
rápidas.
Forma de
organização neuronal
a) Gânglios:
(S.N.P.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, com a glia ao redor, é
revestido por uma capa de tecido conjuntivo. Os prolongamentos do tecido
conjuntivo e dos dendritos formam os nervos. Ex.: gânglios espinhais, cerebrais
e autónomos.
b) Núcleos:
(S.N.C.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, porém localizados nos
seios da substância branca (axônios e bainha de mielina). Não possuem cápsula
de tecido conjuntivo, os núcleos são como subestações de transmissão do impulso
nervoso.
c) Formações
corticais ou córtex: áreas periféricas (geralmente), em que os neurónios
estão organizados em lâminas, umas sobre as outras. O córtex do cérebro é o
neocórtex ou isocórtex. Tem um tipo de córtex mais simples e mais antigo
chamado de alocórtex (geralmente, presente em animais inferiores: só possui
três camadas de neurónios).
d) Plexos:
(S.N. Entérico), organização dos neurónios no trato gastrointestinal, é formado
por gânglios e grupos de axônios.
O sistema nervoso ou sistema neural
humano, originado a partir da ectoderma (um folheto embrionário), é formado por
neurónios, células da glia e reduzida quantidade de substâncias intracelulares,
actuando directamente na coordenação funcional dos diferentes órgãos e demais
sistemas, armazenando informações, captando sensações e efectuando reacções por
mecanismos hormonais e motores.
Esse sistema compreende o encéfalo, a
medula espinhal, constituindo o sistema nervoso central (SNC), e os nervos
cranianos, nervos espinhais e os gânglios nervosos, constituindo o sistema nervoso
periférico, subdividido em: autónomo parassimpático e autónomo simpático.
O principal componente desse sistema é a
célula neuronal (o neurónio), altamente especializada na recepção e condução de
impulsos de natureza eléctrica, possuindo grande variedade quanto ao tamanho,
forma e função.
Corpo celular ou
pericário – centro região de
concentração citoplasmática e núcleo de um neurónio, de onde partem numerosas
ramificações;
Dentritos – prolongamentos anexos das ramificações do
pericário, efectuando a recepção dos estímulos nervosos;
Axônio – prolongamento extenso com diâmetro constante, projectado
do corpo celular, podendo medir mais de um metro de comprimento, envolvido por
uma camada isolante descontínua (bainha de mielina), formada por células de
Schwann. Sua função está relacionada à condução do estímulo nervoso.
Telodendros – ramificações situadas na região terminal de um
axônio, aumentando a superfície de propagação de um impulso, permitindo
intercâmbio com outro neurónio ou um órgão.
As informações são emitidas por
estímulos através da captação pelos sentidos e órgãos, transferidos aos nervos
até a medula espinhal ou o encéfalo. Sendo então o estímulo processado e
enviadas as mensagem por conexões neuronais aos nervos e desse aos músculos ou
gânglios, em resposta a alterações do meio externo ou interno. Quando em
repouso, o axônio encontra-se no estado polarizado, internamente contendo
cargas negativas e externamente cargas positivas, apresentando assim um
potencial de repouso.
Conforme o impulso é transmitido,
percorrendo o axônio, as cargas por mecanismo de difusão activa se invertem
(bomba de sódio e potássio / despolarização), mantendo uma diferença de
potencial eléctrico membranar, denominado de potencial de acção. Dessa forma,
para desencadear um estímulo é necessário um potencial de acção suficiente para
ultrapassar a ordem do potencial de repouso. Caso contrário não haverá condução
e estímulo nervoso. Esse processo dura apenas milionésimo de segundos,
ocorrendo após a passagem do impulso o processo inverso (repolarização)
restabelecendo o estado de repouso.
O
Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas orgânicos.
Podemos descrevê-lo como um grupo de vários subsistemas que operaram de maneira
interligada. Entre os resultados deste trabalho em conjunto, estão as
capacidades de obter informações do meio externo, decodificá-las,
compreendê-las e reagir apropriadamente ao que percebemos.
Para
compreendermos seu funcionamento, estudamos sua organização anatómica, que,
apesar de complexa, obedece alguns princípios básicos. Além disso, podemos
dizer que, para funcionar bem, o SN precisa ser bem nutrido (por meio de uma
irrigação sanguínea), sem contudo entrar em contacto directo com o sangue, o
que poderia comprometer a integridade deste sistema.
A
complexa rede do sistema nervoso central estende-se desde o cérebro até a
medula espinhal, a fim de cobrir todas as partes do corpo. Os nervos do sistema
periférico conduzem nos dois sentidos. As mensagens são levadas ao cérebro
(nervos sensitivos), onde são interpretadas. Depois disso, o cérebro manda instruções
para os órgãos e tecidos (nervos motores), o que nos permite reagir.
GUYTON E HALL.
Tratado da fisiologia médica (11° Ed.), Brasil, 2007
KEITH L.
MOORE. Anatomia orientada para a clínica (5° Ed.), Évora, 2005
KENNETH P.
MOSES. Atlas fotográfico de anatomia clínica (1° Ed.), Lisboa, 2009
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JUNQUEIRA. Histologia Básica (11° Ed.), Portugal, 2010
DAVID L.
FELTEN. Atlas de neurociências (2° Ed.), Brasil, 1998
ANGELO
MACHADO. Neuroanatomia funcional (2° Ed.), Brasil, 2000
ROBERTO LENT.
Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociências (2° Ed.),
Lisboa, 1999
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