INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
SEMIOTÉCNICA
SISTEMA CARDIOVASCULAR
LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
SEMIOTÉCNICA
SISTEMA CARDIOVASCULAR
INTEGRANTES:
─
Albertina Massi Massimuanga
─
Glória Vemba Catuti
─
Mariana Júlia M. Zunza
─
Sabalo Manuel João
─
Suzana Domingos Fuafua
Trabalho
de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de Semiotécnica
como requisito parcial para obtenção de notas.
Orientadora: Guilhermina
Guilherme
LUANDA
2016
SUMÁRIO
O sistema cardiovascular ou
circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue,
impulsionado pelas contracções rítmicas do coração.
O coração e os vasos sanguíneos
foram desenvolvidos especialmente para fornecer um rápido transporte de O2,
nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas…), drogas, e água
para os tecidos e providenciar a remoção de produtos do metabolismo celular, CO2,
ureia e creatina. Além disso, o sistema cardiovascular faz parte de um sistema
de controlo que não somente distribui hormónios que vão regular a função de
diferentes tecidos, como também secreta hormónios (por ex. peptídeo
natriurético atrial). O sistema cardiovascular desempenha ainda um papel vital
na regulação da temperatura corporal. No processo de evolução os mamíferos se
tornaram altamente dependentes do sistema circulatório para todas essas funções
e qualquer interrupção em qualquer ponto do sistema pode produzir sérias consequências
para o organismo.
O sistema cardiovascular ou
circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue,
impulsionado pelas contracções rítmicas do coração.
Os principais componentes do
sistema circulatório são: coração, vasos sanguíneos, sangue, vasos linfáticos e
linfa.
O sistema circulatório permite
que algumas actividades sejam executadas com grande eficiência:
Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigénio
e pela eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do
corpo por meio do sangue.
Transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes
resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue.
Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são levados aos
tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha
as células.
Transporte de resíduos metabólicos: a actividade metabólica das
células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los
para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até
os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.
Transporte de hormónios: hormónios são substâncias secretadas por
certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento
de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo
duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus
efeitos é estimular a contracção da vesícula biliar e a liberação da bile no
duodeno.
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Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou
armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do
fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogénio, que, ao serem
quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.
Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogénea
de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma
temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a
superfície corporal, onde pode ser dissipado.
Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam
anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes
infecciosos.
Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de
um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sanguínea.
O sangue contém ainda factores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos
em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.
Assim, o sistema
cardiovascular compõe-se das seguintes estruturas:
a) Coração;
b) Vasos
arteriais (sistema vascular arterial);
c) Sistema
tubular trocador (microcirculação);
d) Vasos
venosos (sistema vascular venoso);
e) Vasos
linfáticos (sistema vascular linfático).
Os vasos sanguíneos constituem
uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o
corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos
capilares.
Artérias: as artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde
passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do
corpo. A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular
bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e
relaxem a cada batimento cardíaco.
As artérias se ramificam pelo
corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez
se ramificam ainda mais formando os capilares.
Veias: As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam
o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é
mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento.
Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu
retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue
se desloque sempre em direcção ao coração.
Importante destacar que a
maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta
o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbónico. As veias pulmonares
transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Vasos Capilares: Os vasos capilares são ramificações microscópicas
de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular, formando uma rede
de comunicação entre as artérias e as veias.
Suas paredes são constituídas
por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias
(nutrientes, oxigénio, gás carbónico) do sangue para as células e vice-versa.
O coração é um órgão oco,
aproximadamente esférico, constituído de paredes musculares que delimitam
quatro cavidades:
─
Os átrios direito e esquerdo e os ventrículos
direito e esquerdo. O átrio direito e o ventrículo direito constituem o coração
direito, ou lado direito do órgão, e o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo
integram o coração esquerdo, ou lado esquerdo do órgão.
O coração tem o tamanho da mão
fechada e pesa cerca de 300 à 400g.
─
Camadas da Parede Cardíaca:
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele
restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente
liberdade de movimentação para contracções vigorosas e rápidas. O pericárdio
consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
O pericárdio fibroso
superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico.
Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.
O pericárdio seroso, mais
profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada,
circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso
está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do
pericárdio seroso, também chamado epicárdio, adere fortemente à superfície do
coração.
Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de
tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o
revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio
seroso.
Miocárdio: é a camada média e
a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo
de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione
sangue, ou o force para o interior dos vasos sanguíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada
de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido
conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente
sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o
revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração.
O profissional não poderá
avaliar a função cardíaca sem antes examinar a integridade do sistema vascular.
Os dois sistemas funcionam conjuntamente para enviar o sangue aos diversos
órgãos, tecidos e células do corpo. Uma alteração na função cardíaca
manifesta-se por alterações ocorridas no sistema vascular periférico. O profissional
devera avaliar também os factores de risco associado a doença cardíaca
incluindo fumo, consumo de álcool, desnutrição e padrões de exercício físico
O profissional poderá iniciar
o exame pela região cardíaca e depois examinar o sistema vascular periférico,
ou vice-versa. De qualquer modo, o método escolhido devera ser organizado.
Quando se realiza um exame completo, é mais fácil ir de uma avaliação do tórax
para o coração. O paciente deverá estar em uma posição confortável, com o tórax
devidamente exposto para o exame.
A avaliação das funções
cardíacas é realizada pela região anterior do tórax, o examinador elabora
mentalmente a imagem da localização exacta do coração. No adulto, o órgão está
localizado no centro do tórax (precordial), atrás e à esquerda do esterno, com
uma pequena parte do átrio direito estendendo-se à direita do esterno. A base
do coração é a porção superior e o ápice é a ponta inferior. A superfície do
ventrículo direito compreende a maior parte da superfície anterior do órgão.
Uma parte do ventrículo
esquerdo forma o lado esquerdo anterior do ápice. O ápice do coração realmente
toca a parede anterior do tórax, aproximadamente na altura do quarto para o
quinto espaço intercostal, ao longo da linha hemiclavicular, conhecido como o
ictus cordis (choque da ponta).
Para a melhor compreensão o
profissional precisa conhecer a sincronia em relação do ciclo cardíaco. O
coração em condições normais, bombeia o sangue através dessas quatro câmaras.
Durante o fluxo sanguíneo em
cada câmara alguns eventos ocorrem: válvulas abrem e fecham, as pressões
internas das câmaras aumentam e diminuem, as câmaras se contraem. Cada evento
cria sinal fisiológico perfeitamente detectável pelo examinador.
O exame deve ser iniciado com o paciente tendo
a parte superior do corpo levemente elevada, pois pacientes com doenças
cardíacas frequentemente sofrem de falta de ar se ficarem deitados em posição
horizontal. O examinador se posiciona em pé, ao lado direito do paciente, que
deve se abster de falar, especialmente durante a auscultação das bulhas
cardíacas.
Estes dois métodos são
aplicados simultaneamente. O ângulo de Louis se localiza entre o manúbrio e o
corpo do esterno, pode ser percebido como uma protuberância no esterno. O profissional
poderá correr os dedos para baixo em cada lado desse ângulo até sentir o
segundo espaço intercostal. O segundo espaço intercostal no lado direito do
corpo do paciente, o foco aórtico, o mesmo espaço do lado esquerdo e o foco
pulmonar. A palpação profunda é necessária na percepção desses espaços em
pacientes obesos ou naquele que apresentem os músculos peitorais muito
desenvolvidos. Utiliza-se a palma da mão para a palpação das vibrações. As pulsações
são percebidas de modo mais eficiente com as pontas dos dedos. Ao se palpar uma
vibração ou pulsação esta ocorrência deve ser avaliada em relação a sístole ao diástole
através da auscultação das bulhas cardíacas.
Este método é raramente
utilizado durante a avaliação de um coração adulto. Os estudos de raios X do
tórax são muito mais eficientes na determinação do tamanho do coração. Nas
crianças, a percussão pode detectar mais facilmente os limites dos órgão,
devido a proximidade do mesmo em relação a parede torácica.
A auscultação cardíaca é
executada para detectar as bulhas cardíacas normais, os sons extra cardíacos e
os sopros. Ao dar inicio ao exame de um paciente, o profissional deverá
explicar-lhe o procedimento a ser seguido, para diminuir a ansiedade do mesmo.
Em paciente do sexo feminino será necessário erguer a mama esquerda para
melhorar a audição da parede torácica.
O objectivo do profissional é
de identificar a primeira e segunda bulhas cardíacas. (B1 e B2 ).
Após ter avaliado a frequência
e ritmo cardíacos, o profissional deverá dar especial atenção a natureza das
bulhas cardíacas, através da comparação de B1 e B2. A intensidade, timbre e
duração devem ser observados e os resultados normais são:
─
Foco aórtico: B2 a mais intensa possível, mais
alta que B1.
─
Foco pulmonar: B2 mais intensa que B1.
─
Foco tricúspide: B2 mais suave que B1.
─
Foco mitral: B2 mais suave que B1.
Qualquer falha do coração
quanto ao ritmo de batimento em intervalos sucessivos e regulares constitui uma
arritmia. O profissional poderá avaliar o deficit de pulso por meio de um dos
procedimentos a seguir: (1) mede-se um pulso radial por 1 minuto e
imediatamente depois verifica-se o pulso ictal, pelo mesmo período. Comparam-se
os dados. (2) Um colega poderá avaliar o pulso ictal enquanto o examinador simultaneamente
avalia o pulso radial do paciente. Qualquer diferença nas frequências devera
ser comunicada ao médico imediatamente.
Sopros são ruídos com
características acústicas semelhantes aos ruídos de um fole provocados por
alterações no fluxo sanguíneo através do coração ou por anormalidade no
fechamento das válvulas. Os sopros podem indicar uma dificuldade do coração em
bombear o sangue de modo eficiente. Sopros são relativamente comuns em
crianças.
Bastante comuns em nossa
sociedade, as Doenças Cardiovasculares estão entre as que mais matam em todo o
mundo. Problemas desse tipo afectam o coração e as artérias do organismo e
provocam também as arritmias, enfarto do miocárdio agudo, isquemias e anginas.
O principal causador de todos os problemas cardiovasculares é o acúmulo de
placas de gordura nas artérias, portanto a vida sedentária pode ser o maior
factor de risco para a doença. O acúmulo de gordura no sangue e nas artérias
prejudicam o entupimento das artérias da circulação sanguínea e é bastante
grave.
O sangue bombeado pelo coração
é responsável por levar oxigénio aos praticamente todos os órgãos do corpo e
quando as artérias entopem esse processo sofre grandes alterações.
Os principais sintomas das
Doenças Cardiovasculares são bastante comuns em todas em doenças que tinge o
coração e a circulação sanguínea. Falta de ar, tanto no repouso quanto no
esforço físico, dor no peito e sensação de pressão na região do tórax, cansaço,
fadiga, desmaios repentinos, palpitações ou taquicardias, tosse seca, pressão
alta, tonturas, visão turva ou embaçada, inchaço nos membros inferiores e
impotência sexual são os principais sinais de que paciente pode estar sofrendo
com alguma doença desse tipo.
Os diagnósticos para as
Doenças Cardiovasculares são feitos sempre com acompanhamento médico, feitura
de exames laboratoriais, análise dos sintomas e histórico familiar de cada
paciente. Análises laboratoriais e estudos de imagens são essenciais no
diagnóstico seguro desse tipo de doença.
Análises de colectas
sanguíneas, electrocardiograma, ecocardiografia, angiografia coronária,
cateterismo, teste de esforço físico, raio X da caixa torácica e até mesmo
tomografia computadorizada são alguns dos exames que auxiliam na detecção dos
problemas no coração.
Podemos concluir, em
conformidade com a matéria apresentada, que a função básica do sistema
cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigénio às células. O sistema
circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído
por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como
função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.
O sistema cardiovascular
consiste no sangue, no coração e nos vasos sanguíneos. Para que o sangue possa
atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser,
constantemente, propelido ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba
que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilómetros de vasos
sanguíneos.
B. Anne. E.LESSAK Anne, LIBRO
DE LABORATORIO DE ANATOMIA Y FISIOLOGIA. 1edición Edit. Paidribo. Barcelona. 2002
GERARD J.Tortora;
ANAAGNOSTAKOS. Nicholas. PRINCIPIOS DE ANATOMIA
Y FISIOLOGIA; Quinta edición; Edit. Harla S.A. Mexico D.F.1989
MELO. Vladimir; Enciclopedia
Temática Ilustrada, LA AVENTURA DEL CONOCIMIENTO, Sistema Circulatorio; Edit.
Norma.
VELEZ. Hernan et al.. FUNDAMENTOS
DE MEDICINA; 3 edición; Corporación para investigaciones biológicas. Medellin, Colombia.
1989
VILLE. Claude A. BIOLOGIA; 7
edición; Edit. Graw Hill Interamericana de Mexico D.F. 1990