sexta-feira, 2 de novembro de 2018

FUNÇÃO CIRCULATÓRIA - Trabalho completo





O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular em animais com sistema circular fechado. É responsável por carregar nutrientes e oxigénio para as células e recolher as excretas metabólicas e gás carbónico, pelo controlo de temperatura corporal e pela defesa do organismo.

O sistema circulatório é o conjunto de órgãos responsável pela distribuição de nutrientes para serem eliminados pelos órgãos excretores, no presente trabalho vamos virar a nossa atenção ao estudo da função circulatória, da anatomia do sistema circulatório e linfático bem como os principais mecanismos de defesa do nosso organismo.






Esse sistema transporta o sangue pelos tecidos, levando oxigénio, nutrientes, hormónios, factores de coagulação, células de defesa e calor. Gás carbónico e catabólitos produzidos pelas células são recolhidos e conduzidos aos locais onde são eliminados. Assim, contribui para a homeostase e o funcionamento do organismo.


Os constituintes do sistema cardiovascular são: o coração, órgão responsável pela propulsão do sangue; as artérias, vasos eferentes, isto é, que levam o sangue do coração para os órgãos e os tecidos, conduzindo O2 e nutrientes na circulação sistémica, mas sangue desoxigenado na circulação pulmonar; os capilares, túbulos delgados em cujas paredes ocorre o intercâmbio metabólico entre o sangue e os tecidos, e as veias, vasos aferentes, que levam o sangue de volta ao coração, trazendo CO2 e dejectos dos tecidos na circulação sistémica e sangue oxigenado na circulação pulmonar.


O sangue é uma forma particular de tecido líquido que circula no sistema artério-venoso e capilar do organismo. O sangue assegura a “constância do meio” em que vivem as células, que é condição indispensável para a vida livre, entendo-se por livre o desenvolvimento das funções vitais sem serem condicionadas pelas variações do meio exterior.

O sangue é constituído por uma parte figurada (elementos celulares) e por uma parte líquida (plasma).

O plasma pode coagular: um dos seus componentes, o fibrinogénio, agrega-se, formando um retículo de fibrina, restando uma parte líquida – o soro (constituído, deste modo, por plasma menos fibrinogénio). Se se torna o sangue incoagulável (mediante substâncias especiais), podemos dividi-lo, espontaneamente ou mediante centrifugação, na porção plasmática e na porção figurada (ou corpuscular). A razão entre o volume destas duas partes é a razão plasma/glóbulos definida como hematócrito – em condições normais, no homem, a parte figurada é de 46 %, enquanto na mulher é de cerca de 42%. Estes valores variam muito em condições patológicas.

Os elementos celulares (parte figurada) do sangue são:

·         Glóbulos vermelhos (ou Eritrócitos);
·         Glóbulos brancos (ou leucócitos);
·         Plaquetas (ou trombócitos).
·
Todos derivam de elementos imaturos ou progenitores e o processo da sua formação é chamado hematopoiese.

O sangue apresenta-se com um aspecto vermelho-brilhante, se proveniente de uma artéria, e vermelho-escuro, se proveniente de uma veia. Isto deve-se à diferente percentagem de hemoglobina ligada ao oxigénio num e noutro tipo de sangue.


O coração é um órgão muscular presente nos humanos que bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos do sistema circulatório.

O coração tem quatro câmaras: o átrio direito, que recebe sangue desoxigenado da circulação sistémica; o ventrículo direito, que recebe sangue do átrio direito e o bombeia para os pulmões, onde é oxigenado; o átrio esquerdo, que recebe sangue dos pulmões e o envia para o ventrículo esquerdo, que, por sua vez, o bombeia para a circulação sistémica.

Devido à origem embriológica a partir de dois vasos que se fusionam, o coração apresenta três túnicas semelhantes às dos vasos: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio.

O endocárdio é constituído pelo endotélio, em contacto com o sangue, pela camada subendotelial de tecido conjuntivo denso, com fibras elásticas e células musculares lisas e pela camada subendocárdica de tecido conjuntivo frouxo, que contém pequenos vasos sanguíneos, nervos e, nos ventrículos, ramos do sistema condutor.

O miocárdio, de músculo estriado cardíaco, é responsável pelo bombeamento do sangue. Na junção da veia cava superior com o átrio direito, há o nodo sinoatrial, cujas células sofrem cerca de 70 despolarizações por minuto. As despolarizações propagam-se por feixes específicos de músculo atrial até o nodo atrioventricular, e daí para os ventrículos, através do feixe atrioventricular. Essas estruturas consistem em células musculares cardíacas especializadas, pobres em filamentos contráteis.

O coração contrai-se, batendo cerca de 70 vezes por minuto, mas essa frequência pode ser alterada em situações emocionais ou no exercício pela influência do sistema nervoso autónomo. Tanto o parassimpático como o simpático formam plexos na base do coração. A inervação parassimpática (vagal) diminui a frequência cardíaca, enquanto a estimulação dos nervos simpáticos aumenta-a.

Entre as células do miocárdio, há terminações nervosas livres relacionadas com a sensibilidade à dor, por isso, a percepção de dor quando há deficiência de oxigénio pela obstrução parcial das artérias coronárias (angina) ou no infarto.

Nos átrios e no septo interventricular, há células musculares que secretam polipeptídeos, como o peptídio natriurético atrial, que actua sobre os rins e as adrenais, contribuindo para o controle hídrico e electrolítico e, consequentemente, para regular a pressão sanguínea.

Nos átrios, por causa do fluxo turbulento do sangue, o endocárdio é espesso, enquanto, nos ventrículos, o miocárdio é mais desenvolvido para a propulsão do sangue para fora do coração.

O epicárdio (pericárdio visceral) consiste em uma serosa: tecido conjuntivo frouxo coberto por epitélio simples pavimentoso, o mesotélio. O tecido conjuntivo frouxo contém fibras elásticas, vasos sanguíneos e linfáticos e fibras nervosas. Nessa camada, pode se acumular tecido adiposo em torno das artérias coronárias e das veias que irrigam a parede cardíaca.

O pericárdio visceral e o pericárdio parietal, também de mesotélio, delimitam a cavidade pericárdica, preenchida por um fluido seroso, que evita o atrito das superfícies e permite o livre movimento do coração durante as contracções.

O coração possui uma porção central de tecido conjuntivo denso não modelado, com algumas regiões de cartilagem fibrosa: é o esqueleto fibroso que, além da sustentação estrutural, permite a inserção do músculo cardíaco e age como um isolante eléctrico ao impedir o fluxo livre de impulsos eléctricos entre os átrios e ventrículos.

Para o direccionamento do fluxo sanguíneo, o coração apresenta válvulas, formadas por uma porção central de tecido conjuntivo denso, extensão do esqueleto fibroso, recoberta por tecido elástico e revestida por endotélio. Assim, o sangue é impedido de retornar para os átrios durante a contracção dos ventrículos e de retornar aos ventrículos após a sua saída.


De acordo com o caminho que o sangue percorre, podemos classificar os circuitos em circulação pulmonar e circulação sistémica. Essa última, também denominada de grande circulação, leva o sangue rico em oxigénio presente no ventrículo esquerdo para todas as partes do corpo. O sangue sai do coração por meio da artéria aorta, que se ramifica por todo o corpo, que é onde ocorrem as trocas de nutrientes e catabólitos. O sangue, agora pobre em oxigénio, retorna ao coração por meio das veias cavas superior e inferior, é lançado directamente no átrio direito e segue para o ventrículo direito.

Na circulação pulmonar ou pequena circulação, o sangue pobre em oxigénio encontrado no ventrículo direito é bombeado por meio da artéria pulmonar para os pulmões, mais precisamente para os alvéolos. Nesse local, ele sofre o processo de hematose, tornando-se oxigenado. O sangue é, então, transportado de volta para o coração, sendo lançado no átrio esquerdo pela veia pulmonar.

Vale destacar que o sangue que passa nas circulações sistémicas e pulmonar é o mesmo, uma vez que elas formam um sistema fechado. Entretanto, a pressão exercida por ele em cada circuito é diferente, sendo muito maior na circulação sistémica do que na pulmonar.





Os capilares sanguíneos, ou vasos capilares, são vasos sanguíneos do sistema circulatório com forma de tubos de pequeníssimo calibre. Constituem a rede de distribuição e recolhimento do sangue nas células. Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das artérias e, por outro, com as veias de menor dimensão. Os capilares existem em grande quantidade no nosso corpo. Podem deformar-se com muita facilidade e impedir a passagem de glóbulos vermelhos.

Os capilares consistem em uma camada de células endoteliais, o endotélio (epitélio simples pavimentoso), em forma de tubo, com pequeno calibre: uma a três células em corte transversal. Ao redor das células endotelias, compartilhando a mesma lâmina basal, há os pericitos, de origem mesenquimatosa como as células endoteliais. Eles possuem núcleo alongado, prolongamentos citoplasmáticos e junções comunicantes com as células endoteliais. Filamentos de actina e de miosina promovem a sua contracção, regulando o fluxo sanguíneo.

Após uma lesão, os pericitos podem se diferenciar em células endoteliais, fibroblastos ou células musculares lisas.

Quanto à continuidade da parede endotelial, distinguem-se três tipos de capilares: contínuo, fenestrado e sinusoide.

Nos capilares contínuos, o espaço intercelular é vedado pelas junções de oclusão, e a entrada de substâncias ocorre principalmente por pinocitose. Esses capilares localizam-se nos tecidos conjuntivo, muscular e nervoso. Neste último, estabelecem a barreira hematoencefálica ao evitar a passagem de macromoléculas.

Nos capilares fenestrados, as células endoteliais estão unidas por junções de oclusão, mas, além das vesículas de pinocitose, apresentam poros (ou fenestras, do latim fenestrae, janelas), geralmente recobertos por um diafragma mais delgado que a membrana plasmática, facilitando a difusão de metabólitos. Esse tipo de capilar é encontrado em órgãos onde há intensa troca de substâncias entre as células e o sangue, como nas glândulas endócrinas, nos rins, nos intestinos e em determinadas regiões do sistema nervoso (glândula pineal, hipófise posterior, partes do hipotálamo e plexo coroide).

Os capilares sinusoides têm trajecto tortuoso (sinuoso) e calibre aumentado. Além de poros sem diafragma, há amplos espaços entre as células endoteliais, e a lâmina basal é descontínua. Há macrófagos em torno da parede. O trajecto tortuoso reduz a velocidade da circulação sanguínea e as demais características desse capilar possibilitam um intenso intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos e a entrada ou a saída de células sanguíneas. Esses capilares estão presentes no fígado e em órgãos hematopoéticos, como na medula óssea e no baço.


Os vasos sanguíneos são formados pelas túnicas íntima, média e adventícia, que, de forma generalizada, podem assim ser descritas:

Túnica íntima, constituída pelo endotélio, pela camada subendotelial de tecido conjuntivo frouxo com células musculares ocasionais e pela lâmina elástica interna, de material elástico;

As células endoteliais formam uma superfície lisa, diminuindo a fricção do fluxo sanguíneo. Essa superfície tem propriedades anticoagulantes e antitrombogênicas, relacionadas com a secreção do factor ativador de plasminogênio, a trombomodulina, o glicosaminoglicano sulfato de heparana, o derivado de prostaglandina prostaciclina (PGI2) e o óxido nítrico (NO). A PGI2 e o NO ainda induzem o relaxamento das células musculares lisas. Em condições patológicas, as células endoteliais produzem factores trombogênicos, incluindo o factor tecidual, o factor de von Willebrand e o factor ativador de plaquetas.

       Túnica média, que possui tecido elástico ou tecido muscular liso. O tecido elástico é composto por várias lâminas elásticas, produzidas por células musculares lisas. As lâminas elásticas são fenestradas, permitindo a difusão dos nutrientes. As células musculares lisas, organizadas em espiral, aparecem dispostas circularmente no corte do vaso. Há ainda, secretadas pelas células musculares, fibras colágenas, reticulares e elásticas, proteoglicanas e glicoproteínas. Pode haver a presença da lâmina elástica externa, de material elástico[1];

       Túnica adventícia, composta por tecido conjuntivo denso não modelado e tecido conjuntivo frouxo, o qual se continua com o conjuntivo frouxo do órgão onde o vaso está inserido. Possui fibras colágenas e elásticas e proteoglicanas sintetizadas pelos fibroblastos. Pode conter feixes musculares dispostos longitudinalmente. Há a presença de nervos, capilares linfáticos e pequenos vasos sanguíneos, denominados vasa vasorum, isto é, vasos dos vasos, que desempenham função nutridora.

Os vasos são nutridos pela difusão de metabólitos do sangue que passa na sua luz, mas as túnicas média e adventícia dos vasos de grande calibre, especialmente das veias, onde corre sangue venoso, não são alcançadas, por isso a importância dos vasa vasorum.

Devido à pressão sistólica, a túnica íntima das artérias próximas ao coração, com o tempo, lesa-se, espessando-se pela infiltração com material lipídico e pela deposição de fibras colágenas (ateroma). A lesão pode atingir a túnica média, com destruição do tecido elástico e/ou das células musculares e substituição por colágeno. O espessamento e endurecimento da parede das artérias constituem a arteriosclerose ou, em consequência do ateroma, a aterosclerose.

O ateroma prejudica o fluxo do sangue e contribui para a formação de trombos. Estes resultam da agregação plaquetária sobre a superfície lesada e podem obstruir o vaso, causando necrose (infarto) do tecido. Um fragmento do trombo pode entrar na circulação e obstruir pequenos vasos (embolia), como as arteríolas do cérebro.

Conforme o calibre dos vasos ou se são do ramo arterial ou venoso, alguns constituintes das camadas podem estar ausentes ou variar na sua espessura e composição.

Como as veias nos braços e nas pernas transportam o sangue contra a gravidade, elas possuem válvulas, pregas da túnica íntima de tecido conjuntivo, com fibras elásticas, revestidas por endotélio. Elas são apontadas na direcção do coração e impedem o refluxo do sangue[2].


Em linhas gerais, as veias são os vasos sanguíneos que levam o sangue da circulação de volta ao coração. O começo do retorno venoso se dá por intermédio das vênulas, capilares da extremidade distal as quais conduzem o sangue aos órgãos e tecidos de volta paro o coração.

Desse modo, as vênulas (vasos bastante finos) lançam o seu conteúdo às veias maiores que retornam ao coração – e, assim, iniciando um novo ciclo circulatório. Cabe Salientar que, numericamente, existem mais veias e vênulas no organismo que artérias e arteríolas. Além disso, o calibre das veias e vênulas são maiores que nos vasos arteriais, logo, 70% do sangue do corpo se encontram nesses vasos venosos.


As Veias de grande calibre retornam o sangue advindo das extremidades, da cabeça, do fígado e da parede do corpo directamente para o coração.


Alude-se que as veias de médio calibre possuem menos de 1 cm de diâmetro, são responsáveis pela maior parte da drenagem das regiões do corpo, inclusive das extremidades. A túnica íntima dessas veias inclui o endotélio e sua lâmina basal e fibras reticulares. Por vezes, uma rede elástica circunda o endotélio, porem, tais fibras elásticas não chegam a formar lâminas características de uma lâmina limitante elástica interna. (Obs. Muitas veias de médio calibre possuem valvas que funcionam prevenindo o refluxo do sangue).



Esse sistema recolhe o líquido tecidual gerado em nível dos capilares e das vênulas e o devolve ao sangue nas grandes veias perto do coração. Esse líquido, a linfa, é claro e incolor e corre em uma direcção: dos órgãos para o coração. Permite a circulação dos linfócitos e de imunoglobulinas. Transporta os lipídios absorvidos no intestino delgado. A linfa que drena do intestino é de aspecto leitoso devido ao seu alto teor de lipídios e é chamada quilo.


O sistema vascular linfático inicia-se no tecido conjuntivo como túbulos de fundo cego, os capilares linfáticos. Eles medem 10 a 50μm de largura e são constituídos pelo endotélio, com espaços entre as células e com uma lâmina basal descontínua, o que permite a entrada de líquido e moléculas do fluido intersticial, inclusive proteínas e triglicerídeos, além de células, como os linfócitos.

Os capilares linfáticos anastomosam-se em vasos de maior calibre, os vasos linfáticos, semelhantes histologicamente às vênulas e às veias de médio calibre, inclusive com válvulas para evitar o refluxo da linfa. Há linfonodos interpostos no trajecto que filtram a linfa e adicionam os linfócitos.

Os vasos linfáticos terminam em dois grandes troncos: o ducto torácico e o ducto linfático principal direito, que desembocam nas veias próximas ao coração. Assim, a linfa entra na corrente sanguínea.

Os ductos linfáticos são estruturalmente semelhantes às veias de grande calibre.

As células cancerosas podem entrar nos capilares linfáticos e, ao serem transportadas pela linfa, podem ser retidas no linfonodo que está no trajecto, onde se multiplicam e produzem tumores secundários. Isso é comum no câncer de mama, sendo importante a palpação e a biopsia dos linfonodos axilares como parte do exame para o seu diagnóstico.


O organismo, por sucessivas vezes, se expõe a bactérias, vírus, fungos e parasitas, que, normalmente, são encontrados, em graus variáveis na pele, na boca, nas vias respiratórias, no trato intestinal e nas membranas de revestimento dos olhos e até mesmo das vias urinárias. Muitos desses agentes, no advento de invadirem os tecidos mais profundos, são capazes de provocar doenças graves. Além dos microrganismos normalmente presentes, existe também exposição intermitente a outras bactérias e vírus altamente infecciosos, que podem causar doenças letais (GUYTON & HALL, 2006).

No organismo existem mecanismos de defesa naturais que o protegem das agressões impostas por diferentes agentes que entram em contacto com suas diferentes estruturas. Ao longo da vida, são produzidas células alteradas, mas esses mecanismos de defesa possibilitam a interrupção desse processo, com sua eliminação subsequente. A integridade do sistema imunológico, a capacidade de reparo do DNA danificado por agentes cancerígenos e a acção de enzimas responsáveis pela transformação e eliminação de substâncias cancerígenas introduzidas no corpo são exemplos de mecanismos de defesa. Esses mecanismos, próprios do organismo, são na maioria das vezes geneticamente pré-determinados, e variam de um indivíduo para outro. Esse fato explica a existência de vários casos de câncer numa mesma família, bem como o porquê de nem todo fumante desenvolver câncer de pulmão.

Sem dúvida, o sistema imunológico desempenha um importante papel nesse mecanismo de defesa. Ele é constituído por um sistema de células distribuídas numa rede complexa de órgãos, como o fígado, o baço, os gânglios linfáticos, o timo e a medula óssea, e circulando na corrente sanguínea. Esses órgãos são denominados órgãos linfóides e estão relacionados com o crescimento, o desenvolvimento e a distribuição das células especializadas na defesa do corpo contra os ataques de "invasores estranhos". Dentre essas células, os linfócitos desempenham um papel muito importante nas actividades do sistema imune, relacionadas às defesas no processo de carcinogênese.

Cabe aos linfócitos a atividade de atacar as células do corpo infectadas por vírus oncogênicos (capazes de causar câncer) ou as células em transformação maligna, bem como de secretar substâncias chamadas de linfocinas. As linfocinas regulam o crescimento e o amadurecimento de outras células e do próprio sistema imune. Acredita-se que distúrbios em sua produção ou em suas estruturas sejam causas de doenças, principalmente do câncer.

Sem dúvida, a compreensão dos exactos mecanismos de acção do sistema imunológico muito contribuirá para a elucidação de diversos pontos importantes para o entendimento da carcinogênese e, portanto, para novas estratégias de tratamento e de prevenção do câncer. As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa da célula; o citoplasma, que constitui o corpo da célula; e o núcleo, que contem os cromossomas que por sua vez são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.

Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas actividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inactivos em células normais. Quando activados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.

Segundo os estudos feitos relacionado ao tema que nos foi dado, concluímos que o sistema circulatório, sendo responsável pela distribuição dos nutrientes e da eliminação dos excretos pelos órgãos excretores, em suma dizemos que o sistema circulatório também é responsável pela distribuição do sangue para toda a parte do corpo por intermédio do coração e dos vasos sanguíneos, pois, sem o sangue nenhum humano viveria e por sua vez, sem os mecanismos de defesa do organismo e um mau funcionamento do sistema linfático, a nossa perspectiva de vida seria, provavelmente, de 3%.

Fica assim evidente a importância de mantermos uma rotina de alimentação e consumo saudável, regular e controlada e a prática de exercícios físicos regulares para o bem-estar do nosso sistema circulatório, linfático e da imunidade, isto é, da defesa do nosso organismo.






FREITAS, M. M., & AGOSTINHO, P. S. CIÊNCIAS DA NATUREZA 6ª Classe. Luanda, Angola: Plural Editores, S. A.
GARTNER, Leslie P.; JAMES L. Hiatt (2007). Tratado de Histologia em Cores: (Tradução de Thais Porto Amadeu et al) – Rio de Janeiro: Elsevier.

GUYTON, ARTHUT C; HALL, JOHN E (2006). Tratado de fisiologia médica 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 1264 páginas. ISBN 9788535216417

THIBODEAU, GARRY A; PATTON, KEVIN T (2002). Estrutura e funções do corpo humano 11 ed. Barueri: Manole. 528 páginas. ISBN 8520412599.


[1] A perda da elasticidade da túnica média da artéria pode gerar um aneurisma: o vaso permanece dilatado, e a pressão diastólica diminui. A artéria pode se romper, tendo-se hemorragia e, frequentemente, sendo fatal.

[2] As varizes são veias anormalmente dilatadas e tortuosas, por causa da incompetência das válvulas, da degeneração da parede do vaso ou da perda do tônus muscular. A contracção do músculo estriado esquelético sobre as paredes das veias é importante para impulsionar o sangue.


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