Índice
A
Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados
Unidos e a União Soviética disputam a hegemonia política, económica e militar
no mundo.
A
União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada,
igualdade social e falta de democracia. Porém, os Estados unidos, a outra
potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na
economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda
metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em
outros países os seus sistemas políticos e económicos.
A
definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no
campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direito entre os
Estados Unidos e a URSS (União Soviética). Mesmo porque, eles estavam armados
com centenas de mísseis nucleares. Portanto, um conflito armado direito
significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra.
Guerra
Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e
conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo
o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União
Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, económica,
social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. É chamada
"fria" porque não houve uma guerra direita entre as duas
superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A
corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares
foi o objectivo central durante a primeira metade da Guerra Fria,
estabilizando-se na década de 1960 até à década de 1970 e sendo reactivada nos
anos 1980 com o projecto do presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan chamado
de "Guerra nas Estrelas".
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COMO TUDO COMEÇOU
Não
há consenso sobre a data exacta em que a Guerra Fria começou. Para alguns, o
marco simbólico foram as explosões nucleares sobre as cidades japonesas de
Hiroshima e Nagasaki. Dessa maneira os EUA estariam demonstrando o poder das
bombas atómicas tentando assim intimidar os Soviéticos e garantir os interesses
norte americanos. Por conseguinte Churchill (ex-primeiro-ministro britânico)
anunciara a ruptura entre os antigos aliados através do seguinte discurso,
feito em Março de 1946:
"Uma
sombra se abateu sobre o cenário até há pouco iluminado pelas vitórias aliadas.
Ninguém sabe o que a Rússia soviética e sua organização comunista internacional
pretendem fazer no futuro imediato, ou quais são os limites -se é que eles existem
para suas tendências expansionistas e proselitistas. [...] De Stettin, no
báltico, até Trieste, no Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o
continente. Atrás dela estão todas as capitais dos antigos países da Europa
central e do Leste europeu [...]. Não importa que conclusões possamos tirar
desses fatos -e fatos eles sãos, esta realmente não é a Europa livre que
lutamos para construir. Tampouco é uma situação capaz de proporcionar uma paz
duradoura."
Há
os que acreditam que seu início data de Março de 1947. No dia 11 desse mês, o
então presidente dos EUA, Harry Truman, fez um discurso ao Congresso de seu
país, afirmando que os EUA iriam impedir a União Soviética de criar um império
comunista mundial. Assim nasceu a Doutrina Truman. Outros estudiosos
consideram, ainda, que a Guerra Fria nasceu em Outubro de 1949, quando a
Alemanha foi dividida em dois países, um capitalista e outro socialista. Como
resultado dessa divisão, os EUA criaram a Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), uma aliança militar que tornava oficial a divisão da Europa em
dois blocos antagónicos.
Em
contrapartida, a União Soviética e a Europa Ocidental formaram o Pacto de
Varsóvia, em 1955, e o Comecon (Conselho de Ajuda Económica Mútua).
A Guerra Fria foi muito mais do que uma
disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma importante dimensão cultural,
que colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal. Ela mexeu com a
imaginação das pessoas, criou e reforçou preconceitos, ódios e ansiedades, uma
guerra onde nunca poderia se confiar no outro lado, pois um golpe pelas costas
poderia ser dado num piscar de olhos. Para aplicar estes golpes fatais existiam
as agências de espionagem.
As
duas grandes agências de espionagem da Guerra Fria foram a KGB, do lado
soviético, e a CIA, do lado americano. Nos dois blocos, agentes eram
especialmente treinados para praticar actos de sabotagem, assassinato,
chantagens e compra ou roubo de informações.
Entretanto, um dos momentos mais dramáticos
da história da espionagem na Guerra Fria aconteceu em Outubro de 1964, com o
episódio que se tornou conhecido como a crise dos mísseis cubanos. Os pilotos
dos aviões de espionagem americanos detectaram uma tentativa soviética de
instalar bases nucleares em Cuba, país de regime comunista e liderado por Fidel
Castro. Kennedy advertiu o dirigente soviético, Nikita Khrushev, de que
lançaria mão de seu poder nuclear para impedir a instalação dos mísseis.
Durante a crise, que durou três semanas, o mundo chegou muito perto de um
confronto nuclear entre as superpotências.
O clima de terror não era, portanto, um
simples jogo retórico. Havia, de fato, a sensação de que a vida humana poderia
ser eliminada do planeta se um dos lados apertasse "o botão vermelho"
do arsenal nuclear. Nesse clima é claro que o diálogo político foi extremamente
prejudicado. Era difícil falar seriamente em diálogo, em compreensão mútua e
paz, se um dos blocos tinha milhares de mísseis apontados contra o outro bloco.
Isso provocou o descrédito da própria actividade política.
A
história da humanidade sempre foi marcada pela ascensão, hegemonia e queda de
grandes impérios, nas mais diversas regiões do globo, como exemplos destes
podemos citar o Império Egípcio, Babilónico, Romano, SIRG (Sagrado Império
Romano Germânico), Inca , Asteca, Árabe, Otomano, Alemão e mais recentemente o
Império Russo que atinge seu colapso com o fim da URSS em 1991.
As
conquistas destes impérios sempre foram marcadas por inúmeras guerras
deflagradas por disputas territoriais, diminuição, incorporação e extermínio de
etnias, ou seja, por imposição forçada de um determinado grupo (mais forte
bélicamente ) contra outros mais vulneráveis.
Com
o grande Império Russo não foi diferente, na presente pesquisa vamos verificar
todas as etapas que vão desde a formação
do Estado Russo no século IX, todo seu processo de expansão territorial ( para
a Sibéria, Cáucaso e Báltico), passando por fatos importantes de sua
história como a Revolução Bolchevique de
1917 que implantou o socialismo real,
sua participação na 1ª Guerra Mundial , formação da URSS em 1922,
participação na 2ª Guerra Mundial, guerra fria, factores que levaram a crises económicas
e políticas, perestróika, glasnost, CEI e actualidades como a explosão de
graves conflitos étnicos envolvendo chechenos e outras minorias que fazem parte
da Federação Russa e que lutam por independência.
Não
há dúvida em que a desintegração da URSS foi o principal fato geopolítico do
final do século XX, fato este que gerou profundas modificações em todo leste
europeu e mudou a ordem mundial que agora possui apenas os EUA como grande
superpotência.
Devido
a todos estes factores é imprescindível que compreendamos toda a dinâmica que
levou a ascensão e queda do “Império Vermelho” e seus reflexos no mundo.
Não
se pode falar da Rússia actual sem antes entender o processo de
territorialização e todos os caminhos que levaram a formação da URSS, sua
ascensão e posterior extinção. Pois a Rússia de hoje é reflexo deste processo
já que sempre esteve na liderança do bloco socialista e é a maior herdeira da
antiga URSS.
Para
tanto, vamos fazer um pequeno retrocesso histórico que vai desde a expansão
territorial até actual situação político-económica da Rússia.
O
longo processo de expansão territorial russo se estende desde o século IX até o
inicio do século XX. Partindo de uma pequena faixa de terra localizada, de
forma bem genérica, entre os mares Báltico e Negro, grupos russos se expandiram
para todas as direcções. A expansão trouxe como consequência a conquista e a
submissão de muitos povos pelos russos e a constituição de um estado com
nítidas características de heterogeneidade étnica.
A
constituição do Estado russo ocorreu em 862. Por volta do século XIII veio o
domínio mongol que dura mais de 150 anos. Com a libertação contra os mongóis
começa um grande processo expansão territorial e com a chegada ao poder do czar
Pedro o Grande, Moscou se torna centro do império e a conquista expande-se para
o leste ( Sibéria), região do Cáucaso e a região do Báltico.
Com
o czar Alexandre II veio a conquista do território da Ásia Central e extremo
oriente até a costa do mar do Japão, ampliando assim as saídas marítimas do
império. Para assegurar a posse do território a Rússia constrói neste período
as ferrovias Transcaucasiana e
Transiberiana, que estimularam a industrialização na metade do séc. XIX,
principalmente os sectores siderúrgicos, metalúrgicos e de extracção mineral,
além de integrar as vastas regiões, as ferrovias ajudaram a manter o poder
centralizado.
Quando
eclodiu a 1ª Guerra Mundial, o Império russo se apresentava como um dos
protagonistas do conflito. A guerra só contribuiu para o fim do Império russo
que foi derrubado antes mesmo do fim da guerra, em 1917 pela revolução
Bolchevique.
A
participação da URSS na II Guerra Mundial tem início em 1941, quando seu
território foi invadido pelas tropas alemãs. Este acontecimento foi decisivo
para levar a União Soviética a se unir às forças contra o (Reino – Unido,
França...) na luta contra o Nazi-fascismo. Durante vários meses os alemães
impuseram severas derrotas aos soviéticos. Porém, a partir de 1942 acontece uma
reviravolta. Os alemães começam a recuar devido resistência dos soviéticos e ao
rigoroso inverno com temperaturas 30º abaixo de zero.
Em
1943 os soviéticos derrotaram os alemães na batalha de Stalingrado. Daí por
diante as tropas nazistas foram sendo afastadas do território soviético.
A
partir dessa vitória a União Soviética se fortalece em 1945 emerge como a
segunda maior potência mundial.
Durante
a Guerra a União Soviética mostrou ao mundo o seu poderio militar.
Em
um curto período a URSS:
·
Contribui efetivamente para a
derrota do nazi-fascismo;
·
Readiquiriu, na conferência de
Yalta e em Postdam territórios que havia perdido por ocasião da I Guerra
Mundial;
Expandiu
seu território e ampliou sua área de influência, submetendo vários países do
leste europeu que viviam sob regime socialista; Polónia; Techoslováquia;
Hungria; Roménia; Iugoslávia; Bulgária; Albânia e mais tarde a Alemanha
Oriental.
Ao
final do conflito mundial a economia da URSS estava arruinada e o número de
mortes somava cerca de 20 milhões. Apesar disso ela emerge como uma grande
potência do planeta.
No
Pós-Guerra, EUA e URSS, surgem como as duas superpotências mundiais entrando em
rivalidade na busca pela hegemonia mundial.
A
partir desse momento ficaram bastante tensas as relações entre os Estados Unidos
e a União Soviética que passaram a disputar áreas de influência internacional.
Iniciava-se assim o período que ficou conhecido como Guerra-Fria que
estendeu-se de 1947 (com a Doutrina Truman) até fins da década de 80.
O
mundo foi bipolarizado, ou seja, dividido em 2 blocos que se diferenciaram
geopolíticas ideologicamente: o Bloco Ocidental, liderado pelos Estados Unidos.
Era composto pelos países capitalistas; O Bloco Oriental, conhecido como
Cortina de Ferro era dominado pela URSS, compunha-se dos países socialistas.
A
tensão entre as potências EUA e URSS era grande. Para os norte-americanos a
União Soviética e o socialismo representavam a negação de todos os seus
princípios políticos; ditadura ao invés de Democracia; panejamento económico
centralizado ao invés da liberdade de escolha e do pensamento; e a sujeição do
individuo ao estado.
O
confronto entre EUA e URSS foi intenso, estendendo-se pelos planos da economia,
tecnologia e armamentos. Procurando sempre superar forças um do outro, ambos
mergulharam em uma acirrada corrida armamentista. Houve grande investimento em
tecnologia, indústrias bélicas (como as de aviões, submarinos, helicópteros,
mísseis...) industria aeroespacial e especialmente Industria Nuclear.
Já
quando lançaram as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki os Estados Unidos
pretendiam mostrar a URSS seu poderio militar.
O
mundo viveu um período de grande tensão, pois caso as potências se
confrontassem directamente suas armas nucleares se encarregariam de não deixar
sobreviventes. Seria o fim da história. Durante esse período o que garantiu a
paz foi justamente à premissa da mútua destruição assegurada.
Mas
os conflitos entre EUA e URSS ocorriam de maneira indirecta. Quando Estados
Unidos URSS disputavam áreas de influência, o confronto se dada nas regiões
pretendidas. Foi como aconteceu na Guerra da Coreia e a Guerra do Vietname.
As
duas superpotências também disputaram a corrida espacial. A União Soviética
lança o primeiro satélite artificial em órbita da Terra o Sputinik em 1957m e o
primeiro homem a viajar na órbita da terra Iuri Gagarin em 1961. Os Estados
Unidos lançam seu 1º satélite artificial Explorer em 1958. Na década de 60 e 70
a competição espacial se intensificou.
A
União Soviética rivalizou com os Estados Unidos na busca pela hegemonia mundo
durante toda o período da Guerra Fria.
As
grandes potências emergentes da 2ª Guerra Mundial projectaram a sua influência
no concerto mundial das nações. Formaram-se dois grandes blocos de países que
contrastavam ideologias e regimes políticos procurando, cada um, afirmar a
supremacia do seu estilo de vida. Liderados pelos EUA e pela Rússia, estes
blocos promoveram conflitos políticos, económicos, tecnológicos e de poderio
militar, numa época que ficou conhecida como guerra fria.
A
queda do muro de Berlim, que simbolizava a divisão entre estes dois blocos,
simbolizou o fim da Guerra Fria.
De
acordo com a nossa pesquisa feita e o teor considerado neste trabalho,
concluímos que a Guerra Fria foi um período de disputa pela hegemonia de poder
entre duas super-potências na época, EUA e URSS. Que buscavam áreas (países),
onde pudessem expandir seus domínios. Foi marcado por uma corrida armamentista,
por uma corrida espacial, por guerras de escala local. Acabou quando houve a
dissolução da URSS, já que os países que a formavam abriram-se também à economia de
mercado, perdendo o sentido a disputa entre ambos.
Como Começou a Guerra Fria
Autor: Knight, Amy
Editora: Record
A
Segunda Grande Guerra - Do Nazi - Fascismo À Guerra Fria
Autor: Arnaut, Luiz
Editora: Atual
Da
Guerra Fria À Crise
Autor: Vizentini, Paulo G. Fagundes
Editora: Empório do Livro
História
da Guerra Fria
Autor: Gaddis, John Lewis
Editora: Nova Fronteira
Gostei do trabalho muito legal
ResponderExcluirTá muito bom ♥ o seu trabalho tá bem feito
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