INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
BIOESTATÍSTICA
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA BIOESTATÍSTICA
HENRIQUES PEDRO SERAFIM
LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
BIOESTATÍSTICA
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA BIOESTATÍSTICA
HENRIQUES PEDRO SERAFIM
Trabalho
de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de Bioestatística
como requisito parcial para obtenção de notas.
Orientadora: Arlindo de
Almeida
LUANDA
2016
SUMÁRIO
O que é
estatística? E a Bioestatística? Considerando o conceito de que a Ciência é o
aprendizado adquirido por meio da experimentação e dos dados observados,
segundo o qual a procura das causas, das leis, traduz-se num processo iterativo
de observação do real, da realização de experimentos confirmatórios e da
avaliação quantitativa dos fenómenos em estudo, o paradigma da Estatística, em
particular a Estatística Aplicada às Ciências Biológicas – Bioestatística,
consiste em construir o conjunto unificado de métodos e técnicas de
planejamento e análise de dados experimentais e observacionais.
A Estatística
constitui-se em uma ciência destinada a:
1.
Decidir o melhor plano (experimental ou
observacional) para a execução de uma pesquisa – metodologia científica.
2.
Organizar e resumir dados de contagem,
mensuração e classificação – raciocínio dedutivo.
3.
Inferir sobre populações de unidades
(indivíduos, animais, objetos) quando uma parte (amostra) é considerada – raciocínio indutivo.
A doutrina
sobre o chegar a termo do tempo e da história da estatística matemática
(escatologia) é tão complicada como a de qualquer religião, ou mais. Além
disso, as conclusões da estatística matemática não são apenas verdadeiras,
como, ao contrário das verdades da religião, podem ser provadas.
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Os métodos da
estatística matemática são universais (ubíquos), e o estatístico, assim como o
especialista em modelagem matemática, é capaz de colaborar em, praticamente,
qualquer área de conhecimento e atividade profissional.
Uma igualdade
que pode sintetizar as considerações descritas anteriormente pode ser expressa
como:
ESTATÍSTICA = CIÊNCIA + TECNOLOGIA + ARTE
É a
metodologia estatística aplicada às ciências biológicas, com a finalidade planejar,
coletar, organizar, resumir, analisar e interpretar os dados, permitindo tirar
conclusões biológicas sobre populações a partir do estudo de amostras.
Em 1829,
Pierre Charles Alexandre Louis (1787-1872), afirmou: “Eu sei que a verdade está
nos fatos e não na mente que os julga, e quanto menos eu introduzir da minha
opinião nas conclusões, mais próximo estarei da verdade” (Louis é considerado o
pai da bioestatística).
Considera-se
que o olho humano é capaz de enxergar padrões em números puramente aleatórios,
até que ponto um padrão aparente realmente significa alguma coisa?
John W. Tukey
(1915-2000), nascido em New Bedford, Massachusetts afirmou: “É melhor ter uma
resposta aproximada à pergunta certa do que ter a resposta exata à pergunta
errada”.
No séc. XVIII
Lambert Quetelet (1796‐1874) introduziu a Estatística em áreas como:
·
Meteorologia;
·
Antropometria;
·
Ciências Sociais;
·
Economia;
·
Biologia.
Francis
Galton (1822‐1911),
apresenta noções de regressão e correlação;
Karl Pearson
(1857‐1936) apresenta a mais bela e acabada teoria
de Estatística, ficando também conhecido pelos seus coeficientes;
Fisher e os
seus trabalhos sobre inferência Estatística deram também um grande contributo
ao desenvolvimento da Estatística.
Em 1943, dá‐se uma grande reviravolta, uma vez que o
tratamento de dados deixa de ser feito manualmente e passa a ser computadorizado.
A força da
estatística aplicada às diversas áreas do conhecimento está em sua capacidade
de persuadir os pesquisadores a formular perguntas; de considerar se estas
questões podem ser respondidas com as ferramentas disponíveis para o experimentador;
de ajudá-lo a estabelecer hipóteses (nulas – H0) adequadas; de
aplicar rígidas disciplinas de planejamento aos experimentos.
De mesma
forma, podem-se expressar os sentimentos descritos na igualdade:
BIOESTATÍSTICA
= VIDA + ESTATÍSTICA
Quando se
estuda uma variável biológica, o maior interesse do pesquisador é conhecer o
comportamento dessa variável, analisando a ocorrência de suas possíveis
realizações.
O resultado
de medições de variáveis biológicas encontra-se, geralmente, dentro de
intervalos determinados e bem definidos, mas não sujeitos à repetição exata.
Uma variável biológica pode ser entendida como uma classificação, uma
qualidade, ou como medida quantificada por magnitude, intensidade, traço, entre
outras designações que varia tanto intra como inter indivíduos.
O estudo de
bioestatística compreende o planejamento e a análise estatística (estatística
descritiva e inferencial), mas voltado às informações biológicas contidas nas
variáveis em consideração, transformadas em dados coletados para a operacionalização
dos métodos estatísticos.
Com base no
exposto, posso concluir que a bioestatística é a aplicação de estatística ao
campo biológico e médico. Ela é essencial ao planejamento, coleta, avaliação e
interpretação de todos os dados obtidos em pesquisa na área biológica e médica.
É fundamental à epidemiologia, à ecologia, à psicologia social e à medicina
baseada em evidência.
BANCROFT, H.
Introdución a la Bioestatística. Eudeba, Buenos Aires, 1960.
PADOVANI,
Carlos Roberto. Bioestatística, Cultura Acadêmica: Universidade Estadual Paulista,
Pró-Reitoria de Graduação, 2012.
SNEDECOR, GW.
& Cochran, WG. Métodos estatísticos. Compañia Editorial Continental S.A .,
México, 1971.
VIEIRA, S.
Introdução à Bioestatística. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1981.
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