INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERCONTINENTAL
DE LUANDA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
LICENCIATURA EM DIREITO
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
FUGA À PATERNIDADE
LUANDA
2018
Em
primeiro lugar, agradecemos a deus Todo-Poderoso pela vida; Agradeço a todos
que têm me apoiado de forma directa ou indirecta.
Dedicamos
este trabalho aos professores que têm dado o seu contributo em prol de uma
sociedade melhor.
A fuga á
paternidade hoje é tão comum que já não constitui um desvio, mais sim, uma
problemática que perdura na sociedade e será interessante constatar as causas
da fuga da paternidade e as consequências que podem advir deste terrível acto. O
presente estudo teve como objectivo abordar a problemática da fuga à paternidade
no contexto sócio-parental, bem como identificar e descrever as causas da fuga à
paternidade e por fim, descrever as consequências deste fenómeno. Constatou-se que
A perda de valores morais de muitos progenitores tem sido a causa de muitos
casos de fuga à paternidade registados no país, perda de valores morais tem
levado muitos pais a tomarem decisões irresponsáveis, influenciando
negativamente no desenvolvimento da criança.
Palavras-Chave: Paternidade; Fuga, Família
The escape from fatherhood is so
common today that it is no longer a deviation but rather a problem that
persists in society and it will be interesting to see the causes of the flight
of fatherhood and the consequences that can result from this terrible act. The
present study aimed to address the problem of escape from parenting in the
socio-parental context, as well as to identify and describe the causes of
escape from parenthood and, finally, to describe the consequences of this
phenomenon. It has been found that loss of moral values of many parents has
been the cause of many cases of fathering in the country, loss of moral values
has led many parents to make irresponsible decisions, negatively influencing
the development of the child.
Keywords: Paternity; Escape, Family
SUMÁRIO
A noção de
Paternidade compreende diversos aspectos, entre eles ter autoridade,
estabelecer limites, transmitir afecto, ser um modelo de masculinidade, ser um
modelo de relacionamento de casal, mostrar caminhos para a vida, indicar possibilidades
de crescimento, ser um agente de diferenciação entre mãe e filho, que funcionam
como um modelo para relações saudáveis pela vida. Esses são conceitos que se
escuta muito e que parecem pertencer a um “ideal” de pai. Como isto se
diferencia de “estar em presença” e pai. Descobrir infinitas possibilidades de
ser pai, todas elas funcionais e operativas, parece ser desafio suficiente para
um trabalho bastante extenso.
Pode-se
compreender o pai dentro do contexto de uma determinada família, o que implica
em ter uma visão sistémica. Implica em olhar para os relacionamentos que se
constroem destro deste sistema familiar, não apenas para os seus indivíduos,
com suas demandas pessoais intrapsíquicas. Se falarmos da paternidade a partir
deste referencial, estaremos falando de fronteiras, limites, relacionamentos,
pois um pai só existe em função da existência do filho. São papéis mutuamente
constitutivos. Da mesma forma, o papel do pai não se constitui sem a existência
de uma mãe.
Por outro
lado, se pensarmos um pouco no existencialismo de Heidegger (apud Abbagnano,
2000), com o seu conceito de “ser-nomundo” podemos perceber que tudo aquilo que
apreendemos, ou como agimos está sempre relacionado com a presença do outro, o
que faz com que cada relação seja única. Para se compreender melhor algumas
semelhanças entre as duas teorias, procurou-se observar algumas características
da postura terapêutica em cada abordagem.
O estudo do
tema em referência é importante porque a fuga á paternidade hoje é tão comum
que já não constitui um desvio, mais sim, uma problemática que perdura na
sociedade e será interessante constatar as causas da fuga da paternidade e as
consequências que podem advir deste terrível acto. Também por ser um tema muito
valorizado, mas pouco estudado em Angola.
·
Abordar a problemática fuga à paternidade no
contexto socio-paternal.
·
Identificar e descrever as causas da fuga à
paternidade.
·
Saber o nível de conhecimento das mulheres sobre
os deveres do pai.
·
Determinar o número de mulheres que acorreram a
justiça.
·
Descrever as consequências da fuga à
paternidade.
Paternidade é
um conceito que vem do latim paternĭtas
e que diz respeito à condição de ser pai. Isto significa que o homem que tenha
tido um filho acede à paternidade.
Em geral, a
paternidade usa-se para designar a qualidade do pai (homem). No caso da mulher,
a noção associada a ser mãe é maternidade. No entanto, dependendo do contexto,
paternidade pode referir-se tanto ao pai como à mãe.
É importante
destacar que a paternidade transcende o biológico. A filiação pode acontecer
através da adopção, convertendo a pessoa em pai do seu filho mesmo que este não
seja seu descendente de sangue. Num sentido semelhante, o homem que doa sémen
para que uma mulher se insemine não se transforma não se transforma no pai da
futura criança.
Na verdade
existem muitos motivos que fazem este alarmante problema ocorrer e se alastrar
na nossa sociedade, a seguir veremos algumas das possíveis causas.
A perda de
valores morais de muitos progenitores tem sido a causa de muitos casos de fuga
à paternidade registados no país, perda de valores morais tem levado muitos
pais a tomarem decisões irresponsáveis, influenciando negativamente no
desenvolvimento da criança.
A falta de um
membro da família, particularmente o pai, causa à criança um desvio de conduta,
criando um sentimento de rejeição por todos que a rodeiam. Como Consequência, provoca
traumas e reduz a auto-estima em tudo que faz, deixando-a vulneráveis as
diversas situações. De facto, o pai tem um papel preponderante na vida da
criança, servindo como exemplo, apelando maior responsabilidade aos mesmos.
Portanto, são
necessárias grandes campanhas, trabalhar mais com as famílias, para que
possamos devolver aqueles valores que hoje estão em crise, porque se a nossa
base de valores for bem segmentada, situações dessa natureza já não teremos. a
infância determina toda vida do ser humano, por isso, deve ser bem instruída e
encaminhada pelos cônjuges.
Uma criança
que convive com tal situação (fuga à paternidade) está propensa a tornar-se num
indivíduo em conflito com lei. E, no que tange à lei, uma das sanções da fuga à
paternidade é a inibição da prática de poderes que integram a autoridade
paternal.
O índice
elevado de casos de fuga à paternidade e de violência doméstica que se regista um
pouco por toda província de Luanda e nalguns pontos do interior do país tem a
ver com a falta de entendimento dos casais nos lares e não só. (LINO, Genoveva, 2015).
A falta de entendimento e diálogo,
bem como questões de carácter social e económicas são algumas das principais
causas que estão na base da situação. Estes problemas resumem-se
particularmente na falta de incumprimento de pensão, abandono dos lares por
parte dos pais, questionamento da paternidade dos filhos após nascença,
interferência familiar, entre outros factores.
Augusto, Soledad (2015), declara que a
fuga à paternidade é um dos maiores actos de violência que um pai pode cometer
contra os seus filhos.
A fuga à paternidade pode provocar no
menor, durante a fase de crescimento, repercussões negativas, entre as quais o
envolvimento na delinquência juvenil. Temos ainda pais com comportamentos
irresponsáveis perante os compromissos no lar, esquecendo-se de que os filhos
necessitam de assistência alimentar, educacional, habitacional, vestuário, além
do divertimento, que são factores de desenvolvimento sadio das crianças.
A família, por ser o elemento natural
da sociedade, merece protecção e atenção especial do Estado, de modo a evitar a
sua desestruturação resultante da violência doméstica.
A legislação consagra que o Estado
deve apoiar as famílias, mas estas também têm a sua responsabilidade que devem
assumir por inteiro. O desemprego, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e
os conflitos familiares são os principais factores na base dos casos de fuga à
paternidade e o não pagamento da pensão de alimentos. Actos que constituem uma
infracção à Lei Contra a Violência Doméstica.
De acordo com
o conteúdo considerado no presente estudo sob Fuga à Paternidade, pode-se
concluir que é de facto complicado e muitas vezes incurralante o acto de trazer
para o mundo mais uma vida para sustentar, mais duas no caso dos solteiros,
enquanto estes são dependentes dos seus progenitores, no caso dos “kunangas
dependentes”, mas esse acto não é apenas problema para esses grupos, em maioria
dos casos as mulheres são mais sensíveis a esses casos, apesar de haver
mulheres também que detestam filhos, principalmente frutos de gravidez
indesejada ou vulgarmente ditas “Estraga prazeres”. Porém, pensamos que os
filhos são dadivas vindas de Deus e não há nada mais lindo do que ser chamado
profundamente “pai”.
Somos de
opinião de que quem consegue envolver-se com uma mulher deve conseguir arranjar
condições sustentáveis para esta pessoa e várias outras que essa relação pode
dar origem, fuga à paternidade tem sido um problema porque muitos de nós não dá
valor à vida ou não aprenderam a dar.
Com vista a
reduzir alto índice de ocorrência de fuga à paternidade é exposto a seguir as
seguintes sugestões:
·
Aos mídias, que divulguem fuga a paternidade
como acto criminoso, o direito e dever da mãe de acorrer a justiça para
reclamar os direitos do filho.
·
Aos jovens a pratica de actividade sexual
responsável e assumir as consequências que podem advir do acto.
·
Que as mulheres sejam firmes e denunciem actos
do género.
ABBAGNANO, N.
(2000): Heidegger, in História da Filosofia, vol. XIV, cap. 843 e 844 (p. 136 a
144). Portugal: Presença.
AUGRAS, M.
(1997): O ser da compreensão: Fenomenologia da situação de psicodiagnóstico .
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BEBCHUK, J.
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JOLIVET, R.
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Marques AV,
Código Civil angolano. Código da família, Texto Editores, Lda 2006: 478, 479 e
480.
GOSTEI MUITO DESTE TRABALHO A CREDITO EU QUE É OBRIGAÇÃO E DEVER DE TODOS OS CAIS SEREM MAIS UNIDO PARA QUE NÃO AJA MAIS PROBLEMAS DO GENERO.
ResponderExcluirSEJAMOS UM PAI RESPONSAVEL
GOSTEI MUITO DESTE TRABALHO A CREDITO EU QUE É OBRIGAÇÃO E DEVER DE TODOS OS CAIS SEREM MAIS UNIDO PARA QUE NÃO AJA MAIS PROBLEMAS DO GENERO.
ResponderExcluirSEJAMOS UM PAI RESPONSAVEL
Valeu pelo esforço mano. Na verdade devemos assumir as nossas responsabilidades. Cógito ergo sum,penso e logo existo. Dsct
ResponderExcluirUtil
ResponderExcluirExcelente ✍️✍️✍️✍️
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