INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO
INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
ENFERMAGEM EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
ITS PROVOCADAS POR AGENTES VIRAIS
LUANDA
2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO
INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
ENFERMAGEM EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
ITS PROVOCADAS POR AGENTES VIRAIS
- HIV/SIDA E HERPES GENITAL
MARIANA JÚLIA M. ZUNZA
SUZANA DOMINGOS FUAFUA
FREDERICO COSTA
WILSON SAMUEL
|
LUANDA
2016
SUMÁRIO
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) ou
Infecções Transmissíveis Sexualmente (ITS) continuam a ser um importante problema
de saúde pública, com enorme significado em muitas partes do mundo. Crê-se que
as IST agudas tenham uma elevada incidência em muitos países. A incapacidade de
diagnosticar e tratar as IST numa fase inicial pode ter como resultado
complicações e sequelas graves, incluindo infertilidade, perda fetal, gravidez
ectópica, cancro anogenital e morte prematura, bem como infecções em recém-nascidos
e lactentes. Os gastos dos indivíduos e das nações no tratamento das IST podem
ser substanciais.
O surgimento do VIH e da SIDA chamaram mais as atenções
para o controlo das IST. Há uma forte correlação entre a difusão das IST
convencionais e a transmissão do VIH, tendo-se descoberto que as IST,
ulcerativas ou não ulcerativas, aumentam o risco da transmissão do VIH por via
sexual. O surgimento e difusão da infecção por VIH e da SIDA vieram também
complicar o tratamento e controlo de outras IST. Ora, temos como objecto
principal neste trabalho falarmos acerca das IST provocadas por agentes virais.
As infecções sexualmente transmissíveis (ITS) estão entre
os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. A adolescência
compreende um período de grande vulnerabilidade às IST, fato justificado, pois
muitos adolescentes iniciam a vida sexual quando ainda apresentam pouco
conhecimento sobre as mesmas, tendo uma visão equivocada sobre o risco pessoal
de adquiri-las. Esse período é marcado por mudanças anatómicas, fisiológicas,
psíquicas e sociais. O presente trabalho vai retratar, quanto à ITS virais do
HIV/Sida e a Herpes Genital, da epidemiologia, etiologia, quadro clínico,
diagnóstico, seus tratamentos, complicações apresentadas e até mesmo assistência
da enfermagem prestada para os pacientes com essas patologias.
Infecções sexualmente transmissíveis também conhecidas
por IST, são doenças infecciosas que se transmitem essencialmente (porém não de
forma exclusiva) pelo contacto sexual. Antigamente eram denominadas de doenças
venéreas. O uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida
mais eficiente para prevenir a contaminação e impedir a sua disseminação.
O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no
organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a
replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras
do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva), mais debilitada e
sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são
provocadas por micróbios e que não afectam as pessoas cujo sistema imunológico
funciona convenientemente. Também podem surgir alguns tipos de tumores
(cancros).
A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A
transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com
sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela
amamentação.
O herpes genital é
uma doença sexualmente transmissível (DST) causado pelo vírus herpes simplex. O
herpes genital é habitualmente transmitido nos períodos de doença activa, ou
seja, quando há lesões visíveis na região genital. Porém, mesmo nos períodos de
remissão da infecção, quando não existem úlceras ou bolhas visíveis, podem
haver vírus nas secreções genitais de homens e mulheres, o que favorece o
contágio.
As ITS virais são doenças causadas por vírus. Estes vírus
são essencialmente transmitidos por contacto sexual. Este pode ser vaginal,
anal ou oral, mas não requerem apenas que fluidos sejam passados de um parceiro
para o outro. As ITS virais não podem ser totalmente curada, mas podem ser
controladas ao ponto em que mal são notadas.
Apesar dos tipos mais comuns de infecções virais como o
herpes genital e as verrugas, serem improváveis de ser perigosas, o VIH tem o
potencial de causar complicações muito graves. Tal como as ITS bacterianas, as ITS
virais podem não ser notadas ao início, mas o herpes genital e as verrugas
podem começar a causar sintomas visíveis como as verrugas dentro e fora da zona
genital e ânus (verrugas genitais) ou as vesículas tipo rash cutâneo, acompanhadas
de desconforto (herpes genital). O herpes genital pode causar surtos
esporádicos que desaparecem passado algum tempo.
ITS virais comuns incluem:
·
Herpes genital
(causado pelo vírus do herpes simplex tipo II)
·
Verrugas genitais
(causadas pelo vírus do papiloma humano, ou HPV)
·
VIH (causado pelo
vírus da imunodeficiência humana)
As ITS são agravos de grande importância para
a saúde pública, estando entre os dez principais motivos de procura por
serviços de saúde no mundo, segundo a OMS. A repercussão de suas sequelas em
ambos os sexos, como o aumento da morbimortalidade materna e infantil, do
câncer genital e pelo papel facilitador da transmissão sexual do HIV estão bem
documentados, evidenciando a relevância deste grupo de enfermidades. O
reconhecimento dos dados epidemiológicos é relevante, pois demonstra a
necessidade de desenvolver métodos que objectivem a interrupção da cadeia de
transmissão de forma efectiva e imediata.
Como referido anteriormente, é conhecido que
as ITS estão entre as principais facilitadoras da transmissão do HIV. A via de
transmissão deste vírus é predominantemente sexual e as estatísticas actuais
mostram que o contingente de portadores do HIV tem se estendido por faixas
etárias cada vez mais baixas. De acordo com dados recentes do Ministério da
Saúde, nos indivíduos com 13 anos ou mais de idade, a transmissão pela via
sexual do HIV correspondeu a 94,9% e 97,4% em homens e mulheres,
respectivamente.
Com relação à hepatite C (HCV), a transmissão
sexual é pouco frequente e ocorre, principalmente, nos indivíduos com múltiplos
parceiros e com pratica sexual de risco (sem uso de preservativos). Segundo o
Ministério da Saúde, em 2011, a soro-prevalência do HCV na população geral foi
de 1,38%, sendo 0,75%, na faixa etária entre 10 e 19 anos. Esses dados
demonstram que os adolescentes representam uma parcela da população com elevada
susceptibilidade à infecção pelos HBV e HCV. Este fato ocorre em função da
adopção de comportamentos de risco, sinalizando a necessidade de programas
preventivos, os quais devem ser instituídos com base no conhecimento da
situação epidemiológica e da dinâmica de transmissão.
O vírus do papiloma humano (HPV) é
considerado uma importante infecção de transmissão sexual com repercussão
mundial. As adolescentes sexualmente activas apresentam as taxas mais altas de
infecciones por HPV, variando entre 50 e 80%, a partir de dois a três anos do
início da actividade sexual.
O vírus herpes simples (HSV) é considerado
uma pandemia sem precedentes, disseminando-se por todo o mundo. Estudos soroepidemiológicos
confirmam que mais de 90% da população, em geral na quarta década de vida, possui
anticorpos séricos contra pelo menos uma das cepas do HSV. A infecção pelo
HSV-1 (principal agente do herpes extra genital) tem-se tornado cada vez mais
precoce na população, estando presente na forma latente em indivíduos cada vez
mais jovens. O aumento na incidência da infecção herpética genital pelo HSV-1
é, também, tendência mundial e foi demonstrado como agente causal de 28,5% das
ulcerações genitais de certas populações. O HSV-2 é o agente preponderante nas
formas perigenitais e sua prevalência aumenta com a idade, com incremento
cumulativo após a puberdade.
Apesar de, em Angola, não haver dados
consistentes por subnotificação sobre a prevalência das ITS nos adolescentes ou
noutras faixas etárias, os dados disponíveis a partir de muitos estudos
epidemiológicos que são realizados em serviços que atendem às ITS ou grupos seleccionados
nos sugerem a magnitude deste grupo de enfermidades nesta população.
A classificação abaixo procura relacionar as
principais ITS com o agente etiológico viral.
·
Herpes simples:
herpes genital primário/recorrente, meningite asséptica, herpes neonatal,
aborto espontâneo, parto prematuro.
·
Vírus da hepatite B:
hepatite aguda /crónica /fulminante, carcinoma hepatocelular primário.
·
Vírus da hepatite A:
hepatite A.
·
Papovavírus:
condiloma acuminado, papiloma laríngeo, neoplasia intraepitelial cervical,
carcinoma do colo uterino.
·
Vírus do molusco
contagioso: molusco contagioso genital.
·
Citomegalovírus:
infecção congênita, mononucleose infecciosa.
·
HIV - AIDS.
O grupo das Infecções Transmissíveis Sexualmente é
bastante heterogêneo, por isso os sintomas são muito variados. De modo didáctico,
amos dividir o quadro clínico das ITS em 2 grupos: HIV/SIDA e Herpes Genital.
Os primeiros fenômenos observáveis para Aids são
fraqueza, febre, emagrecimento, diarréia prolongada sem causa aparente. Na
criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões,
diarréia e dificuldades no desenvolvimento.
Fase sintomática
inicial da Aids: candidíase oral, sensação constante de cansaço, aparecimento
de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, diarréia, febre, fraqueza orgânica,
transpirações noturnas e perda de peso superior a 10%.
Infecção aguda da Aids: sintomas de infecção viral como
febre, afecções dos gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas
articulações; ínguas e manchas na pele que desaparecem após alguns dias;
feridas na área da boca, esófago e órgãos genitais; falta de apetite; estado de
prostração; dores de cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e
vómitos.
Muitas vezes, as pessoas não sabem que foram infectadas
com os vírus do herpes genital, porque é comum que a doença não manifeste
sinais ou sintomas. Mas pode acontecer de a pessoa presenciar alguns sintomas
característicos:
·
Dores e irritação que surgem de dois a
dez dias após o contágio.
·
Manchas vermelhas e pequenas bolhas
esbranquiçadas que costumam surgir dias após a infecção.
·
Úlceras na região dos genitais, que
podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar.
·
Cascas que se formam
quando as úlceras cicatrizam.
Nos primeiros dias
após o contágio, a pessoa infectada pode apresentar sintomas muito parecidos
com os da gripe:
·
Apetite reduzido
·
Febre
·
Mal-estar geral
·
Dores musculares na
parte inferior das costas, nádegas, coxas ou joelhos.
As feridas
características do herpes genital surgem imediatamente quando o vírus entra no
organismo. Você pode espalhar a ferida tocando-a e, depois, passando as mãos
por outras partes do corpo.
Herpes genital pode causar feridas no pênis, saco
escrotal, coxas e na uretra, bem como na vagina, vulva e colo do útero. Feridas
também podem aparecer nas nádegas, boca e no ânus.
Uma segunda crise
pode aparecer semanas ou meses depois da primeira. Essa crise é quase sempre
menos grave e de menor duração que a primeira. Com o tempo, o número de crises
pode diminuir.
Uma vez que uma pessoa é infectada, no entanto, o vírus
se esconde nas células nervosas e permanece no corpo. O vírus pode permanecer
"dormente" (adormecido) por um longo período (chamado de latência).
Os ataques podem acontecer
com pouca frequência, como uma vez por ano, ou com tanta frequência que os
sintomas parecem ser contínuos. As infecções recorrentes em homens normalmente
são mais moderadas e duram menos que nas mulheres.
A maioria das ITS pode ser diagnosticada por um exame
local pelo médico. Exames de sangue e culturas de secreções retiradas das áreas
genitais podem também identificar o agente causador da doença
O diagnóstico e testes para ITS podem envolver:
·
Exame pélvico e
físico. O médico pode procurar por sinais de infecção.
·
Exame de sangue.
·
Teste de urina.
·
Amostra de fluido ou
tecido.
Um exame físico muitas vezes basta para o diagnóstico. Mas
o médico pode optar também por realizar alguns exames para certificar-se de que
acertará no diagnóstico, como:
·
Cultura de vírus: neste procedimento,
o especialista coletará uma amostra da ferida causada por herpes e levará para
análise de laboratório.
·
Exame de reação de polimerase em
cadeia: conhecido como PCR, por causa da sigla em inglês, este exame faz um
esboço do DNA do paciente por meio da análise de uma pequena amostra da ferida
presente na genitália. A partir deste DNA, o médico poderá dizer se há presença
de vírus causador do herpes ou não.
·
Exame de sangue: os
resultados deste exame mostrarão se há presença ou não de anticorpos contra os
vírus do herpes genital, indicando se houve infecção no passado.
O diagnóstico faz-se a partir de análises sanguíneas para
detectar a presença de anticorpos ao VIH. Estes anticorpos são detectados,
normalmente, apenas três a quatro semanas após a fase aguda, não podendo haver
uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três meses após o contágio.
As primeiras
análises a um infectado podem dar um resultado negativo se o contágio foi
recente, por isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis semanas e três
meses após a primeira análise. O período em que a pessoa está infectada, mas
não lhe são detectados anticorpos, chama-se «período de janela». Com os testes
actualmente disponíveis é possivel detectar a infecção mais cedo e reduzir este
«período de janela» para 3 a 4 semanas.
O teste usado é o
ELISA («Enzime Linked Immuno-Sorbent Assay»). Pode usar-se também um outro
teste, o «Western Blot», para confirmar o resultado.
Aos seropositivos
realizam-se também testes de carga vírica para avaliar o nível de VIH no
sangue. Estes, juntamente com os exames para efectuar a contagem de células CD4,
são fundamentais para fazer um prognóstico sobre a evolução da doença. Se a
carga vírica for elevada e a contagem das células CD4 baixa, e se o
seropositivo não começar a fazer tratamento, a doença progredirá rapidamente.
Os testes à carga vírica são, igualmente, importantes para avaliar a reacção do
doente aos tratamentos. Os dois exames são, geralmente, repetidos de três em
três meses.
Uma pessoa saudável tem entre 500 e 1 500 células CD4 por
mililitro de sangue. A seropositividade transforma-se em SIDA quando as células
CD4 baixam para menos de 200 por mililitro de sangue, ficando assim o organismo
mais desprotegido e tornando-se um alvo fácil das chamadas doenças
oportunistas.
Uma doença sexualmente transmissível é uma infecção que
se transmite primeiramente por contacto sexual. Esta pode ser por sexo vaginal,
oral ou anal, ou por vezes até por contacto genital externo. A maioria destas
infecções pode não causar danos imediatos à nossa saúde ou causar sintomas
desconfortáveis, mas pode fazer com que desenvolva eventualmente, complicações
de saúde graves.
As infecções virais podem afectar a nossa saúde. As
complicações a longo-prazo possíveis de desenvolver geralmente dependem do tipo
de infecção, mas existem algumas semelhanças entre os diferentes grupos de ITS.
Herpes genital não tratada
pode acarretar em problemas mais graves, a exemplo de:
·
Outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST’s), incluindo Aids;
·
Infecção de recém-nascidos por meio do
contacto do bebé com o vírus durante o trabalho de parto. O contágio de herpes
por bebês recém-nascidos pode resultar em danos cerebrais, cegueira e pode
levar até mesmo à morte em casos mais severos;
·
Problemas de bexiga, resultantes da
presença de feridas na região da uretra, obstruindo-a e impedindo a saída da
urina. Nesses casos, é necessário o uso de um cateter para fazer a drenagem da
bexiga;
·
Meningite está entre as possíveis
complicações do herpes genital, causada pela inflamação das membranas e do
líquido cefalorraquidiano presente no sistema nervoso;
·
Outro problema que
pode ser causado é a retite – inflamação do recto, provocada muitas vezes por
sexo anal.
Algumas pessoas podem desenvolver infecções muito graves
por herpes que abrangem cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal ou
pulmões. Essas complicações normalmente se desenvolvem em pessoas com um
sistema imunológico enfraquecido, como aquelas que estão passando por
quimioterapia, radioterapia ou que tomam doses altas de cortisona.
O vírus da AIDS é silencioso e nem sempre quem está
infectado apresenta a doença.
No entanto é necessário fazer o exame para que o
paciente, se no caso for soropositivo, fique atento a sua saúde. Os medicamentos
e seus efeitos colaterais ligados à deficiência imunológica podem facilitar que
outras doenças se instalem. Aids pode desencadear várias doenças ou
complicações, porém, vamos apenas destacar algumas.
─ Doenças
renais
Pelo fato da Aids enfraquecer o sistema imunológico o
organismo fica mais suscetível às inflamações e infecções, favorecendo o
aparecimento de infecções renais e consequentes complicações como a perda da
filtragens dos rins.
─ Doenças
cardíacas
Medicamentos usados por soropositivos podem levar a um
aumento da produção de lipídios, o que pode favorecer ao surgimento de
problemas cardíacos, como o infarto. Além de que um organismo com o sistema
imunológico frágil pode levar à deposição de gordura nos vasos sanguíneos e
causar derrame.
─ Pneumonia
A pneumonia causada por Pneumocystis jiroveci não
consegue se desenvolver em pessoas com um sistema imunológico forte, porém em
organismos frágeis pode levar à morte.
─ Câncer
Pessoas com HIV têm lidado bem com doenças que se
instalam devido à imunodeficiência, porém neoplasias ligadas ao vírus ainda são
difíceis de serem combatidas, como o linfoma. Hábitos que estejam directamente
ligados a essas doenças como o tabagismo e o sedentarismo devem ser abolidos.
O tratamento depende do tipo de ITS. Para algumas ITS o
tratamento pode envolver medicamentos ou injecção. Para outras ITS que não têm
cura, como herpes, o tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas. O paciente
deve usar somente os medicamentos prescritos pelo médico.
Existem, até o momento, duas classes de drogas liberadas
para o tratamento anti-HIV:
Inibidores da
transcriptase reversa
São drogas que
inibem a replicação do HIV bloqueando a acção da enzima transcriptase reversa
que age convertendo o RNA viral em DNA.
Inibidores da
protease
Estas drogas agem
no último estágio da formação do HIV, impedindo a acção da enzima protease que
é fundamental para a clivagem das cadeias protéicas produzidas pela célula
infectada em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula
do HIV.
Ainda não há cura
para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da
doença e impedir que ela cause complicações mais graves e que se espalhe pelo
corpo. Acompanhamento médico pode, também, agir para amenizar os sintomas e
para não transmitir herpes para outras pessoas.
O tratamento é
feito basicamente por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o
desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez.
Para crises
recorrentes, comece a tomar o medicamento assim que o formigamento, a queimação
ou a coceira começar, ou assim que você notar o aparecimento de bolhas.
As pessoas que têm
muitas crises podem tomar esses medicamentos diariamente durante um tempo. Isso
pode ajudar a evitar crises e a diminuir sua duração. Isso pode diminuir a
chance de transmitir herpes para outra pessoa.
Mulheres grávidas
podem receber tratamento contra herpes durante o último mês de gestação para
diminuir as chances de ter uma crise no momento do parto. Se houver uma crise
no momento do parto, será recomendada uma cesariana para diminuir a
possibilidade de infecção do bebé.
Os possíveis
efeitos colaterais dos medicamentos contra herpes incluem:
Fadiga, Dor de
cabeça, Náusea e vómito, Erupções, Convulsão e Tremores.
Por conta do estigma e da possível ameaça aos
relacionamentos emocionais, aqueles com sintomas de ITS frequentemente relutam
ou hesitam em procurar os cuidados de saúde de uma maneira adequada. As ITS
podem progredir sem sintomas, semelhante a muitas doenças infecciosas. Os
riscos de complicação e transmissão de um indivíduo infectado aumentam com o
passar do tempo, por conta desta temática um atraso no diagnóstico e tratamento
é potencialmente perigoso (SMELTZER,S.C.;BARE,B.G, 2006)
Devido a essa problemática, para abordar um paciente
portador de ITS, o profissional deve estar bem treinado e capacitado para tal.
O nível de conhecimento do enfermeiro sobre a infecção deve incluir estratégias
de tratamento, fontes de encaminhamento e medidas preventivas. Além disso, o
enfermeiro deve ser especializado em orientações e aconselhamentos e deve
sentir-se confortável quando se deparar com pacientes que apresentam diagnóstico
de infecção.
Os enfermeiros necessitam ser particularmente sensíveis
ao abordar pacientes com ITS, pois, os pacientes sentem-se envergonhados e
ainda tem a questão do estigma social ligado às ITS. Diante desse fato, cria-se
a necessidade de buscar atendimento diferenciado a esses pacientes. Diante da
complexidade da doença, permeada por estigmas e preconceitos o portador ou
doente sofre mudanças diversas, muitas vezes drásticas, no meio em que vive e
com quem convive, por isso o impacto que ele sofre desde o momento da
constatação do diagnóstico, o leva à deparar-se com suas relações afectivas,
íntimas e familiares, trazendo conflitos que muitas vezes não são fáceis de
serem enfrentados e solucionados.
Programas educacionais efectivos devem ser iniciados pelo
enfermeiro para educar o público em relação a práticas sexuais mais seguras a
fim de diminuir os riscos de transmissão. A participação do enfermeiro na
prevenção primária é de fundamental importância para limitar as ocorrências das
infecções. Além de avaliar o paciente a procurar sinais e sintomas frequentes e
dos factores de riscos, o enfermeiro pode ajudar o paciente a evitar ITS e suas
ocorrências ensinando-lhe a adoptar as precauções descritas nas directrizes
(RICCI, Susan Scott, 2008).
O profissional enfermeiro deve utilizar intervenções
educativas que promovam o conforto e liberdade para discussão do tema entre a
população alvo, alertando sobre práticas sexuais seguras inclusive no período
gestacional motivando o interesse e aplicação do conhecimento adquirido pelos
pacientes atendidos para que estes utilizem o novo aprendizado.
A capacitação da equipa de enfermagem tem como directriz
qualificar a assistência. Quanto mais qualificada estiver essa equipa, mais
facilmente ela poderá abordar e satisfazer as necessidades da clientela. Quando
se educa uma equipa, dignifica-se o profissional e o cliente, pois os cuidados
de enfermagem são realizados por uma equipa. O enfermeiro tem um papel
imprescindível neste factor, ele deve estar apto para elaborar uma proposta de
capacitação eficaz. O treinamento de capacitação de Recursos Humanos que
prestam atendimento directo e/ou indirecto a pacientes portadores de ITS é
essencial para a prevenção diagnóstico e tratamento em tempo hábil.
As atribuições e responsabilidades de cada um são
diferentes, de acordo com a Lei do Exercício Profissional nº 7498 de 25/06/86,
regulamentada pelo Decreto-lei nº 94406. Para que a assistência de enfermagem
ao paciente portador do HIV e da AIDS seja resolutiva e solidária, faz-se
necessário a capacitação dos profissionais.
A incidência das ITS, particularmente no nosso país, vem
aumentando e já podem ser consideradas um problema de saúde pública. O início
precoce da actividade sexual, associado à baixa adesão ao uso do preservativo,
contribui para o aumento da incidência. Portanto, a implementação de políticas
públicas de saúde sexual e reprodutiva, que incluem educação em saúde e
acompanhamento psicológico em Angola podem, seguramente, ser de extrema
importância no combate às ITS.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Protocolo Clínico e Directrizes Terapêuticas,
Infecções Sexualmente Transmissíveis, Editora CONITEC, Brasília, 2015.
MINISTÉRIO DA
SAÚDE, Protocolo Clínico e Directrizes Terapêuticas para Atenção Integral às
Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, 2ª edição revisada, Editora
MS/CGDI, Brasília, 2016.
MOHERDAUI F. Abordagem sindrômica das doenças sexualmente
transmissíveis. DST - J Bras Doenças Sex Transm. 2000;12(4):40-9
NERY JAC, PÉRISSÉ ARS, AMARO FILHO SM, CÔRTES JÚNIOR JCS.
Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: Coura JR, ed. Dinâmica das Doenças
Infecciosas e Parasitárias. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013.
p.1598-609.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, Orientações para o
Tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Genebra, Suíça, 2005.
SMELTZER,S.C.;BARE,B.G., Brunner/Suddarth Tratado de
Enfermagem Médico-Cirúrgica, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan 2006 10ª
edição, v.4.
Como me tornei uma mulher feliz novamente
ResponderExcluirCom lágrimas de alegria e felicidade, estou prestando meu testemunho a todos os telespectadores on-line, meu problema com o estágio IB de Câncer de Estômago causou-me muitas dores e tristezas, especialmente em minha família.
Eu estava com tanto medo de perder a vida, sofri o constrangimento de visitar
terapia centenas de vezes, infelizmente eles não encontraram uma solução definitiva para o meu problema, chorei o dia todo e a noite, tenho que viver minha vida dessa maneira? Eu procurei toda a Internet por cuidados, fui enganado por fraudadores da Internet vezes sem números ... até que um amigo meu que fica no Reino Unido me apresentou a um amigo dela que estava curado da mesma doença, e ela me apresentou ao Dr. Itua, que a curou do câncer de mama por este e-mail / WhatsApp +2348149277967, drituaherbalcenter@gmail.com. Entrei em contato com ele e ele prometeu que tudo ficaria bem e que eu tinha fé. Ele me enviou seus medicamentos à base de plantas através do Courier servcie e fui instruído sobre como tomá-lo por três semanas para curar, segui as instruções que me foram dadas e Hoje sou uma mulher feliz novamente. Ele cura todos os tipos de doenças como - câncer no cérebro, doença trofoblástica gestacional, câncer de cabeça e pescoço, câncer de ovário, linfoma de Hodgkin, herpes, câncer de fígado, câncer de garganta,
Síndrome Fibrodisplasia Ossificante Progresesclerose, doença de Alzheimer, diarréia crônica, DPOC, Parkinson, Als, carcinoma adrenocortical Mononucleose infecciosa.
Câncer de intestino, Câncer de tireóide, Câncer de útero, Fibróide, Angiopatia, Ataxia, Artrite, Escoliose lateral amiotrófica, Tumor cerebral, Fibromialgia, Toxicidade por fluoroquinolonaTumor de bexiga Mieloma múltiplo, tumores neuroendócrinos
Linfoma não Hodgkin, Câncer bucal, Câncer de sinusite, Hepatite A, B / C, Câncer de pele, Sarcoma de tecidos moles, Câncer de coluna, Câncer de estômago, Câncer de estômago, Câncer de vagina, Câncer de vulva,
Câncer testicular, Doenças de Tach, Leucemia.