INSTITUTO
SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA
I.S.P.K.A
TERAPIA FAMILIAR
DESENVOLVIMENTO HUMANO E EDUCAÇÃO
Nome: Carla Sílvia Fernandes
Curso: Psicologia
Ano Académico: 3º
Sala n.º: 10
Período: Manhã
DOCENTE
____________
Inâncio
Holeca
LUANDA
ÍNDICE
Assume-se,
geralmente, que educação é parceira do conhecimento, e sendo este a fonte
principal da inovação, estaria diretamente envolvida nas mudanças da sociedade
e da economia, como quer, por exemplo, a assim dita "qualidade
total". Sendo desenvolvimento o reflexo direto da capacidade de mudar,
educação desempenharia para tanto um papel central, dependendo de sua definição
obviamente, e, neste caso, valendo como investimento fundamental. Ademais, a
informática, como filha predileta do conhecimento, teria também ligação
estreita com educação, razão pela qual se depositam nela as melhores esperanças
de aprendizagem futura.
O
desenvolvimento do ser humano em conjunto com seu processo de aprendizagem
estão muito relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo. É
na interação com o meio social e físico que a criança inicia o seu
desenvolvimento de maneira maior e eficiente. Isso quer dizer que quando começa
o envolvimento com seu meio social, vários processos internos de
desenvolvimento são desencadeados de modo que permitirão um novo grau de
desenvolvimento.
Através
da observação, imitação e experimentação das instruções de pessoas mais
experientes, a criança vivencia diversas experiências físicas e culturais,
construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo a qual vive.
Sendo
assim, de acordo com Piaget, o desenvolvimento da pessoa se dá pela relação que
se estabelece entre o sujeito (com toda sua carga genética e dispositivos biológicos,
bem como sua história pessoal acumulada) e o meio onde ele está inserido (que
compreende uma série de fatores que vão desde os objetos materiais até os
valores morais, passando necessariamente pela existência do outro.
Trabalhar
com a criança em idade pré-escolar não é simplesmente acompanhar seu
desenvolvimento, nem treina-la para que adquira hábitos sociais, mas
possibilitar que ela estabeleça uma relação sadia e rica com o meio que a cerca
de modo a possibilitar o seu desenvolvimento e a apropriação de conteúdos
novos.
O
meio ambiente tem que ser desafiador no objetivo de poder estimular a ação
motora da pessoa, bem como seu intelectual. Porém, somente oferecer estímulos
para que a criança se desenvolva normalmente não é suficiente, pois a eficiência
da estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se
insere, a ação está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e
a criança.
Sendo
assim, o papel da escola na educação deve ser de sistematizar esses estímulos, promovendo
uma relação afetiva com o objetivo de transmitir valores e conhecimentos que
visam o desenvolvimento integral da pessoa.
O
principal instrumento da educação física é o movimento, por ser o denominador
comum de diversos campos sensoriais. O desenvolvimento do ser humano se dá a
partir da integração entre a motricidade, a emoção e o pensamento.
O
educador físico possui ferramentas importantes de modo a provocar estímulos que
promovam um desenvolvimento de forma muito prazerosa, através da brincadeira,
do jogo e do exporte. A partir desses itens, a criança aprende a usar da
imaginação.
Utilizando-se
dessa imaginação, a criança não leva em conta as características reais do
objeto, se detendo no significado determinado pela brincadeira.
A
educação física, ao propiciar jogos e brincadeiras que, intencionalmente, devem
estimular a imaginação e a criatividade. É importante ressaltar que processo de
desenvolvimento dos indivíduos tem relação direta com o seu ambiente
sócio-cultural e eles não se desenvolveriam na sua totalidade sem o suporte de
outros indivíduos da mesma espécie. Sendo assim, a educação física ao
estabelecer essas situações desafiadoras, obtém papel fundamental na escola.
A interferência
de outras pessoas (professor e outros alunos) é fundamental para o
desenvolvimento do indivíduo. O papel do professor deve ser o de interventor
intencional, estimulando o aluno a progredir em seus conhecimentos e
habilidades através de propostas desafiadoras que o leve a buscar soluções, por
intermédio da sua própria vivência e das relações interpessoais. Isto não deve
significar uma educação autoritária, mas sim, uma educação que possibilite ao
aluno, por meio de estratégias estabelecidas pelo professor, construir o seu
próprio conhecimento, com a reestruturação e reelaboração dos significados que
são transmitidos ao indivíduo pelo seu meio sócio-cultural.
Todo
processo de ensino para ser eficiente deve levar em conta o nível de
desenvolvimento real da criança e o seu nível de desenvolvimento potencial
adequado a sua faixa etária, conhecimentos e habilidades que já possui. Segundo
Piaget os estágios de desenvolvimento aparecem em uma ordem necessária, ou
seja, que não se pode queimar etapas, pois um prepara o outro e cada um é
construído sobre as estruturas do anterior. Entretanto, as idades em que eles
aparecem são relativas, pois, como dito anteriormente, o desenvolvimento
depende da interação do sujeito com seu meio.
A
evolução infantil obedece a uma sequência motora, cognitiva, e afetivo-social
que ocorrerá de forma mais lenta ou mais acelerada, de acordo com os estímulos
recebidos. O pensamento, aos poucos, passa a ser projetado no exterior pelos
movimentos e pela linguagem. Isto permitirá uma maior participação na sua
relação com o meio que a cerca. A ação da criança sobre o meio estimulará sua
atividade mental, seu pensamento. A partir daí, a criança começa a ter maior
consciência sobre sua própria pessoa, iniciando a formação da sua auto-imagem.
A seguir, a criança vai iniciando a sua vida social formando pequenos grupos,
porém ocorre uma troca constante de amizades e de grupos. Esse “intercâmbio
social” é fundamental, pois leva a criança a se adaptar a diferentes situações,
reconhecendo-se como pessoa.
Nesta
perspectiva, todas as fases do desenvolvimento infantil tem suas próprias
características, e então exige estudos aprofundados sobre os métodos
pedagógicos, as qualidades dos estímulos fornecidos e a atuação intencional do
profissional na aula. O professor deve levar em conta a peculiaridade de cada
fase pela qual o aluno passa, observando sempre a relatividade contida entre
idade e desenvolvimento da criança. As particularidades de cada jogo,
brincadeira ou esporte devem auxiliar o educando no seu desenvolvimento
integral, formando o indivíduo crítico, que é o principal objetivo da educação.
Pela
importância que a infância representa na formação da personalidade do
indivíduo, é muito importante que o professor esteja atento aos estudos científicos
que teorizem as práticas, evitando-se um choque entre teoria e prática o que
poderá refletir negativamente na formação dos jovens.
Piaget
estudou o desenvolvimento numa perspectiva científica e a sua preocupação
central foi saber como ocorre o conhecimento. Suas pesquisas buscaram não
apenas conhecer melhor a criança, mas, antes, compreender o homem. Para Piaget
a criança não é um adulto em miniatura, mas sim alguém que pensa
qualitativamente diferente do adulto. Assim sendo, seu pensamento Quem foi Jean
Piaget? Nesta unidade teremos como foco o desenvolvimento cognitivo ou
intelectual, mas não devemos nos esquecer de que essa dimensão do
desenvolvimento tem uma relação de interdependência com todas as outras. não é
inferior, mas diferente do pensamento do adulto, com características próprias
que Piaget busca detalhar em sua teoria. Piaget defendeu que a inteligência não
é apenas um traço hereditário ou resultado de condicionamentos ambientais, mas
que é construída através da interação entre o sujeito e o meio. Dessa forma,
quanto mais rico em estímulos -físicos e sociais - for o ambiente, mais a
criança poderá atuar sobre ele e desenvolver-se. Para Piaget, a base biológica
tem grande importância no desenvolvimento cognitivo, porém, ela abre as
possibilidades para o desenvolvimento infantil, ela não o determina. A
maturação biológica, no entanto, nunca aparece independente de certo “exercício
funcional”. Ou seja, não é possível que haja maturação, se não houver
estimulação do ambiente.(Piaget, 1987). Segundo Piaget, a interação física é
diferente da interação social. A interação física é aquela que se estabelece
com os objetos físicos, as coisas materiais. A interação social é aquela que se
estabelece entre as pessoas. Quanto mais a criança estiver em contato com
objetos físicos mais estará se desenvolvendo uma vez que a interação física
estará propiciando a abstração e promovendo a construção de novos
conhecimentos. A interação social também é um fator de grande importância para
o desenvolvimento cognitivo, porque permite a consolidação de algumas
estruturas cognitivas, como a linguagem por exemplo. O desenvolvimento
cognitivo é um processo contínuo que passa por estádios que marcam diferenças
qualitativas de um nível de pensamento e conduta para o outro. Piaget divide em
quatro estádios: sensório-motor (0-2 anos); pré-operatório (2-7 anos);
operatório-concreto (7-12 anos) e operatório-formal (12 anos em diante). Cada
estádio envolve um período de gênese e um de consolidação.
Certamente,
existe ligação intensa entre educação e desenvolvimento, renovada atualmente
pela sociedade do conhecimento, mas com tendência expressiva neoliberal. Em
termos estratégicos, educação alcançou grande unanimidade como fator central do
desenvolvimento, sobretudo quando adjetivado de "humano.
Todo
esse desenvolvimento da criança depende, portanto, da interação que o sujeito
estabelece com seu meio físico-social. Chega-se ao máximo do desenvolvimento
quando a qualidade das interações estabelecidas for satisfatória para
provoca-lo.
Acreditamos
que não podemos esquecer dos aspectos afectivos, pois o ser humano é uma
totalidade e não é o objetivo do professor tornar as escolas infantis em
fábricas de superdotados, por exemplo, desrespeitando as problemáticas afetivas
que as crianças nesta faixa etária estão enfrentando.
COLL,
C.; MARCHESI, A.; PALÁCIOS, J. (Orgs). Desenvolvimento psicológico e educação:
Psicologia Evolutiva (v.1). 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
http://www.pnud.org.br/idh/DesenvolvimentoHumano.aspx?indiceAccordion=0&li=li_DH.
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