INSTITUTO
SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIAS HUMANAS
LICENCIATURA
EM GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO
SOCIOLOGIA DAS
ORGANIZAÇÕES
Agostinho
Filipe
Cléucia
Rosalina Cafele
Edna Manzambi
Kilendila
Jéssica
Domingos Sunda
Mateus Pascoal
Rita Jorge de
Ventura
LUANDA
2015
INSTITUTO
SUPERIOR POLITÉCNICO INOCÊNCIO NANGA (ISPIN)
DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIAS HUMANAS
LICENCIATURA
EM GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO
SOCIOLOGIA DAS
ORGANIZAÇÕES
Agostinho
Filipe
Cléucia
Rosalina Cafele
Edna Manzambi
Kilendila
Jéssica
Domingos Sunda
Mateus Pascoal
Rita Jorge de
Ventura
LUANDA
2015
FOLHA DE
APROVAÇÃO
Agostinho
Filipe
Cléucia
Rosalina Cafele
Edna Manzambi
Kilendila
Jéssica
Domingos Sunda
Mateus Pascoal
Rita Jorge de
Ventura
SOCIOLOGIA DAS
ORGANIZAÇÕES
Este
pré-projecto foi julgado e aprovado para a obtenção do grau de Licenciatura, no
Curso de Ciência de Gestão e Administração, do Departamento de Ciências
Humanas.
Luanda, 16 de
Junho de 2015
Prof. Nelson
Nhanga
Coordenador do
Curso de Dias Manuel
BANCA
EXAMINADORA
Presidente:
Paulo Augusto Tavares Maria
Primeiro
Vogal: Maria Paulina Carlos Adão
Segundo Vogal:
Carlos Jaime Pio
Orientador:
Luís Silva
Secretária:
Yurania Paulina Carlos Adão
DEDICATÓRIA
Dedicamos este
pré-projecto às nossas famílias pela fé e confiança demonstrada, dedicamos
também aos nossos amigos pelo apoio incondicional e, de uma forma geral, aos
nossos professores pelo simples fato de estarem dispostos a ensinar, em fim,
dedicamos este pré-projecto a todos que de alguma forma ou outra tornaram este
caminho mais fácil de ser percorrido.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos
inicialmente a Deus, primeiro pela oportunidade de termos realizado este
trabalho e, segundo, por nos tornar capazes de seguir em frente nesse projecto.
Agradecemos
também as nossas famílias pelo incentivo e colaboração, principalmente nos
momentos de dificuldade que inevitavelmente temos enfrentado.
Agradecemos
também ao nosso Professor Nelson Nhanga pela sua capacidade inte-lectual e
simplicidade, auxiliando-nos pela informação passada quanto ao método de
elaboração da presenta monografia Somos-lhe muito grato por este gesto de
carinho e dedicação que, até certo ponto, transformou-nos em outras pessoas.
Aos nossos
colegas pelas palavras amigas nas horas difíceis, pelo auxilio nos traba-lhos e
dificuldades e principalmente por estarem connosco nesta caminhada tornando-a
mais fácil e agradável, assim como também divertida no sentido positivo.
A todos que
contribuíram direta ou indiretamente, para que esse objetivo torna-se
reali-dade, o nosso mais sincero muito obrigado!
EPÍGRAFE
“Não se
gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o
que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia” Deming
RESUMO
Neste
pré-projecto vale enfatizar que daremos uma visão sucinta da Sociologia e sua
aplicabilidade para as organizações, definindo o objeto da Sociologia Aplicada
à Admi-nistração. Para tanto, serão apresentados os conceitos fundamentais
empregados na Sociologia e suas relações com outras ciências, o que irá
permitir-nos perceber de que maneira a sociedade, a comunidade, a diversidade
humana, os grupos e instituições sociais, são meios de alcançar a
transformação. A mudança de mentalidade e de com-portamento, que será objeto de
estudos no decorrer deste pré-projecto, além de essen-ciais para o
desenvolvimento da disciplina Sociedade e Organizações.
Palavras-chaves:
Sociologia, Organizações; Administração;
ABSTRACT
In this pre-project is worth emphasizing that we will
give a succinct overview of Sociolo-gy and its applicability to organizations,
defining the object of Sociology Applied to Management. Therefore, the
fundamental concepts used are presented in sociology and its relationship to
other sciences, which will allow us to understand how society, community, human
diversity, social groups and institutions, are means to achieve transformation
. A change of mentality and behavior, which will be the subject of study during
this pre-project, and essential for the development of the Company and
Organizations discipline.
Key-words: Sociology, Organizations; Administration;
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA I
AGRADECIMENTOS II
EPÍGRAFE III
RESUMO IV
ABSTRACT V
1. INTRODUÇÃO 9
1.1 Problemática 10
1.2 Hipótese 11
1.3 Justificativa 11
1.4 Objectivos 12
1.4.1 Objetivo Geral 12
1.4.2 Objetivos Específicos 12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13
2.1 O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA 13
2.2 Evolução Da Sociologia 15
2.3 Conceito da Sociologia e sua
Aplicabilidade para as Organizações 17
2.4 Objetivo da Sociologia das
Organizações 18
2.4.1 As Metas da Sociologia das
Organizações 19
2.5 Sociologia Aplicada À Administração 19
2.6 Interação Social 20
2.6.1 As Relações Sociais 22
2.6.2 Grupos Sociais e Relações Sociais nas
Organizações 23
2.7 CONCLUSÃO 25
3 METODOLOGIA 26
4 CRONOGRAMA 27
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
1. INTRODUÇÃO
A Sociologia
das Organizações é um ramo aplicado da Sociologia que se ocupa de analisar os
aspectos sociológicos de Organizações, isto é, de empresas, fundações, órgãos
públicos e congêneres.
“A Sociologia
é uma ciência que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em
função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações,
grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado
pela Psicologia, a Sociologia estuda os fenômenos que ocorrem quando os
indivíduos se encontram em grupos de tamanhos diversos, interagindo no seu
interior.”
A Sociologia
do trabalho é o ramo da Sociologia que procura estudar os sujeitos ocul-tos do
ambiente de trabalho, principalmente as fábricas e os sindicatos estruturados,
bem como os fenômenos que surgem das relações de trabalho.
Durante a
maior parte da História da Civilização o trabalho foi considerado como uma
atividade depreciável. Para o Judaísmo e Cristianismo o trabalho é um castigo
divino.
A palavra
trabalho evoluiu da palavra “Tripalium”, castigo que se dava aos escravos
preguiçosos. Para o mundo protestante europeu não latino, o trabalho não é um
casti-go, e sim uma oferenda a Deus. Os gregos da Idade de Ouro pensavam que só
o ócio criativo era digno do homem livre. A escravidão foi considerada pelas
mais diversas civilizações como a forma natural e mais adequada de relação
laboral. Desde os mea-dos do século XIX, vinculado ao desenvolvimento da
democracia e ao sindicalismo, a escravidão deixa de ser a forma predominante de
trabalho, para ser substituída pelo trabalho assalariado. Com o surgimento de
uma valorização social positiva do trabalho, pela primeira vez na história da
Civilização.
A partir da Segunda Guerra surgem conceitos
da Sociologia do Trabalho: “divisão de trabalho“, “classe social“,
“estratificação social“, “conflito”, “poder“. A Sociologia presta atenção e
estuda as implicâncias sociais da relação de trabalho com a ferramenta (técnica
e tecnologia). As profundas transformações que derivam do passo do trabalho com
simples ferramentas individuais (artesanato), ao trabalho industrial com
grandes máquinas (maquinismo), ao trabalho com computadores (sociedade de
informação), constituem um permanente tema de estudo sociológico.
O objetivo da
Sociologia das Organizações é tanto o estudo dos aspectos de uma sociedade que
influem na organização e no desenvolvimento das Organizações quanto prover uma
melhor compreensão dos fenômenos que ocorrem dentro de uma organização sob um
ponto de vista sociológico.
O sociólogo
Max Weber inaugurou o estudo da Sociologia aplicado às organizações. Max Weber
prognosticou a ascensão da burocracia como forma de se ordenar as rela-ções
humanas entre si e com a organização, propiciando que objetivos explícitos
sejam atingidos. A burocracia, segundo Weber, é uma forma prescritiva de
delegar responsabilidades e padronizar a comunicação de acordo com normas
predefinidas e impessoais. Weber também saudava o desenvolvimento de leis de
propriedade e de instituições de direito em seu tempo, criando o que seria o
princípio do hoje denominado ambiente propício aos negócios e dos marcos
regulatórios.
Vale notar que
burocracia, para Weber, não carregava o significado negativo de sua menção
usual, por exemplo, em reclamações sobre filas de bancos ou na demora no
atendimento em serviços públicos. A definição de Weber precede a conotação
presente e até mesmo a motivou, visto que esta advém de uma opinião negativa
sobre o funcionamento da burocracia.
1.1 Problemática
As
organizações são feitas por pessoas e pelas relações múltiplas que se
estabelecem entre elas, mas há sempre a possibilidade de estabelecer uma gestão
virtuosa regida por princípios de convivialidade interna e externa e de
democracia.
Partamos do
princípio de que a criação de uma organização não lucrativa de natureza social
ou cultural - pode ser uma ONG, um centro artístico, uma rede de apoio social,
uma fundação, um centro cultural, um jornal, etc. - decorre da vontade e da
decisão de um grupo de pessoas de boa vontade, que consideram ser esse um modo
eficaz de intervir socialmente, suplementando ou complementando o Estado, o
governo das cidades, a transterritorialidade, e que têm o mínimo de recursos
financeiros e humanos para executarem essa sua missão.
Consideremos
que, apesar das diferentes missões das organizações de intervenção social e de
intervenção cultural, unem-nas, à partida, a crença, o entusiasmo, a clareza
dos objectivos, os meios, o conhecimento da realidade onde vão operar, e a
consciên-cia de que são parte fundamental da economia social e da economia da
cultura. Natu-ralmente, o facto de produzirem serviços e bens não lucrativos é
uma particularidade que, contudo, não as deixa de fora da economia de um país,
de uma cidade ou de uma região, para cujo desenvolvimento, aliás, contribuem.
1.2 Hipótese
A sociologia
não é uma filosofia da história: não supõe uma explicação unilateral dos
fenômenos sociais, mas, pelo contrário e como já dissemos, o sentido das
interferên-cias e das interações múltiplas cuja reunião forma a vida social.
Se, contudo, não qui-sermos cair num círculo vicioso, que consistiria em
explicar os fenômenos sociais sucessivamente uns pelos outros, essas ações
recíprocas supõem, necessariamente, uma ação primordial, ou, como dizia
Durkheim, um "substrato" fundamental. A sociolo-gia necessita,
portanto, como sucede com todas as outras ciências, de uma hipótese diretriz
1.3 Justificativa
O estudo da
Sociologia tem uma grande importância porque nos ajuda a pensar e criti-car e a
compreender a nossa sociedade atual. Descobrindo como ela surgiu e evoluiu,
entendemos como começaram alguns dos problemas que ainda estão presentes na
sociedade actual e como proceder para tentar minorá-los.
A sociologia e
o seu devido estudo é um dos elementos indispensáveis para que o técnico de
administração adquira uma formação humanística e visão global que o habilite a
compreender o meio social, político, econômico e cultural onde está inserido e
a tomar decisões em um mundo diversificado e interdependente. Além disso, visa
ainda promover a consciência dos valores de responsabilidade social, justiça e
ética profissional.
1.4 Objectivos
1.4.1 Objetivo Geral
• Fornecer elementos
teóricos-conceituais da sociologia, para auxiliar o estu-dante a compreender os
fenômenos sociais, bem como relacioná-los com questões da administração.
1.4.2 Objetivos Específicos
• Contextualizar historicamente a
sociologia;
• Discutir o estatuto científico da
sociologia;
• Analisar as principais teorias
sociológicas e seus expoentes;
• Discutir os principais temas sociais
da contemporaneidade à luz da sociolo-gia;
• Situar a importância da sociologia na
formação do administrador;
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
As
transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII com
as Revoluções Industrial e Francesa trouxeram muitos problemas. A Sociologia
surge, no século XIX, como forma de entender e explicar muitos desses
problemas. No entanto, é necessário ressaltar, de forma muito clara, que a
Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à
consolidação do capitalismo moderno.
Em meados do
século XIX, a Sociologia surge como uma disciplina, em resposta aos desafios
dos sociólogos de entenderem não só o que unia os grupos sociais, mas tam-bém
de desenvolverem soluções para a desintegração social. O surgimento da
Socio-logia prende-se, em parte, aos desenvolvimentos oriundos da Revolução
Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada.
A Revolução
Industrial significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor, ela
representou o triunfo da indústria capitalista que foi, pouco a pouco,
concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas e mentes sob seu controle,
convertendo, assim, grandes massas humanas em simples trabalhadores privados de
posses e explorados.
Estava aí
instalada a sociedade capitalista, que foi dividida em:
• Sociedade de burgueses – donos dos
meios de produção;
• Proletariados – possuidores apenas de
sua força de trabalho;
• Funcionários do Estado e uma classe
média composta de vários estratos contrá-rios à discussão política.
Nascia um novo
estilo de vida, baseado na vida urbana e na sociedade de consumo, que tornava a
sobrevivência de cada um totalmente dependente da produção dos outros.
O consumo para
a sobrevivência tornou-se algo obrigatório. No entanto, a maioria da população
trabalhadora não tinha acesso a esse consumo. À medida que a sociedade
capitalista se consolidava, eram percebidos a desintegração e o isolamento de
costu-mes e instituições.
A utilização
da máquina nos processos de produção não apenas destruiu o artesão
independente, mas o submeteu também a uma severa disciplina, a novas formas de
conduta e de relações de trabalho.
Tais
modificações produziram novas realidades para o homem da época. Milhões de
seres humanos sofreram com o efeito traumático provocado pelo desaparecimento
dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, pela imposição
de prolon-gadas horas de trabalho etc.
Ainda em
consequência da rápida industrialização e urbanização, aumentaram tragi-camente
a prostituição, o suicídio, o alcoolismo, o infanticídio , a criminalidade etc.
Um dos fatos
de maior importância relacionados com a Revolução Industrial é o apare-cimento
do proletariado e o papel histórico que
este desempenharia na sociedade capitalista.
A revolta dos
trabalhadores pôde ser percebida com a destruição das máquinas, os atos de
sabotagem e explosão de oficinas e os roubos e crimes, evoluindo para a
cria-ção de associações livres, como a formação de sindicatos.
Muitas são as
controvérsias, entre os pensadores da época, relativas às condições de vida
provocadas pela Revolução Industrial e as modificações da sociedade industrial.
No entanto, concordavam que ela produzia novos fenômenos. Tudo o que fora
refletido e escrito pelos pensadores foi de suma importância para a formação e
constituição de um saber sobre a sociedade.
A Sociologia
como ciência tem como objetivos:
O entendimento da visão social humana,
cujos fenômenos procura explicar de forma sistemática, utilizando-se de métodos
– regras comuns às ciências de investigação social – e técnicas – formas
peculiares para aplicar os métodos gerais a seu campo específico;
Explicações sociais, sendo que sugere
medidas para intervir na sociedade, seja para fazer ajustamentos, seja para
provocar mudanças;
A atitude sociológica que se manifesta
na exata descrição dos problemas sociais, na busca de causas e soluções, no
treinamento de sociólogos e admi-nistradores, na orientação da opinião pública,
na revelação de carências ou desajustamentos.
A Sociologia é
uma resposta intelectual a situações surgidas com a Revolução Indus-trial; é
uma das manifestações do pensamento moderno, passando a cobrir uma nova área do
conhecimento não incorporada ao saber científico, ou seja, o mundo social.
2.2 Evolução Da Sociologia
Provavelmente
já temos constatado, a partir de observações, que os homens, ao longo da
História, têm demonstrado uma grande preocupação com problemas sociais. O
ter-mo Sociologia foi criado por Auguste Comte
(1798-1857), na metade do século XIX.
O criador da
Sociologia acreditava na possibilidade de criar uma sociedade-modelo, tendo o
amor como princípio, a ordem como base e o progresso como fim.
Comte dividiu
a Sociologia em dois grandes ramos:
a) Estudo da ordem social – os fenômenos
sociais só podem ser estudados em conjunto porque são fundamentalmente conexos,
e é pelo consenso social que pode existir a harmonia social.
As células
sociais compõem a sociedade. Essas células são famílias, e não indivíduos. É a
família, portanto, a fonte espontânea da educação moral e constitui a base
natural da organização política.
b) Estudo do progresso social – não há
espaço para quaisquer vontades superio-res, uma vez que todo estado social é
uma consequência do passado e uma preparação para o futuro. O estado social é
regido por leis análogas às leis bio-lógicas. Por força desta analogia,
conclui-se que a humanidade caminha para a completa autonomia.
Sociologia é,
então, a ciência dos fenômenos sociais, e para seu estudo são utilizados
métodos diversos:
Método histórico: se você fosse
economista, utilizaria este método ao fazer a análise de um sistema econômico
investigando a ordem e as causas do apare-cimento de um dado sistema econômico;
da passagem de um modo de produ-ção anterior para um novo modo de produção, a
fim de poder explicar a especifi-cidade e a originalidade de cada situação
econômica e compreender com maior profundidade as leis detectadas pela análise
lógica.
Método comparativo: se você desejar
investigar sobre o suicídio em uma determinada sociedade que apresente altas
taxas desse fenômeno e padrões sociais tão diferentes, quando comparadas às
regiões geográficas, às religiões, ao número de filhos etc., você poderá: a)
utilizar-se desse método para explicar a possível relação com o grau de
integração do indivíduo numa comunidade ou grupo familiar; b) comparar a
relação dos índices de suicídio com o grau de inte-gração dos suicidas com a
comunidade ou grupo familiar.
Método estatístico: se você fosse um
pesquisador social e estivesse elaborando uma pesquisa para caracterizar a
criminalidade na Zona Norte do Rio de Janeiro nos dois meses que antecedem ao
carnaval, poderia utilizar esse método para observar quais as tendências e as
formas de atividade criminal nessa região. De posse de dados essenciais que
explicassem as relações entre a criminalidade e estrutura da sociedade, você
ordenaria de forma minuciosa essas informações, o que lhe permitiria, por
exemplo, saber o impacto da urbanização e das condições econômicas no nível de
criminalidade.
A utilização
do método histórico permite buscar as diferenças entre os países a partir dos
processos históricos mais amplos e reconstruí-las como parte de uma determinada
realidade complexa, aberta às transformações. O método comparativo, cuja
eficácia é até hoje evidente, foi apresentado de forma pioneira por Aristóteles
em suas obras Política e em Constituição de Atenas. Nelas, Aristóteles analisa
as organizações sociais das cidades antigas e elabora estudos sobre a ordem
social.
Aristóteles
reconhece a família como grupo social básico e elementar e afirma que o homem é
um animal político, destinado a viver em sociedade. Entendia, ainda, que toda
sociedade é constituída por diversos pequenos grupos e que toda cidade é uma
espécie de associação que se propõe a realizar uma função. Outra característica
encontrada em Aristóteles é o conceito de sociedade como ser vivo sujeito às
mesmas leis que regem o ser humano: nascimento, crescimento e morte.
O método
estatístico confunde-se um pouco com a Sociometria, que é a ciência utiliza-da
para medir matematicamente os fenômenos sociais.
Uma
contribuição decisiva para o estudo social foi trazida pelos romanos, com suas
análises e definições de instituições como família, matrimônio, propriedade,
posse e contrato, dentre outras, feitas pelos jurisconsultos romanos Caio,
Paulo, Sabino, Labão, Juliano, Pompônio, Papiniano e Ulpiano. Como consequência
das diferentes formas de os pensadores demonstrarem suas preocupações com o
grupo social, surgem as diferenças de enfoques e metodologias, pois cada
pensador cria, com sua forma de entendimento social, sua própria escola e seu
próprio método.
2.3 Conceito da Sociologia e sua
Aplicabilidade para as Organizações
Segundo Castro
(2002), a Sociologia, como ciência social, “estuda as estruturas sociais, o
comportamento social e as variações das sociedades, suas formas e seus
fatores”. Preocupa-se com a descrição e explicação do comportamento social
global e estuda as formas fundamentais da convivência humana: contatos sociais,
distância social, isolamento, individualização, cooperação, competição,
controle, divisão do tra-balho, integração social.
Sociologia é a
ciência que estuda a vida social humana. A Sociologia é considerada uma ciência
por estar voltada para explicações de fenômenos, ficando ao lado da Psi-cologia
e da Antropologia, todas chamadas Ciências Humanas por terem como finali-dade o
melhor conhecimento do homem. A Psicologia enfoca os comportamentos
indi-viduais, enquanto a Sociologia aborda os comportamentos coletivos.
A Sociologia
contribui para a realização do ideal formulado pelos seus fundadores, que é a
participação de todos os homens no controle de suas condições sociais de vida.
Sociologia é a
ciência que estuda a estrutura e a dinâmica dos sistemas sociais. Em
conseqüência, a Sociologia Aplicada à Administração estuda os aspectos
estruturais e a dinâmica dos sistemas sociais denominados empresas.
Muitas são as
definições para a ciência sociológica das organizações. Escolhemos uma das mais
simples, que é a forma de conhecer e de pensar a natureza e a socieda-de
segundo o enfoque organizacional.
A Sociologia
Aplicada tem o atributo de estudar a natureza e as significações da
orga-nização sociocultural na sua história, e de analisar as tendências
regulares e os fun-damentos das mudanças sociais.
Assim, os
objetos de estudo da Sociologia das Organizações são os fatos sociais que
interferem nas organizações ou os fatos sociais que sofrem influência das
próprias organizações ou de seu comportamento. Diz respeito à aplicação dos
conhecimentos sociológicos – conceitos, teorias, princípios, ou seja, à análise
das relações sociais encontradas nas empresas de modo geral.
Compete então
à Sociologia da Administração estudar, sistematicamente, as relações sociais e
a interação entre indivíduos e grupos relacionados com a função econômica da
produção e distribuição de bens e serviços necessários à sociedade.
2.4 Objetivo da Sociologia das Organizações
a) Para o Sociólogo: A Sociologia das
Organizações, no que diz respeito a essas organizações e a sociedade, vem
tentando estabelecer uma teoria sistemática das alterações comportamentais da
sociedade que interfiram direta ou indireta-mente no desempenho, no sucesso, no
fracasso ou na sobrevida das organiza-ções.
b) Para o Administrador: Facilitar o
entendimento do comportamento das organiza-ções e dos grupos sociais internos e
externos, permitindo o desenvolvimento de projetos interferentes que resultem
numa melhoria de seu desempenho e na garantia de seu sucesso.
2.4.1 As Metas da Sociologia das Organizações
As metas
principais da Sociologia das Organizações são o estudo, a análise e a cria-ção
de fundamentação teórica relacionados ao:
1) Comportamento da empresa - análise -
previsibilidade - criação de métodos
2) Comportamento do público interno
individualmente e em grupo - análise - previ-sibilidade - influência no
comportamento da empresa
3) Comportamento do público externo
individualmente e em grupo - análise - previ-sibilidade - influência no
comportamento da empresa
4) Influência do comportamento de uma
empresa em outra
5) Influência do comportamento da empresa
no público externo e interno
2.5 Sociologia Aplicada À Administração
A Sociologia é
uma ciência que pode ser aplicada a qualquer outra ciência, ou a qual-quer
classe ou porção de uma sociedade. Ela também pode ser aplicada à compreen-são
de todas as organizações.
A Sociologia
se interessa por situações cujas causas não são encontradas na natureza ou na
vontade individual, mas sim na sociedade, nos grupos sociais, ou nas ações
sociais que as condicionam. Neste contexto é que a Sociologia Aplicada à
Administração constitui uma das disciplinas adotadas por diversos estudiosos, a
fim de que se possam estudar os fenômenos sociais.
Exemplos de
fenômenos sociais: o uso de álcool e drogas por adolescentes; a festa do
carnaval; o futebol; a formação de grupos de extermínio; a espiritualidade nos
negó-cios; a pobreza urbana; as doenças do trabalho; a revolução da
afetividade, entre outros.
O objeto de
estudo da Sociologia das Organizações são os fatos sociais que interferem nas
organizações ou os fatos sociais que sofrem influência das próprias
organizações ou de seu comportamento.
Quando
aplicada à Administração, a Sociologia:
• Observa os conteúdos dos papéis
profissionais, as normas e expectativas de comportamento coletivo nas
diferentes empresas, os diversos tipos de papéis dentro de uma mesma
organização;
• Interessa-se pela estrutura flexível
das organizações de trabalho, na medida em que esta relaciona os papéis entre
si e os indivíduos aos papéis de modo siste-mático;
• Preocupa-se com a unidade e com a
ambição das empresas industriais, com as tensões e conflitos no interior das
mesmas;
• Estuda as causas, o desenvolvimento,
as leis e a possibilidade de regulamenta-ção dos conflitos empresariais e
industriais.
É a partir dos
resultados de pesquisas realizadas em organizações formais como sindi-catos,
empresas, igrejas, escolas, prisões, hospitais e órgãos do governo que são
desenvolvidas as teorias pertinentes à Sociologia da Administração. São
estudados, nessas organizações, o poder, a liderança, as resistências às
mudanças, a conformi-dade às normas, o surgimento dos grupos informais etc.
A Sociologia
Aplicada à Administração tem por objeto o estudo das relações de traba-lho no
grupo organizado.
Fica claro,
então, com esses estudos, o interesse que a Sociologia Aplicada à
Adminis-tração tem para o administrador, seja ele diretor, gerente ou supervisor.
2.6 Interação Social
Estudiosos das
Ciências Sociais enfatizam que cada indivíduo vê o mundo de acordo com seus
próprios olhos. Sendo assim, não existem duas pessoas iguais. Assim é que
dentre as maiores contribuições que os estudiosos da Sociologia nos deram sobre
organização foi o estudo dos pequenos grupos, evidenciando suas formas de
intera-ção.
Muito se
aprende sobre o comportamento dos pequenos grupos dentro das organiza-ções,
sobre a influência dos grupos sobre seus membros e seu impacto sobre a
orga-nização.
Todo contrato
social e o processo de interação são conseqüência de algum fenômeno social. O
fenômeno social pode ser considerado observando-se os indivíduos partici-pantes
quanto ao seu envolvimento e quanto ao modo de participação.
A comunicação
e a socialização são processos sociais básicos. A comunicação é con-siderada
como sinônimo de interação social. A socialização identifica-se com educação e
é responsável pela integração das novas gerações e dos novos membros do grupo.
A seguir, você
verá alguns tipos de processos sociais e o que realizam:
Cooperação:
aproximação dos indivíduos na ação conjunta ou no parcelamento de tarefas,
visando ao objeto proposto. Exemplo: prestação de serviços advocatícios e
contrato de compra e venda.
Competição:
luta inconsciente e contínua contra oponente não-individualizado, objetivando
bens ecológicos (o ar, o solo, a água, a fauna e a flora) e econômicos (o seu
par de chinelos, o carro de seu pai, o seu computador etc.). Exemplo: a
competição entre grupos profissionais para um cargo ou emprego; entre grupos
religiosos para angariar maior número de adeptos; entre grupos políticos ou
partidos para conquistar o poder; entre pessoas para alcançar status etc.
Conflito: luta
consciente e intermitente pela conquista de status, por meio da sujeição ou
destruição social do rival. Exemplo: rebeliões de presos; guerra entre
quadrilhas nos morros cariocas; conflitos no campo e na cidade; invasões de
fazendas e repartições públicas etc.
Acomodação:
solução provisória do conflito. Exemplo: conciliação nos conflitos
traba-lhistas; conversão nos conflitos religiosos e políticos etc.
Assimilação:
solução definitiva do conflito. Exemplo: os estrangeiros que vêm para ficar em
Angola, tal como os chines, adotam a nossa língua, os costumes, as comidas e
até, no caso de estrangeiro de outros países africanos, as nossas religiões
(angolani-zação), por força das semelhanças e parentescos culturais.
2.6.1 As Relações Sociais
“Relação
social é o produto da interestimulação envolvendo dois ou mais indivíduos”
(CASTRO, 2002). As relações que se estabelecem nas organizações são relações
coletivas, pois abrangem e conectam coletividades.
Essas relações
operam no plano público e impessoal. São relações sociais organiza-das, uma vez
que possuem finalidades definidas e que caracterizam um grupo social
constituído para atingi-las. As relações desse tipo possuem estabilidade,
estrutura e identificam-se por possuírem expectativas de comportamento que se
baseiam em valo-res, padrões e modelos a serem controlados por normas e
instituições.
Como exemplo
das relações sociais organizadas, podemos citar as relações sociais
educacionais, culturais, políticas, jurídicas, religiosas, de trabalho, de
lazer etc. Já as relações sociais não-organizadas possuem características
completamente contrárias às relações organizadas.
Essas relações
são provocadas por estímulos que atingem os participantes ou os que se dispõem
a delas participar com finalidade definida no plano interpessoal ou
interindividual.
As relações
interindividuais assumem caráter informal e são relações do tipo face a face.
São relações como aquelas construídas juntamente por pais e filhos, comunga-das
por maridos e esposas, compartilhadas entre amigos e colegas de trabalho e as
cultivadas por namorados, familiares ou vizinhos.
O indivíduo
ocupa, em cada grupo de que faz parte, uma posição que lhe assegura direitos e
lhe impõe deveres. É essa relação de troca que lhe permite ser considerado uma
pessoa social.
O resultado da
relação de troca é denominado status.
2.6.2 Grupos Sociais e Relações Sociais nas
Organizações
Nossa vida
social quotidiana é marcada por nossa vida em grupo. O tempo todo se relacionamos com outras pessoas. Mesmo
quando ficamos sozinhos pensamos em nossos amigos, pensa na próxima atividade
que realizará, pensa no seu namoro, pen-sa em sua família.
No entanto,
para viver junto com outras pessoas é preciso combinar algumas regras.
Por exemplo,
se você estiver num ponto de ônibus às seis horas da manhã, precisará ter
alguma certeza de que o transporte aguardado passará por ali mais ou menos
neste horário; um funcionário precisou abrir o portão da escola, cujas
dependências já esta-vam devidamente limpas; um professor lhe espera; ao chegar
à escola, você encontra-rá colegas que também terão aulas no mesmo horário.
A esse tipo de
regularidade normatizada pela vida em grupo denomina-se instituciona-lização.
Esse processo de institucionalização começa com o estabelecimento de
regu-laridades comportamentais por meio das quais as pessoas vão, aos poucos,
desco-brindo a forma mais rápida, simples e econômica de desempenhar as tarefas
do coti-diano.
Você já deve
ter facilmente observado, nos diferentes níveis e áreas de qualquer
orga-nização, a existência de diferentes grupos.
Todas as
relações sociais entre os indivíduos implicam interações padronizadas e
inte-resses complementares, mesmo quando apresentam conflitos. Os
relacionamentos estruturados nas organizações estabelecem-se no plano público e
impessoal, focali-zando a atenção das Ciências Sociais.
Esses
relacionamentos se diferem pela formalidade de seu caráter e não se confundem
com as relações interpessoais. A esse elemento que completa a dinâmica dessa
construção social da realidade denomina-se grupo.
O grupo é
definido como dois ou mais indivíduos, interdependentes e interativos, que se
reúnem visando à obtenção de um determinado objetivo.
“Grupo é um
conjunto de duas ou mais pessoas que interagem entre si de tal forma que cada
uma influencia as outras” (WAGNER III, 2000).
Chamamos grupo
social a um conjunto de indivíduos associados por relações interati-vas.
Existe, entre os membros do grupo, uma circulação de experiências que tende a
promover uma homogeneidade de sentimento, pensamento e ação, e a sua formação
pode ocorrer espontaneamente ou não, sendo a duração variada, de acordo com o
objetivo a ser alcançado.
Os grupos
sociais são divididos em:
• Grupo primário: proximidade social,
longa duração. Exemplo: família.
• Grupo secundário: distância social,
duração limitada. Exemplo: trabalho (que pela intensidade das relações pode
converter-se em primário-amizade).
2.7 CONCLUSÃO
De acordo com
o estudo sobre a Sociologia das organizações apresentado neste pré-projecto,
percebemos que muitas são as visões sociológicas sobre a sociedade que
persistem ainda hoje. No entanto, vimos que a tentativa da Sociologia em
com-preender o homem e o seu mundo social deve ser priorizada.
Sabemos que os
tempos mudam, mas a Sociologia acompanha o homem ao longo do tempo. Não há como
negar os resultados alcançados pela Sociologia ao longo dos tempos e a presença
dessa disciplina no quotidiano. Enfim, podemos percebê-la nas diversas
pesquisas realizadas pelos sociólogos, nas universidades, nas enti-dades
estatais e nas empresas.
A fascinação
que a Sociologia exerce sobre nós talvez esteja centrada na tentativa de os
homens tentarem explicar os próprios homens em sociedade.
A Sociologia
não representa apenas um conjunto de explicações científicas a res-peito da
vida social, mas um modo particular de ver e interpretar os fenômenos sociais.
Não diz respeito, tão-somente, a uma atitude do homem comum em relação às ações
dos que o cercam em seu dia-a-dia e aos fenômenos macrossociais, mas também a
seu próprio modo de agir, de pensar e de sentir. Constitui-se, assim, num meio
promissor de autoconhecimento e formação da consciência social.
3 METODOLOGIA
Trata-se de um
estudo descritivo de natureza qualitativa do tipo revisão de literatura obtida
por meio de pesquisa bibliográfica. Essa modalidade de estudo promove a análise
e síntese da informação disponibilizada por todos os estudos relevantes
publicados sobre um determinado tema, de forma a resumir o corpo de
conhecimento existente e levar a concluir sobre o assunto de interesse.
A estratégia
para o levantamento bibliográfico procedeu-se a coleta, seleção, análise e
interpretação da literatura pertinente ao assunto no período de Maio de 2015,
inicial-mente, por meio dos descritores referentes ao assunto nas fontes abaixo
relacionadas observando a qualidade do material: Manuais, livros, catálogos;
Teses, dissertações, e monografias; Periódicos nacionais; Referências de outros
trabalhos;
Durante a
pesquisa bibliográfica a organização que se fez necessária para conseguir
reunir material adequado ao propósito da pesquisa. Cumpre assinalar que se
sistematizou a congruência e as contradições encontradas na literatura e os
trabalhos que se relacionaram diretamente ao assunto.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDES Cyro
& MARCONDES, Reynaldo C. Sociologia aplicada à administra-ção. 5ª Ed. São
Paulo: Saraiva.
BERNOUX,
Philippe. Sociologie des Organisations, Paris, Seuil. 1995
BERRY, David.
Ideais Centrais em sociologia – uma introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahor,
1996.
BURNS, T. e
STALKER, G.M. The Management of Innovation, Londres, Tavistock. 1961
CASTRO. Celso
A Pinheiro de. Sociologia Aplicada a Administração. São Paulo: Atlas, 2001.
DURKHEIM,
Emile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes. 2005
IANNI,
Octávio. Florestan Fernandes: Sociologia. São Paulo: Ática, 2007.
LAKATOS, Eva
Maria. Sociologia da Administração. São Paulo: Atlas, 2002.
MARX, Karl;
ENGELS, F. A ideologia alemã (I – Feuerbach). 5ª Ed. São Paulo: HUCI-TEC, 1986.
MINTZBERG,
Henry. Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa, Dom Quixote. 1995
OLIVEIRA,
Silvio L. Sociologias das Organizações. São Paulo: Piomeira, 1999.
PERROW,
Charles. Análise Organizacional, 3ª edição, São Paulo, Atlas. 2007
THOMPSON,
James. Dinâmica Organizacional, São Paulo, McGraw- Hill. 2006
WEICK, Karl E.
A Psicologia Social das Organizações, São Paulo, Editora Edgar Blucher Lda.
2003
WOODWARD,
Joan. Organização Industrial, São Paulo, Atlas. 2000
Nenhum comentário:
Postar um comentário