INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO
INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
SEMIOLOGIA
SISTEMA HEMOLINFOPOÍETICO
LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
SEMIOLOGIA
SISTEMA HEMOLINFOPOÍETICO
INTEGRANTES
─ Edna
Correia
─ Henriques
Pedro serafim
─ João
José Cassule
─ Luísa
Rodrigues de Sousa
─ Rebeca
Manuel Pontes
Trabalho de pesquisa bibliográfica apresentado
ao Curso de Enfermagem na disciplina de semiologia como requisito parcial para
obtenção de notas.
Orientador: Evaristo Baptista
LUANDA
2016
SUMÁRIO
Neste
trabalho, no âmbito da disciplina de Semiologia vamos abordar acerca de um tema
bastante chamativo quais estudantes enfermagem, referimo-nos exactamente do
Sistema Hemolinfopoiético.
Para
realização deste estudo foram pesquisados livros e artigos especializados, com
as palavras-chave Órgãos Linfáticos e Constituintes do Sangue. Os assuntos
foram catalogados e dispostos de uma forma que possamos entender o sistema
hemolinfópoiético em sua parte anatómica.
Órgão
linfático pequeno, oval, encapsulado, interposto no trajecto dos vasos
linfáticos, com função de filtragem.
É
composto por elementos linfóides (linfócitos e linfoblastos) que se
agrupam em folículos na região cortical, e em cordões na região medular. Em
muitos folículos observa-se zona central mais clara, correspondente ao Centro
germinativo (de Fleming). Cercam essas formações os seios medulares e
perifoliculares (estroma de Tec. Linfóide frouxo – células linfáticas em
pequeno número), que constituem por baixo da cápsula o seio marginal.
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Da
cápsula (composta de Tec. Conjuntivo fibroso) partem septos conjuntivos
que correm entre os folículos (septos interfoliculares), e onde penetram
os vasos linfáticos aferentes.
Na
região superior, está presente o hilo, fenda por onde penetram os vasos
sanguíneos nutridores, e de onde partem os vasos linfáticos eferentes.
Grande
órgão linfático situado no quadrante superior da cavidade abdominal. Além do
grande número de linfócitos, contém espaços vasculares especializados, uma
malha de células reticulares e de fibras reticulares e uma grande quantidade de
macrófagos. Este conteúdo permite-lhe controlar imunologicamente o sangue.
Está
circundado por uma cápsula de Tec. Conjuntivo denso, a partir de onde as trabéculas
se estendem para o interior do órgão.
Possui
capacidade de armazenar grande quantidade de hemácias como reserva.
Seu
parênquima está dividido em Polpa Branca e Polpa Vermelha.
A
Polpa Branca é constituída basicamente de por tecido linfático, disposto em
nódulos ou folículos esplénicos (Corpúsculo de Malpighi).
A
Polpa Vermelha contém grande número de hemácias localizadas entre as trabéculas
(Cordões de Billroth), nos seios venosos.
Constituído
por lóbulos bem delimitados, e revestido por cápsula de Tec. Conjuntivo de onde
partem traves que subdividem o órgão em numerosos campos poligonais.
O
Lóbulo possui uma zona superficial (cortical) de coloração mais escura (maior
concentração de linfócitos), onde se localizam traves secundárias (interfoliculares);
e uma zona central (medular) de coloração mais clara (menor
concentração de linfócitos), contínua e que apresenta corpúsculos de forma
ovóide e constituição laminar (Corpúsculos de Hassal).
Estruturas
ovóides constituídas de tecido linfático localizado na membrana mucosa das
fauces (junção da orofaringe com a cavidade oral).
No
córion, revestido por Epitélio Pavimentoso Estratificado, surgem numerosos
folículos linfóides dispostos ao redor de criptas profundas e ramificadas.
Na
região profunda observa-se Tec. Conjuntivo Fibroso, tecido esse que origina
traves interfoliculares que separam os folículos. Abaixo encontram-se fibras
musculares estriadas.
2.1.5
Placa
de Peyer
Na
parede do Íleo ou ocasionalmente em outra parte do Intestino Delgado, existem
agregados de folículos linfóides. Cada conglomerado recebe o nome de Placa de
Peyer. São nódulos confluentes que se unem através de sua zona cortical.
Apresentam centro germinativo de cor mais clara, devido a presença de
linfócitos médios e grandes que possuem mais citoplasma que os linfócitos
pequenos.
No
local da placa, sempre há presença de epitélio com poucas vilosidades.
É
uma evaginação que parte do ceco. Apresenta as mesmas quatro túnicas do intestino
grosso (Mucosa, Sub-mucosa, Muscular e Serosa).
Normalmente
são vistos nódulos linfáticos com centro germinativo.
Agregados
de tecido linfático, localizados na mucosa do aparelho digestivo, do aparelho
respiratório e do aparelho urinário. Dentre eles estão as Tonsilas, as Placas
de Peyer, e o apêndice.
a)
Elementos
Figurados: eritrócitos – leucócitos – plaquetas.
- Eritrócitos:
glóbulos vermelhos responsáveis pelo transporte do oxigénio aos tecidos para a
produção de energia. Células lábeis com aproximadamente 120 dias de vida média
normal.
- Leucócitos:
células brancas responsáveis pela defesa imunológica e resposta
inflamatória celular a antígenos. Podem
ser subdivididos em 3 grandes grupos: granulócitos, linfócitos e monócitos de
acordo com a diferenciação e maturação celular. Cada um destes grupos possui
diferentes actuações, visando sempre a defesa do hospedeiro. Sendo assim :
1. Granulócitos:
são os polimorfonucleados (PMN), representados especialmente pelos mielócitos
(neutrófilos e segmentados). Estes executam a resposta inflamatória imediata,
fazendo fagocitose de antígenos, toxinas, etc., activando outras células inflamatórias por quimiotaxia , a cascata do complemento e
a liberação de substâncias vasoactivas que complementarão a resposta de defesa
humoral.
2. Linfócitos:
são divididos em linfócitos B (bursa dependentes) responsáveis em parte por produção
de globulinas auxiliando a resposta humoral e linfócitos T (timo dependentes)
produtores de linfocinas e geradores da resposta imune celular.
3. Monócitos:
são macrófagos mais especializados encontrados com a maior frequência na
resposta imune celular.
Assim,
toda doença da Medula Óssea implica doenças do sangue periférico.
b)
Plasma:
factores de coagulação. Origem: fígado.
Da
mesma maneira, toda doença hepática implica deficiência da coagulação.
-
Manifestações clínicas:
Decorrem da queda
do O2 tissular. Pode ser por falha na:
1. Captação de O2:
Tensão do O2
atmosférico
Função
pulmonar
Concentração
de Hb
Afinidade da
Hb pelo O2
2. Liberação de O2:
Débito
cardíaco
Afinidade da
Hb pelo O2
Concentração
de Hb
- Mecanismos
de defesa:
Somente após a
"derrota" destes mecanismos que aparecem os sintomas.
Aumento do débito cardíaco 3-4 vezes facilitado pela
queda da viscosidade;
Aumento do 2-3 difosfoglicerato (2.3 DPG) - faz com
que diminua a afinidade da Hb pelo O2,
portanto aumenta a liberação de O2 tissular.
Hipóxia renal - > aumento da Eritropoetina - >
estímulo para medula óssea
Diminuição do esforço físico (questiona-se ser um
mecanismo voluntário)
- Manifestações da anemia:. Variam conforme o grau de Hb:
A. 9 - 12 g %
anemia discreta
mecanismos compensadores - > ausência de
sintomas
exercícios intensos - > sintomas
palpitações - dispnéia - sudorese excessiva
B. 7 - 10 g %
anemia moderada
sintomas mais evidentes
fadiga fácil
sonolência (como mecanismo compensador para
poupar esforço)
C. 3 - 7 g %
anemia severa
astenia
hipotensão ortostática
insônia e cefaléia (por irritação das
células nervosas pela hipóxia)
anorexia
ICC
Tais sintomas
dependem também do tipo da anemia e da sua forma de instalação.
I-
Produção deficiente de hemácias:
A. Deficiência
de nutrientes essenciais
ferro
ác. fólico
vitamina B12
proteínas
B. Hipoplasia
eritroblástica
1. Anemias aplásticas
hereditárias
idiopáticas
induzidas
por agentes químicos e físicos
2. Hipoplasia eritroblástica pura:
timoma
agentes
químicos
antagonistas
ác. fólico
anticorpos
hereditários
C. Infiltração
Medula Óssea:
leucemias e linfomas
mieloma múltiplo
carcinomas e sarcomas
mielofibrose
D. Anemia Sideroblástica
E.
Endocrinopatias
F.
Insuficiência renal crônica (IRC)
G. Doenças
Inflamatórias Crônicas
H.
Hepatopatias
II-
Destruição excessiva de hemácias:
A. Fatores
Extracorpusculares
anticorpos
agentes físicos e químicos
traumatismo eritrocitário
B. Adquiridos
Hemoglobinúria paroxística noturna
III - Perda aguda de sangue
A. Anemia
pós-hemorrágica
- Hemograma
x índices normais:
VGM ou VCM =
(VG x 10)/ E ____90 + - 7 fL
HGM ou HCM =
(Hb x 10)/ E ____29 + - 2 pg
CHCM = (Hb x
100)/VG ________34 + - 2 g/dL
Nunca a HCM
passará a 1/3 do VCM, pois é o máximo que um eritrócito comporta
de Hb.
De
acordo com o exposto acima, podemos ver, em suma, que o sistema hemolinfopoiético
é constituído por vários que órgãos que desempenham funções indispensáveis no
nosso organismo, e a manutenção dos mesmos pode ser determinam para que se possa
evitar problemas clínicos tais como vários tipos de anemias, pancitopenias, policitemia,
coagulopatias, leucopenia e muitas outras
patologia resultantes do mau funcionamento este sistema.
COTRAN; KUMAR; COLLINS. Robbins Pathologic Basis of
Disease Sixth Edition. W.B. Saunders Company, 1999, USA.
ISSELBACHER, K. J. Harrisson´s principle of internal
medicine. 15th ed. N. York: McGrawHill Book Company, 2003.
LÓPEZ,
Mario; MEDEIROS, José Laurentys. Semiologia médica: as bases do diagnóstico
clínico. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1990. 1056 p.
WYNGAASRDEN,
J. B. e SMITH, L. H. Cecil textbook of medicine. 20th ed. Philadelphia: W. B. Saunders Company, 2004.
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