REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO Iº E IIº CICLOS DO ENSINO SECUNDÁRIO
Nº 4075 - FUNDA
BIOLOGIA
REINO ANIMÁLIA
LUANDA
2016
ESCOLA DO Iº E IIº CICLOS DO ENSINO SECUNDÁRIO
Nº 4075 - FUNDA
BIOLOGIA
REINO ANIMÁLIA
- Classificação e Seus Critérios
AUTORES
DE PESQUISA
─
Adelaide
do Rosário Ngunza
─
Elisa
Vitória Garcia Firmino
─
Graciano
Muhanda da Costa
─
Helena
Manuel Tomás
─
Joana
dos Santos Martins da Cunha
─
Junice
Teresa Paulino Valentim
─
Rosalina
Chamata
Grupo nº:
12
Trabalho
de pesquisa bibliográfica apresentado na escola nº 4075, no curso de C. Físicas
e Biológicas, na disciplina de Biologia, como requisito parcial para obtenção de
notas.
Orientador:
Alberto Luvumba da Silva
LUANDA
2016
SUMÁRIO
O reino Animalia, Animal ou Metazoa é
composto por seres vivos pluricelulares, Eucariontes, heterotróficos, cujas
células formam tecidos biológicos, com capacidade de responder ao ambiente
(possuem tecido nervoso) que os envolve ou, por outras palavras, pelos animais.
A maioria dos animais possui um plano
corporal que se determina à medida que se tornam maduros e, excepto em animais
que metamorfoseiam, esse plano corporal é estabelecido desde cedo em sua
ontogenia quando embriões.
Taxonomia tem origem num vocábulo grego que
significa “ordenação”. Trata-se da ciência da classificação aplicada à biologia
para a ordenação sistemática hierarquizada dos grupos de animais e de vegetais.
Estima-se que hoje existam mais de dois milhões
de organismos vivos presentes na biosfera terrestre, vivendo nos mais diversos
ambientes. Porém, este número representa apenas um por cento de toda a
biodiversidade que já existiu na Terra, sendo alguns conhecidos sob a forma de
fósseis.
Através da evolução do homem, da mais remota
época do paleolítico aos dias actuais, este sentiu a necessidade de denominar
as espécies animais e vegetais, dos quais retirava alimentos, remédios,
matéria-prima para fabricação de armas, utensílios gerais e ferramentas
agrícolas, devido à necessidade de transmitir conhecimentos e experiências
adquiridas aos seus descendentes. “O documento zoológico mais antigo que se tem
notícia, é um trabalho grego de medicina, do século V a.C., que continha uma
classificação simples dos animais comestíveis, principalmente peixes.” (ARAÚJO
& BOSSOLAN, 2006).
O entendimento da diversidade de fauna e
flora encerra-se no que se compreende por biodiversidade. Termo este que recebe
definição tão ampla quando a biologia, entretanto, significa,
simplificadamente, a “variedade de vida”. E entre tantas tentativas de conceptualizá-lo,
surgiram três divisões: diversidade genética, diversidade taxonómica e
diversidade de ecossistema.
VOCÊ PODE BAIXAR ESTE TRABALHO CLICANDO AQUI!
VOCÊ PODE BAIXAR ESTE TRABALHO CLICANDO AQUI!
A taxonomia então, que nada mais é do que a
classificação dos reinos dos seres vivos e das características dos animais, é
utilizada em diferentes meios como museus, parques botânicos, zoológicos e
outras entidades e instituições de pesquisas biológicas como ferramenta de
trabalho.
A denominação, classificação e catalogação
dos organismos vivos, nasceu então com a impossibilidade do homem de reconhecer
a vasta gama de seres vivos sem qualificá-los ou pô-los em ordem, para então
poder facilitar a identificação e posterior uso dos mesmos.
Inicialmente, com base no modo de vida, direcção
da evolução e tipo da organização de seu corpo, os seres vivos foram divididos
em dois grandes reinos: Animal e Vegetal. Mais tarde, como o desenvolvimento do
microscópio, entre outras técnicas, tornou-se óbvio que muitos organismos não
se encaixavam em nenhum desses reinos, por exemplo uma bactéria, que é um
organismo unicelular, desprovido de envoltório nuclear e de estruturas
membranosas intracelulares como retículo endoplasmático, mitocôndrias, cloroplastos
e complexo de Golgi. Essas diferenças que a distingue dos demais organismos é
bem mais fundamental que as diferenças entre animais e vegetais. (ARAÚJO &
BOSSOLAN, 2006).
Posteriormente, após muita discussão e
pesquisa, chegou-se no modelo de organização actual dividindo os organismos
vivos em cinco reinos propostos pelo cientista Whittaker (1969): um
procariótico, o reino Monera (bactérias e cianofíceas) e outros quatro
eucariótico, o reino Protozoa (algas azuis e protozoários) também considerado
como a base evolutiva para os outros três, o reino Plantae (algas
multicelulares e plantas superiores), o reino Fungi (fungos em geral) e o reino
Animmalia (engloba desde esponjas até cordados), este último é o foco deste
estudo.
A nomenclatura dos organismos vivos foi
elaborada e proposta pelo médico e botânico sueco Carl Von Linné (ou Lineu,
como é vulgarmente conhecido) em seu livro Systema Naturae, a partir do sistema
binomial, ou seja, dois nomes, onde o primeiro nome designa o género do
indivíduo, sempre com a primeira letra maiúscula e de origem do latim; o
segundo nome também tem origem no latim mas este caracteriza a espécie e é
escrito em minúsculo. A nomenclatura de Lineu foi firmada posteriormente, no I
Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898.
Embora a ciência e a nomenclatura dos seres
vivos tenha sofrido muitas mudanças, esta ainda se baseia na classificação
natural proposta por Lineu. Hoje, a partir de Lineu, faz-se uso das Categorias Taxonómicas,
ou seja, uma classificação de um indivíduo desde sua espécie até o reino a qual
pertence. Indivíduos de mesmas espécies, são seres que apresentam mesmas
características e semelhanças morfológicas e funcionais, capazes de se cruzarem
entre si naturalmente (excepto para indivíduos de reprodução assexuada),
deixando descendentes férteis. À reunião de todos os seres de mesma espécie,
dá-se o nome de género. Géneros diferentes, porém com características em comum,
formam um grupo maior, denominado família.
As famílias
representam então um grupo ainda mais amplo, abrangendo diversas espécies de géneros
diferentes. Assim como nos géneros, algumas famílias também apresentam
características semelhantes, formando um grupo maior chamado de ordem. O
agrupamento então de várias ordens denomina-se de classe, que por sua vez forma
um grupo muito mais abrangente, os filos, e estes, finalmente convergem para um
único ponto, formando então os cinco grandes reinos.
Esta foi apenas uma pequena introdução sobre
a sistemática de classificação de seres vivos, pois se tem como foco aqui o
estudo sobre o reino animal, entretanto, deixa-se claro a importância a cerca
daquele estudo para maiores esclarecimentos sobre taxonomia.
Trata-se a zoologia como um ramo da biologia
que envolve as mais diversas características da biologia animal, além das
relações entre o animal e o meio em que este se encontra inserido. E a partir
deste conceito, estuda-se desde a ecologia, morfologia e a sistemática à
fisiologia animal, propriedades bioquímicas e funções celulares, formação e
desenvolvimento. Os animais são então organismos multicelulares, eucarióticos,
de nutrição heterotrófica e fazendo-a geralmente por ingestão.
A grande diversidade animal sugere um vasto
estudo minucioso onde se analisa diversas peculiaridades de cada espécie dentro
de cada género, deste dentro de cada família e assim por diante. Dentre estas
diferenças há um grupo de diversidades intraespecíficas e outro chamado
diversidades interespecíficas. O primeiro trata diferenças quanto a forma em
espécies macho e fêmea (dimorfismo sexual), diferenças no desenvolvimento e
diferenças individuais. O segundo corresponde às diversidades morfológicas, fisionómicas,
tamanho e também da simetria. Por fim, dentro da zoologia estuda-se também a interacção
do indivíduo dentro de cada ecossistema, bem como o comportamento daquele
inserido neste.
Este estudo zoológico restringe apenas a
metazoários (animais superiores), ou seja, será abordado apenas a ciência dos
indivíduos que compõe o reino animmalia, se abstendo então do reino protozoa
(animais unicelulares).
O pensamento evolucionista baseado na
concepção de um ancestral comum a todos os animais, deu origem a filogenia, o
estudo das relações evolutivas entre os organismos, como uma espécie de árvore
genealógica de todos animais e tendo como objectivo a reconstituição de
sucessivas transformações como mutações ocorridas ao logo de inúmeros
cruzamentos dos mais primitivos organismos.
Então a partir das primeiras teorias de
evolução das espécies, alguns cientistas propuseram conceitos de possíveis
relações entre todos os animais. Foi então que o embriologista alemão Ernest
Haeckel, em 1866 resumiu as teses de cientistas evolucionistas como os
naturalistas ingleses Charles Darwin e Alfred Russell Wallace nos primeiros
estudos e métodos filogênicos de modo simplificado e eficaz.
Algumas características gerais dos grupos
(táxons) situados logo abaixo do reino, os filos, são muito utilizadas na
tentativa de se entender a filogenia do Reino Animal. Essas características, frequentemente
encontradas durante o desenvolvimento embrionário e não apenas no organismo
adulto são: níveis de organização do corpo, simetria, disposição das estruturas
relacionadas com a digestão, número de folhetos germinativos e presença de
celoma. (ARAÚJO & BOSSOLAN, 2006).
Actualmente sabe-se que variados filos
apresentam características compartilhada entre diversos organismos, evocando
uma unidade primígena como formadora de toda a biodiversidade actual.
Apesar de serem todos seres multicelulares,
os animais são, inicialmente organismos unicelulares, quando estão na forma de
célula-ovo, ou zigoto. A partir de uma série de clivagens e divisões mitóticas,
esta estrutura unicelular torna-se então em multicelular, com células
distribuídas nas mais diversas especializações em diferentes tecidos e órgãos
do corpo.
Outro nível de organização do corpo animal é
a simetria presente. Ou seja, a divisão do corpo em metades especulares,
podendo o animal apresentar simetria radial (vários planos de simetria) ou
bilateral (apenas um plano simétrico). No entanto, algumas espécies animais não
apresentam algum plano de simetria, sendo assim, são chamados de assimétricos,
ou, em alguns casos, apresentam simetria modificada.
A distinção mais notável dos animais é a
forma como as células se seguram juntas. Ao invés de simplesmente ficarem
grudadas juntas, ou seguradas em um local por pequenas paredes, as células
animais são conectadas por junções septadas, compostas basicamente por
proteínas elásticas (colágeno é característico) que cria a matriz extracelular.
Algumas vezes esta matriz é calcificada para formar conchas, ossos ou espículas,
porém de outro modo é razoavelmente flexível e pode servir como uma estrutura
por onde as células podem mover-se e reorganizar-se.
Primeiramente divide-se o reino animal em
dois grupos, são eles o grupo dos invertebrados e o grupo dos vertebrados.
Entretanto esta divisão é histórica reflectindo uma inclinação do homem em
aproximação e classificação dos “parentes” mais próximo.
O filo dos poríferos é representado pelas
esponjas, também chamados de animais parazoários, isso significa que não apresentam
uma formação fisiológica, ou seja, não possuem tecidos. Não havendo formação de
tecidos, então conclui-se que não há formação de órgãos e sistemas. Estes
organismos apresentam corpo colonial, isto quer dizer que há uma organização de
células independentes actuando de diversas formas em trocas de nutrientes e
gases sustentando todo o sistema.
Os poríferos (recebem tal denominação pois
apresentam poros por toda a estrutura) são animais de vida séssil, ou seja, se
exibem fixo ao substrato, sendo todos os indivíduos deste grupo de vida
aquática, na maioria são marinhos, mas alguns são encontrados em água doce.
Estruturalmente são classificados como
diblásticos, pois possuem apenas dois folhetos germinativos (ou embrionário),
são eles: a endoderme, folheto interno e outro mais externo, a exoderme (ou
ectoderme).
Estes animais exprimem formas físicas bem
simples, se comparado aos animais de outros filos. Possuem uma abertura externa
chamada de ósculo, localizada na parte superior do animal, delimitando uma
cavidade interna denominada de átrio (ou espongiocela), assim sendo, possuem
simetria radial. A partir desta composição, há três tipos de formações de
esponjas:
─
Ascon: Câmara atrial bem
simplificada. Analogamente pode-se imaginá-la como uma “garrafa de
refrigerante”, onde a boca da mesma seria o ósculo e a parte interna, o átrio;
─
Sicon: Câmara atrial
ramificada, com o intuito de aumentar a superfície de contacto para captura de
alimentos em suspensão na água;
─
Leucon: Câmara atrial
extremamente ramificada, com capacidade de desenvolvimento muito maior, pois,
quanto mais alimentos absorvidos, mais fácil será o crescimento, tornando-se
mais complexos.
Não exprimem grande variabilidade celular,
havendo na camada mais externa células como os pinacócitos, que contém material
inorgânico como sílica ou carbonato de cálcio, revestindo o animal e conferindo
a ele protecção; espículas, sustentando-o; porócitos, células em forma de
“tubos” por onde passa água do meio externo, para o meio interno; amebócitos,
células que preenchem o mesênquima, massa amorfa encontrada internamente, além
de função reprodutiva; e revestindo completamente o átrio, tem-se os
coanócitos, responsáveis pela alimentação das demais células, pois filtram a
água, retendo alimentos em seus flagelos que, por meio de transporte activo ou
passivo, os distribui a outras estruturas celulares, isto é, os poríferos
possuem digestão intracelular.
Reproduzem tanto sexuadamente como
assexuadamente. Na primeira podem ser monoicos (quando um animal hermafrodita
origina outro) ou dioicos (formação de novo indivíduo a partir de uma espécie
de sexos separados); na segunda reproduzem ora por brotamento (um segmento do
animal origina outro) ora por fragmentação (uma parte retirada fixa-se ao
substrato e inicia outra formação)
Assim como na nutrição, a respiração,
circulação e a excreção funcionam por difusão, ou seja, por trocas entre as
célula com o ambiente.
Celenterologia é o nome que se dá ou estudo
dos cnidários (ou celenterados), filo representado por animais maioritariamente
marinhos como corais, medusas (caravelas e águas-vivas) constituídos em noventa
e nove por cento do corpo por água.
Nota-se agora uma formação tecidual primitiva
e o início de formação de um sistema digestivo com boca/ânus e uma cavidade
digestiva (gastrovascular), sendo estes os mais significativos sinais
evolutivos. São também diblásticos, de simetria radial e com tentáculos ao redor
da boca, corpo constituído de dois tecidos (epiderme e gastroderme) separados
por uma camada intermediária chamada de mesogleia. A respiração e a excreção
ainda por difusão, mas já apresentam um sistema nervoso simples, em rede
difusa.
Diferentemente dos poríferos, os celenterados
não se apresentam exclusivamente fixos ao substrato, existindo mobilidade.
Aqueles de vida séssil, chama-se de pólipo como as hidras, animais de água
doce. Aos animais de vida livre nadante, denomina-se de medusa, como as águas-vivas.
Os tentáculos são estruturas de defesa e
captura de alimentos, conduzindo estes até a boca; daí passam para a cavidade
gastrovascular. Aqui o alimento é parcialmente digerido e transferido ao
interior de células que revestem essa cavidade, para finalização da digestão.
Dessa forma, na primeira etapa a digestão é extracelular (intercelular) e na
segunda, intracelular.
Ainda nos tentáculos, existem células
chamadas de cnidócitos (por isso o nome do filo de cnidaria). Tais células
produzem um líquido urticante capaz de provocar lesões como queimaduras na pele
de animais grandes, como o homem, ou de imobilizar pequenos animais, para
posterior nutrição.
As medusas são indivíduos sexuados que por gâmetas
formam o zigoto que por sua vez origina uma larva conhecida como plânula. A
plânula então dá origem ao pólipo, este, por reprodução assexuada, dará origem
as medusas. Já no caso das hidras, não há formação de larva, ou seja, o
desenvolvimento é directo, mas também pode ser feita a reprodução de forma sexuada
quanto assexuadamente.
Também chamados de vermes chatos ou de corpo
achatado dorsoventralmente – plato (chato) e helminto (verme) –, os
platelmintes apresentam três folhetos germinativos (e a partir deles, todos os
animais seguintes também apresentarão), sendo então triblásticos.
A partir dos platelmintes, os animais se
encontram mais complexos, pois surge a simetria bilateral, devido a organização
externa do corpo e inicia-se a cefalização do sistema nervoso com a concentração
de células nervosas na região anterior, e a enervação do corpo por causa de
nervos providos daí.
Não há sistema digestório completo, como os
outros filos já mencionados, isso quer dizer que não há diferenciação de boca e
ânus, sendo que, em determinados parasitas, tal sistema é ausente, fazendo-se a
nutrição por absorção directa do hospedeiro.
Dentro do filo dos platelmintes existem
animais de vida livre, estes constituem a classe dos turbelários, onde a
planária é um dos indivíduos representantes. Estas fixam-se no substrato com a
região ventral, oposta a região dorsal, que na parte anterior apresenta dois
ocelos, os primeiros indícios de olhos, pois não é capaz de formar imagens,
porém consegue distinguir variações de sombra e luz, orientando as planárias.
Nesta classe, há reprodução tanto sexuada (indivíduos hermafroditas), quanto
reprodução assexuada (por divisão e posterior regeneração).
Outra classe do filo dos platelmintes é a
classe dos trematódeos. São parasitas como o endoparasita humano esquistossomo,
animal de grande dimorfismo sexual e responsável por uma grave doença, a
esquistossomose (ou barriga d'água, como é popularmente conhecido). Tais vermes
reproduzem-se no hospedeiro, depositando seus ovos nos vasos sanguíneos, estes
o rompem e caem no intestino e são eliminados com as fezes. Após contacto com a
água, os ovos se desenvolvem em miracídios. Estes penetram no caramujo do grupo
planorbídeo (hospedeiro intermediário), donde reproduzem-se assexuadamente e
originam um novo tipo de larva, a cercária, com habilidades de nadar livremente
na água e atingir novamente o ser humano (hospedeiro definitivo).
Por último se tem a classe dos cestódios,
representado pelas ténias (ou solitárias) solium (de origem da carne suína) e
saginata (originária de carne bolvina), também parasitas humano. Estes vermes
são hermafroditas e exibem uma “cabeça” denominada de escólex, que possui uma
ventosa da qual fazem uso para fixação à parede intestinal do hospedeiro.
Aqui estão descritos mais de dez milhões de
vermes cilíndricos, bem adaptados tanto a vida livre como em forma de parasitas
e praticamente vivendo em grande número.
Apresentam uma novidade, além de serem
triblásticos com simetria bilateral, são pseudocelomados, isto é, a cavidade corpórea
não é totalmente revestida pela mesoderme. Exibem também o corpo revestido por
uma camada dura e resistente, tendo ainda fibras musculares longitudinais
agrupadas em feixe constituindo a parede do corpo.
Outra novidade é o surgimento do tubo digestório
completo, ou seja, com boca e ânus, além de digestão extracelular Entretanto
não há presença de órgãos respiratórios e circulatórios, sendo a excreção
realizada em um sistema em forma de “H” e tendo como produto principal a amónia.
A reprodução é sexuada com fecundação interna
por organismos dioicos e o desenvolvimento é indirecto (havendo estágio
larval).
Por fim, a partir de um anel nervoso que
circunda o esófago encontra-se o sistema nervoso dos nematelmintes.
O nome molusco vem do latim mollis, que
significa “mole” e faz referência ao corpo dos animais desse grupo. De fato, é
muito fácil perceber o corpo mole de alguns moluscos. A lesma e o polvo são
dois exemplos de moluscos que não possuem nenhuma protecção externa, deixando
ver seus corpos moles. (LAURENCE, 2005).
Os moluscos são então animais de corpo mole,
não segmentado. Triblásticos, celomados e de simetria bilateral. Embora
apresentem estruturas físicas diferentes um ao outro, têm como organização
básica morfológica a massa visceral (onde se encontram a maioria dos órgãos
internos), pé (muscular e ventral, adaptado para rastejar, nada e cavar) e
manto ou pálio (dobra do tecido cobrindo a massa visceral, podendo secretar a
substância calcária, para protecção do animal), além de revestimento epitelial
simples com diversas glândulas mucosas pelo corpo.
Aqui também ocorre tubo digestório completo,
porém, surge na boca um cinturão de dentes diminutos e quitinosos, conhecidos
como rádula, utilizados na raspagem de alimentos (com excepção dos bivalves).
Com excepção dos cefalópodes, os moluscos
apresentam sistema circulatório aberto ou lacunar. As brânquias drenam o sangue
para o interior de um coração dorsal, que bombeia o sangue por vasos
ramificados e, em certas regiões, entram em contacto directo com o tecido, em
lacunas, sendo recolhido posteriormente pelo vasos.
Rins primitivos chamados de nefrídios são
responsáveis pelo sistema excretor, drenando a cavidade celomática e eliminando
os resíduos no manto.
Anelídeos como a minhoca, são vermes de corpo
alongado e segmentado interna e externamente. Possuem três folhetos
germinativos, sendo então triblásticos e celomados com simetria bilateral.
Ao longo do corpos dos anelídeos nota-se uma
repetição de anéis (daí anelídeos) e uma região espaçada chamada de clitelo,
estrutura responsável pela protecção dos ovos fecundados na reprodução.
Alguns animais deste filo apresentam cerdas
ao longo do corpo e é exactamente a presença, ausência e a quantidade destas
cerdas que define a divisão dos anelídeos em três classes, são elas:
─
Poliquetos: São animais (na
maioria dioicos) com muitas cerdas localizadas principalmente em expansões
laterais, nomeadas de parapódios, que actuam como superfícies de trocas gasosas
e, no caso de anelídeos poliquetos não-sésseis, auxilia na locomoção;
─
Hirudíneos: Estes são desprovidos
de cerdas, hermafrodita e com desenvolvimento directo. Também possuem duas
ventosas, uma na região anterior (ao redor da boca) e outra na região posterior
para fixá-los ao substrato e, em espécies endoparasitas facilitam a ingestão de
sangue do hospedeiro;
─
Oligoquetos: Representam os
oligoquetos os anelídeos com poucas cerdas pelo corpo, tendo como maior exemplo
as minhocas. Estes locomovem-se em galerias construídas sob o solo pelas
próprias. Aqui o sistema digestório é formado por boca, faringe (bomba
sugadora), papo (armazenamento), moela (trituração), intestino e ânus.
Os artrópodes (arthro = articulado, podes =
pés ou apêndices) representam mais de setenta e cinco por cento de todas as
espécies existentes no mundo, sendo então o maior filo do reino animal. Isso
significa que são o grupo mais diversificado e o mais abrangente, com uma
população actual estimada em 1018 indivíduos presentes em praticamente todos os
habitats terrestres.
São invertebrados, mas possuem um esqueleto
externo, ou exoesqueleto resistente revestindo o corpo do animal. Tal estrutura
é formada por uma substância chamada quitina, podendo ser também impregnado de
sais de cálcio, oferecendo maior resistência, sustentação e maior retenção de
água por evaporação.
Graças a associação de músculos que se fixam
ao exoesqueleto quitinoso, a locomoção é bastante eficiente, pois há pontos
flexíveis em determinadas regiões, facilitando a movimentação do animal
O exoesqueleto impede o desenvolvimento do
animal por ser extremamente rígido e duro, em determinadas espécies. Para
continuar a se desenvolver, o animal secreta por dentro do esqueleto, um novo
revestimento A seguir o animal abandona a antiga protecção (muda). Tal
crescimento é chamado de ecdise.
Nos artrópodes há maioritariamente animais de
sexos separados. Aqui a fecundação é interna e cruzada, mesmo nos indivíduos
hermafroditas.
A respiração se dá sob duas formas:
branquial, quando se trata de animais de vida aquática; e traqueal,
referindo-se a animais de vida terrestre, onde as traqueias formam um sistema
tubular pelo corpo que se abre em estigmas localizadas lateralmente na
superfície do corpo.
Um vaso dorsal faz a vez de coração no
sistema circulatório dos artrópodes. Tem formatos variados nos mais diversos
grupos do filo, impulsionando o líquido circundante pelo corpo do indivíduo.
Chama-se circulação lacunar, pois o sangue não se encontra exclusivamente nos
vasos, estando em lacunas entre órgãos.
Finalmente a eliminação de excretas é feita
por túbulos de Malpighi em insectos e miriápodes, colectando resíduos presentes
no sangue retirados do corpo junto as fezes. Ou então por glândulas coxais em
aracnídeos conjuntamente as túbulos de Malpighi. E ainda se tem as glândulas
antenais, encontradas nos crustáceos, sendo pares de glândulas excretoras.
É o maior filo e possui as espécies mais
desenvolvidas, havendo representantes tanto invertebrados quanto vertebrados, e
assim como os artrópodes, estão presentes em todos os habitats terrestres.
A principal característica dos cordados é a
presença da notocorda dorsal em pelo menos parte da vida. Esta é a primeira
estrutura de sustentação dos cordados, surgindo durante o desenvolvimento
embrionário.
O sistema nervoso dorsal faz-se presente nos
cordados, sendo mais especializado nos animais vertebrados, observando a
existência do crânio, protegendo o encéfalo.
As fendas faríngeas (às vezes referidas como
fendas branquiais), pares, desenvolvem-se nos lados da faringe embrionária.
Cada uma é formada por uma evaginação da endoderme da faringe e uma invaginação
da ectoderme da parede do corpo; a parede intermediária rompe-se para formar a
fenda branquial nos representantes aquáticos. Em vertebrados superiores, que
respiram por pulmões, as brânquias desenvolvem-se somente no embrião e
desaparecem antes do nascimento. (ARAÚJO & BOSSOLAN, 2006).
O sistema digestório é completo em todos os
animais deste filo, com boca e ânus bem identificado, assim como sistema
respiratório desenvolvido em: branquial nos organismos aquáticos (peixes);
cutâneo, nos indivíduos da classe dos anfíbios; e pulmonar, como nos répteis,
aves e mamíferos.
O Reino Animal, como vimos ao longo do
desenvolvimento deste trabalho, reúne todas as espécies animais é extremamente
diverso, por isso apresenta uma série de subdivisões. Os animais são inicialmente
agrupados segundo algumas características básicas em grandes grupos, os Filos.
No reino animal, conforme constatado neste
estudo, os seres normalmente têm capacidade de locomoção e mobilidade. São
vários os filos que fazem parte deste reino. Estes seres possuem metabolismo activo
e sistema de excreção
ARAÚJO, A. P. U. e BOSSOLAN, N. R. S. Noções
de Taxonomia e Classificação Introdução à Zoologia. São Carlos-SP: Instituto de
Física de São Carlos-USP, 2006
FERNANDEZ, Valdir. Zoologia. São Paulo:
Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1981.
HALANYCH, KENNETH M.; Yale. . "A Brief Review of Metazoan Phylogeny
and Future Prospects in Hox-Research" (em en). American Zoologist 41
(3). 2001.
LAURENCE, J. Biologia, Capítulo 21-30. São
Paulo: Editora Nova Geração, 2005.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário