terça-feira, 6 de setembro de 2016

ANTIBIÓTICOS DE ACÇÃO CONTRA BACTÉRIAS ANAERÓBICAS - Terapêutica II - by Vieira Miguel Manuel

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


        





TERAPÊUTICA II





ANTIBIÓTICOS DE ACÇÃO CONTRA BACTÉRIAS ANAERÓBICAS














LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM





TERAPÊUTICA II



ANTIBIÓTICOS DE ACÇÃO CONTRA BACTÉRIAS ANAERÓBICAS




INTEGRANTES

      Albertina Massi Massimuanga
      Frederico Costa
      Leandro Teixeira Paulo
      Mariana Júlia M. Zunza
      Orlando Estêvão André Panzo
      Sabalo Manuel João
      Suzana Domingos Fuafua


Trabalho de pesquisa bibliográfica apresentado ao Curso de Enfermagem na disciplina de terapêutica II como requisito parcial para obtenção de notas.


Orientadora: Kianguebeni Ester António



LUANDA
2016






Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando promovem a inibição do crescimento microbiano. Ora, no presente trabalho será estudado os Antibióticos de Acção Contra Bactérias Anaeróbicas, tais como a Penicilina, Cefalosporinas, Tetraciclinas e Nitroimidazólicos.





As bactérias são pequenos organismos existentes na Terra há milhares de anos tendo um tamanho reduzido podendo ser vistas apenas com o uso do microscópio mas que neste caso tem a característica da anaerobiose.

Isto significa que estas bactérias podem crescer e se manter quando em ambientes que não possuam oxigénio sendo que a presença deste tipo de gás pode causar até mesmo a morte deste tipo de bactéria.
Nesta situação específica existem 3 modalidades de bactérias anaeróbicas sendo as primeiras chamadas de obrigatórias em sua anaerobiose porque quando em presença de oxigénio são prejudicadas e podem até mesmo morrer.

Existem ainda as bactérias que são aerotolerante as quais toleram a presença de oxigénio no ambiente mas que não utilizam o mesmo para a realização de seu crescimento e actividades orgânicas em geral.

A outra modalidade são das bactérias anaeróbicas facultativas que podem crescer tanto com o oxigénio como em sua falta sem a existência de problemas com a convivência junto deste elemento químico da natureza.

Para os organismos anaeróbios os quais não utilizam, na maioria das vezes, o oxigénio a sua obtenção de energia ocorre por meio da chamada respiração anaeróbia que tem como principal processo a fermentação que pode ser láctica ou alcoólica e que não tem oxigénio em sua efectuação.


As bactérias anaeróbias que provocam doenças incluem os clostrídios (que vivem no pó, na terra, na vegetação e no tracto intestinal do homem e dos animais) e os peptococos e peptoestreptococos, que constituem parte da população bacteriana normal (flora) da boca, das vias respiratórias superiores e do intestino grosso. Outras bactérias anaeróbias incluem o Bacteroides fragilis, que faz parte da flora normal do intestino grosso, e a Prevotella melaninogenica e oFusobacterium, que fazem parte da flora normal da boca.

As infecções causadas por bactérias anaeróbicas consistem em abcessos dentários, infecções do maxilar, periodontite, sinusite crónica, otite média e abcessos no cérebro, na espinal medula, nos pulmões, na cavidade abdominal, no fígado, no útero, nos órgãos genitais, na pele e nos vasos sanguíneos.


Antibiótico é qualquer remédio capaz de combater uma infecção causada por microrganismos que causam infecções a outro organismo. Não destroem vírus.

O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias, embora possa ser utilizado em sentido mais amplo contra outros parasitas (protozoários, fungos ou helmintos). Ele pode ser bactericida, quando tem efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, se interrompe a sua reprodução ou inibe seu metabolismo mas também causa efeitos significativos em doenças causadas por vírus como a gripe.


Penicilina é o termo genérico que define um grande grupo de fármacos: penicilina G, penicilina V, meticilina, oxacilina, dicloxacilina, nafcilina, ampicilina, amoxicilina, carbenicilina, ticarcilina, mezlocilina, azlocilina e piperacilina.

As penicilinas formam um dos mais importantes grupos de antibióticos. São bactericidas e interferem na síntese da parede celular bacteriana. Hoje estão disponíveis penicilinas de origem natural ou sintética, sendo amplamente utilizadas devido à alta eficácia e baixa toxicidade. O grupo é dividido em penicilinas naturais ou benzilpenicilinas, aminopenicilinas, penicilinas resistentes às penicilinases e penicilinas de amplo espectro.


Apresentação:

Intravenoso, intramuscular, pó para e solução injetável
Uso Adulto E Pediátrico

Indicações:

A Oxacilina sódica é indicada no tratamento de infecções por estafilococos produtores de penicilinase, sensíveis à droga.

Estudos bacteriológicos deverão ser realizados inicialmente para se determinar os organismos causadores e sua sensibilidade à Oxacilina.

Oxacilina sódica pode ser usada antes da avaliação dos resultados dos testes laboratoriais para se iniciar a terapia em pacientes com suspeita de infecção estafilocócica (estafilococos produtores de penicilinase).

Oxacilina sódica deve ser usada somente em infecções causadas por estafilococos produtores de penicilinase. Não deve ser administrado em infecções causadas por microrganismos suscetíveis à penicilina G.

Contra-indicações:

O uso deste medicamento é contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida à Oxacilina sódica ou a qualquer outra penicilina.

Reações adversas:

Hipersensibilidade – clinicamente, observam-se dois tipos de reações alérgicas à penicilina: imediatas e retardadas.

As reações imediatas ocorrem normalmente dentro de 20 minutos após a administração e em termos de gravidade vão desde urticária e prurido até angioedema, laringoespasmo, broncoespasmo, hipotensão, colapso vascular e óbito. Tais reações anafiláticas imediatas são muito raras e geralmente ocorrem após a terapia parenteral; entretanto, têm sido observadas em pacientes recebendo terapia oral. Outro tipo de reação imediata, acelerada, pode ocorrer 20 minutos a 48 horas após a administração e inclui urticária, prurido e febre. Ainda que ocasionalmente ocorra edema de glote, laringoespasmo e hipotensão, a fatalidade é rara.

As reações alérgicas retardadas na terapia com penicilina ocorrem comumente após 48 horas e às vezes até duas a quatro semanas após o início da terapia. As manifestações deste tipo de reação incluem sintomas de debilidade orgânica (por exemplo: febre, mal estar, urticária, mialgia, artralgia, dor abdominal) e várias erupções cutâneas.

Gastrintestinais – podem ocorrer náuseas, vômitos, diarréia, estomatite, língua vilosa nigra e outros sintomas de irritação gastrointestinal. Raramente tem sido relatado a associação antibiótica de colite pseudomembranosa com penicilina penicilinase-resistente.

Posologia:

Estudos bacteriológicos devem ser realizados para determinar os organismos causadores e sua sensibilidade às penicilinas penicilinase-resistentes. A duração da terapia varia de acordo com o tipo e com a severidade das infecções como também de acordo com todas as condições do paciente. Portanto, esta deve ser determinada de acordo com a resposta clínica e bacteriológica do paciente. A terapia deve ser continuada durante pelo menos 48 horas após o paciente tornar-se afebril, assintomático e possuir culturas negativas. Nas infecções graves produzidas por estafilococos, a terapia com penicilina penicilinase-resistente deve ser continuada pelo menos 14 dias. O tratamento de endocardite e osteomelite pode requerer uma terapia de longa duração.

·        Para infecções leves a moderadas das vias aéreas superiores e infecções localizadas da pele e tecidos moles:

Adultos e crianças pesando 40 kg ou mais: 250 a 500 mg, cada 4 a 6 horas.
Crianças pesando menos de 40 kg: 50 mg/kg/dia em doses igualmente divididas a cada 6 horas.

·        Para infecções mais graves, tais como das vias aéreas inferiores ou infecções disseminadas:

Adultos e crianças pesando 40 kg ou mais: 1 g ou mais a cada 4 a 6 horas.
Crianças pesando menos de 40 kg: 100 mg/kg/dia ou mais, em doses igualmente divididas a cada 4 a 6 horas.


Assim como as penicilinas, as cefalosporinas pertencem a família dos betalactmicos, antibiticos que tem em comum um anel betalactmico. A forma mais utilizada para classificar as cefalosporinas aquela em que os diversos compostos são agrupados em gerações
As cefalosporinas de primeira geração (Cefalexina, Cefadroxila, Cefalotina e Cefazolina) apresentam boa actividade contra bactérias Gram-positivas e menos expressiva contra os germes Gram-negativos. Grande parte dos anaeróbios encontrados na cavidade oral também são sensíveis.

As cefalosporinas de segunda (Cefaclor, Cefoxitina e efuroxima) geração têm maior actividade contra microrganismos Gram-negativos, embora bem menos intensa que a apresentada pelas cefalosporinas de terceira geração.

As cefalosporinas de terceira geração (Cefotaxima, Cefodizima, Cefoperazona, Ceftazidima e Cefetamet) geralmente são menos activas contra germes Gram-positivos, se comparadas a cefalosporinas de primeira geração. Contudo, são bem mais eficazes contra germes da família Enterobacteriaceae, incluindo as cepas produtoras de betalactamase. Alguns destes agentes (ceftazidima e cefoperazona) são também activos contra Pseudomonas aeruginosa, embora menos activos que os outros agentes deste mesmo subgrupo contra cocos Gram-positivos.

As cefalosporinas de quarta geração (Cefepima e Cefpiroma) tem espectro aumentado de acção quando comparadas a de terceira geração. Apresentam, alem disso, maior estabilidade diante da hidrolise mediada por betalactamases transmitidas por plasmidios ou cromossomos.


Apresentação:

       Pó para solução injetável
       IM Ou IV
       KEFLIN NEUTRO® 1 g - Cada frasco-ampola contém Cefalotina sódica equivalente a 1 g de
       Cefalotina. Embalagem com 50 frascos-ampola.
       Cada frasco-ampola contém ainda 30 mg de bicarbonato de sódio (tamponante).
       A Cefalotina sódica contém 2,8 mEq de sódio por grama.
       Observação: Cada 1,063 g de Cefalotina sódica equivalem a 1 g de Cefalotina.
       Uso Adulto E Pediátrico

Indicações:

Infecções do trato respiratório causadas por Streptococcus pneumoniae, estafilococos .
Infecções da pele e tecidos moles causadas por estafilococos , Streptococcus pyogenes.
Infecções do trato geniturinário causadas por Escherichia coli, Proteus

Infecções gastrintestinais causadas por Salmonella

Meningite causada por Streptococcus pneumoniae

Profilaxia cirúrgica: em procedimentos cirúrgicos contaminados ou potencialmente contaminados.
Contra-indicações:

A Cefalotina é contra-indicada para pacientes com histórico de reações alérgicas a antibióticos do grupo das cefalosporinas, penicilina, derivados da penicilina e penicilamina.

Reações adversas:

- Em casos de hipersensibilidade, poderão ocorrer erupções cutâneas maculopapulosas, urticária, reações semelhantes às da doença do soro e anafilaxia. Eosinofilia e febre medicamentosa foram observadas associadas a outras reações alérgicas. Há maior probabilidade dessas reações ocorrerem em pacientes com história de alergia, particularmente à penicilina.

Rim:

- Foram observadas elevação de nitrogênio uréico no sangue (BUN) e diminuição do clearance de creatinina, particularmente em pacientes que apresentaram insuficiência renal anterior. O papel da Cefalotina nas alterações renais é difícil de ser estabelecido, em vista de ter sido geralmente notada a presença de outros fatores que predispõem à uremia ou à insuficiência renal aguda.

Gastrintestinais:

- Podem aparecer sintomas de colite pseudomembranosa durante ou após o tratamento. Diarréia, náuseas e vômitos têm sido relatados raramente.

Posologia:

As doses são dadas em termos de Cefalotina.
Adultos e Adolescentes: Pneumonia não complicada; infecção do trato urinário; furunculose com celulite: 500 mg 6/6 h, via IM/IV.

Profilaxia cirúrgica (via IV) a, 2 g, 30 a 60 min antes do início da cirurgia; b) 2 g durante a cirurgia com duração de 2 h ou mais;  2 g em 6/ 6 h, após a cirurgia, durante até 48 h.  Outras infecções: 500 mg a 2 g em  4 a 6 horas, via IM/IV. 6 Limite de doses para adultos: 12 g por dia.

Adultos com Diminuição da Função Renal: Após uma dose inicial de 1 a 2 g por via intravenosa, pode ser necessário o ajuste de dose de acordo com o esquema abaixo que considera o clearance de creatinina.

Adultos com diminuição da função renal Clearance de creatinina (mL/min) Dose 50 - 80 25 - 50 10 - 25 2 - 10 < 2 Até 2 g a cada 6 horas Até 1,5 g a cada 6 horas Até 1 g a cada 6 horas Até 500 mg a cada 6 horas Até 500 mg a cada 8 horas

Pacientes Pediátricos:

Infecções bacterianas em geral: 20 a 40 mg por Kg de peso, a cada 6 horas, por via intramuscular ou intravenosa; ou 12 a 25 mg por Kg de peso, a cada 4 horas, por via intramuscular ou intravenosa.


Apresentação:

Cápsula 500mg
Embalagens contendo 8, 100, 200 e 500 cápsulas.

Indicações:

Tratamento de:

-Acne vulgaris: como adjuvante de tratamento.
-Actinomicoses causadas por Actinomyces israelii.
-Antrax causada por Bacillus anthracis.
-Infecção geniturinária causada por N. gonorrhoeae e porChlamydia trachomatis.
-Gengivoestomatite causada por Fusobacterium fusiformisans.
-Granuloma inguinal causada por Calymmatobacterium granulomatis.
-Linfogranuloma venéreo por Chlamydia sp.
-Otite média, faringite, pneumonia e sinusite causadas por H. influenzae e Klebsiella sp.
-Tifo causada por Rickettsias.
-Sífilis causada por Treponema pallidum.
-Infecção bacteriana do aparelho urinário causada por Escherichia coli e Klebsiella sp.
-Infecção retal menor causada por Chlamydia trachomatis.
-Amebíase extra intestinal causada por Entamoeba histolytica, usado junto com metronidazol.
-Enterocolites causadas por Shigella sp.

Contra-indicações

Este medicamento não deve ser administrado a pessoas com hipersensibilidade às Tetraciclinas. É também contraindicado durante a gravidez e amamentação.

Interações medicamentosas:

A administração de antiácidos, suplementos de cálcio, salicilatos de colina ou magnésio, ferro e laxantes contendo magnésio, concomitantemente com Tetraciclinas, pode provocar a formação de complexos estáveis não absorvíveis. A ingestão concomitante com bicarbonato de sódio pode resultar em absorção diminuída das Tetraciclinas devido a elevação do pH gástrico.
A administração concomitante com cloridrato de Tetraciclina produz:
-Diminuição da absorção da colestiramina.
-Diminuição da eficácia dos contraceptivos hormonais orais.
-Inibição parcial do efeito coagulante da heparina.
-Aumento do potencial nefrotóxico do metoxifluorano.
-Uma sensível diminuição da ação bacteriana das penicilinas.

A administração com cimetidina pode diminuir a absorção gastrintestinal das Tetraciclinas. A Tetraciclina pode elevar o nível de digoxina no soro.
A Tetraciclina pode reduzir a necessidade de insulina. É necessário controlar e monitorizar a glicose sanguínea.
Reações adversas:

Gestantes, pacientes que receberem altas doses de Tetraciclina por via intravenosa, e pacientes com a função renal comprometida apresentam uma predisposição de adquirir hepatotoxicidade induzida pelo uso de Tetraciclinas. No entanto, a hepatotoxicidade também pode ocorrer em pacientes sem essa predisposição. Em ambos os casos, a incidência deste efeito adverso é raro.

As reações alérgicas às Tetraciclinas são comumente cruzadas e se manifestam como alterações da pele, descoloração do dente e hipoplasia do esmalte.

Efeitos gastrintestinais como náuseas, vômitos e diarreias são comuns, especialmente com altas doses, acompanhados ou não de dor e queimação epigástrica.

Pode ainda ocorrer: candidíase oral, vulvovaginite e prurido anal, escurecimento ou descoloração da língua; colite pseudomembranosa, fotossensibilidade da pele e pigmentação da pele e membrana mucosa. Pancreatite tem sido relatada raramente.

Posologia:

Antibacteriano (sistêmico); antiprotozoário: 500mg a cada 6 horas ou 500mg a 1g a cada 12 horas.

Na acne: Inicialmente, 500mg a 2g ao dia, em doses divididas, nos casos moderados a graves como adjuvante terapêutico.

Quando for notada melhora (geralmente após 3 semanas), a dose deve ser reduzida gradualmente para uma dose de manutenção diária de até 1.

Adequada remissão da lesão pode também ser possível com terapia em dias alternados.

Na brucelose: 500mg a cada 6 horas, durante 3 semanas, administrado concomitantemente com 1g de estreptomicina por via intramuscular a cada 12 horas, na primeira semana e uma vez ao dia na segunda semana.

Na Gonorreia: 500mg a cada 6 horas, durante 5 dias.

Na sífilis: 500mg a cada 6 horas por 15 dias ou por 30 dias (sífilis tardia).
Obs.: Indica-se na sífilis como alternativa quando a penicilina estiver contraindicada.

Nas infecções uretrais não complicadas, endocervicites ou infecções retais causadas por Chlamydia trachomatis: 500mg, 4 vezes ao dia, durante pelo menos 7 dias.
Limite máximo de ingestão diária: 4 gramas.


Apresentação:

COMPRIMIDOS 250mg: embalagens com 20 e 200* comprimidos cada.
*Embalagem hospitalar.

GEL VAGINAL 100 mg/g.
Caixa com bisnaga contendo 50 g + 10 aplicadores

USO VAGINAL
USO ADULTO

Indicações:

Comprimidos

Tricomoníase; vaginites por Gardnerella vaginalis; giardíase; amebíase; tratamento de infecções causadas por bactérias anaeróbias como Bacteroides fragilis e outros bacteroides, Fusobacterium sp, Clostridium sp, Eubacterium sp e cocos anaeróbios.

Gel Vaginal

Metronidazol está indicado no tratamento da tricomoníase.

Contra-indicações:

O metronidazol comprimido não deve ser utilizado por pacientes que apresentem sensibilidade ao metronidazol, derivados imidazólicos ou a qualquer outro componente da fórmula, não deve ser utilizado durante a amamentação.

Interações medicamentosas:

Comprimidos:

A administração simultânea de drogas que induzem enzimas microssomais hepáticas tais como, a fenitoína ou fenobarbital, pode acelerar a eliminação do Metronidazol, resultando em níveis plasmáticos reduzidos; observou-se também diminuição da depuração de fenitoína.

A administração concomitante de drogas que diminuem a atividade enzimática dos microssomas hepáticos tais como, cimetidina, pode prolongar a meia-vida e diminuir a depuração plasmática do Metronidazol. Em pacientes fazendo uso de altas doses de lítio, pode ocorrer elevação dos níveis plasmáticos do mesmo.

O Metronidazol potencializa a ação do vecurônio (agente bloqueador neuromuscular não despolarizante).

Associações desaconselhadas:

− Dissulfiram: o uso concomitante pode causar delírio (alterações psicóticas agudas) ou confusão mental.

− Álcool: o uso concomitante pode causar o efeito antabuse (sensação de calor, fibrilação atrial, vômito e taquicardia). Os pacientes devem ser advertidos para evitar a ingestão de bebidas alcoólicas ou de medicamentos que contenham álcool em sua composição durante o tratamento com o Metronidazol.

Associações que necessitam de cuidados:

− Anticoagulantes orais (varfarina): ocorre potencialização do efeito anticoagulante e do risco hemorrágico, resultante do retardo do catabolismo hepático do mesmo. Deve-se realizar, portanto, a monitoração frequente do tempo de protrombina, e ajuste da dose de anticoagulante oral durante e nos 8 dias seguintes ao tratamento com o Metronidazol.

Associações a serem consideradas:

− Fluorouracil: o Metronidazol aumenta a toxicidade do fluorouracil devido à redução da depuração.

Gel Vaginal:

Dissulfiram: foram relatadas reações psicóticas em pacientes utilizando concomitantemente Metronidazol e dissulfiram.
Álcool: bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool não devem ser ingeridos durante o tratamento com Metronidazol e no mínimo 1 dia após o mesmo, devido à possibilidade de reação do tipo dissulfiram (efeito antabuse), com aparecimento de rubor, vômito e taquicardia.

Terapia com anticoagulante oral (tipo varfarina): potencialização do efeito anticoagulante e aumento do risco hemorrágico, causado pela diminuição do catabolismo hepático. Em caso de administração concomitante, deve-se monitorizar o tempo de protrombina com maior frequência e realizar ajuste posológico da terapia anticoagulante durante o tratamento com Metronidazol.

Lítio: os níveis plasmáticos de lítio podem ser aumentados pelo Metronidazol. Deve-se, portanto, monitorizar as concentrações plasmáticas de lítio, creatinina e eletrólitos em pacientes recebendo tratamento com lítio, enquanto durar o tratamento com Metronidazol.

Ciclosporina: risco de aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Os níveis plasmáticos de ciclosporina e creatinina devem ser rigorosamente monitorizados quando a administração concomitante é necessária.

Fenitoína ou fenobarbital: aumento da eliminação de Metronidazol, resultando em níveis plasmáticos reduzidos.









As novas estratégias da pesquisa em produtos naturais microbianos, envolvendo a busca de substâncias em microrganismos pouco explorados e a utilização de ferramentas genómicas para o acesso a novos produtos naturais, aliadas aos novos ensaios biológicos adoptados nas triagens, podem acelerar o processo de descoberta de novos antibióticos, extremamente importantes num cenário de rápido desenvolvimento de resistência pelas bactérias aos agentes terapêuticos disponíveis.

A ampla biodiversidade existente no mundo combinada às diversas técnicas citadas neste trabalho indica que novos compostos antibióticos podem ser descobertos através da pesquisa com microrganismos ou outras fontes naturais.





CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 2 edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

CRAIG, C. R.; STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna. 6 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica. 3 edição. Rio de Janeiro: Guanabara  Koogan, 2004.

GILMAN, A. G. As Bases farmacológicas da Terapêutica. 10 edição. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 2005.

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