República
de Angola
Governo
da Província de Luanda
Gabinete
Provincial da Educação de Luanda
Escola do II Ciclo do Ensino
Secundário Nº 4083 – JIKA
PSICOLOGIA
APRENDIZAGEM
Classe: 12ª
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Grupo Nº: 02
Sala: 17
Turna: T17
Turno: Tarde
Autores
Nº 06 – Arieth Miguel Loa
Nº 07 – Armindo Júlio
Nº 08 – Arsénia D. A. de Sousa
Nº 09 – Beatriz João Zengo David
Nº 10 – Benvinda Manuel Sanhangue
O Professora
_______________________________
Professor Mestre: Frederico M.
Vicente
LUANDA, OUTUBRO DE 2015
SUMÁRIO
Pretende-se
com este trabalho abordar as diferentes teorias de aprendizagem, e compreender
o que é a aprendizagem, porém focando nosso objectivo na aprendizagem motora,
de discriminação e verbal, bem como a aprendizagem de conceito, de resolução de
problemas e por fim a aprendizagem social. Parte-se do conceito de que uma
aprendizagem não é mais do que a incorporação de um novo comportamento, no
quotidiano do sujeito e que o ser humano inicia a sua vida aprendendo formas de
viver.
Se
se pensar que a primeira aprendizagem do individuo é talvez a de aprender a
mamar e que ao longo da sua vida, esta acção se vai modificar paulatinamente,
adaptando-se ao meio social. Depreende-se que há formas diferentes de aprender.
Assim
como há necessidade de aprender comportamentos sociais, nesse sentido a
aprendizagem torna-se numa “obrigação” para o sujeito, pois um comportamento
desadaptado pressupõe de alguma forma de exclusão social.
Da
mesma maneira que há, ou deverá haver tipos de aprendizagem diferenciados,
parece pertinente afirmar que também há sujeitos que aprendem de maneira
diferente, uma vez que cada indivíduo é único.
Na
vida humana a aprendizagem se inicia com o, ou até antes, do nascimento e se
prolonga até a morte. Experiências várias têm demonstrado que é possível obter reações
condicionadas em fetos. Logo que a criança nasce, começa aprender e continua a
fazê-lo durante toda a vida.
A
aprendizagem é, afinal, um processo fundamental da vida. Todo indivíduo aprende
e, através da aprendizagem, desenvolve os comportamentos que o possibilitam
viver. Todas as actividades e realizações humanas exibem os resultados da
aprendizagem. Quando se considera a vida em termos do povo, da comunidade ou do
indivíduo, por todos os lados são encontrados os efeitos da aprendizagem.
O
trabalho está estruturado por uma capa, índice, introdução, 9 páginas de
desenvolvimento, conclusão e bibliografia, o trabalho como um todo está estruturado
por 13 páginas.
Pintassilgo
·
Pássaro canoro também conhecido como
canário selvagem por causa de seu canto mavioso.
Cognitivo
·
Cognitivo (a), deriva da palavra
Cognição, que significa: modo perceber e interpretar a si mesmo. Não segue um
padrão descritivo de interpretação porque é subjetivo, ou seja cada qual tem
uma forma pessoal de análise, levando em conta sua capacidade de aprendizado
pela cognição.
·
Cognição é o ato ou processo de
conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo,
imaginação, pensamento, linguagem e ação.
Tendência
·
Disposição natural que leva algo ou
alguém a se mover em direção a outra coisa ou pessoa;
·
Vocação; propensão que orienta alguém
a fazer ou realizar determinada coisa.
Para
este trabalho, a metodologia utilizada é de um estudo qualitativo, envolvendo
pesquisas bibliográficas, dissertações e teses.
A
aprendizagem motora consiste em fazer algo através de movimentos, da manipulação
de objectos ou instrumentos.
Pellegrine
(2000) diz que a aprendizagem motora é uma melhora significativa no desempenho,
tem sua inferência na capacidade do indivíduo executar uma determinada tarefa,
melhora essa que ocorre em função da prática.
A maioria dos autores relatam que a
aprendizagem motora como a associação de um conjunto de processos com a
experiência, entenda-se experiência como uma prática que conduz a mudanças
significantes na execução do desempenho da habilidade.
Segundo Cidade et al (sd) define
aprendizagem motora, enfatizando os seguintes aspectos: a) a aprendizagem
resulta da prática ou da experiência; b) a aprendizagem não é diretamente
observável; c) as mudanças na aprendizagem são observadas nas mudanças na
performance; d) a aprendizagem envolve um conjunto de processos no sistema
nervoso central; e) a aprendizagem produz uma capacidade adquirida para a
performance; f) as mudanças na aprendizagem são relativamente permanentes. A
aprendizagem motora, portanto, dá-se por meio de uma combinação complexa de
processos cognitivos e motores.
Para Martins & Ivanov (2009) é através
da interação do indivíduo com o meio ambiente que são desenvolvidas as
modalidades sensoriais.
Para trabalhar com indivíduos portadores de
necessidades especiais, é preciso ter o conhecimento necessário para lidar com
os desafios e esforços que esses grupos apresentam. Será abordada a deficiência
auditiva, como instrumento de estudo, e como o aprendizado motor ocorre nessas
situações.
O aprofundamento acerca da aprendizagem
motora para portadores de deficiência auditiva é preciso que se tenha o
conhecimento de seus conceitos, classificações e implicações.
A
aprendizagem por discriminação é a possibilidade de perceber e a compreensão das
semelhanças e diferenças entre situações e objectos.
Discriminar
consiste em dar respostas diferentes a estímulos semelhantes. Por exemplo, uma
criança vê um passarinho e diz: "Pintassilgo"; vê outro e diz:
"Andorinha"; vê um terceiro e grita: "Canário"; etc. Os
três passarinhos são semelhantes: têm características iguais (duas patas,
cabeça, bico, penas, etc.), mas têm também características diferentes (cor,
tamanho, etc.) e a criança aprende a discriminar, a distinguir essas
diferenças, atribuindo nome diferente a cada passarinho. Para que isso
aconteça, é preciso:
1º)
Associar cada estímulo distinto (cor, tamanho) a uma resposta específica
(pintassilgo, andorinha, canário) e
2º)
Fixar essas associações, por meio de repetições, verificando as semelhanças e
as diferenças entre os estímulos.
A
aprendizagem verbal é o tipo de aprendizagem baseada nas palavras.
A
memorização torna-se mais eficiente quando associamos as palavras, formando
cadeias. Neste caso, uma palavra funciona como estímulo para a lembrança de
outra. Um elo comum aos vários termos de uma cadeia pode facilitar a
memorização.
Quando
se quer recordar uma lista de elementos imediatamente, os últimos elementos são
lembrados melhor (efeito de recenticidade), mas se é uma aprendizagem mais
permanente, se aprende melhor os primeiros (efeito de primazia). Quanto maior a
semelhança entre os materiais a serem aprendidos, maior interferência se produz
entre eles e mais difícil será aprender sem cometer erros. Quando o material
tem algum significado para o aprendiz, será mais fácil de reproduzi-lo
literalmente.
Conceito
é a representação universal de alguma coisa ou realidade; os conceitos são
agrupamentos mentais, que nos permitem organizar as informações sobre a
realidade.
·
Conceitos objectivos – mesa, cão, gato
·
Conceitos abstractos – único, difícil,
grande
Na aprendizagem de conceitos,
acontece o contrário do que ocorre na aprendizagem de discriminação: o
indivíduo aprende a dar uma resposta comum a estímulos diferentes em vários
aspectos. Por exemplo, uma pessoa aprende o conceito de pássaro - um animal
voador, com duas patas, penas, asas, bico, etc. -, e já viu canários,
pintassilgos e andorinhas, mas nunca viu um beija-flor. Aparece um beija-flor e
a pessoa logo o identifica como um pássaro, embora não saiba discriminá-lo pelo
nome, pois, na aprendizagem de discriminação, nova aprendizagem é necessária
para cada estímulo diferente.
Alguns
problemas requerem apenas o recurso à inteligência prática e são resolvidas através
da manipulação física.
Fases na resolução
de um problema:
Primeiro
percepcionamos os dados do problema e os elementos que o constituem/ compreendemos
a dificuldade e definimos os objectivos definindo estratégias para a sua
resolução/ depois de escolhermos as mais adequadas, aplicamos e avaliamos os
resultados.
Por
vezes, este processo é mais complexo – se não conseguimos resolver os problemas,
sentimo-nos frustrados e desistimos – esta atitude pode conduzi a outra via de
resolução - incubação – quando estás ocupado noutra actividade, surge-te de
repente a solução.
Diversos
autores referem Bandura como sendo o investigador que desenvolveu várias
experiências com crianças que fundamentavam a importância da aprendizagem
social ou por modelação.
Sprinthall,
A. N. e Sprinthall, C. R. definem a aprendizagem social, como tudo aquilo que o
indivíduo aprende através da imitação social, no decorrer das relações interpessoais.
O indivíduo pode aprender ou modificar o comportamento, em virtude, da resposta
dos outros indivíduos.
No
dizer de Bandura, cit. pelos autores acima mencionados, o comportamento, as estruturas
cognitivas e o meio, interagem de tal forma que são inseparáveis umas das
outras.
Os
indivíduos são o resultado do meio, contudo, eles podem escolher ou modificar o
meio, ou seja, há uma inter-relação e uma interdependência entre os sujeitos e
o meio.
Contrariando,
de algum modo as teorias comportamentalistas sobre a aprendizagem, Bandura
apresenta, a aprendizagem como sendo uma imitação do comportamento dos outros.
Mais especificamente, a imitação de um modelo, sendo estas aprendizagens
isentas de reforço, isto é, um comportamento adquirido pela imitação de um
modelo não necessita de ser reforçado.
Segundo
Bandura, uma criança aprende comportamentos positivos e comportamentos
negativos imitando o outro. O autor refere que é através de um mecanismo de
modelagem que se aprende.
Monteiro,
M. e Ferreira, P. apresentam-nos a seguinte experiência de Bandura: juntou 32
raparigas e 32 rapazes de idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos que foram
separados em três salas, com três situações diferentes:
·
Com um adulto (modelo) que gritava e dava
pontapés num boneco insuflável;
·
Com um adulto com um comportamento
normal, sem qualquer agressividade;
·
Sem nenhum modelo.
Todas
as salas tinham o mesmo número de crianças agressivas, Bandura conclui que: as crianças
que faziam parte da sala, cujo modelo apresentava comportamentos agressivos,
imitavam exactamente os comportamentos que tinham observado.
As
crianças que faziam parte do grupo em que o modelo demonstrava um comportamento
sem agressividade, não apresentavam modificações no seu comportamento.
Pode-se
concluir que, num contexto social, os comportamentos agressivos podem ser
aprendidos por observação e imitação. Contudo, as manifestações desses mesmos
comportamentos podem estar relacionadas com o contexto social, com a
aprendizagem, com as experiências anteriores.
A
tendência para a agressividade pode ser estimulada ou inibida. Há toda uma
série de factores que podem induzir à agressão, por exemplo, a ingestão de
álcool, temperaturas mais elevadas e culturas mais individualizadas. Daí que
nem todas as crianças que observam comportamentos agressivos os imitem. Não é
suficiente observar e conservar o comportamento para proceder à sua imitação. O
processo de o colocar em prática, pode depender de factores internos do próprio
sujeito e das suas competências.
Esta
conclusão levou Bandura a evoluir da teoria da aprendizagem social para uma
teoria cognitiva-social, atribuindo uma maior importância às competências do
sujeito e à avaliação do meio social (interacção com o meio). Segundo
Sprinthall, A. N. e Sprinthall, C. R. Bandura não exclui completamente, o
reforço, na medida, em que o modelo a imitar é sempre uma pessoa significativa
na vida da criança. Como é referido, por Noronha, M. e Noronha, F. E. Z. as
pessoas mais importantes nas aprendizagens de uma criança são inicialmente as
figuras parentais, seguidas dos educadores e professores, aos quais cabe a
tarefa de reforçar, estimularem o comportamento da criança.
Os
autores referidos, afirmam que a criança observa o adulto, imita-o e se houver
um reforço desse comportamento mais facilmente vai repetir o comportamento, ou
seja, uma criança observa um comportamento de êxito e vai imita-lo, na expectativa
de obter o mesmo êxito observado, a este facto Bandura deu o nome reforço
vicariante.
Para
que uma aprendizagem se mantenha é necessários que uma série de factores se
interliguem. Na teoria Behaviorista e neo-behaviorista a aprendizagem promove
um comportamento que se vai mantendo, se dele se obtiver uma satisfação,
independentemente de qual seja a satisfação. Pelo reforço sistematizado o
comportamento vai-se mantendo. Na perspectiva comportamentalista todo o
comportamento é aprendido, logo também pode ser desaprendido. A desaprendizagem
é a extinção do comportamento aprendido que de alguma forma é inadequado. Nesta
perspectiva a noção de aprendizagem está ligada ao condicionamento clássico e
ao condicionamento operante. Na aprendizagem por condicionamento clássico
aprende-se por associação de um ou mais estímulos obtendo-se assim a resposta.
Forma-se como que um elo entre o estímulo e a resposta.
Sabemos
que por trás de toda ação pedagógica há sempre uma concepção de
ensino-aprendizagem que a sustenta. A ação do alfabetizador, portanto, não é
neutra, por mais que ele não tenha consciência das ideias que servem de base
para a sua prática. É necessário, assim, conhecer bem essas concepções para
entender o porquê das diferentes formas de alfabetizar, bem como as teorias que
as fundamentam.
Uma
vez que a que fomos designados a efectuar foi-nos proveitoso no desenvolvimento
dos nossos conhecimentos, sugerimos ao nosso querido e estimado professor que
nos transmita mais conhecimentos que nos ajudarão entender cada vez mais os
diferentes processos ligados ao desenvolvimento perspicaz da aprendizagem.
Recomendamos
a todos os leitores deste trabalho, por se considerar um assunto importante
para cada um de nós, que dêem mais do que a costumeira atenção às informações existente nele, visto que aborda um importante tema no estudo da aprendizagem
motora e descriminação verbal.
3.2
BIBLIOGRAFIA
GALLAHUE, David L.
OZMUN, Jhon C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebes, crianças e
adultos. 2ª ed. São Paul: Phorte, 2003.
LINDA L. DAVIDOFF,
Introdução à Psicologia, Pearson Makron Books, 2005;
NORONHA, M E
NORONHA, F.E.Z., Educação e Comportamento, CPC-Centro de Psi-cologia Clínica,
1985;
PALAFOX, G.H.M.
Aprendizagem e desenvolvimento motor: conceitos básicos. Nepecc/ UFU.
Uberlândia, MG.2009.
PELLEGRINE, A.M. A
aprendizagem de habilidades motoras I: O que muda com a prática? Rev. paul.
Educ. Fís., São Paulo, supl.3, p.29-34, 2000.
VILA, C; et al.
Aprendizagem. Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em:
http://www.psicologia.com.pt, acesso em: 24/11/2009.
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