quinta-feira, 2 de junho de 2016

SISTEMA HEMOLINFOPOÍETICO - POR VIEIRA MIGUEL MANUEL

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


                                            






SEMIOLOGIA





SISTEMA HEMOLINFOPOÍETICO





















LUANDA
2016


      INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM





SEMIOLOGIA





SISTEMA HEMOLINFOPOÍETICO




INTEGRANTES

       Edna Correia
       Henriques Pedro serafim
       João José Cassule
       Luísa Rodrigues de Sousa
       Rebeca Manuel Pontes





Trabalho de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de semiologia como requisito parcial para obtenção de notas.

Orientador: Evaristo Baptista










LUANDA
 2016
SUMÁRIO






 




Neste trabalho, no âmbito da disciplina de Semiologia vamos abordar acerca de um tema bastante chamativo quais estudantes enfermagem, referimo-nos exactamente do Sistema Hemolinfopoiético.

Para realização deste estudo foram pesquisados livros e artigos especializados, com as palavras-chave Órgãos Linfáticos e Constituintes do Sangue. Os assuntos foram catalogados e dispostos de uma forma que possamos entender o sistema hemolinfópoiético em sua parte anatómica.







Órgão linfático pequeno, oval, encapsulado, interposto no trajecto dos vasos linfáticos, com função de filtragem.

É composto por elementos linfóides (linfócitos e linfoblastos) que se agrupam em folículos na região cortical, e em cordões na região medular. Em muitos folículos observa-se zona central mais clara, correspondente ao Centro germinativo (de Fleming). Cercam essas formações os seios medulares e perifoliculares (estroma de Tec. Linfóide frouxo – células linfáticas em pequeno número), que constituem por baixo da cápsula o seio marginal.









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Da cápsula (composta de Tec. Conjuntivo fibroso) partem septos conjuntivos que correm entre os folículos (septos interfoliculares), e onde penetram os vasos linfáticos aferentes.

Na região superior, está presente o hilo, fenda por onde penetram os vasos sanguíneos nutridores, e de onde partem os vasos linfáticos eferentes.


Grande órgão linfático situado no quadrante superior da cavidade abdominal. Além do grande número de linfócitos, contém espaços vasculares especializados, uma malha de células reticulares e de fibras reticulares e uma grande quantidade de macrófagos. Este conteúdo permite-lhe controlar imunologicamente o sangue.


Está circundado por uma cápsula de Tec. Conjuntivo denso, a partir de onde as trabéculas se estendem para o interior do órgão.

Possui capacidade de armazenar grande quantidade de hemácias como reserva.
Seu parênquima está dividido em Polpa Branca e Polpa Vermelha.

A Polpa Branca é constituída basicamente de por tecido linfático, disposto em nódulos ou folículos esplénicos (Corpúsculo de Malpighi).

A Polpa Vermelha contém grande número de hemácias localizadas entre as trabéculas (Cordões de Billroth), nos seios venosos.


Constituído por lóbulos bem delimitados, e revestido por cápsula de Tec. Conjuntivo de onde partem traves que subdividem o órgão em numerosos campos poligonais.

O Lóbulo possui uma zona superficial (cortical) de coloração mais escura (maior concentração de linfócitos), onde se localizam traves secundárias (interfoliculares); e uma zona central (medular) de coloração mais clara (menor concentração de linfócitos), contínua e que apresenta corpúsculos de forma ovóide e constituição laminar (Corpúsculos de Hassal).


Estruturas ovóides constituídas de tecido linfático localizado na membrana mucosa das fauces (junção da orofaringe com a cavidade oral).

No córion, revestido por Epitélio Pavimentoso Estratificado, surgem numerosos folículos linfóides dispostos ao redor de criptas profundas e ramificadas.

Na região profunda observa-se Tec. Conjuntivo Fibroso, tecido esse que origina traves interfoliculares que separam os folículos. Abaixo encontram-se fibras musculares estriadas.

2.1.5     Placa de Peyer

Na parede do Íleo ou ocasionalmente em outra parte do Intestino Delgado, existem agregados de folículos linfóides. Cada conglomerado recebe o nome de Placa de Peyer. São nódulos confluentes que se unem através de sua zona cortical. Apresentam centro germinativo de cor mais clara, devido a presença de linfócitos médios e grandes que possuem mais citoplasma que os linfócitos pequenos.

No local da placa, sempre há presença de epitélio com poucas vilosidades.



É uma evaginação que parte do ceco. Apresenta as mesmas quatro túnicas do intestino grosso (Mucosa, Sub-mucosa, Muscular e Serosa).

Normalmente são vistos nódulos linfáticos com centro germinativo.


Agregados de tecido linfático, localizados na mucosa do aparelho digestivo, do aparelho respiratório e do aparelho urinário. Dentre eles estão as Tonsilas, as Placas de Peyer, e o apêndice.



a)    Elementos Figurados: eritrócitos – leucócitos – plaquetas.

-       Eritrócitos: glóbulos vermelhos responsáveis pelo transporte do oxigénio aos tecidos para a produção de energia. Células lábeis com aproximadamente 120 dias de vida média normal.

-       Leucócitos: células brancas responsáveis pela defesa imunológica e resposta inflamatória  celular a antígenos. Podem ser subdivididos em 3 grandes grupos: granulócitos, linfócitos e monócitos de acordo com a diferenciação e maturação celular. Cada um destes grupos possui diferentes actuações, visando sempre a defesa do hospedeiro. Sendo assim :

1.    Granulócitos: são os polimorfonucleados (PMN), representados especialmente pelos mielócitos (neutrófilos e segmentados). Estes executam a resposta inflamatória imediata, fazendo fagocitose de antígenos, toxinas, etc., activando  outras células inflamatórias  por quimiotaxia , a cascata do complemento e a liberação de substâncias vasoactivas que complementarão a resposta de defesa humoral.

2.    Linfócitos: são divididos em linfócitos B (bursa dependentes) responsáveis em parte por produção de globulinas auxiliando a resposta humoral e linfócitos T (timo dependentes) produtores de linfocinas e geradores da resposta imune celular.

3.    Monócitos: são macrófagos mais especializados encontrados com a maior frequência na resposta imune celular.

Assim, toda doença da Medula Óssea implica doenças do sangue periférico.

b)   Plasma: factores de coagulação. Origem: fígado.

Da mesma maneira, toda doença hepática implica deficiência da coagulação.

             
- Manifestações clínicas:

Decorrem da queda do O2 tissular. Pode ser por falha na:

1. Captação de O2:
    Tensão do O2 atmosférico
    Função pulmonar
    Concentração de Hb
    Afinidade da Hb pelo O2
2. Liberação de O2:
    Débito cardíaco
    Afinidade da Hb pelo O2
    Concentração de Hb

- Mecanismos de defesa:

Somente após a "derrota" destes mecanismos que aparecem os sintomas.

Aumento do débito cardíaco 3-4 vezes facilitado pela queda da viscosidade;
Aumento do 2-3 difosfoglicerato (2.3 DPG) - faz com que diminua a afinidade  da Hb pelo O2, portanto aumenta a liberação de O2 tissular.
Hipóxia renal - > aumento da Eritropoetina - > estímulo para medula óssea
Diminuição do esforço físico (questiona-se ser um mecanismo voluntário)

-       Manifestações da anemia:. Variam conforme o grau de Hb:

A. 9 - 12 g %
    anemia discreta
    mecanismos compensadores - > ausência de sintomas
    exercícios intensos - > sintomas
    palpitações - dispnéia - sudorese excessiva


B. 7 - 10 g %
    anemia moderada
    sintomas mais evidentes
    fadiga fácil
    sonolência (como mecanismo compensador para poupar esforço)

C. 3 - 7 g %
    anemia severa
    astenia
    hipotensão ortostática
    insônia e cefaléia (por irritação das células nervosas pela hipóxia)
    anorexia
    ICC

Tais sintomas dependem também do tipo da anemia e da sua forma de instalação.


I-             Produção deficiente de hemácias:

A. Deficiência de nutrientes essenciais
    ferro
    ác. fólico
    vitamina B12
    proteínas

B. Hipoplasia eritroblástica
1. Anemias aplásticas
    hereditárias
    idiopáticas
    induzidas por agentes químicos e físicos
2. Hipoplasia eritroblástica pura:
    timoma
    agentes químicos
    antagonistas ác. fólico
    anticorpos hereditários

C. Infiltração Medula Óssea:
    leucemias e linfomas
    mieloma múltiplo
    carcinomas e sarcomas
    mielofibrose

D. Anemia Sideroblástica

E. Endocrinopatias

F. Insuficiência renal crônica (IRC)

G. Doenças Inflamatórias Crônicas

H. Hepatopatias

II-            Destruição excessiva de hemácias:

A. Fatores Extracorpusculares
    anticorpos
    agentes físicos e químicos
    traumatismo eritrocitário

B. Adquiridos
    Hemoglobinúria paroxística noturna

III - Perda aguda de sangue

A. Anemia pós-hemorrágica

- Hemograma x índices normais:

VGM ou VCM = (VG x 10)/ E ____90 + - 7 fL
HGM ou HCM = (Hb x 10)/ E ____29 + - 2 pg
CHCM = (Hb x 100)/VG ________34 + - 2 g/dL

Nunca a HCM passará a 1/3 do VCM, pois é o máximo que um eritrócito comporta
de Hb.








De acordo com o exposto acima, podemos ver, em suma, que o sistema hemolinfopoiético é constituído por vários que órgãos que desempenham funções indispensáveis no nosso organismo, e a manutenção dos mesmos pode ser determinam para que se possa evitar problemas clínicos tais como vários tipos de anemias, pancitopenias, policitemia, coagulopatias, leucopenia e muitas outras patologia resultantes do mau funcionamento este sistema.








COTRAN; KUMAR; COLLINS. Robbins Pathologic Basis of Disease Sixth Edition. W.B. Saunders Company, 1999, USA.

ISSELBACHER, K. J. Harrisson´s principle of internal medicine. 15th ed. N. York: McGrawHill Book Company, 2003.

LÓPEZ, Mario; MEDEIROS, José Laurentys. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1990. 1056 p.

WYNGAASRDEN, J. B. e SMITH, L. H. Cecil textbook of medicine. 20th ed. Philadelphia: W. B. Saunders Company, 2004.










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