INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
TERAPÊUTICA II
ANTIBIÓTICOS DE ACÇÃO CONTRA BACTÉRIAS ANAERÓBICAS
LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
TERAPÊUTICA II
ANTIBIÓTICOS DE ACÇÃO CONTRA BACTÉRIAS ANAERÓBICAS
INTEGRANTES
─
Albertina Massi Massimuanga
─
Frederico Costa
─
Leandro Teixeira Paulo
─
Mariana Júlia M. Zunza
─
Orlando Estêvão André Panzo
─
Sabalo Manuel João
─
Suzana Domingos Fuafua
Trabalho
de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de terapêutica
II como requisito parcial para obtenção de notas.
Orientadora: Kianguebeni
Ester António
LUANDA
2016
SUMÁRIO
Antibióticos
são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar
a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas,
quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando promovem a inibição
do crescimento microbiano. Ora, no presente trabalho será estudado os Antibióticos
de Acção Contra Bactérias Anaeróbicas, tais como a Penicilina, Cefalosporinas,
Tetraciclinas e Nitroimidazólicos.
As bactérias são pequenos
organismos existentes na Terra há milhares de anos tendo um tamanho reduzido
podendo ser vistas apenas com o uso do microscópio mas que neste caso tem a
característica da anaerobiose.
Isto significa que estas
bactérias podem crescer e se manter quando em ambientes que não possuam oxigénio
sendo que a presença deste tipo de gás pode causar até mesmo a morte deste tipo
de bactéria.
Nesta situação específica
existem 3 modalidades de bactérias anaeróbicas sendo as primeiras chamadas de
obrigatórias em sua anaerobiose porque quando em presença de oxigénio são prejudicadas
e podem até mesmo morrer.
Existem ainda as bactérias que
são aerotolerante as quais toleram a presença de oxigénio no ambiente mas que
não utilizam o mesmo para a realização de seu crescimento e actividades
orgânicas em geral.
A outra modalidade são das bactérias
anaeróbicas facultativas que podem crescer tanto com o oxigénio como em sua
falta sem a existência de problemas com a convivência junto deste elemento
químico da natureza.
Para os organismos anaeróbios
os quais não utilizam, na maioria das vezes, o oxigénio a sua obtenção de
energia ocorre por meio da chamada respiração anaeróbia que tem como principal
processo a fermentação que pode ser láctica ou alcoólica e que não tem oxigénio
em sua efectuação.
As bactérias anaeróbias que
provocam doenças incluem os clostrídios (que vivem no pó, na terra, na
vegetação e no tracto intestinal do homem e dos animais) e os peptococos e
peptoestreptococos, que constituem parte da população bacteriana normal (flora)
da boca, das vias respiratórias superiores e do intestino grosso. Outras
bactérias anaeróbias incluem o Bacteroides fragilis, que faz
parte da flora normal do intestino grosso, e a Prevotella
melaninogenica e oFusobacterium, que fazem parte da flora
normal da boca.
As infecções causadas por
bactérias anaeróbicas consistem em abcessos dentários, infecções do maxilar,
periodontite, sinusite crónica, otite média e abcessos no cérebro, na espinal
medula, nos pulmões, na cavidade abdominal, no fígado, no útero, nos órgãos
genitais, na pele e nos vasos sanguíneos.
Antibiótico é qualquer remédio
capaz de combater uma infecção causada por microrganismos que causam infecções
a outro organismo. Não destroem vírus.
O termo antibiótico tem sido
utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias,
embora possa ser utilizado em sentido mais amplo contra outros parasitas
(protozoários, fungos ou helmintos). Ele pode ser bactericida, quando tem
efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, se interrompe a sua reprodução
ou inibe seu metabolismo mas também causa efeitos significativos em doenças
causadas por vírus como a gripe.
Penicilina é o termo genérico
que define um grande grupo de fármacos: penicilina G, penicilina V, meticilina,
oxacilina, dicloxacilina, nafcilina, ampicilina, amoxicilina, carbenicilina,
ticarcilina, mezlocilina, azlocilina e piperacilina.
As penicilinas formam um dos
mais importantes grupos de antibióticos. São bactericidas e interferem na
síntese da parede celular bacteriana. Hoje estão disponíveis penicilinas de
origem natural ou sintética, sendo amplamente utilizadas devido à alta eficácia
e baixa toxicidade. O grupo é dividido em penicilinas naturais ou benzilpenicilinas,
aminopenicilinas, penicilinas resistentes às penicilinases e penicilinas de
amplo espectro.
Apresentação:
Intravenoso, intramuscular, pó
para e solução injetável
Uso Adulto E Pediátrico
Indicações:
A Oxacilina sódica é indicada
no tratamento de infecções por estafilococos produtores de penicilinase,
sensíveis à droga.
Estudos bacteriológicos
deverão ser realizados inicialmente para se determinar os organismos causadores
e sua sensibilidade à Oxacilina.
Oxacilina sódica pode ser
usada antes da avaliação dos resultados dos testes laboratoriais para se
iniciar a terapia em pacientes com suspeita de infecção estafilocócica
(estafilococos produtores de penicilinase).
Oxacilina sódica deve ser
usada somente em infecções causadas por estafilococos produtores de
penicilinase. Não deve ser administrado em infecções causadas por
microrganismos suscetíveis à penicilina G.
Contra-indicações:
O uso deste medicamento é
contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida à Oxacilina sódica ou a
qualquer outra penicilina.
Reações adversas:
Hipersensibilidade –
clinicamente, observam-se dois tipos de reações alérgicas à penicilina:
imediatas e retardadas.
As reações imediatas ocorrem
normalmente dentro de 20 minutos após a administração e em termos de gravidade
vão desde urticária e prurido até angioedema, laringoespasmo, broncoespasmo,
hipotensão, colapso vascular e óbito. Tais reações anafiláticas imediatas são
muito raras e geralmente ocorrem após a terapia parenteral; entretanto, têm
sido observadas em pacientes recebendo terapia oral. Outro tipo de reação
imediata, acelerada, pode ocorrer 20 minutos a 48 horas após a administração e
inclui urticária, prurido e febre. Ainda que ocasionalmente ocorra edema de
glote, laringoespasmo e hipotensão, a fatalidade é rara.
As reações alérgicas
retardadas na terapia com penicilina ocorrem comumente após 48 horas e às vezes
até duas a quatro semanas após o início da terapia. As manifestações deste tipo
de reação incluem sintomas de debilidade orgânica (por exemplo: febre, mal
estar, urticária, mialgia, artralgia, dor abdominal) e várias erupções
cutâneas.
Gastrintestinais – podem
ocorrer náuseas, vômitos, diarréia, estomatite, língua vilosa nigra e outros
sintomas de irritação gastrointestinal. Raramente tem sido relatado a
associação antibiótica de colite pseudomembranosa com penicilina
penicilinase-resistente.
Posologia:
Estudos bacteriológicos devem
ser realizados para determinar os organismos causadores e sua sensibilidade às
penicilinas penicilinase-resistentes. A duração da terapia varia de acordo com
o tipo e com a severidade das infecções como também de acordo com todas as
condições do paciente. Portanto, esta deve ser determinada de acordo com a
resposta clínica e bacteriológica do paciente. A terapia deve ser continuada
durante pelo menos 48 horas após o paciente tornar-se afebril, assintomático e
possuir culturas negativas. Nas infecções graves produzidas por estafilococos,
a terapia com penicilina penicilinase-resistente deve ser continuada pelo menos
14 dias. O tratamento de endocardite e osteomelite pode requerer uma terapia de
longa duração.
·
Para infecções leves a moderadas das vias aéreas
superiores e infecções localizadas da pele e tecidos moles:
Adultos e crianças pesando 40
kg ou mais: 250 a 500 mg, cada 4 a 6 horas.
Crianças pesando menos de 40
kg: 50 mg/kg/dia em doses igualmente divididas a cada 6 horas.
·
Para infecções mais graves, tais como das vias
aéreas inferiores ou infecções disseminadas:
Adultos e crianças pesando 40
kg ou mais: 1 g ou mais a cada 4 a 6 horas.
Crianças pesando menos de 40
kg: 100 mg/kg/dia ou mais, em doses igualmente divididas a cada 4 a 6 horas.
Assim como as penicilinas, as
cefalosporinas pertencem a família dos betalactmicos, antibiticos que tem em
comum um anel betalactmico. A forma mais utilizada para classificar as
cefalosporinas aquela em que os diversos compostos são agrupados em gerações
As cefalosporinas de primeira
geração (Cefalexina, Cefadroxila, Cefalotina e Cefazolina) apresentam boa actividade
contra bactérias Gram-positivas e menos expressiva contra os germes
Gram-negativos. Grande parte dos anaeróbios encontrados na cavidade oral também
são sensíveis.
As cefalosporinas de segunda (Cefaclor,
Cefoxitina e efuroxima) geração têm maior actividade contra microrganismos
Gram-negativos, embora bem menos intensa que a apresentada pelas cefalosporinas
de terceira geração.
As cefalosporinas de terceira
geração (Cefotaxima, Cefodizima, Cefoperazona, Ceftazidima e Cefetamet) geralmente
são menos activas contra germes Gram-positivos, se comparadas a cefalosporinas
de primeira geração. Contudo, são bem mais eficazes contra germes da família
Enterobacteriaceae, incluindo as cepas produtoras de betalactamase. Alguns
destes agentes (ceftazidima e cefoperazona) são também activos contra
Pseudomonas aeruginosa, embora menos activos que os outros agentes deste mesmo
subgrupo contra cocos Gram-positivos.
As cefalosporinas de quarta
geração (Cefepima e Cefpiroma) tem espectro aumentado de acção quando
comparadas a de terceira geração. Apresentam, alem disso, maior estabilidade
diante da hidrolise mediada por betalactamases transmitidas por plasmidios ou
cromossomos.
Apresentação:
─
Pó para solução injetável
─
IM Ou IV
─
KEFLIN NEUTRO® 1 g - Cada frasco-ampola contém
Cefalotina sódica equivalente a 1 g de
─
Cefalotina. Embalagem com 50 frascos-ampola.
─
Cada frasco-ampola contém ainda 30 mg de bicarbonato
de sódio (tamponante).
─
A Cefalotina sódica contém 2,8 mEq de sódio por
grama.
─
Observação: Cada 1,063 g de Cefalotina sódica
equivalem a 1 g de Cefalotina.
─
Uso Adulto E Pediátrico
Indicações:
Infecções do trato
respiratório causadas por Streptococcus pneumoniae, estafilococos .
Infecções da pele e tecidos
moles causadas por estafilococos , Streptococcus pyogenes.
Infecções do trato
geniturinário causadas por Escherichia coli, Proteus
Infecções gastrintestinais
causadas por Salmonella
Meningite causada por
Streptococcus pneumoniae
Profilaxia cirúrgica: em
procedimentos cirúrgicos contaminados ou potencialmente contaminados.
Contra-indicações:
A Cefalotina é contra-indicada
para pacientes com histórico de reações alérgicas a antibióticos do grupo das
cefalosporinas, penicilina, derivados da penicilina e penicilamina.
Reações adversas:
- Em casos de
hipersensibilidade, poderão ocorrer erupções cutâneas maculopapulosas,
urticária, reações semelhantes às da doença do soro e anafilaxia. Eosinofilia e
febre medicamentosa foram observadas associadas a outras reações alérgicas. Há
maior probabilidade dessas reações ocorrerem em pacientes com história de
alergia, particularmente à penicilina.
Rim:
- Foram observadas elevação de
nitrogênio uréico no sangue (BUN) e diminuição do clearance de creatinina,
particularmente em pacientes que apresentaram insuficiência renal anterior. O
papel da Cefalotina nas alterações renais é difícil de ser estabelecido, em
vista de ter sido geralmente notada a presença de outros fatores que predispõem
à uremia ou à insuficiência renal aguda.
Gastrintestinais:
- Podem aparecer sintomas de
colite pseudomembranosa durante ou após o tratamento. Diarréia, náuseas e
vômitos têm sido relatados raramente.
Posologia:
As doses são dadas em termos
de Cefalotina.
Adultos e Adolescentes:
Pneumonia não complicada; infecção do trato urinário; furunculose com celulite:
500 mg 6/6 h, via IM/IV.
Profilaxia cirúrgica (via IV)
a, 2 g, 30 a 60 min antes do início da cirurgia; b) 2 g durante a cirurgia com
duração de 2 h ou mais; 2 g em 6/ 6 h,
após a cirurgia, durante até 48 h. Outras
infecções: 500 mg a 2 g em 4 a 6 horas,
via IM/IV. 6 Limite de doses para adultos: 12 g por dia.
Adultos com Diminuição da
Função Renal: Após uma dose inicial de 1 a 2 g por via intravenosa, pode ser
necessário o ajuste de dose de acordo com o esquema abaixo que considera o
clearance de creatinina.
Adultos com diminuição da
função renal Clearance de creatinina (mL/min) Dose 50 - 80 25 - 50 10 - 25 2 -
10 < 2 Até 2 g a cada 6 horas Até 1,5 g a cada 6 horas Até 1 g a cada 6
horas Até 500 mg a cada 6 horas Até 500 mg a cada 8 horas
Pacientes Pediátricos:
Infecções bacterianas em
geral: 20 a 40 mg por Kg de peso, a cada 6 horas, por via intramuscular ou
intravenosa; ou 12 a 25 mg por Kg de peso, a cada 4 horas, por via
intramuscular ou intravenosa.
Apresentação:
Cápsula 500mg
Embalagens contendo 8, 100,
200 e 500 cápsulas.
Indicações:
Tratamento de:
-Acne vulgaris: como adjuvante
de tratamento.
-Actinomicoses causadas por
Actinomyces israelii.
-Antrax causada por Bacillus
anthracis.
-Infecção geniturinária
causada por N. gonorrhoeae e porChlamydia trachomatis.
-Gengivoestomatite causada por
Fusobacterium fusiformisans.
-Granuloma inguinal causada
por Calymmatobacterium granulomatis.
-Linfogranuloma venéreo por
Chlamydia sp.
-Otite média, faringite,
pneumonia e sinusite causadas por H. influenzae e Klebsiella sp.
-Tifo causada por Rickettsias.
-Sífilis causada por Treponema
pallidum.
-Infecção bacteriana do
aparelho urinário causada por Escherichia coli e Klebsiella sp.
-Infecção retal menor causada
por Chlamydia trachomatis.
-Amebíase extra intestinal
causada por Entamoeba histolytica, usado junto com metronidazol.
-Enterocolites causadas por
Shigella sp.
Contra-indicações
Este medicamento não deve ser
administrado a pessoas com hipersensibilidade às Tetraciclinas. É também
contraindicado durante a gravidez e amamentação.
Interações medicamentosas:
A administração de antiácidos,
suplementos de cálcio, salicilatos de colina ou magnésio, ferro e laxantes
contendo magnésio, concomitantemente com Tetraciclinas, pode provocar a
formação de complexos estáveis não absorvíveis. A ingestão concomitante com
bicarbonato de sódio pode resultar em absorção diminuída das Tetraciclinas
devido a elevação do pH gástrico.
A administração concomitante
com cloridrato de Tetraciclina produz:
-Diminuição da absorção da
colestiramina.
-Diminuição da eficácia dos
contraceptivos hormonais orais.
-Inibição parcial do efeito
coagulante da heparina.
-Aumento do potencial
nefrotóxico do metoxifluorano.
-Uma sensível diminuição da
ação bacteriana das penicilinas.
A administração com cimetidina
pode diminuir a absorção gastrintestinal das Tetraciclinas. A Tetraciclina pode
elevar o nível de digoxina no soro.
A Tetraciclina pode reduzir a
necessidade de insulina. É necessário controlar e monitorizar a glicose
sanguínea.
Reações adversas:
Gestantes, pacientes que
receberem altas doses de Tetraciclina por via intravenosa, e pacientes com a
função renal comprometida apresentam uma predisposição de adquirir
hepatotoxicidade induzida pelo uso de Tetraciclinas. No entanto, a hepatotoxicidade
também pode ocorrer em pacientes sem essa predisposição. Em ambos os casos, a
incidência deste efeito adverso é raro.
As reações alérgicas às
Tetraciclinas são comumente cruzadas e se manifestam como alterações da pele,
descoloração do dente e hipoplasia do esmalte.
Efeitos gastrintestinais como
náuseas, vômitos e diarreias são comuns, especialmente com altas doses,
acompanhados ou não de dor e queimação epigástrica.
Pode ainda ocorrer: candidíase
oral, vulvovaginite e prurido anal, escurecimento ou descoloração da língua;
colite pseudomembranosa, fotossensibilidade da pele e pigmentação da pele e
membrana mucosa. Pancreatite tem sido relatada raramente.
Posologia:
Antibacteriano (sistêmico);
antiprotozoário: 500mg a cada 6 horas ou 500mg a 1g a cada 12 horas.
Na acne: Inicialmente, 500mg a
2g ao dia, em doses divididas, nos casos moderados a graves como adjuvante
terapêutico.
Quando for notada melhora
(geralmente após 3 semanas), a dose deve ser reduzida gradualmente para uma
dose de manutenção diária de até 1.
Adequada remissão da lesão
pode também ser possível com terapia em dias alternados.
Na brucelose: 500mg a cada 6
horas, durante 3 semanas, administrado concomitantemente com 1g de
estreptomicina por via intramuscular a cada 12 horas, na primeira semana e uma
vez ao dia na segunda semana.
Na Gonorreia: 500mg a cada 6
horas, durante 5 dias.
Na sífilis: 500mg a cada 6
horas por 15 dias ou por 30 dias (sífilis tardia).
Obs.: Indica-se na sífilis
como alternativa quando a penicilina estiver contraindicada.
Nas infecções uretrais não
complicadas, endocervicites ou infecções retais causadas por Chlamydia
trachomatis: 500mg, 4 vezes ao dia, durante pelo menos 7 dias.
Limite máximo de ingestão
diária: 4 gramas.
Apresentação:
COMPRIMIDOS 250mg: embalagens com 20 e 200* comprimidos cada.
*Embalagem hospitalar.
GEL VAGINAL 100 mg/g.
Caixa com bisnaga contendo 50
g + 10 aplicadores
USO VAGINAL
USO ADULTO
Indicações:
Comprimidos
Tricomoníase; vaginites por
Gardnerella vaginalis; giardíase; amebíase; tratamento de infecções causadas
por bactérias anaeróbias como Bacteroides fragilis e outros bacteroides,
Fusobacterium sp, Clostridium sp, Eubacterium sp e cocos anaeróbios.
Gel Vaginal
Metronidazol está indicado no
tratamento da tricomoníase.
Contra-indicações:
O metronidazol comprimido não
deve ser utilizado por pacientes que apresentem sensibilidade ao metronidazol,
derivados imidazólicos ou a qualquer outro componente da fórmula, não deve ser
utilizado durante a amamentação.
Interações medicamentosas:
Comprimidos:
A administração simultânea de
drogas que induzem enzimas microssomais hepáticas tais como, a fenitoína ou
fenobarbital, pode acelerar a eliminação do Metronidazol, resultando em níveis
plasmáticos reduzidos; observou-se também diminuição da depuração de fenitoína.
A administração concomitante
de drogas que diminuem a atividade enzimática dos microssomas hepáticos tais
como, cimetidina, pode prolongar a meia-vida e diminuir a depuração plasmática
do Metronidazol. Em pacientes fazendo uso de altas doses de lítio, pode ocorrer
elevação dos níveis plasmáticos do mesmo.
O Metronidazol potencializa a
ação do vecurônio (agente bloqueador neuromuscular não despolarizante).
Associações desaconselhadas:
− Dissulfiram: o uso
concomitante pode causar delírio (alterações psicóticas agudas) ou confusão
mental.
− Álcool: o uso concomitante
pode causar o efeito antabuse (sensação de calor, fibrilação atrial, vômito e
taquicardia). Os pacientes devem ser advertidos para evitar a ingestão de
bebidas alcoólicas ou de medicamentos que contenham álcool em sua composição
durante o tratamento com o Metronidazol.
Associações que necessitam de
cuidados:
− Anticoagulantes orais (varfarina):
ocorre potencialização do efeito anticoagulante e do risco hemorrágico,
resultante do retardo do catabolismo hepático do mesmo. Deve-se realizar,
portanto, a monitoração frequente do tempo de protrombina, e ajuste da dose de
anticoagulante oral durante e nos 8 dias seguintes ao tratamento com o
Metronidazol.
Associações a serem
consideradas:
− Fluorouracil: o Metronidazol
aumenta a toxicidade do fluorouracil devido à redução da depuração.
Gel Vaginal:
Dissulfiram: foram relatadas
reações psicóticas em pacientes utilizando concomitantemente Metronidazol e
dissulfiram.
Álcool: bebidas alcoólicas e
medicamentos contendo álcool não devem ser ingeridos durante o tratamento com
Metronidazol e no mínimo 1 dia após o mesmo, devido à possibilidade de reação
do tipo dissulfiram (efeito antabuse), com aparecimento de rubor, vômito e
taquicardia.
Terapia com anticoagulante
oral (tipo varfarina): potencialização do efeito anticoagulante e aumento do
risco hemorrágico, causado pela diminuição do catabolismo hepático. Em caso de
administração concomitante, deve-se monitorizar o tempo de protrombina com
maior frequência e realizar ajuste posológico da terapia anticoagulante durante
o tratamento com Metronidazol.
Lítio: os níveis plasmáticos
de lítio podem ser aumentados pelo Metronidazol. Deve-se, portanto, monitorizar
as concentrações plasmáticas de lítio, creatinina e eletrólitos em pacientes
recebendo tratamento com lítio, enquanto durar o tratamento com Metronidazol.
Ciclosporina: risco de aumento
dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Os níveis plasmáticos de ciclosporina e
creatinina devem ser rigorosamente monitorizados quando a administração
concomitante é necessária.
Fenitoína ou fenobarbital:
aumento da eliminação de Metronidazol, resultando em níveis plasmáticos
reduzidos.
As novas estratégias da
pesquisa em produtos naturais microbianos, envolvendo a busca de substâncias em
microrganismos pouco explorados e a utilização de ferramentas genómicas para o
acesso a novos produtos naturais, aliadas aos novos ensaios biológicos adoptados
nas triagens, podem acelerar o processo de descoberta de novos antibióticos,
extremamente importantes num cenário de rápido desenvolvimento de resistência
pelas bactérias aos agentes terapêuticos disponíveis.
A ampla biodiversidade
existente no mundo combinada às diversas técnicas citadas neste trabalho indica
que novos compostos antibióticos podem ser descobertos através da pesquisa com microrganismos
ou outras fontes naturais.
CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 2
edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CRAIG, C. R.; STITZEL, R. E.
Farmacologia Moderna. 6 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA,
M. B. C. Farmacologia Clínica. 3 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
GILMAN, A. G. As Bases
farmacológicas da Terapêutica. 10 edição. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 2005.
GOLAN, D. E. et al. Princípios de
Farmacologia: A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. 2 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
GOODAM & GILMAN. Manual de
Farmacologia e Terapêutica. Porto Alegre: AMGH editora Ltda, 2010.
KATZUNG, B. G. Farmacologia:
Básica & Clinica. 9 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
PORTH, C. M. Fisiopatologia. 6
edição. Rio de Janeiro: Ganabara Koogan, 2004
RANG, H. P. et al. Farmacologia. 4
edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
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