SUMÁRIO
A análise
SWOT é uma ferramenta de gestão bastante difundida no meio empresarial para o
estudo do ambiente interno e externo da empresa através da identificação e
análise dos pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças
às quais ela está exposta. Apesar de parecer simples, esse método se mostra
bastante eficaz na identificação dos factores que influenciam no funcionamento
da organização fornecendo informações bastante úteis no processo de planeamento
estratégico.
Diante do
cenário competitivo, percebe-se que ao fazer análise do ambiente e definir suas
estratégias empresarias a organização possivelmente estará à frente de seus
concorrentes, pois a mesma terá o conhecimento sobre seus pontos fortes, pontos
fracos, oportunidades e ameaças utilizando a ferramenta de análise SWOT,
juntamente com sua missão que permite à organização definir melhor suas
estratégias. (DIAS, 2003).
A análise de
SWOT é uma das ferramentas estratégicas mais utilizadas pelas empresas, a mesma
consiste em analisar factores internos e externos da empresa. Com a grande
competitividade do mercado as organizações devem sempre buscar métodos para se
sobressair no mercado em meio a tanta concorrência e dessa forma alcançar o tão
almejado sucesso empresarial.
A análise SWOT é uma
ferramenta desenvolvida para análise de ambiente, a mesma serve para a gestão e
planeamento da organização que auxilia a posição estratégica da empresa dentro
do ambiente necessário.
A análise de ambiente é
dividida em duas partes: Ambiente Interno (Forças e Fraquezas) e Ambiente
Externo (Oportunidades e Ameaças).
O ambiente interno é de suma
importância para que a organização conheça suas forças (são vantagens internas
da organização em relação aos concorrentes) e suas fraquezas (são as
desvantagens internas da organização em relação aos concorrentes). (OLIVEIRA,
PEREZ, SILVA, 2005).
Ainda conforme Oliveira;
Perez; Silva (2005, p. 44):
“A análise
do ambiente interno é uma das mais delicadas do processo de planeamento, à
medida que demanda uma avaliação crítica das políticas e procedimentos estabelecidos
há muito tempo dentro da empresa”.
Já o ambiente externo permite
que a organização possa conhecer e monitorar suas oportunidades (pontos
positivos da organização que auxilia para o crescimento da vantagem
competitiva) e suas ameaças (pontos negativos da organização que auxilia para a
compreensão da vantagem competitiva).
A organização que utiliza essa
análise consegue ter uma ampla visão do seu ambiente externo e interno e dessa
forma pode potencializar seu desempenho para atender melhor as necessidades do
mercado.
Segundo Ferrell; Hartline
(2009, p.130) “um dos maiores benefícios da análise SWOT é que ela gera
informações e perspectiva que podem ser compartilhadas entre as diversas áreas
funcionais da empresa”.
A análise SWOT é importante
para qualquer organização com relação a conhecer o potencial e as ameaças que
estão dentro e fora do ambiente da organização. Esta análise é de suma
importância no planeamento da empresa auxiliando e colaborando com as decisões
a serem tomada pelas organizações. (KOTLER; KELLER, 2007).
A análise externa permite a
identificação do que pode constituir constrangimento (ameaça) à implementação
de determinada estratégia e o que pode constituir um apoio (oportunidade) para
alcançar os objectivos delineados para a organização.
Para Bethlem (2009) o ambiente
externo exerce muita influência no desempenho da empresa. Desta forma, a
empresa precisa realizar uma análise das ameaças e oportunidades, que só é
possível a partir de um conhecimento prévio do ambiente em que ela actua ou
deseja actuar.
Qualquer análise das ameaças e
oportunidades com que uma empresa depara deve começar com um entendimento do
ambiente externo em que ela actua. O ambiente externo consiste de tendências
amplas, no contexto em que uma empresa opera, que podem ter impacto nas
escolhas estratégicas dessa empresa. [...] “o ambiente externo consiste em
alguns elementos inter-relacionados: mudanças tecnológicas, naturais, sociocultural,
clima económico e político”, conforme afirmam Barney e Hesterly (2009, p. 28).
O conhecimento desses
elementos e factores constituintes do ambiente externo possibilita à empresa
encarar melhor suas ameaças e aproveitar melhor suas oportunidades, auxiliando
os dirigentes da empresa na elaboração de previsões que ajudem a tornar esses
elementos mais favoráveis à estratégia da empresa ou a reduzir seus impactos
(BARNEY; HESTERLY, 2009).
O ambiente cultural tem
influência devido aos valores, as percepções, as preferências e os
comportamentos básicos da sociedade. A sociedade molda as crenças e os valores
básicos das pessoas e sua visão de mundo definirá seu relacionamento com os
outros. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007).
Segundo Kotler (2005) as pessoas
absorvem inconscientemente a visão do mundo que define no seu relacionamento
consigo mesmas, com outras pessoas, com organizações e com a sociedade. A
característica cultural que também é de interesse para as organizações são as
persistências dos valores culturais centrais, existência de subculturas e
mudança dos valores culturais secundários ao logo do tempo.
De acordo com Las Casas (2010)
o comportamento da sociedade adquire mudanças de acordo com suas crenças e
valores culturais. Os produtos adquiridos pelos consumidores têm influência em
relação aos períodos que ocorrem os desejos, pois o mesmo varia de acordo com
as mudanças de valores.
“O ambiente económico consiste
em factores que afectam o poder de compra e o padrão de gastos das pessoas. Os
países variam muito em relação ao nível e a distribuição de renda”. (KOTLER;
ARMISTRONG, 2007, p. 66).
De acordo com Kotler (2005) o
poder de compra depende directamente da renda, dos preços, da poupança, do
endividamento e da disponibilidade de crédito, logo as organizações devem
sempre estar atentas à renda e as tendências dos padrões de consumo.
As condições económicas de um
país são de extrema importância para as empresas que visam à obtenção de lucro.
As condições do mercado, inclusive o volume de compras dos consumidores, os
preços dos insumos, os impostos, as despesas legais e fiscais tem grande
influência nas condições económicas. (BETHLEM, 2004).
A administração deve levar em
consideração certos aspectos económicos como inflação, taxas de juros e
desemprego para tomar decisões.
Actualmente, existem
oscilações económicas que influenciam directamente no desempenho das
organizações, pois os hábitos de consumo mudam de acordo com o rendimento dos
consumidores, apresentando assim, reflexos que afectam a economia das
organizações.
A análise do ambiente
tecnológico é importante para as organizações, pois a mesma possibilita que a
empresa trabalhe com diversas ferramentas tecnológicas que colaboram com o processo
de tomada de decisões e actividades empresariais. (KOTLER, ARMISTRONG, 2007).
A tecnologia está cada vez
mais presente nas organizações, pois a mesma está em constante evolução. É de
extrema importância que as empresas estejam atentas às mudanças tecnológicas
para buscarem as melhores ferramentas que se adequam às suas necessidades
perante o mercado.
O ambiente tecnológico talvez
constitua a força mais drástica que molda o destino das pessoas. A tecnologia
gerou maravilhas como antibióticos, as cirurgias feitas por robôs, os produtos electrónicos
miniaturizados, os laptops e a Internet. Também gerou horrores como os mísseis
nucleares, as armas químicas e os rifles usados em assaltos. Gerou ainda
benefícios duvidosos, como o automóvel, a televisão e o cartão de crédito.
(KOTLER; ARMISTRONG, 2007).
A informação é importante para
que haja o desenvolvimento tecnológico, possibilitando assim, que a empresa
possa trabalhar em mercados onde os produtos e processos são passíveis de
alterações, decorrentes de diversas mudanças tecnológicas. (BETHLEM, 2004).
Segundo Las Casas (2010) o maior impacto ocasionado nas estratégias
empresariais foi a tecnologia.
As mudanças tecnológicas têm
se tornado uma evolução constante que afectam directamente na administração
moderna. As mudanças que tem apresentado maior revolução no mundo moderno foram
as telecomunicações e a Internet.
A identificação dos pontos
fortes e dos pontos fracos é particularmente importante para que a empresa
rentabilize o que tem de positivo e reduza (através da aplicação dum plano de
melhoria) os seus pontos fracos.
Simultaneamente à análise do
ambiente externo deve ocorrer a análise do ambiente interno, que tem como objectivo
a identificação dos pontos fortes e fracos da organização (MAXIMIANO, 2008).
Segundo Kotler e Keller (2007,
p. 51) “uma coisa é perceber oportunidades atraentes, outra é ter capacidade de
tirar o melhor proveito delas.” Assim, as organizações devem aproveitar não só
as oportunidades para as quais dispõem de recursos, mas também as oportunidades
que exigirão um maior desenvolvimento de suas forças e uma maior união de sua
equipe.
Para isso, a empresa pode
realizar uma análise de suas principais áreas: marketing, finanças, produção,
pessoas, entre outras, e verificar sua estrutura organizacional e suas
políticas internas, considerados aspectos organizacionais relevantes, além de
realizar um estudo de seu desempenho (MAXIMIANO, 2008).
Depois dessas análises das
áreas funcionais da empresa, vem a análise dos aspectos organizacionais. A
estrutura organizacional deve estar de acordo com as exigências do mercado,
atender as necessidades da organização e promover a eficiência, e as políticas
internas devem ser compatíveis, pertinentes à organização e actualizadas
(OLIVEIRA; SILVA, 2006).
Kotler e Keller (2007) ainda
citam alguns factores internos da empresa que devem ser verificados ao se
realizar uma análise de forças e fraquezas. Entre eles, estão a reputação da
empresa, a eficiência na determinação do preço, a cobertura geográfica, a
estabilidade financeira, as instalações, a capacidade de produção e a
liderança. Ao término das análises dos ambientes externo e interno, terá sido
concluída a Análise SWOT.
Actualmente o termo estratégia
tem se tornado um assunto muito utilizado pelas organizações, sendo a mesma
realizada de diversas maneiras pelos gestores da organização que define e
implanta as estratégias nas empresas. (FERNANDES et al., 2013).
“Ao implementar uma
estratégia, o acompanhamento de todas as suas fases, pelos diversos executivos
da empresa, é de fundamental importância para os resultados que se pretende
alcançar”. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2005, p. 50).
A estratégia em relação ao
ambiente corporativo da empresa é a determinação de metas e objectivos que
devem ser alcançados pela organização, também é a adopção das linhas de acção e
aplicação necessária para que as metas sejam alcançadas. (OLIVEIRA; PEREZ;
SILVA, 2005).
Ainda de acordo com Oliveira;
Perez; Silva (2005) estratégia é uma actividade que deve estar envolvida no
processo decisório das organizações, possibilitando um amplo conhecimento dos
negócios e a verificação das tendências do mercado.
Os objectivos da estratégia
empresarial é avaliar as forças e fraquezas, saber os limites da organização,
saber atacar os concorrentes no momento certo, recuar quando for necessário,
buscar condições favoráveis à empresa e realizar parcerias com demais
organizações. (DIAS, 2003).
Com a alta competitividade e
clientes mais exigentes, as empresas passam analisar melhor os ambientes
competitivos na escolha de suas estratégias, a fim de se manter no mercado e
consequentemente obter melhores resultados frente a concorrência. Algumas
estratégias são, joint venture,
franquias, licenciamento, aquisição, entre outros. (GUETTA, et al, 2013).
Os resultados de uma
organização dependem muito da estratégia utilizada por ela. Ao contrário da
natureza, as organizações podem utilizar a imaginação e a capacidade de
raciocínio lógico de seus estrategistas para se diferenciarem das demais. A
estratégia é a responsável pela geração de vantagens competitivas, e deve ser
estruturada a partir de uma análise completa dos seus ambientes externo e
interno (BARNEY; HESTERLY, 2009).
A análise de SWOT, ou seja,
interna e externa deve ocorrer de forma simultânea. O objectivo dessas análises
é identificar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo à
empresa e quais as forças e fraquezas da empresa, para com isso estabelecer
quais pontos poderão ser transformados pela organização em vantagem competitiva
e quais pontos precisam ser melhorados para diminuir suas fraquezas (BARNEY;
HESTERLY, 2009).
A análise de SWOT é uma
ferramenta de gestão bastante difundida no meio empresarial para o estudo do
ambiente interno e externo da empresa através da identificação e análise dos
pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças às quais
ela está exposta. Apesar de parecer simples, esse método se mostra bastante
eficaz na identificação dos factores que influenciam no funcionamento da
organização fornecendo informações bastante úteis no processo de criação e
escolha das estratégias empresariais.
O ambiente externo é composto
por factores que existem fora dos limites da organização, mas que de alguma
forma exercem influência sobre ela. Este é um ambiente sobre o qual não há
controlo, mas que deve ser monitorado continuamente, pois constitui base
fundamental para a criação do planeamento estratégico. (BARNEY; HESTERLY,
2009).
Desta forma, através deste
acompanhamento será possível identificar em tempo hábil as oportunidades e as
ameaças que se apresentam, pois considerando que os factores externos
influenciam de forma homogénea todas as empresas que actuam em um mesmo
mercado-alvo, só aquelas que conseguirem identificar as mudanças e tiverem
agilidade para se adaptar é que conseguirão tirar melhor proveito das
oportunidades e que menos danos sofrerão com as ameaças. (BARNEY; HESTERLY,
2009).
Após realizar a escolha
estratégica da entrada no mercado, a empresa tem condições de escolher qual
estratégia utilizar para conquistar no mercado consumidor, através das
informações e análise do ambiente interno.
Com a análise eficaz dos
ambientes, a empresa consegue trazer excelentes resultados para empresa. A
chave do sucesso da empresa é a habilidade de alta administração em identificar
as principais necessidades de cada um desses factores ambientais, estabelecer
algum equilíbrio entre eles e actuar com um conjunto de estratégias que
permitam usufruir desses factores.
Não é preciso destacar que o actual
ambiente de negócios no qual as empresas estão inseridas é marcado pela grande
competição, pela constante busca por diminuição dos custos, além de melhorias
de produtividade e foco em resultado. Isso faz com que as empresas busquem
maiores informações para garantir seu retorno de investimento.
Além disso, percebe-se também,
de forma clara e latente que num ambiente cada vez mais acirrado, as empresas
mais frágeis não resistirão por muito tempo, pois as empresas mais competitivas
estão continuamente desenvolvendo e aperfeiçoando novas capacidades e vantagens
competitivas. (PORTER, 2004).
Actualmente as empresas estão
inseridas em um cenário altamente competitivo em relação ao mundo dos negócios,
onde sua influência está relacionada a diversos fenómenos como: económicos,
tecnológicos, sociocultural, político, natural e concorrencial, assim como os
factores internos. Todos influenciam directamente nos negócios, sendo de
fundamental importância para a elaboração da gestão estratégica.
Analisando os diversos
aspectos ambientais, pode-se observar que as mudanças ocorrem rapidamente e,
sendo assim, as organizações para definir as estratégias empresariais que serão
aplicadas à organização, deve perceber as tendências e visualizar as mudanças
que influencia directamente no processo decisório da empresa, pois a análise do
ambiente é essencial para que a empresa possa buscar excelência em seus
resultados, bem como sua sobrevivência perante o mercado.
As empresas ao analisarem o
ambiente externo, conseguem informações suficientes, para traçar o mercado
futuro e assim auxilia na escolha da melhor estratégia a ser utilizada para
entrar no mercado e para conquistar os consumidores alvos. Sendo assim, pode-se
afirmar que o objectivo desse trabalho foi atingido, pois, percebe-se a
importância da análise de SWOT na escolha das estratégias empresariais na busca
de maior competitividade organizacional.
Em suma, combinando a matriz
SWOT, podemos:
─
Tirar o máximo partido dos pontos fortes para
aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas (SO);
─
Tirar o máximo partido dos pontos fortes para
minimizadas efeitos das ameaças detectadas (ST);
─
Desenvolver as estratégias que minimizem os
efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as
oportunidades emergentes (WO);
─
As estratégias a desenvolver devem minimizar ou
ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face ameaças (WT).
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S.
Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.
BETHLEM, A. Estratégia
empresarial: conceitos, processo e administração estratégica. 6 ed. São Paulo:
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DIAS, S. R. (Coord). Gestão de
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GUETTA, A. et al. Franchising:
Aprenda com os especialistas. Bilíngue. Rio de Janeiro: ABF-Rio, 2013.
KOTLER, P.; e KELLER, K. L.
Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2007.
LAS CASAS. A. L. Administração
de marketing: conceitos, planejamentos e aplicações à realidade brasileira. São
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MAXIMIANO, A. C. A. Teoria
geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São
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OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JR., J.
H.; SILVA, C. A. S. Controladoria Estratégica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PORTER, M. E. Estratégia
Competitiva: técnicas para análise de indústria e da concorrência. Tradução de
Elizabeth Maria de Pinho Braga. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
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